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KLABIN

13/01/2015 – Papel e Celulose


Líder no país na produção de papéis e cartões para embalagens, sacos industriais e embalagens de
papelão ondulado, a Klabin é também a empresa que mais recicla papéis na América do Sul. Fundada
em 1899, possui atualmente 17 unidades industriais no Brasil – distribuídas por oito estados – e uma
na Argentina. A empresa é organizada em quatro unidades de negócios – Florestal, Papéis, Embalagens
de Papelão Ondulado e Sacos Industriais –, e atingiu em 2007 uma receita bruta de R$ 3,4 bilhões.

A Klabin possui quatro plantas que produzem Sacos Industriais: duas em Lages/SC, uma em
Goiana/PE e uma em Pilar, na Argentina. A empresa conta com um diversificado parque de máquinas,
que permitem a produção de sacos dos mais diferentes tipos, formatos e tamanhos.
De forma simplificada, a produção de sacos pode ser dividida em três etapas: a primeira é chamada de
pré-impressão e basicamente consiste em realizar uma primeira impressão contendo as principais
informações de rótulo nas bobinas de papel que serão utilizadas na produção.Esta fase é opcional
dependendo do tipo de impressão e do número de cores do produto final. A segunda etapa é a de
fabricação. Nesta fase, as bobinas passam por uma linha de produção contendo uma impressora, uma
máquina para confeccionar os sacos, denominada “tubeira”. Os sacos passam para a terceira fase, de
acabamento, e outras máquinas fazem esse acabamento e acondicionamento. A produção de Sacos
Industriais da Klabin trabalha, basicamente, para atender aos pedidos de seus clientes, uma vez que
seus produtos são altamente personalizados, necessitando para isso uma ferramenta capaz de receber
e processar os pedidos de forma rápida e confiável cada um dos seus 1.600 pedidos mensais.
O DESAFIO
Apesar de contar com uma ferramenta de sequenciamento disponibilizada pelo ERP da empresa
(módulo APO do SAP R/3), a empresa não conseguia criar cenários com uma boa visibilidade em
relação à utilização dos seus recursos e das datas de atendimento. Além disso, mesmo apelando para
as planilhas eletrônicas, a tarefa de programação das linhas de produção demandava a dedicação
exclusiva de 4 pessoas em uma atividade bastante manual, demorada e complexa. Tal complexidade
pode ser explicada primeiramente pela quantidade de operações produtivas que precisam ser
sequenciadas. Em média, os cerca de 1.600 pedidos mensais originam aproximadamente 4.800
operações de acordo com os mais de 70 roteiros diferentes que variam com as especificações do
produto. Além do elevado número de operações, cada uma delas possui diferentes restrições de
alocação, de acordo com as máquinas que formam cada linha de produção. Por exemplo, se um
determinado pedido necessita ser entregue em pallets, o mesmo deve passar por uma linha de produção
que possua uma paletizadora automática. O mesmo ocorre com as características técnicas do produto,
que vão desde o número de cores, até as dimensões ou o número de camadas do saco final (que em
alguns casos pode chegar a até 3 camadas). Ao todo são mais de 25 variáveis que influenciam nas
alternativas de alocação do produto, de acordo com as características das máquinas que formam a linha
de produção – em outras palavras as opções de produção são definidas de acordo com a combinação
de uma série de características técnicas do produto e da linha de produção. Algumas dessas
características também são responsáveis por determinar taxas de produção diferenciadas, dependendo
da máquina escolhida. Ou seja, o processo de programar a produção é um verdadeiro quebra-cabeça.
Além dos desafios inerentes à programação da produção propriamente, que eram inúmeros, a Klabin
apresentou um outro desafio de mesma magnitude: a solução de programação deveria ser totalmente
integrada com o sistema de ERP da empresa, no caso o SAP R/3. Como qualquer outro sistema de
ERP, o SAP trabalha as informações transacionais de produção, mas mesmo seu módulo de
sequenciamento possui limitações para lidar com a complexidade da programação fina da produção
em ambientes como o da Klabin. Portanto, o desafio de integração devia considerar que o SAP seria
responsável por fornecer todas as informações referentes aos pedidos e ainda possibilitaria a
confirmação das Ordens com datas de produção atualizadas pela solução. Assim, o objetivo era
complementar e potencializar todo o investimento feito no ERP, fornecendo uma solução ágil e
totalmente integrada. Logicamente, além de eliminar análises manuais das variáveis de alocação
através da inclusão de regras automáticas de alocação e integrar a solução de programação com o ERP,
a Klabin ainda apresentou uma série de objetivos e expectativas quanto à solução a ser adotada:
→ Otimizar o uso da capacidade de produção para atendimento da demanda;
→ Disponibilizar informações precisas e atualizadas sobre as datas de entrega, de modo a garantir
melhor atendimento aos clientes;
→ Fazer a programação de produção, considerando o maior número possível de restrições inerentes
ao processo produtivo e atendendo as especificidades dos produtos e as condições de produção;
→ Fazer o sequenciamento das ordens de produção, respeitando critérios e políticas de atendimento
da empresa;
→ Permitir o ajuste rápido do plano de produção, em função de alterações verificadas nas demandas,
nas condições de produção e nas políticas de atendimento;
→ Acompanhar a execução da programação e realizar consultas sobre o andamento de ordens de
produção e pedidos específicos;
→ Sincronizar a produção entre os diferentes setores produtivos;
→ Facilitar as avaliações de necessidades de recursos ao longo do horizonte de produção;
→ Analisar as consequências das reprogramações;
→ Melhorar a análise de necessidade de horas extras, turnos de trabalho e equipamentos.
A SOLUÇÃO
O Preactor, hoje conhecido como Opcenter APS, foi a solução encontrada pela Klabin para planejar
sua produção. Depois de um primeiro contato através da internet, a Klabin foi convidada a conhecer o
Preactor durante o Meeting TECMARAN, evento organizado pela TECMARAN para possibilitar a
troca de experiências entre usuários Preactor no Brasil.
Marcelo Oliveira, na época programador de produção da planta de Lages é quem descreve o primeiro
contato com outros clientes: “Ficamos muito bem impressionados não somente pelas soluções técnicas
apresentadas no Meeting, mas principalmente pela credibilidade que a TECMARAN possuía com seus
clientes. Conhecer diferentes cases de sucesso, apresentados pelos próprios clientes foi extremamente
positivo e acabou acelerando todo o processo!”
A implantação iniciou em janeiro de 2006 e durou cerca de 7 meses. O sistema foi modelado
para realizar de forma centralizada a programação de 3 plantas (duas em Santa Catarina e uma em
Pernambuco), permitindo avaliar a melhor distribuição dos pedidos de acordo com as prioridades e
datas de entrega.
Normalmente o Preactor já considera a eficiência de máquinas e operadores, turnos de trabalho,
necessidades de ferramentas, tempos de setup dentre muitos outros fatores. Mas a solução da Klabin
foi estruturada de forma a permitir que as variáveis envolvidas no processo de produção fossem
facilmente relacionadas com as máquinas de cada linha de produção. Assim, de acordo com a
combinação dessas variáveis, a solução indica de forma automática quais as linhas que um determinado
pedido pode ser programado. Ao todo foram criados cerca de 27 atributos (largura, número de cores,
tipo de papel, tipo de paletização, número de camadas).
Para atender aos diferentes critérios de otimização do uso dos recursos produtivos, a TECMARAN
desenvolveu uma regra de sequenciamento personalizada que realiza o agrupamento de pedidos com
características semelhantes dentro de um horizonte de otimização, incorporando toda a inteligência de
escolha de recursos (baseado nas características técnicas) e balanceando demanda de acordo com as
políticas de atendimento, garantindo entrega na data e minimizando os tempos de setup.
Conforme a expectativa inicial, a solução Preactor foi definida para trabalhar totalmente integrada com
o SAP, desde o recebimento de pedidos até a finalização do processo é feita de forma informatizada.
Toda a demanda de produção é originada no ERP e recebida pelo Preactor através de interfaces
específicas. Depois da programação, as informações retornam para o SAP já com o programa de
produção ajustado (Ordens com datas de entrega reais máquinas a serem utilizados). Nesta etapa, o
programador também pode determinar qual o horizonte de programação que será usado para converter
as Ordens Planejadas em Ordens de Produção, liberando efetivamente as Ordens para a área de
produção.
OS RESULTADOS
Com a implantação do Preactor, a Klabin também conseguiu reduzir o estoque intermediário com a
redução das esperas entre as etapas de produção. O sistema também permitiu que a empresa passasse
a visualizar os níveis de utilização dos equipamentos, identificando os recursos gargalos e tendo maior
confiabilidade na programação e flexibilidade de alterações de cenários.
Quem complementa os resultados alcançados é o diretor Comercial de Sacos Industrias da Klabin,
Antônio Andrucioli: “O Preactor garantiu velocidade na geração da programação, permitindo a criação
de cenários alternativos, fez com que conseguíssemos controlar todas as etapas do processo de
produção – desde as ordens de pedido por data, passando por escolha das linhas de produção, até a
liberação do pedido”.
Um fato interessante deste processo é que recentemente foi a vez da Klabin apresentar seu Estudo de
Caso na edição do Meeting Tecmaran 2007.

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