1 Capítulo 8: Formulação de caso na terapia comportamental integrativa de casal.
As terapias comportamentais contextuais possuem três processos básicos:
1. O trabalho centrado nos valores da pessoa 2. A necessidade de consciência plena 3. Aceitação dos eventos privados ao invés do evitar ação ou tentativas de controle deles. Em resumo anterior, já falamos da terapia de aceitação e compromisso e também entendemos que esta propõe falar sobre as habilidades de ser/estar no momento presente com completa consciência abertura a experiência, e de agir guiado pelos valores, ou seja, pelo que é importante. A proposta é aceitar aquilo que não se pode mudar e não aceitar o inaceitável. Jacobson e Christiane (1998) organizaram a Terapia Comportamental Integrativa de Casal (IBCT). Foi uma evolução a partir da análise do comportamento da terapia de casal comportamental. Os resultados comprovaram que a Terapia Comportamental Integrativa de Casal é mais eficaz do que a Terapia de Casal Tradicional. A IBCT utiliza estratégias terapêuticas tradicionais de Resolução de Conflitos e de Comunicação, Estratégias de Tolerância e Aceitação. A proposta é provocar mudanças em si mesmo e não no outro. Não procurar focar no contexto problemático. O problema não são as diferenças ou incompatibilidade do casal, mas a forma como lidam com elas. A proposta é observar se esse seu comportamento está te afastando da meta ou te aproximando. Primeiro fazemos formulações dos problemas conjugais. Depois traçamos estratégias de aceitação orientadas para as coisas que não se pode mudar (união em tática e distanciamento unificado) e de tolerância, somadas as já conhecidas estratégias de mudança orientadas para as
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1 C como plágio. Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448 Resumo do livro: Transtornos psicológicos: terapias baseadas em evidências Referência: ABREU, Paulo. ABREU, Juliana. Transtornos psicológicos: terapias baseadas em evidências. 1 ed. Santana Paraíba. Manoel, 2021.
coisas que podem ser mudadas (intercâmbio de reforçadores, habilidades de comunicação e
2 resolução de problemas). A IBCT trabalhará com a polarização, por exemplo: distância versus intimidade, controle versus responsabilidade, convencionalismo versus inovação. Como saber se um comportamento está polarizado? Devemos analisar o contexto e como casal interpreta as situações que acontecem na relação conjugal. A IBCT se concentra mais em aspectos emocionais, nas reações dos parceiros diante das dificuldades que se encontram em seus relacionamentos, e menos sobre as soluções ativas para resolver essas dificuldades.
A avaliação do casal pode ser feita a partir do:
D: diferenças que o casal tem em relação ao tema tratado;
E: sensibilidades emocionais diante do tema; E: fatores externos que interferem no tema (problemas com a família); P: padrão de interação que utilizam para lidar com o tema.
Utiliza-se autorrelato (agressões, infidelidade), áreas problemáticas (trabalho, criação
dos filhos, intimidade) e por fim, padrão da comunicação.
O processo de avaliação se dá em 4 encontros:
1- Com o casal 2- Individual 3- Individual 4- Com o casal para realizar o feedback
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2 C como plágio. Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448 Resumo do livro: Transtornos psicológicos: terapias baseadas em evidências Referência: ABREU, Paulo. ABREU, Juliana. Transtornos psicológicos: terapias baseadas em evidências. 1 ed. Santana Paraíba. Manoel, 2021.
Instrumentos utilizados para avaliação do caso:
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1- Questionário do relacionamento de Christensen.
2- Índice de satisfação conjugal (CSI-16) de Funk e Rogge (2007). 3- Questionário para casais de Christensen. 4- Questionário de áreas problemáticas de Heavey, Christensen e Malamuth (1995). 5- Comunicação do casal durante um conflito de Christensen. 6- Questionário de feedback de Christensen. 7- Inventário de Aliança Terapêutica de Horvach e Greenberg (1989) e Tracey e Kokotovic (1989).
Auxiliar os casais a identificar seus pontos fracos é essencial para ajudá-los a
compreender suas estratégias reativas de enfrentamento que os levam assim envolver em uma dança improdutiva. (Lins, 2021, 117). A proposta é que, com trabalho terapêutico, o casal possa se reconhecer como imperfeito, que cada um tem suas características individuais, suas dificuldades, assim como seus encantos e, ainda assim, vale a pena seguir a vida com essa pessoa, em uma relação genuinamente valiosa escolhida. (Lins, 2021, p. 119).
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3 C como plágio. Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448