Farmacologia em Enfermagem

Processo de Enfermagem em • Considerar o que o paciente quer

saber e explicar;
Farmacologia:

• A prática de enfermagem deverá ser

sustentada no processo de Adesão ao Regime Terapêutico:
enfermagem, com bases para
intervenções fundamentadas e • O paciente tem o direito de escolher;
individualizadas;
• Esta adesão só é sucedida quando o
• O processo de enfermagem é um educador atua com entusiasmo, é
instrumento que permite planear os otimista e confia na capacidade dos
cuidados e documentar a prática seus educandos;
profissional, identificando,
descrevendo e explicando as
necessidades daquele a quem se
presta cuidados face aos seus
problemas reais ou potenciais;
Fatores que influenciam a
• Tem 5 etapas distintas: avaliação Adesão ao Regime Terapêutico:
inicial (identificação de problemas);
diagnóstico de enfermagem (variam • Crenças na gravidade da doença;
ao longo do tempo); planeamento
de intervenções (para satisfazer e
• Perceção dos benefícios trazidos
pelo plano terapêutico;
resolver as necessidades e
problemas do utente); execução (pôr • Crenças, valores e atitudes pessoais;
em prática as intervenções • Apoio das pessoas próximas;
planeadas); avaliação (avalia aspetos
como a resposta à medicação…);

Adesão ao Regime Terapêutico:

Educação do Paciente e • A avaliação da adesão do doente é
um processo complexo;
Promoção da Saúde:
• A meta final é ajudar o paciente a ter
maior controle da sua condição;
• Identificar as informações essenciais;
 • Os profissionais de saúde podem:
oferecer apoio e estímulo, elogiar os
sucessos obtidos, incentivar a adotar
os benefícios do tratamento;
Erro Terapêutico:
• O erro terapêutico é qualquer evento
evitável que pode causar ou conduzir
a um uso inapropriado de medicação
ou causar dano ao paciente;
• Estes eventos podem estar
relacionados com: prática
profissional, prescrição,
comunicação, embalagem e
nomenclatura, administração…;
• O registo destes incidentes pode
criar cenários de aprendizagem e
melhoria da qualidade de cuidados;
Fluxo do Medicamento:
• Prescrição médica, validação pela
farmácia, dispensa pela farmácia,
preparação do medicamento,
administração do medicamento e
avaliação da resposta;
Classificação dos Erros de
Segurança na Administração
Medicação:
de Terapêutica:
• Erro de prescrição, horário,
dosagem, preparação, da via de
administração, técnica incorreta…;
Erros de Prescrição:
• Prescrição (erro de decisão que pode
aumentar o risco de lesão no doente)
– exemplos: diagnóstico incorreto,
prescrição ilegível, uso de
abreviaturas;
• Dispensa (diferença entre a
prescrição médica e o medicamento
oferecido pela farmácia) – exemplos:
medicamento diferente do prescrito,
dose excessiva, medicamento
dispensado fora do prazo, atraso na
distribuição;
• Administração (alteração na
preparação e na administração do
medicamento, sem observar as
recomendações ou guias
hospitalares) – exemplos: doente
errado, falha técnica na
administração, administração do
medicamento prescrito
incorretamente;
• Adesão (considera-se erro a não
adesão do doente/família e o
comportamento inadequado do
doente no plano terapêutico) –
exemplo: recusa do doente em
aceitar a medicação prescrita;
familiar responsável não saber
administrar a medicação por falta de
informação;
• É fundamental: conhecer os efeitos
terapêuticos e secundários do
medicamento; conhecer as doses da
prescrição adequada; saber quais os
diluentes apropriados; conhecer os
principais instrumentos para a
administração;
9 Certos na Administração de
Terapêutica:
• Medicamento certo, hora certa, dose
certa, via certa, doente certo, registo
certo, preparação certa,
conhecimento certo e educação
certa;
Cuidados a ter na Preparação e
Administração Terapêutica:
• 9 certos;
• Em caso de dúvida, não administrar
até esclarecer;
• Ler o rótulo 3 vezes: ao abrir, ao
aspirar e ao arrumar;
• Rotular o medicamento: nº da cama,
nome do medicamento, via de
administração, dose e hora;
• Higienizar as mãos;
• Não administrar medicamentos
preparados por outra pessoa, nem
permitir que os familiares ou
pacientes o façam;
• Não alterar a dose prescrita;
Importância de transformar
um princípio ativo numa forma
terapêutica:
• Proteger o princípio ativo dos
agentes atmosféricos;
• Melhorar as características
organolépticas (cor, brilho, sabor);
• Possibilitar a administração do PA
por uma determinada via;
• Controlar a absorção do PA;
Formas Farmacêuticas:
• Formas sólidas: a via oral é a mais
utilizada, mas também existe a retal
e a vaginal;
• Formas semi-sólidas: utilizadas na
aplicação na pele e em certas
mucosas (creme, pomada);
• Formas líquidas: soluções (loções,
elixir); suspensões (substâncias
químicas que não estão totalmente
dissolvidas e é necessário agitar
antes de usar); emulsões
(medicamento líquido com aspeto
cremoso, a sua utilização é
habitualmente tópica); xaropes;
• Formas líquidas injetáveis: usadas
para administração parentérica, e
podem vir em pó e necessitarem de
ser diluídas;
• Formas gasosas: aerossóis;
nebulizadores; inaladores;
Vias de Administração:
• Via Entérica: fármacos podem ser
administrados utilizando o sistema
gastrointestinal; via mais comum,
mais simples, mais segura e
económica;
• Via Oral;
• Via Retal: tem como objetivo facilitar
ou provocar a eliminação intestinal e
a administração de medicamentos;
• Via Otológica;
• Via Nasal;
• Via Oftalmológica;
• Via Inalatória: nebulizador, inalador
pressurizado;
 • Via Parentérica: a distinção é feita
mediante o local onde se insere a
agulha e a rapidez de ação;
• Via Subcutânea: infraumbilical, face
externa posterior do braço, região
antero-lateral da coxa;
• Via Intramuscular: vasto lateral
externo, deltóide, dorsoglúteo e
ventroglúteo;
• Via Endovenosa: direta ou perfusão;
• Via Epidural;
Glossário de Farmacologia:
• 4ml/h – dose por hora (perfusão);
• 2cp/d – dose por dia;
• 2/2h – de duas em duas horas;
• 4xd – vezes ao dia;
• Agora – administração imediata
• SOS – se necessário (desde que se
respeite o intervalo/horário de
segurança);
Abreviaturas:
• ml: mililitro; mg: miligrama; cc:
centímetro cúbico; sc: subcutâneo;
ev: endovenoso; im: intramuscular;
id: intradérmico; máx.: máximo; Cp:
comprimido; amp: ampola; PO: per
os (via oral); Inal: via inalatória; Ml/h:
mililitro por hora; Cc/h: centímetro
cúbico por hora; UI: unidades; ug:
microgramas; Mcg: microgotas; Jt:
jantar; Alm: almoço; PA: pequeno-
almoço;
Medicamentos LASA:
• Medicamentos com nome
ortográfico, e/ou fonético e/ou
aspeto semelhante que podem ser
confundidos uns com os outros,
originando troca de medicamentos;
• O método de alteração gráfica
recorre à inserção seletiva de letras
maiúsculas no meio das
denominações para diferenciar estes
medicamentos;
• Os medicamentos LASA são um dos
múltiplos fatores que, contribuem
para a ocorrência de incidentes de
segurança do doente, relacionados
com medicação;
Medicamentos de Alerta
Máximo:
• São medicamentos que possuem um
elevado risco de provocar dano
significativo ao doente em
consequência de falhas no seu
processo de utilização;
• Os potenciais efeitos adversos são:
hemorragia ou hipoglicémia e em
casos mais graves pode originar
lesões e até mesmo levar à morte;
• Alguns exemplos destes
medicamentos são: adrenalina,
cetamina e varfarina;
Antibacterianos:
• Substâncias produzidas por
microrganismos ou sintetizadas em
laboratório, capazes de matar ou
inibir microrganismos;
 • Exemplos: penicilinas, amoxicilina +
ácido clavulâmico;
• Características do antibacteriano
ideal: toxicidade seletiva,
solubilidade em líquidos corporais,
não ser afetado pela acidez
estomacal ou proteínas do sangue,
não produzir efeitos colaterais e
baixo custo;
• Mecanismos de ação dos
antibacterianos: inibição da síntese
da parede celular, inibição da síntese
de proteínas e alteração da
membrana citoplasmática;
• Alguns exemplos: penicilinas,
macrólidos e quinolonas;
• Populações especiais: latentes,
idosos, pacientes com insuficiência
renal, com insuficiência hepática,
obesos e grávidas ou a amamentar;
• Cuidados de enfermagem:
monitorização/avaliação inicial,
ensinos ao doente/família e
avaliação da eficácia;
Antifúngicos:
• Usados para o tratamento de
infeções fúngicas;
• Alguns exemplos: clotrimazol,
nistatina e miconazol;
Antivíricos:
• Usados no tratamento de infeções
virais; inibem a replicação viral;
• Alguns exemplos: aciclovir, ciclofovir
e valaciclovir;
• Vias de administração: tópica, oral e
parentérica;
Antiparasitários:
• São altamente eficazes, contudo é
obrigatória a associação de medidas
de higiene individual e do agregado
familiar;
• Os anti-helmínticos mais utilizados
são: albendazol, mebendazol e
flubendazol;
Anti-inflamatórios:
• Podem dividir-se em Não Esteróides
(AINE´S) e em Esteróides
(corticóides);
• Os AINE´S são inibidores das
prostaglandinas e inibem a
cicloxigenase; apresentam um grau
de atividade analgésica, antipirética,
anti-inflamatória e antitrombótica;
• Alguns exemplos: Fenoprofeno,
Ibuprofeno e Piroxicam;
• Indicações: controlar a dor ligeira, a
febre e atuar perante inflamações;
• Efeito esperado: diminuição e
controlo da dor, da inflamação e
eliminação da febre,
• Contra indicações e precauções:
hipersensibilidade, hemorragia,
doença cardiovascular e renal;
• Reações adversas: náuseas, diarreia,
obstipação, tonturas e zumbidos;
• Interações medicamentosas: o uso
excessivo de Paracetamol pode
aumentar o risco de alterações
renais; alteração dos níveis de
hipoglicémia pela insulina; aumento
do risco de hemorragia com
trombolíticos, varfarina…;
• Cuidados de Enfermagem:
monitorização/avaliação inicial;
ensino ao doente/família e avaliação
da eficácia terapêutica;

Antipiréticos:
• Baixam a febre afetando a
termorregulação do SNC;
• Muitos afetam a função das
plaquetas (risco de hemorragia)
como é o caso da Aspirina;
• Alguns exemplos: Paracetamol;
Metanizol magnésico; Acetilsalicilato
de lisina;
• Efeito esperado: controlo e
eliminação da febre;
• Contra indicações e preocupações:
hepatotoxicidade; gastrite;
hemorragias;
• Reações adversas: náuseas,
hemorragia digestiva; tonturas e
toxicidade hepática;
• Interações: doses elevadas de
aspirina e ibuprofeno podem levar a
uma irritação gastrointestinal;
podem aumentar o risco de
hemorragia; tomas prolongadas de
Paracetamol aumentam a
hepatotoxicidade; a ingestão de
álcool pode aumentar a
hepatotoxicidade do Paracetamol;
• Cuidados de Enfermagem: igual aos
outros;
Fármacos em
Urgência/Emergência:
• Em casos de emergência a maioria
dos utentes requer medidas
farmacológicas para aliviar e
controlar as diferentes manifestações
clínicas e até mesmo evitar a morte
iminente;
• Vias de Administração: a escolha
desta depende do medicamento, das
condições físicas e mentais do
doente e do efeito esperado;
• Via Endovenosa: via mais rápida e
completa na absorção de fármacos,
mais adequada em situações de
emergência;
• Fármacos mais utilizados –
Broncodilatadores: agonistas
adregénicos (adrenalina, salbutamol,
fenoterol); corticóides
(beclometasona);
• Fármacos mais utilizados – Sedativos
e hipnóticos: benzodiazepinas,
neurolépticos e analgésicos
opióides;
• Fármacos mais utilizados – Drogas
Vasopressoras: dopamina,
adrenalina, noradrenalina;
• Fármacos mais utilizados –
Emergências hipertensivas:
nitroglicerina, clonidia e IECAS;
• Fármacos mais utilizados – Síndrome
Coronário Agudo: Morfina, Oxigênio,
Aspirina;
• Fármacos mais utilizados –
Trombolíticos: Alteplase, Reteplase,
Tenecteplase;
• Fármacos mais utilizados – PCR:
Adrenalina, Atropina, Lidocaína;
• Fármacos mais utilizados – Arritmias:
Adenosina, Lidocaína, Bloqueadores
beta – adrenérgicos;
Medicamentos que atuam no
Sistema Cardiovascular:
• Digitálicos: exercem efeitos diretos e
indiretos no sistema cardiovascular
(inotrópicas, cronotrópicas e
antiarrítmicas); são indicados quando
há disfunção sistólica; reduzem a
frequência ventricular, diminuem o
consumo de oxigénio do miocárdio e
 facilitam o enchimento diastólico
ventricular; aumentam a diurese e
diminuem a FC (digoxina,
digitoxina…);
• Indicações: insuficiência cardíaca
sistólica grave, fibrilhação auricular e
flutter auricular;
• Efeito esperado: ligeira subida da
TA, efeito hemodinâmico ligeiro,
aumento do débito cardíaco;
• Contra-indicações e precauções:
taquicardia ventricular, pericardite
constritiva, hipercalcemia e
insuficiência cardíaca;
• Reações adversas: náuseas, vómitos,
anorexia, diarreia, tonturas,
alucinações, bradicardia sinusal;
• Interações medicamentosas:
verapamilo , propafenona –
aumentam o efeito terapêutico e a
toxicidade dos digitálicos por
excreção renal; antiácidos e
metaclopramida – reduzem a
absorção e o efeito terapêutico;
antidepressivos tricíclicos e outros
antiarrítmicos – podem potenciar os
efeitos dos digitálicos;
• Monitorização/Avaliação inicial:
avaliar sinais vitais, vigiar o estado de
consciência, vigiar a perfusão
tecidular e monitorizar o
aparecimento de sinais de
intoxicação digitálica;
• Avaliação da eficácia terapêutica:
aumento do débito cardíaco,
resolução das taquicardias,
diminuição da severidade da
insuficiência cardíaca;
• Antiarrítmicos: utilizados na
prevenção ou tratamento das
alterações do ritmo cardíaco;
• Indicações: taquicardia ventricular,
arritmias ventriculares, fibrilhação
auricular e flutter auricular;
• Efeito esperado: conversão das
arritmias em ritmo sinusal, controlo
da FC, diminui a sintomatologia,
melhora o desempenho
hemodinâmico;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade, bradicardia
sinusal, gravidez e aleitamento,
idade e insuficiência renal;
• Reações adversas: náuseas, vómitos,
diplopia, tonturas, arritmias,
mialgias, obstipação;
• Interações: diferem muito entre as
várias substâncias;
• Avaliação da eficácia terapêutica:
resolução das arritmias cardíacas
sem efeitos secundários prejudiciais;
• Simpaticomimétricos: fármacos
vasopressores usados na prevenção
e tratamento da hipotensão arterial
sintomática e em caso de choque;
em situações graves: dopamina e
dobutamina; hipotensão arterial
sintomática ligeira: etilefrina e
midodrina;
• Efeito esperado: melhoria da
hipotensão arterial sintomática;
aumento da perfusão sanguínea
cardíaca, cerebral e renal; melhorar o
desempenho hemodinâmico;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade, doença
coronária, hipertiroidismo, gravidez
e aleitamento;
• Reações adversas: arritmias
cardíacas, palpitações, hipertensão
arterial, náuseas, vómitos, ansiedade,
tremores e insónias;
• Interações: aumento do efeito
terapêutico quando administrados
com outras substâncias
simpaticomimétricas…; em
contrapartidas os bloqueadores
adrenérgicos podem anular ou
reduzir os seus efeitos;
• Avaliação da eficácia terapêutica:
melhoria da hipotensão arterial
 sintomática, resolução das situações
de choque;
• Anti-hipertensores: fármacos
utilizados na prevenção e controlo
da hipertensão arterial; estes
medicamentos exercem efeitos no
rim pela regulação do volume
através da eliminação de água e iões
e no SNC que regula o tónus vascular
e resistência periférica;
• Alguns anti-hipertensores: diuréticos,
modificadores do eixo renina
angiotensina, bloqueadores da
entrada de cálcio, depressores da
atividade adrenérgica,
vasodilatadores diretos…;
• Diuréticos: têm ação anti-
hipertensora pois causam eliminação
do volume, excreção de sódio e
potássio e vasodilatação das
arteríolas periféricas; classificados
consoante o local de atuação no rim;
• Alguns diuréticos: furosemida,
espironalactona, acetazolamida e
manitol;
• Modificadores do eixo renina
angiotensina (IECA´S): inibem a
enzima de conversão da
angiotensina, antagonistas dos
recetores de angiotensina;
• Vasodilatadores diretos: têm efeito
no relaxamento direto do músculo
liso, diminuindo a resistência da
vascularidade periférica; estimulação
intensa do SNS aumentando a FC,
contratibilidade cardíaca e retenção
hídrica;
• Indicações: tratamento da
hipertensão arterial;
• Efeito esperado: diminuição da
hipertensão arterial para 90mmHg
(nível normal);
• Contra-indicações e precauções:
hipersensibilidade ao fármaco,
gravidez e aleitamento e diabetes;
• Reações adversas: hipotensão
arterial, náuseas e vómitos, sudorese,
tremores, insónias;
• Interações: antihistamínicos, AINE´S,
supressores de apetite e
antidepressivos podem diminuir o
efeito terapêutico; a hipocaliemia
provocada por diuréticos podem
aumentar o risco de toxicidade de
glicosídeos cardiotónicos;
• Avaliação da eficácia terapêutica:
diminuição da pressão arterial para
valores normais;
• Vasodilatadores: antianginosos
(fármacos utilizados no tratamento
da angina de peito);
• Indicações: tratamento, prevenção e
controlo da angina de peito, os
nitratos são usados no tratamento
agudos das crises de angina, os
bloqueadores dos canais de cálcio e
betabloqueantes são usados para um
tratamento a longo prazo;
• Efeito esperado: diminuição da dor e
das complicações derivadas da
doença coronária; melhoria da
qualidade de vida pelo aumento
limiar à dor anginosa; reduzir a
progressão da doença;
• Contra-indicações e precauções:
hipersensibilidade ao fármaco,
choque cardiogénico, diabetes,
doença pulmonar e hipotiroidismo;
• Reações adversas: hipotensão
arterial, náuseas, vómitos, tremores e
insónias;
• Interações: associados a outros
hipertensores ou o álcool pode
causar hipotensão;
• Avaliação da eficácia terapêutica:
diminuição da frequência e da
gravidade das crises anginosas;
aumento da tolerância à atividade;
• Venotrópicos: utilizados no
tratamento de insuficiência venosa;
 • Interações: tratamento, prevenção e
controlo da insuficiência venosa;
• Efeito esperado: diminuição da dor e
complicações causadas por
insuficiência venosa; melhoria da
circulação venosa periférica;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade ao fármaco,
gravidez, defeito genético da
desidrogenase do fosfato glucose;
• Reações adversas: náuseas, pirose,
reações anafiláticas;
• Antidislipidémicos: usados no
tratamento e diminuição da
hiperdislipidemia (colesterol) e
diminuição de aterosclerose;
Sangue:
• Antianémicos: a anemia define uma
redução no nº de eritrócitos, dos
valores de hemoglobina ou ambos;
• Ferro: pode ser administrado por via
oral, endovenosa ou intramuscular;
• Vitamina B12 e ácido fólico: pode ser
administrado por via oral,
subcutânea ou endovenosa; os
efeitos adversos são: diarreia,
prurido, urticária e anafilaxia;
• Fatores de crescimento estimulantes
da hematopoiese: eritropoietina
(indicada em insuficientes renais
para aumentar o rendimento do
sangue);
• Contra-indicações/precauções:
avaliar a PA, ocorrência de cefaleias,
evitar a doença cardiovascular,
controlo sérico do k+, fosfato e nº de
plaquetas;
Anticoagulantes e
Antitrombóticos:
• Anticoagulantes evitam a formação
de trombos, o seu aumento ou
reaparecimento; os principais grupos
utilizados são: heparinas,
anticoagulantes orais e hidurina;
• Heparinas: inibe a coagulação
sanguínea no plasma; é usada no
tratamento pós-cirurgia, embolismo
pulmonar, coagulação vascular;
utilizadas como profilaxia: prevenção
de trombose em cirurgia
cardiovascular, hemodiálise, angina
instável, flebites; é preferencial
quando se pretende um efeito
imediato; o antidoto é o Sulfato de
protamina;
• Efeito terapêutico: prevenção da
formação de trombos ou da extensão
de trombos já existentes; semi-vida
1-2h (heparina não fracionada);
semi-vida 3-5h (heparina fracionada)
permite a administração diária;
• Contra-indicações: lesões
susceptivéis de sangrar; início e fim
da gravidez, pós-operatório;
alterações subjacentes da
coagulação, doença ulcerosa,
cirurgia recente ou hemorragia;
• Reações adversas: hepatite
medicamentosa, alopécia, erupções,
urticária, hemorragias, anemias, dor
no local da injeção, febre e
hipersensibilidade;
• Anticoagulantes orais (Varfarina):
usados na prevenção e tratamento
de alterações tromboembólicas
como trombose venosa, embolia
pulmonar e fibrilação auricular com
embolismo;
• Alguns exemplos: varfarina,
dabigatrano e rivaroxabano;
• Contra-indicações: alterações da de hemorragia não puder ser
coagulação, doença ulcerosa, identificada estão indicados
malignidade, cirurgia recente ou fármacos não transfusionais para a
hemorragia; ajudar a conter a perda sanguínea;

• Antigregantes plaquetários: usados • Antifibrinolíticos: ácido

na prevenção da trombose arterial, aminocapróico; ácido tranexâmico e
opõem se à ativação plaquetária desmopressina;
necessária à formação do rolhão • Hemoestáticos: fator VIII da
hemoestático; coagulação humana, fitomenadiona
• Antigregantes plaquetários e hemocoagulase;
(exemplos): aspirina, clopidogrel e
ticlopidina;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade a algum Administração de Terapêutica
componente, hemorragia patológica,
disfunção hepática grave, em
em Pediatria:
procedimentos ou cirurgias;
• Reações da criança ao
• Monitorização/avaliação inicial: procedimento: estadio do
avaliar hemorragias, fadiga, dispneia desenvolvimento; experiências
ortostática; monitorização da função anteriores; relacionamento com o
hepática e hemograma; enfermeiro, fatores ambientais;
• Fibrinolíticos (trombolíticos): • Aspetos importantes na criança:
medeiam a degradação da fibrina; história de alergias, idade, peso,
via endovenosa (indicados em normograma, absorção
embolias pulmonares, trombose (pH/motilidade intestinal)…;
venosa central profunda); via intra-
arterial (doença vascular periférica); • Intervenção de Enfermagem: dose,
via, preparação, ensino e conforto;
• Fibrinolíticos (alguns exemplos):
alteplase, reteplase, estreptoquinase
e uroquinase;
• Contra-indicações absolutas: Fármacos mais frequentes em
neurológicas (antecedentes de AVC,
HTA grave); gerais (hemorragia em Pediatria:
curso ou recente, traumatismo
recente); locais (pontos de sutura e • Amoxicilina + Ác. Clavulâmico
de punção, biópsia hepática); (associação de penicilinas e
• Contra-indicações relativas: gerais inibidores dos B-Lactamases);
(idade superior a 75 anos, úlcera Ampicilinas (aminopenicilina);
digestiva e cirrose); doença mitral,
endocardite aguda, doença infeciosa
grave); diabetes com retinopatia
grave;
• Anti-hemorrágicos: nas grandes
hemorragias onde é necessário a
manutenção da volémia, recorre-se à
administração de sangue; se a causa
Fármacos que atuam no
Sistema Respiratório:
• Tipos de Fármacos: os que atuam no
centro respiratório, os que atuam nas
mucosas respiratórias, os que atuam
no tamanho dos brônquios e os que
reduzem a inflamação pulmonar;
Fármacos Broncodilatadores:
• Atuam na musculatura lisa dos
brônquios e reduzem as resistências
ao fluxo expiratório, aumentando a
FEV1 (volume expiratório forçado
num segundo);
• Utilização: crise asmática, bronquite
e enfisema pulmonar;
• Vias de administração: oral, inalável
e injetável;
• Agonistas adrenérgicos beta: os de
curta duração - utilizam-se durante as
crises e como prevenção da asma de
esforço; não devem ser usados
regularmente; (salbutamol e
terbutalina); os de longa duração –
não são aconselhados em situações
agudas de asma, mas sim no
tratamento regular de doentes com
asma, com a associação terapêutica
de cortico-esteróides; (salbutemol);
• Efeitos adversos: tremores nas mãos,
agitação, nervosismo, palpitações,
cefaleias…;
• Interações: cortico-esteróides,
diuréticos, propanolol inibe o efeito
broncodilatador das agonias beta 2;
• Outros medicamentos adrenérgicos:
adrenalina usada em situações
alérgicas de emergência, reações
anafiláticas e como estimulante do
miocárdio em reanimação
cardiopulmonar;
• Antagonistas colinérgicos:
antagonizam os efeitos
broncoconstritores da estimulação
colinérgica; esta inibição provoca
dilatação das vias aéreas centrais;
• Efeitos adversos: algumas securas na
boca, retenção urinária e obstipação;
• Anti-inflamatórios (Glucocorticóides):
potente, de ação localizada e
modificador da imunidade;
• Efeito terapêutico: diminuição da
frequência e da intensidade das
crises de asma; prevenção dos danos
pulmonares associados à asma
crónica;
• Os corticóides têm um efeito
broncodilatador direto: diminuem o
efeito inflamatório, o edema, o
broncoespasmo e a produção de
muco;
• Vias de Administração: inalatória,
inalatória intranasal, oral e sistémica;
• Efeitos adversos: por via inalatória
(faringite, disfonia e candidíase oral);
via intranasal (sensibilidade ou
intolerância); via sistémica (cefaleias,
agitação, náuseas e vómitos);
• Contra-indicações:
hipersensibilidade ao fármaco,
tubercolose, patologia infeciosa, mal
asmático e episódios agudos de
asma;
• Anti-inflamatórios (Antagonistas dos
leucotrienos): têm um papel
importante no processo inflamatório
e alérgico;
• Indicações: asma ligeira e moderada;
• Vias de administração: oral;
• Efeitos adversos: fadiga, cefaleias,
fraqueza, congestão nasal, otite e
sinusite;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade e lactação;
• Xantinas: usadas na prevenção e
tratamento do ataque agudo de
 asma; em pediatria usados como
estimuladores respiratórios e do
miocárdio na apneia infantil;
• Vias de administração: oral, sistémica
e IM;
• Efeitos adversos: taquicardia,
arritmia, tremor, insónia, convulsões,
náuseas e vómitos;
• Contra-indicações: enfarte agudo do
miocárdio, hipertiroidismo,
hipocaliemia, insuficiência renal e
hepática;
Antiasmáticos de Ação
Profilática:
• Usados na prevenção da resposta
alérgica e inflamatória e na
prevenção da asma e rinite alérgica;
• Vias de administração: oral, aerossol
e inalatória;
• Efeitos adversos: tosse, irritação da
garganta, congestão nasal, náuseas e
vómitos;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade ao fármaco;
Antitússicos:
• Supressores da tosse originada por
diversas razões, incluindo infeções
respiratórias (não indicado em
crianças com menos de 1 ano);
• Indicações: tosse seca, persistente e
de grande incómodo para o doente;
• Vias de administração: oral;
• Efeitos adversos: náuseas, vómitos,
obstipação e sonolência;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade ao fármaco e
depressão respiratória;
Expectorantes:
• Supressores da tosse; antitússicos de
ação periférica, contra indicados em
crianças com menos de 1 ano;
• Indicações: tosse seca, persistente e
de grande incómodo para o doente;
• Vias de administração: EV e oral;
• Efeitos adversos: broncoconstrição,
náuseas, vómitos, diarreia, cefaleias,
sonolência;
• Contra-indicações:
hipersensibilidade ao fármaco e
doença hepática;
Tensioativos (surfactantes)
Pulmonares:
• O surfactante pulmonar é um líquido
que reduz a tensão superficial dentro
do alvéolo pulmonar, prevenindo o
colapso durante a expiração;
• Uso hospitalar e a administração é
endotraqueobrônquica;
Corretivos da Volémia e das
alterações eletrolíticas:
• Cálcio, fósforo, magnésio, potássio,
sódio, zinco, glucose, eletrólitos;
• Soluções para diálise peritoneal,
hemodiálise e hemofiltração;

Soroterapia e Fluidoterapia:
• Introdução de líquidos por via
parenteral (esta via pode substituir a
ingestão de líquidos) com o objetivo
de: corrigir a volémia, repor
substâncias em déficit, suprimento
nutritivo e diluição de medicamentos
irritantes;
• Indicações: pré, intra e pós-
operatório, desidratação,
hemorragia, paragem
cardiorrespiratória;
• Soluções parentéricas: vulgarmente
designadas de soros, soluções
estéreis de grande volume,
classificadas em cristalóides e
colóides (diferenciam se pelo peso
molecular, poder expansor, pH,
transparência e opacidade);
Soluções Cristalóides:
• Soluções aquosas de eletrólitos ou
moléculas de muito pequena
dimensão: isotónicas, hipertónicas,
hipotónicas e eletrolíticas;
• Vantagens: não causam reações
alérgicas, baixo custo e corrigem a
volémia;
• Desvantagens: maior volume para o
mesmo efeito, maior edema
intersticial, atravessam a parede
vascular de forma rápida;
• Insotónicas: pressão osmótica
semelhante à do
sangue/concentração semelhante à
do espaço intracelular; (soro
fisiológico, cloreto de sódio,
dextrose);
• Hipertónicas: pressão osmótica mais
elevada que a do sangue, o líquido
intersticial é arrastado para o sangue
de forma a repor o déficit de
líquidos; (glicose e manitol);
• Indicações: edema cerebral,
insuficiência renal aguda e ascite;
• Hipotónicas: pressão osmótica
inferior à do sangue, usadas para
lançar no espaço intersticial, a partir
do sangue; (soro fisiológico);
• Eletrolíticas: reposição de
eletróliticos específicos; (cloreto de
sódio hipertónico, cloreto de
potássio, gluconato de cálcio, sulfato
de magnésio e fosfato);
Soluções Colóides:
• Dispersões aquosas de partículas de
dimensões maiores e de elevado
peso molecular; aumentam o volume
plasmático, maior semivida
intramuscular; podem ser biológicos
e não biológicos;
• Vantagens: maior rapidez de ação,
menor volume para o mesmo efeito,
atravessam a parede vascular de
forma lenta;
• Desvantagens: podem causar
reações alérgicas, mais
incompatibilidades e são
dispendiosos;
• Biológicos: plasma humano e
albumina humana;
• Não biológicos: Haemacel
(substituto coloidal do plama),
voluven e gelafundina;
Fármacos do Sistema Digestivo:
• Fármacos que atuam na boca e
orofaringe, anti-ulcerosos e
antiácidos, antiespasmódicos,
inibidores enzimáticos, com
suplementos enzimáticos, bacilo
lácteo e análogos, anti-
hemorroidários, anti-inflamatórios
intestinais, que atuam no fígado e
vias biliares;
Fármacos que atuam na boca e
orofaringe:
• Usados mais frequentemente no
tratamento de lesões da mucosa oral,
infeções e situações de natureza
inflamatória;
• Podem ser usados medicamentos de
ação tópica ou de aplicação
sistémica;
• Fármacos de aplicação tópica:
salicilatos, ácido acetilsalicílico,
lidocaína e micozol;
• Fármacos de ação sistémica:
Pilocarpina;
• Reações adversas: sudorese,
náuseas, diarreia, vómitos e dor
abdominal;
• Contra-indicações e precauções:
asma não controlada, doença
cardiovascular, glaucoma, gravidez e
aleitamento;
Modificadores da motilidade
gastrointestinal:
Antiácidos e Anti-ulcerosos:
• Usados para diminuir/neutralizar a
acidez gástrica e tratamento de
úlcera péptica;
• Antiácidos: removem ou neutralizam
o ácido do conteúdo gástrico,
aliviando a dor;
• Reações adversas: diarreia,
obstipação e lítiase renal;
• Contra-indicações e preocupações:
dores abdominais,
hipersensibilidade hemorrágica
gástrica;
• Inibidores da bomba de protões:
inibem a secreção ácida através da
inibição da enzima ATPase,
impedindo o transporte de iões de H
e K; (omeprazol);
• Indicações: tratamento de úlceras,
refluxo esofágico;
• Reações adversas: diarreia,
obstipação, sonolência;
• Prostaglandinas: efeito antisecretor e
previnem lesões gástricas erosivas,
aumentam o fluxo sanguíneo e
estimulam a produção de muco e
bicarbonato;
• Indicações: tratamento de úlceras e
prevenção de lesões da mucosa
gástrica por AINE´S;
• Interações: aumento do risco de
diarreia com antiácidos com
magnésio;
• Protetores da mucosa gástrica:
formam uma barreira entre a mucosa
e o ácido gástrico, não inibem nem
antagonizam a secreção ácida;
(sucralfato);
• São usados para acelerar ou retardar
o trânsito intestinal e dividem-se em
laxantes osmóticos, salinos,
estimulantes e emolientes;
 • Laxantes e catárticos: promovem a • A arcabose é um inibidor que pode
defecação; ser usado como adjuvante no
• Indicações: preparação para exames tratamento diabético;
gastrointestinais ou cirurgias; • Reações adversas: flatulência,
• Reações adversas: desequilíbrio urgência e incontinência fecal;
hidroeletrolítico;
• Antidiarreicos: estes medicamentos
obstipantes só devem ser instituídos
após diagnóstico etiológico;
• Indicações: controle e alívio da
diarreia aguda e crónica;
• Reações adversas: dor abdominal,
obstipação;
• Contra-indicações e preocupações:
hipersensibilidade, crianças e
grávidas, doentes hepáticos graves e
inflamação intestinal;

Antiespasmódicos:

• Dividem-se em neurotropos
(anticolinérgicos) e musculotropos
(relaxantes da fibra lisa);
• Indicações: estados espasmódicos
do trato gastrointestinal, cólon
irritável;
• Reações adversa: boca seca,
taquicardia, retenção urinária e
tonturas;
• Contra-indicações e precauções:
hipersensibilidade, glaucoma,
crianças e grávidas;

Inibidores Enzimáticos:

• O orlistato é um inibidor da lípase

gástrica e pancreática, usado com a
conjunção da dieta no tratamento da
obesidade;