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REDAÇÃO PUBLICITÁRIA DIGITAL
AULA 3

 
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Profª Ana Heck

CONVERSA INICIAL

Olá, a partir de agora vamos trocar ideias sobre fatores determinantes para a escrita, desde a

arquitetura da informação até técnicas para redação. O foco aqui é a escrita para a web e os

elementos envolvidos na produção textual. Veremos como o (a) webwriter (ou web redator/a) deve
pensar a organização das informações e desenvolver as estratégias para melhor aproveitar os

elementos e lógicas que constituem o atual contexto cibercultural e convergente. É preciso que você
entenda como distribuir material entre as camadas que estruturam microuniversos de informação,

assim como aprender a dar visibilidade neste nesse vasto ciberespaço.

 CONTEXTUALIZANDO

Escrever é uma atividade similar a pensar, e construir textos exige saber “tim tim por tim tim”
sobre aquilo que se quer abordar, de que forma o fazer e o que se pretende com o que é escrito. Isso

não significa que não há espaço para a criatividade na escrita – e isso pode trazer resultados

admiráveis – mas, é fundamental possuir uma ideia geral e estruturada sobre a temática sobre a qual

você vai produzir um conteúdo. Ao longo dessa aula, pense sobre a importância de organizar
informações de maneira atraente e funcional. Reflita sobre a maneira pela qual essa estruturação se

relaciona à dimensão da persuasão – fundamental em qualquer atividade publicitária.

TEMA 1 – ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO

Antes mesmo de abordar a definição do conceito, quero que você imagine o seguinte: você vai

ao supermercado comprar um chocolate. Ao entrar na loja, imediatamente, procura por placas


indicadoras de onde está a seção de doces e sobremesas, certo?! Então você já entendeu a ideia de

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arquitetura da informação (AI – vou usar essa sigla a partir de agora, ok?!). É uma forma de auxiliar as

pessoas a encontrarem o que procuram, seja no contexto on ou offline.

Richard Saul Wurman, arquiteto, já na década de 1960 começava a esboçar ideias sobre o

conceito, seu objetivo era tornar a informação compreensível, criando instruções para espaços.

Mas, vamos pensar nisso no contexto digital. De acordo com Rodrigues (2006, p. 97) "em um
ambiente digital, é a tarefa de estruturar e distribuir áreas, principais e secundárias, tornando as
informações facilmente identificáveis, sua distribuição bem definida e, a navegação, intuitiva".

A ideia é criar uma estrutura compreensível, com hierarquias, categorias e elementos que
favoreçam a navegação (seja num site, página ou texto!). Nesse sentido, Rosengeld e Morville no

livro "Arquitetura da informação para a World Wide Web" (2006) afirmam que a representação da AI é

a intersecção de contexto, conteúdo e usuários (as).

Ainda de acordo com esses autores (Rosengeld; Morville, 2002), a AI é composta por um

conjunto de elementos que atuam de forma interdependente e integrada:

Navegação: especifica as maneiras de navegar, de se mover pelo espaço informacional e

hipertextual.

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Como diz Rodrigues (2006, p. 99): "escreva como se estivesse explicando o assunto a um leigo,
mesmo que o tema seja banal". Facilite a leitura.

Organização: determina o agrupamento e a categorização do conteúdo.

Rodrigues (2006, p. 99) afirma "liste os aspectos de uma informação que você irá abordar em
uma determinada página e analise se eles serão melhor apresentados em texto, tabela, gráfico ou
imagem". A dica é buscar clareza.

Rotulação: ajudam no reconhecimento de controles e influenciam a sequência das atividades.


Estabelece formas de representação e apresentação da informação, definindo signos para

cada elemento informativo.

Rodrigues (2006) indica: entenda o universo linguístico do seu target, "a palavra de ordem

nomear preocupa-se com a chegada da informação ao leitor, sem uma possível barreira de
linguagem ou do estilo adotado". Use termos claros para o usuário.

Busca: determina as perguntas que o (a) usuário (a) pode fazer e o conjunto de respostas que
irá obter.

Rodrigues (2006) aponta: "uma página dentro de um site é como uma ficha em um arquivo: você
precisa 'catalogá-la' para que o usuário, assim que acessa, possa identificar a informação que ali é

abordada". Por isso, faça um uso inteligente de palavras-chave, seja no título ou no corpo do texto,

para que sejam facilmente visualizadas. Destaque.

TEMA 2 – BUYER PERSONA

Acabamos de falar sobre a intersecção de contexto, conteúdo e usuários (as) no contexto da AI.

Vamos focar nos (as) usuários (as) a partir de agora. Toda estratégia de redação é focada nas

pessoas: com e para quem sua marca quer falar? Quem você deseja educar, entreter e converter?

Um conceito muito disseminado na publicidade é o público-alvo: grupo de clientes em um

mercado para o qual são direcionados os esforços de comunicação. A definição se refere a um

segmento de mercado composto por pessoas com características em comum. É uma parcela do

mercado consumidor que nos interessa, indivíduos que vão comprar seus produtos e/ou serviços.

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Normalmente, esse grupo é definido com base em características (ou um misto delas) como
idade, gênero, formação educacional, classe social, localização, hábitos de consumo etc. Veja o

exemplo a seguir de público-alvo para uma marca de hidratante para barbas:

Homens, de 18 a 65 anos das classes C e D residentes da região sul, vaidosos e preocupados


com a aparência.

Essa definição indica o direcionamento adequado, mas também pode limitar ações mais
específicas. Assim, para uma abordagem mais precisa em ações específicas voltadas a um nicho

menor, você precisa de DE-TA-LHES.

Já a persona, ou buyer persona dá conta de aspectos mais complexos, traçando perfis que
sintetizem as principais características desses clientes. A persona é como um personagem

humanizado com característica do público de uma marca. Para Spadin e Quincoses (2015, p.2), “deve

levar em conta a história da marca, características emotivas e físicas, personalidades, valores e ideias
compatíveis com o público-alvo”.

Traça perfil que versa sobre o seu ou sua “cliente ideal”. Serve para que a marca possa criar
estratégias centradas no seu público e capazes de atender seus interesses. A partir das características

dos (as) seus (suas) clientes reais, você define um (a) “personagem fictício”.

Também pode levar em conta características de pessoas que possam se interessar pela marca,

para quem você deve mirar os esforços para transformar em cliente e fidelizar.

A definição de persona, assim, é fruto de uma pesquisa mais aprofundada e detalhada do

público que extrapola características demográficas e inclui interesses, comportamentos,

aspirações, práticas, características da personalidade, estilo de vida, informações profissionais

entre outras coisas. Veja um exemplo:

Paulo tem 35 anos e mora em Curitiba. É um homem moderno, advogado, Workaholic, com

rotina agitada, mas que gosta de cuidar do corpo e da aparência. Por isso ele preza por qualidade e
praticidade na hora de realizar compras. Vaidoso, busca sempre estar apresentável, seja para uma

audiência ou um date no fim de semana. Cultiva há anos uma barba da qual tem muito orgulho.

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Considera que essa contribui para um visual sério, másculo e sexy, por isso investe em bons
produtos.

Percebeu a diferença da definição anterior? Enquanto a definição de público-alvo parece


genérica, quando a persona Paulo é apresentada, você entende melhor o indivíduo, suas nuances,
imagina como se veste, aonde vai e aposto que até o cheiro dele você conseguiu imaginar.

É uma identidade, e isso faz toda a diferença na hora de pensar as estratégias e encontrar a
melhor forma de convencer Paulo a comprar seu produto. Afinal, somos muitas coisas que vão além

das nossas características demográficas!

Faz toda a diferença criar estratégias para uma pessoa em vez de um grupo genérico, não
concorda? O público-alvo é como uma “mira”, já a persona é alguém com quem buscamos

interagir. Mas, uma definição não substitui a outra: devemos usar as duas em conjunto.

Saiba mais

Veja um exemplo do site Rock Content que esclarece bem a diferença entre público-alvo e
persona.

A definição de uma persona serve para aprofundar o conhecimento sobre seu público, fazer
escolhas assertivas sobre o tom e a linguagem mais adequados, os canais de comunicação mais

indicados, definir pautas. Mas também contribui para compreender como seu produto atua no

cotidiano do indivíduo, qual seu valor para essa pessoa, buscando sempre melhorar a experiência

do usuário.

Por isso, para criar uma persona é preciso pesquisar quem são seus (suas) clientes, suas

necessidades e o que buscam com seu produto ou serviço. Mas, atenção: uma persona não é

definida a partir de “achismos”, deve ser embasada em dados reais – investigue, ative o modo

“Sherlock Holmes”!

Consiste em um processo. Você pode começar planejando e aplicando uma pesquisa, coletando

dados e analisando. Pode ser por meio de um questionário ou entrevistas. Em qualquer uma das

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alternativas, comece levantando dados demográficos, mas também de nível pessoal e profissional

(como rotina, responsabilidades, objetivos e possíveis barreiras).

Cabe investigar também como essa pessoa consome conteúdo: em quais redes? Quais

assuntos? Como? E, é claro, buscar entender seus hábitos de compra: quando, onde, como e quanto
consome, marcas preferidas, e sua relação com as empresas (valor, qualidade percebida). Mas você
não pode fazer mil perguntas, ninguém gosta de interrogatórios. Seja objetivo (a) e sensível para

elaborar perguntas certeiras em número adequado.

Por fim, analise os dados, procure entendê-los. Esteja atento (a) tanto para padrões quanto para

contradições nas respostas – isso pode acontecer! Escreva suas conclusões e organize suas
percepções de maneira clara e objetiva para visualização. O segredo é encarar esses dados como

um ser humano. Dê um nome para sua persona, uma cara, isso facilita a compreensão.

Você pode inclusive criar mais de uma persona para a marca, os dados vão te mostrar isso se
houver necessidade. Se a empresa atuar atendendo outras empresas, sempre há uma pessoa por

trás das decisões, pense nisso.

A partir dessa definição, crie estratégias e conteúdos voltados para a descrição que você definiu.

TEMA 3 – BRAND PERSONA

Muito próximo ao conceito de buyer persona, a brand persona consiste em “personificar” os

valores de uma marca visando aproximação com o target e relacionamento.

Uma marca é muito mais do que seu logotipo e seu manual de identidade visual. Incorpora

todas as estratégias comunicativas que põe em prática para passar sua identidade e seus valores, se

posicionar.

Compramos de marcas nas quais acreditamos, nos identificamos e desejamos nos relacionar.
Nesse sentido, a criação de uma brand persona pode colaborar para o posicionamento da marca no

mercado. Ela tem como base os valores que a marca deseja passar, definindo um tom e uma voz

para a marca.

Consiste na maneira como a marca vai se comunicar com as pessoas, indiferente do canal
utilizado. Define um padrão de discurso, uma forma autêntica de se expressar e criar conexão

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com sua buyer persona.

Segundo a Rock Content, uma das maiores empresas de conteúdo da América latina, para a
definição da brand persona, você precisa estabelecer 4 fatores: os pilares da marca, sua essência,

uma promessa para com seus consumidores e uma declaração de missão.

Pilares Palavras-chave que representam e incorporam os videais e características da marca

Essência Principal característica que define a marca

Promessa Acordo velado entre a marca e os seus clientes

Missão Propósito da marca, sua razão de ser, além de resultar em lucro

Ademais, ainda sugere que sejam definidos:

Tom de voz;

Constelação semântica (grupo de palavras que se repetem – uma rede semântica!);

Gírias;
Formas de argumentar;

Referências que ela usa ao falar;


Citações e autores que ela admira;

Gírias e regionalismos.

O Guia Prático do Manual de Redação da Resultados Digitais, indica que a voz é o marco de

como a empresa se comunica, enquanto o tom é a aplicação dessa. Indica que a voz é constante,
mas o tom se adequa ao contexto (com quem está desse comunicando, objetivo do conteúdo etc.). O

tom deve englobar o padrão de escrita (formal ou informal, se em primeira pessoa ou não,

aconselhamentos sobre uso de humor etc.).

Quando tais pontos estiverem definidos, recomenda-se que seja redigido um documento para

enviar à toda equipe para manter um padrão na comunicação. Fique atento (a), na próxima aula
vamos falar de branded content.

Saiba mais

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Entenda a personificação da marca Magazine Luiza, a Lu.

TEMA 4 – WEBWRITING

Quando falamos de redação para o ambiente on-line, estamos nos referindo à atividade de
webwriting, termo que indica, de forma simples, a escrita na e para a web. Essa prática é resultado

de toda a trajetória que constituiu o ciberespaço, a cibercultura e a era da convergência que vimos
anteriormente. Esse tipo de produção incorpora elementos significativos da interação entre homem,
máquina e redes.

As regras da escrita on-line são herdadas do universo off-line, mas passam por readequações

estruturais visíveis, e o webwriting é o resultado dessa mistura de linguagens. De maneira geral,


como observa Rodrigues (2006), a percepção imagética da tela do dispositivo utilizado, e

precisamos controlar a (cada vez maior) possibilidade de dispersão do usuário. A combinação de


meio e mensagem representada pelo resultado do design da informação – as possibilidades de

acesso hipertextual e multimidiático implica uma tarefa complexa, que demanda tanto o

conhecimento sobre regras e formas de funcionamento da web quanto criatividade para


manipulação desses elementos constitutivos.

Rodrigues diz que o webwriting deve ser guiado em meio a três princípios fundamentais:
objetividade, navegabilidade e visibilidade.

A objetividade é uma característica fundamental no webwriting pela necessidade que o público

tem de encontrar informação adequada a seus interesses e motivações. Na visão de Rodrigues

(2014), como a internet pode ser entendida como um arquivo infinito, o (a) web redator (a) tem como
uma de suas funções “lapidar” as informações, ou seja, torná-las o mais inteligível possível. Atuando

sob esse intuito, a expressão textual-imagética, a organização e a disposição de dados vão influenciar

a constituição de uma abordagem persuasiva. A conquista da interlocução com o público se realiza

na ação de proporcionar uma experiência que ele entenda como “certeira” – neste sentido, objetiva.

A questão é, precisamente, entrega conteúdo que seja considerado objetivo, apresentando o


mínimo possível de divagações ao target. Quem entra no site deve visualizar aquilo que procura, com

o menor número de cliques. Em outras palavras, objetividade caminha ao lado de funcionalidade e

relevância.
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O segundo fundamento do webwriting estabelecido por Rodrigues (2006) é a navegabilidade.

Para ele, embora características que compõem o design de uma página possam ser fundamentais, é
realmente o texto que move o usuário quando ele se conecta a um site. Desta forma, importa pensar
esse microuniverso de maneira que o (a) visitante acesse da maneira mais rápida possível a

informação que procura, evitando que se perca no entremeio.

Evidentemente, isso depende de um conteúdo produzido com qualidade, que exponha as

informações mais relevantes, possibilite a constituição de ligações dentro da página e, se for o caso,
com outros sites. Isso depende das formas pelas quais o (a) web redator (a) organiza e desenvolve os
links da página.

Você precisa levar em conta que a navegação pode ocorrer de forma linear e não linear. Na

primeira, segue-se uma trajetória definida previamente, como um caminho direcionado no interior

do microuniverso on-line. No caso da não linear, o visitante constrói sua própria rota, acessando
seções da página da maneira que lhe convém. Como já analisamos, esta é uma das características

primordiais do ambiente da rede. Essas possibilidades são abertas pela utilização dos links por parte

do (a) webwriter, porém “o risco do link mal utilizado é a mudança de foco do usuário, seja ao visitar
um site recomendado, ou até mesmo páginas do próprio site. Ele pode não retornar”, adverte

Rodrigues (2006, p. 17).

O último dos princípios apontados por Rodrigues (2006) é o de visibilidade. A página precisa
ser pensada como uma “loja”, cuja vitrine deverá ser atrativa aos (às) usuários (as) – tanto em seus

produtos quanto em preços, por exemplo. Com efeito, o (a) web redator (a) precisa desenvolver um

microuniverso que combine poder de atração e estratégia de exposição, ou seja, é fundamental

criar um sistema que sirva ao destaque de elementos que não sejam propriamente informações,

produtos, serviços ou ideias mais recentes, mas que têm relevância no espaço da página.

Daí a relevância do conceito de Arquitetura da Informação: “Um site pode se apoiar em uma

organização bem estruturada e hierárquica da informação, em que o usuário, através de elementos

como o menu principal, consegue ‘enxergar’ intuitivamente o conteúdo que está adiante” (Rodrigues,

2006, p. 20).

Saiba mais

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Assista ao vídeo Webwriting: como produzir conteúdo para o digital.

As dimensões que constituem os princípios do webwriting devem ser pensadas de forma


infraestrutural, de maneira que seja possível constituir páginas que combinem funcionalidade e

atratividade, entregando ao (à) usuário (a) as informações que procura e capturando sua atenção
para novas possibilidades que ele (a) não imaginava que poderia encontrar.

Rodrigues (2006) diz que, ao contrário do que se tornou senso comum, o texto no ambiente on-
line não deve ser, obrigatoriamente, curto e de rápida leitura. Essa é uma questão que depende da

profundidade necessária às informações.

De acordo com o autor, um site deve ser pensado com base no que ele denomina como
metáfora da cebola, sendo composto por meio de camadas de informação. Estas podem ser

consideradas a base do conteúdo disponibilizado no ambiente on-line. Mas essas não devem ser

usadas de maneira indiscriminada: quanto maior a profundidade no qual se encontra determinado


conjunto de informação, menor a probabilidade de ser acessado.

A primeira camada, chamada de Apresentação, deve servir como prefácio, nela devem constar

elementos considerados mais persuasivos sobre o conjunto informativo do espaço on-line, de

maneira a captar a atenção do usuário. Além das possibilidades de navegação expostas por meio

de menus, é essencial criar elementos de destaque. Ao acessar a página, a pessoa deve ser instigada
a buscar o próximo nível informativo, por meio de elementos – textuais, imagéticos e/ou icônicos –

que destaquem os aspectos considerados mais importantes para a criação de atratividade.

A segunda camada é a Genérica, na qual devem ser expostas informações básicas acerca da

temática da página. Tendo sua denominação originária da ação do público de acessá-la para buscar

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dados gerais, sua missão é expor, ao usuário, os elementos essenciais do tema. Nesse sentido, deve

servir à contextualização das informações e instigar o visitante do site a buscar mais conhecimento
sobre aquilo que está sendo publicitado.

A terceira é a Camada de Detalhamento, na qual as páginas trazem os pormenores do conteúdo


temático. Assim, após mergulhar pelas duas primeiras dimensões, o consumidor encontrará o
substrato informativo de maior relevância do tema da página. O acesso a esse nível indica

confiança do (a) usuário (a) no (a) emissor (a), o que se reflete na aquisição de produtos e serviços, na
propaganda boca a boca, no compartilhamento e engajamento com o conteúdo produzido. As
seções que compõem o detalhamento são produzidas pensando-se em um público-alvo já
entrelaçado aos valores e interesses expostos pelo assunto do espaço on-line em observação e
usualmente utilizam referências (textuais, imagéticas e textual-imagéticas) que expressam essa

relação, de certa forma, pré-construída.

Essa camada precisa mostrar mais profundidade – dessa maneira, os usuários (as) que chegam

nessa se sentirão recompensados (as) pela imersão. Nesse sentido, observa Rodrigues (2014), deve-se

tomar cuidado com as páginas que possuem conteúdo restrito, pois a falta de aviso sobre a proibição
de acesso é uma das maneiras mais comuns de criar antipatia e aversão a um site – e,

consequentemente, a tudo aquilo que é a ele relacionado.

TEMA 5 – TÉCNICAS DE REDAÇÃO DA WEBWRITING

Escrever para o ambiente digital demanda atenção em alguns detalhes, sua aplicação envolve

alguns fatores:

Escrita coloquial: escreva da maneira como as pessoas falam, você não está escrevendo um

artigo científico, mas peças ou conteúdos voltados para persuadir determinado target. Isso

contribui para criar intimidade com o leitor. Mas, fique atento: escreva de maneira coloquial de
acordo com o tom da sua brand persona, pois você escreve por uma marca, e não por si.

Escrita objetiva: o texto deve ser conciso e objetivo. A mensagem deve ser clara e você deve

procurar proporcionar uma leitura ágil – característica da web. Vá direto ao ponto.

Frases e parágrafos curtos: são mais fáceis de visualizar e ler. Agilizam a compreensão e

tornam o texto muito mais eficiente. Exercite a reescrita das frases de maneira mais sucinta.

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Uma boa dica também é empregar a voz ativa em ordem direta. Trabalhe sempre uma ideia em

cada parágrafo.
Escaneabilidade: simplifique a visualização, destaque termos (negritos, listas, use subtítulos,
entre outros recursos).

Estrutura de tópicos: antes mesmo de começar a escrever faça uma lista dos tópicos a serem

abordados e os organize de acordo com sua relevância. Na escrita, use os tópicos como
quebras, isso torna a leitura mais ágil, a otimiza.
Pirâmide invertida: deixe no início do texto as informações mais relevantes. Sua introdução
deve indicar o que, quando, onde, como, com quem e por que aquilo está acontecendo.
Títulos curtos e autoexplicativos: seja objetivo inclusive no título, mas deixe clara a promessa

básica do conteúdo. Não esqueça de usar a palavra-chave no título e distribuir termos


conectados a ela ao longo do texto.

Faça uso de recursos multimídia: enriqueça o conteúdo com fotos, tabelas, infográficos,
áudios ou vídeos. Explore a riqueza das possibilidades de transmissão de informações na web.

Pense no seguinte: às vezes, é melhor apresenta rum conjunto de dados via infográfico do que

em um texto – que pode ficar “pesado” para ler.


Empregue gatilhos mentais: de acordo com Cialdini (2012) gatilhos são estímulos, fazem parte

de um processo cognitivo que influencia na tomada de decisão que envolvem aspectos


emocionais, instintivos e sociais. Ele cita 6 gatilhos que podem colaborar para introduzir,

fortalecer ou consolidar uma ideia na mente das pessoas (no nosso caso, relacionada à venda!).

 Veja a tabela a seguir:

Tendência de retribuição. Forneça informações valiosas e relevantes ao seu consumidor para cultivar o
Reciprocidade
interesse em te procurar no futuro.

Compromisso e Tendência de evitar contradição. Se você se compromete com algo, como confirmar presença em um

coerência evento, se sente compelido a ir.

Tendência de adesão baseada em pertencimento ou inspiração. Pessoas são influenciadas por outras,
Aprovação social
as usam como inspiração. Mostre provas de outras pessoas que foram bem-sucedidas.

Tendência de empatia a uma pessoa ou solução. Quanto mais próximo você se sentir das pessoas ou

Afeição da situação, maiores as chances de responder positivamente à proposta. Refere-se à conexão


emocional, histórica, por características ou habilidades.

Autoridade Tendência a atender pedidos de especialistas. Funciona muito bem no merchandising, por exemplo.

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Tendência a dar mais valor às coisas “menos” disponíveis. A intenção é criar um senso de urgência no
Escassez
consumidor, por exemplo: desconto para os 10 primeiros inscritos

Saiba mais

Assista ao vídeo Como vender pela internet: 10 gatilhos mentais para vender mais e persuadir
no mundo online.

Escreva um bom Call to action: é um convite à ação – algo que você quer que a pessoa faça a
partir do conteúdo entregue. Pode ser uma solicitação para comentar, compartilha, ler outro
artigo no blog, comprar um produto, preencher um formulário ou fazer o download de um e-

book, por exemplo. A dica é: deixe claro qual é o resultado que você espera, o que quer que o
(a) usuário (a) faça.

TROCANDO IDEIAS

A redação publicitária digital demanda muitos conhecimentos sobre formatos de escrita, que

devem se entrelaçar para o alcance de resultados criativos. A atividade de webwriting aponta para

alternativas virtualmente infinitas, possibilitadas pela junção de diferentes linguagens. Acesse o fórum

da disciplina e dê sua opinião: qual é o elemento mais importante dentro do universo do webwriting?

NA PRÁTICA

Crie uma postagem para stories do instagram (pode ser um story ou uma sequência desses) para
a marca Dobra que produz carteiras feitas de “papel”.

O objetivo é divulgar uma das coleções da marca (está liberado escolher a coleção que você

achar mais bacana ou a sua cara). Você deve colocar em prática um dos 6 gatilhos mentais

apresentados para a produção do texto. Entenda a brand persona, esteja atento à buyer persona e

escreva um texto arrebatador!

FINALIZANDO
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Esta aula teve como objetivo falar sobre os fatores envolvidos no webwriting. Como você viu, a

escrita para a internet apresenta um considerável conjunto de diferenças em relação às outras mídias,
e isso traz implicações claras à atividade dos redatores publicitários.

Por isso, entender as relações entre contexto, conteúdo e usuários para pensar na transmissão
de uma mensagem é primordial. Observar de maneira pontual o target, definir uma linha de escrita e
aplicar isso ao texto também.

Na próxima aula vamos falar sobre procedimentos relacionados à criação de conteúdo que vão
te ajudar a compreender rum pouco mais sobre a escrita para a rede.

REFERÊNCIAS

CIALDINI, B. As Armas da Persuasão. São Paulo: Sextante, 2012.

RODRIGUES, B. Webwriting: redação e informação na web. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.

ROSENFELD, L.; MORVILLE, P. Information Architecture for the World Wide Web. 3. ed.

Sebastopol, USA: O’Reilly Media Inc., 2006.

SPADIN, R; QUINCOSES, C. A Criação de Personas da Marca Como Estratégia de Relacionamento

com os Consumidores Nas Redes Sociais Digitais. In: Comunicon 2015. Anais Eletrônicos. São Paulo:
ESPM, 2015. Disponível em: <encurtador.com.br/luzA4>. Acesso em: 23 jun. 2021.

WURMAN, R. Information Architects. Zurich: Switzerland: Graphis Press; 1996.

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