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Cópia de Artigo - Marketing - Digital
Cópia de Artigo - Marketing - Digital
DE FIDELIZAÇÃO DE COLABORADORES
Introdução
Vive-se hoje em um mundo absolutamente globalizado, ágil e incerto. A era da
informática, da velocidade de informação e de facilitação do alcance de conhecimento, geram
constantes modificações nas organizações, que afetaram diretamente o modo como as
empresas vêem o mercado e, conseqüentemente, alteraram a forma com que elas procuraram
se manter nele. Paralelamente à mudança tecnológica, veio a mudança de como é encarado o
papel dos funcionários dentro da organização. Aos poucos vem sendo implementada a cultura
de que as organizações só conseguirão se manter fortes no mercado se elas valorizarem o seu
capital humano.
Essa nova corrente de pensamento é originária do marketing tradicional, voltado para
o cliente externo. O que principia uma nova abordagem, chamada de endomarketing. O
prefixo ENDO provém do grego, e quer dizer “ação interior ou movimento para dentro”
(BRUM, 1998, p.11). Endomarketing é, portanto, “Marketing para dentro”. A autora ainda
ressalta que “tudo o que é feito no sentido de uma maior aproximação empresa/funcionário,
do programa mais sofisticado à ação mais simples, está inserido no contexto do
endomarketing”. (BRUM, 1998, p. 29-30).
Para Kotler “Marketing interno é a tarefa de contratar, treinar e motivar funcionários
que desejam atender bem aos clientes” (2000, p.44). Segundo ele há hoje a visão de que as
Acadêmico do curso de Pós Graduação em Marketing e Vendas, Anhanguera Educacional - Faculdades
Atlântico Sul do Rio Grande.
empresas podem prometer um excelente serviço sem que antes seus funcionários estejam
preparados para isso.
b) Comunicação institucional;
c) Comunicação mercadológica.
Abaixo segue o quadro a respeito de uma comunicação integrada eficiente na
organização.
Além dessa forma de comunicação integrada, de acordo com Brum (2000) quando
surgiu o endomarketing, este era utilizado por empresas do segmento industrial, e isso se deu
pela vontade das indústrias de serem mais competentes que os sindicatos na comunicação com
os funcionários. Com o passar do tempo, a relação capital-trabalho foi evoluindo e o
endomarketing pôde sair de dentro da fábrica para tornar-se mais uma arma na luta pela
conquista e conservação do cliente, uma vez que o perfeito atendimento passou a ser
entendido como uma atitude positiva oriunda de um funcionário igualmente positivo. Nesse
sentido o funcionário passa a ser visto como alguém que necessita de educação, carinho e
atenção, tornando-se bem preparado e informado para que possa ser uma pessoa criativa e
feliz, capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente.
Em relação à criação de um processo de endomarketing, Bekin (1995, p.40) parte de
três premissas básicas:
a. Estamos num mercado orientado para o cliente. Clientes só podem ser conquistados e
retidos com um serviço excelente;
b. Funcionários têm expectativas e constituem o primeiro mercado para a organização.
Assim, funcionários devem ser tratados como clientes e valorizados como pessoas;
c. Excelência de serviços para os clientes e gerenciamento de recursos humanos
significam envolver e comprometer os funcionários com os objetivos e decisões da
empresa;
Bekin caracteriza o endomarketing da seguinte maneira: “ações de marketing para o
público interno (funcionários) das empresas e organizações” ou ainda “um processo cujo foco
é sintonizar e sincronizar, para implementar e operacionalizar, a estrutura de marketing da
empresa ou organização que visa “ação-para-o-mercado”, tendo como objetivo “facilitar e
realizar trocas construindo relacionamentos com o público interno, compartilhando os
objetivos da empresa ou organização, harmonizando e fortalecendo estas relações” (p.16).
Portanto, endomarketing tem por objetivo facilitar e realizar trocas, construindo
relacionamentos com o público interno, compartilhando os objetivos da empresa ou
organização, harmonizando e fortalecendo estas relações. Sua função é integrar a noção de
"cliente" nos processos internos da estrutura organizacional, propiciando melhoria da
qualidade de produtos e serviços com produtividade pessoal e de processos.
Muitos fatores determinam o sucesso ou o fracasso de um programa de endomarketing
e que devem ser levados em consideração no momento em que todos os esforços estiverem
sendo planejados. Dentre eles, segundo Brum (1998) tem-se:
a) A valorização da cultura da empresa: quando se fala em cultura, fala-se de valores,
crenças e comportamentos que permeiam a empresa. Cada empresa tem um tipo de
cultura exatamente porque é uma organização de seres humanos.
b) Endomarketing como um processo educativo: não existe mudança sem que as pessoas
sejam educadas para isso. Existe um questionamento da validade do treinamento como
instrumento de endomarketing. Se o endomarketing é um processo educativo, se o
produto da comunicação interna é a informação e se o treinamento é uma forma de se
transmitir informação e conhecimento, pode-se dizer que o treinamento é um dos mais
importantes instrumentos de endomarketing.
c) Instrumentos que encantem o público interno: um profissional de comunicação social
ou de recursos humanos, que tem sob sua responsabilidade um programa de
endomarketing deve administrar sua criatividade e incentivo de ser quase um
"produtor de Hollywood" identificando grandes idéias e buscando os recursos
necessários para que os instrumentos criados consigam encantar o público interno.
d) Informação como responsabilidade da empresa: o endomarketing trabalha a
informação de forma que ela contribua para que os objetivos e as metas globais da
empresa sejam alcançadas com a participação dos funcionários.
e) As mensagens devem ser simples, curtas e claras: a linguagem utilizada num programa
de endomarketing tem o compromisso da construção de um significado para as
certezas e expectativas da empresa na cabeça e no coração das pessoas envolvidas.
Com o que foi exposto anteriormente, é possível perceber que, quando o assunto é
endomarketing, é imprescindível que haja um bom relacionamento com o cliente interno,
sendo vital que os gestores se comuniquem bem, fazendo com que o colaborador sinta-se
parte dos sabores e dissabores dentro da empresa. Como forma de comunicação interna,
existem inúmeras que podem ser exploradas, porém, uma das mais eficientes, atuais e de
baixo custo é o meio eletrônico. Reforçando a idéia da economia, que as empresas fazem ao
lançar mão de marketing eletrônico, Reedy, Schullo e Zimmerman (2001) afirmam:
Empregar recursos de marketing on-line pode ajudar uma companhia a
utilizar a administração de custos. [...] O e-mail é um excelente substituto
para as longas chamadas interurbanas ou o custo de postagem, papéis e
envelopes. As ferramentas eletrônicas, como videoconferência ou o
intercâmbio eletrônico de dados (EDI), podem substituir os custos de
viagens e hospedagem. [...] A introdução de recursos do marketing
eletrônico é muito eficiente em termos de custos, em comparação aos
benefícios obtidos. (p. 31-32)
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, percebe-se que em Kotler (2000) fica clara a
idéia do benefício provocado pelo baixo custo do marketing eletrônico. Segundo o autor,
nesse ambiente, se reduz despesas com manutenção de loja, como por exemplo: aluguel,
seguros e serviços. Pode-se também produzir catálogos digitais a custos muito menores do
que os convencionais e economizar com despesas com correio, entre outros fatores positivos.
Além da vantagem financeira, é preciso considerar o que corrobora Grönroos (2003),
pois marketing eletrônico tem aplicação direta no processo de endomarketing:
A tecnologia da informação e o desenvolvimento de intranets causaram um
tremendo impacto sobre os processos internos e favoreceram um sistema de
suporte eficaz para o endomarketing. [...] O sentimento de estar conectado ao
mesmo conjunto de informações ao qual todos os outros estão conectados
pode criar um compromisso com uma causa mútua entre os funcionário que
têm uma influência positiva sobre os relacionamentos internos. (p. 420)
Todas as ferramentas aqui apresentadas têm muito a crescer e dar ainda mais resposta
às organizações. A entrada das mesmas no cotidiano empresarial vem ganhando espaço no
mercado. Porém ainda é muito pouco, face à potencialidade que elas contêm.
Considerações Finais
BEKIN, Saul F. Conversando sobre Endomarketing. São Paulo: Makron Books, 1995.
BRUM, A. M. Endomarketing como Estratégia de Gestão: encante seu cliente Interno.
Porto Alegre: L&PM, 1998.
_________. Administração de Marketing. 10.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000.
STERNE, Jim; PRIORE, Anthony. E-mail Marketing: utilizando o e-mail para atingir seu
público-alvo, conquistar e manter clientes fiéis. São Paulo: Makron Books, 2002.