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Lacan o Lugar Da Psicanalise Na Medicina
Lacan o Lugar Da Psicanalise Na Medicina
JACQUES LACAN
Permitam-me, quanto a algumas das pergun- médico e da modificação muito rápida que vem
tas que acabam de ser feitas, de me restringir produzindo-se naquilo que chamaria de função
às respostas dejeanne Aubry, que me parecem do médico, assim como em seu personage~
bem suflclentemeote pertinentes. Não vejo em este é um elemento importante na dita função.
quê democratizar o ensino da psicanálise pos· Durante todo o período da história que co-
sa criar outro problema que não o da definição nhecemos e podemos qualificar como tal, esta
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de nossa democracia. E' uma democracia , mas função e este personagem do médico, manti-
existem várias espécies concebíveis e o futuro veram-se em, grande constância, até uma épo-
está nos conduzindo a uma outra 1 • ca recente. E preciso, porém, obse!Var que a
prática da medicina nunca ocorreu sem ser
Creio que o que posso trazer para uma reu- gt<lndcmcnte acompanhao~ por doutrinas. Que
nião como esta - caracterizada por aquele que durante um tempo bastante curto, no século
a convoca, o Colégio de Medicina - é precisa- dezenove, as doutrinas tenham se proclamado
mente a possibilidade de abordar um tema que cientificas não as tornou, no entanto, mais ci·
nunca tratei em meu ensino, o do lugar da psi- ent(flcas. Quero dizer que as doutrinas cientffl.
canálise na medicina. cas invocadas na medicina eram sempre, até
Este lugar atualmente é ~ai e, como já uma época recente, retomadas de uma ou ou-
escrevi em várias ocasiões, ext~itorial. Ele tra aquisição da ciência, com atraso de vinte
é marginal por conta da posição da medicina anos ou mals. Isto demonstra bem que este
com relação à psicanálise - ela admlte-í\ como recurso só funcionou como substituto, para
uma espécie de ajuda exterior, comparável mascarar, o que anteriormente há que se loca-
àquela dos psic~logos e dos outros distintos lizar como uma espécie de filosofia.
assistentes terapêuticos. Ele é extra-territorial Considerando a história do médico através
l por conta dos psicanalistas, que provavelmen- das eras, o grande médico, o médico padrão,
te têm suas razões para querer conservar esta era um homem de prestígio e autoridade. O
extra-territorialidade. Não são minhas estas ra- que ocorre entre o médico e o doente, racif·
zões, mas não creio que minha vontade baste : · mente ilustrado hoje em dia por observações
para modificar as coisas. As minhas terão lugar como as de Ballnt (que o médico, ao receitar,~
no tempo devido, ou seja, extremamente rá.pi- receita-se a si mesmo), sempre aconteceu. É
do, se levarmos em conta a espécie de acelera- . assim que o imperador Marco Aurélio convoca
ção que vivemos quanto ao lugar da ciência na .Galena para que de suas mãos fossem vertidas
r-- --
p~nma afllllam aqui em um Col6-
vida comum. · ...:.:a teriaga. Foi Galeno, aliás, que redigiu o trata-
...,itlllo por jeannt Aubry sobre Gostaria hoje de consi~crar este lugar da do Ott. aptatoÇ unpoç Kat q>tÃ.o ocpoç. em que
-.r da D!icanilise "' medicina·- P~!~~.Jise. na medic..i,ru\ do ponto de vista do o médico, no que tem de melhor, é também um
filósofo e neste caso a palavra não se limita ao àquelas das org:mi7.ações em questiío, ou seja,
sentido rardio de "filosofia da natureza". com o stallls de subsist~ncia científica.
Dêem a esta palavra o sentido que quise- Citemos simplesmente, para acender nossa '~-
rem, a questão que se tmta de situar será escla- lanterna, o quanto deve nosso pmgrcsso na
recida com outrns baliz.1s. Acredito que aqui, formalização funcional do aparelho cardiovas-
apesar de estarmos em meio a uma assistência cu lar e do aparelho respimtório não somente à
majoritariamente médica, não me pedirão para necessidade de operá-lo, mas ao prúprio apa-
indicar aquilo que Foucault em seu grande li- relho de inscrição destas funçôcs, que lle im·
vro traz de um método histórico-crítico para põem a partir do momento em que se instalam
situar a responsabilidade da medicina na gran· sujeitos, os sujeitos destas reações em "satéll·
de crise ética (ou seja, critica que atinge a defi- tes", ou seja, aquilo que podemos w nsi<lemr
nição do homem) que ele cemra em torno do como formidáveis pulmões de aço. A própria
isolamento da loucura. Nem me peçlirão para construção destes pulmões está ligada a seu
introduzir este outro livro, O nascimc111o da destino de stlpol'te de determinad:1:; úrhitm:,
clln.ica, em que se encontra nxado aquilo que órbitas as quais estnríamos hem errados em
~carreta a promoção, por Blchat, de um olhar denominar cósmicas, uma 've7. que o cosmos
que se frxa sobre o campo do corpo neste cu1~ nio as "conhecia''. Para dizer tudo de uma vez:
to tempo em que o corpo subsiste como entre- no mesmo passo em que se revela a surpreen-
gue à morte, ou seja, cadáver. Os dois franqllc- dente tnlerfincia do homem a condições acôs-
nmentos pelos qu<~is a medicina, qunnto a el:l, mic:1s (até mesmo o pamdoxo que o fa7. apnre-
consuma o fechamento das portas de um.Jnnus cer, de :1lguma forma, "adaptado" a elas) é que
antigo, que reduplicava inencontrnvelmente se constata que este acosmfsmo é o que a dên·
cada gesto humano com uma figura sagrada, ela con.mói.
estão assim demarcados. A medicina é correia- Quem poderi:~ imaginar que o homem .~u -
tiva a este franqueamento. portaria tão bem a ausência de gravidade, quem
A passagem da medicina para o plano da ci- poderia prever o que aconteceria com o ho·
ência, e até mesmo o fato de que a exigênciil da mem nestas condições se nos restringíssemos
condição experimental tenha sido introduzida às metáforos nlosóficas, àquela, por exemplo,
na medicina por Claude Bernard e seus cúf':lpll· de Simone Well , que fazia da ausência de grnvi-
ces, não é o que conta por si só, a bâlança está dade uma das dimensões de uma tal metáfora?
em outro lugar. A medicina entrou em sua fase Éno ponto em que as exigências sociais são
cientít1ca no ponto em que um mundo nâsceu, condicionadas pelo aparecimento de um ho- .
mundo que a partir de então exige os condicio· mem que silva às condições de um mundo ci-
namentos necessários na vida de cada um à J~ entífico, que provido de novos poderes de in-
medida da parte que cada um desempenha na /1 vestigação e ele pesquisa, o médico encontra·
ciência, presente a todos em seus efeitos. ' se face a novos problemas. Quero com isto di-
A~ funções· do organismo humano foram 7.er que o médico nada mais tem de privilegiado
sempre objeto ~e uma experimentação segun- na organi7. ação desta equipe de peritos-\ diver-
do o contexto social. Acontece, porém, que por sameme especiali7.ados nas diferentes áreas <:i-
serem tomad~ como função no âmbito de or- entífkas. É do exterjor de sua função, especial-
ganizações altamente diferenciadas, que não mente da ocganização jnclmtrjal, que lhe são
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teriam nascido sem a ciência, elas se oferecem forneci<los os meios, ao mesma te.mp.cl.4Ue as
ao médico no laboratório (de alguma fonna sem- questões, para jntroduzir as.medic.l.m; de con-
pre já constit~ído, até mesmo já subvencionado rrole quantitatiY.o..os gráficos, as escalas, os
por créditos sem limites). Ele vai se dedicar a dados estatísticos através dos quais se estabc·
reduzir estas funções a montagens equivalentes lecem, indo até uma escala microscópica, as 'N.T.: ttrt.'fltll · dbio e denllslll.
e observar que apesar de ser concebível que coisa, vozes humanas (temos que chamá-tas
consigamos, com base nos progressos cientffi. assim), dando vida ao código que elas encon-
cos, obter uma extensão mais e mais eficaz de tram em ondas cujo entreáuzamemo sugere
nossos procedimentos de intervenção no que uma Imagem totalmente diversa do espaço em
concerne ao corpo humano, o problema conti- que os turbilhões cartesianos faz.i1m sua mora-
nua insolúvel, no nível da psicologia do médi- da? Por que não citar também ;Ó olh~ que é
co, de uma questão que reanimaria o termo atualmente onipresente sob a ro'?ma-cl'é apare-
"psicossomática". Permitam-me assinalar como lhos que enxergam por nós os mesmos. luga-
~ falha epist'-mo-SOI)lática o efeito que terá o pro- res, ou seja, alguma coisa que não é um olho e
gresso da c~sobre a relação da medicina que isola o olhar como preseme.
com o corpo. Thdo isto, podemos colocar no ativo da ci-
Ainda aí a situação para medicina é subver- ência, mas será que isto nos fai atingir aquilo
tida a partir de fora. É por isso que aquilo que que nos concerne? Aquilo que nos conceme,
estava confuso, velado, mesclado, embaralhádo, não como ser humano, pois na verdade Deus
antes de determinadas rupturas, aparece ago- sabe o que se agita por trns deste fantoche que
ra de maneira fulgurante. se chama homem, o ser humano, ou a dignida-
Isto porque aquilo que é excluído da relação de humana, ou qualquer que seja a denomina-
epistemo-somática é justamente aquilo que o ção sob a qual cada um coloca aquilo que qui·
corpo em seu registro purificado vai propor à ser de suas próprias ideologias mais ou menos
medicina. Isto que se apresenta desta forma revolucionárias ou reacionárias.
apresenta-se como pobre na festa em que o cor- Vamos nos perguntar sobretudo em que isto
po irradiava ainda há pouco por ser inteiramen- concerne àquilo que existe, ou seja nossos cor-
te fotografado, radiografado, calibrado, diagra- pos. Vozes, olhares que passeiam , é algo que
mado e capaz. de ser condicionado, dados os vem dos corpos, mais tratam-se de curiosos
recursos verdadeiramente extraordinários que prolongamentos que em um primeiro aspecto,
ele encerra. No entanto, talvez este pobre traga e mesmo em um segundo e um terceiro, têm
de longe, do exl1io em que a dicotomia cartesiana pouca relação com aquilo que chamo de dimen-
lhe proscreveu o corpo, entre pensamento e ex- s~ozo. É Importante situá-la como pólo
tensão, uma chance. Esta dicotomia deixa com- oposto, pois nela também a ciência está derra-
pletamente fora de sua apreensão aquilo de que mando devet'Ser, determinados efeitos que não
se trata, não no corpo que ela imagina, mas no são sem comportar algumas coisas importan-
corpo verdadeiro em sua natureza. tes enjeu.x.
Este cacp·a não é simplesmente caracteriza. Materializemos estes efeitos sob a forma dos
do f'ela dimensão da extenSão. Um cm:po é algo diversos produtos que vão desde os tranquili-
\\feito para gozar, gozar de si mesmo. Acljmensão zantes até os alucinógenos. Isto complica sin-
do gozo é corripletamepte excluída djsto que gularmente o problema do que até aqui foi
chame; relação f:pistemo-somática, Isto porque qualificado, de maneira puramente policial, de
a çjêncja é ~.de saber o gue Dode. mas ela, toxicomania. Basta que um dia estejamos na
não mais do que·o sujeito que ela engendra. é posse de um produto que nos permita rêco-
incapaz de saber 'o aue quer. Isto que ela quer lher informações sobre o mundo exterior, vejo
' só surge deste avanço, cuja marcha acelerada em mal como uma contenção policial poderia exer-
nossos dias peóiitte-nos perceber que ultrapas- cer-se aí. Mas qual será a posição do médico
sa as próprias pkVisões da dênda. para definir estes efeitos com os quais ele mos-
Será que poaemos pressenti-lo, por exem- trou até aqui uma audácia alimentada sobretu-
plo, pelo fato de que nosso espaço, seja ele pla- do de pretextos, pois do ponto de vista do gozo,
netário ou transplanetário, pulula com alguma em quê o uso ordenado daquilo que chamamos
a diferença que há entre a demanda e o dese- as condições das quais muito antigas escolas de
;o. Somente a teoria lingüística pôde dar con- pensamento tinham feito sua lei. O que se diz
ta de semelhante percepção e ela pode fazê- do prazer? Que ele é a exdtação m{nima, aquilo
lo ainda mais facilmente porque foi Freud que, que faz desaparecer a tensão, tempera-a ao má-
da maneira mais viva e mais inatacável, preci- ximo, ou seja, entãó, que é aquilo que nos pára
samente mostrou a distância entre eles no ní- necessariamente a um ponto de distanciamen-
vel do inconsciente. É.na medida em gue é to, de distância bastante respeitosa do gozo.
estruturado como uma linauas;em que ele é o Porgue aauilo cwe chamo iozo, no semjdo em (
inconsciente descoberto por Freud. Li com q11e a cacpo se experimenta: é sempre da ar-
surpresa em um escrito bem apadrinhado que dem da tensão, do forçamenro do gasto aré
o inconsciente é monótono. Não evocarei aqui mesmo da prgeza. Há Wcomestaye!meme gozo
minha experiência, rogo-lhes simplesmente no "ÍYel em que m m eg 3 amrrrer ador e nós
que abram as três primeiras obras de Freud, sabemos que é someme neste nível da dor que
as mais fundamentais, e que vejam se é a mo- pode se experimentar toda uma dimensão do
notonia que caracteriza a análise dos sonhos, organismo que de outra fonna fica velada.
dos aros falhos e dos lapsos. Bem ao comrá- O que é o deseio? O desejo é de alguma for-
rio, o inconsciente parece-me não somente ma o ponto de compromisso, a escala da di-
extremamente particularizado, mais ainda do mensão do gozo na medida em que de certo
que variado, de um sujeito a outro, como ain- modo este desejo permite levar mais longe o
da bem esperto e espitituoso, pois é justamen- nível da barreira do prazer. Este é, no entanto,
te ali que o chiste revelou suas verdadeiras di- um ponto fantasmático, ou seja, ali intervém o
mensões e suas verdadeiras estruturas. Não registro da dimensão imaginária que faz com
existe um inconsciente porque existiria um que o desejo seja suspenso a alguma coisa da
•
Dezembro 2001 · Opção Lacaniana no 32
L\C l'V
em que se enrafza a teoria da libido de Freud, colocar os problemas no nível de uma série de
perdemos simplesmente a corda. É perder a temas nos quais ele deve conhecer as conexões,
corda querer reunjr-se aos Quadros pré-fO!Jll:l· os nós, e que não são os temas correntes da
dos de uma t>retensa osico~ral, elaborada filosofia e da psicologia. Aqueles em curso em
ao longo dos séculos para responder a ne<:essi- uma certa prática investigadora que se chama
dades extremamente diversas, mas que constí· psicotécnica, em que as respostas são detcrmi·
ruem o deieto da série de teorias filosó~cas. É nadas em função de certas questões, elas pró-
perder a corda também não ver que reperspec· prias registradas em um plano utilitário, têm seu
tivação, que .mudança
.. · .. total de ponto de vista preço e seu valor em limites definidos que nada
introduz a teo~.~
•.t .. .... .
Freud, pois perde-se assim têm a ver com o fundo do que se trata na de-
tanto sua pcittta quanto sua fecundidade. manda do doente.
Um de m~ii.fã.lunos, exterior ao campo da
• . '• I • ,•
Na ponta desta demanda, a função da rela-
análise, frequentemente demanda: cvocê acre·
t- :;1·~ · .
ção com o sujeito suposto saber, revela aquilo
dita que é sufiÇi~nte explicar isto aos filósofos? que denominamos transferência. Na medida em
Que é sufidênté-'colocar em um quadro o es· que mais do que nunca a ciência está com .... a
que ma de se~· ~o para que eles reajam e com·
I ' • •' ' • • 4
tre parênteses em razão mesma dos poderes do doente. E no interior desta relação firme
dos quais dispõe, daqueles que ele deve distri- em que se produzem tantas co isas que está a
buir, no plano científico em que e~tá ~ituado. revelação desta dimensão em seu valor origi·
Quer queira quer não, o médico está integrado nal, que nada tem de idealista, mas que é exa·
neste movimento mundial de organi7..ação de ta mente aquilo que diz: a relação com o gozo
uma saúde que torna-se.pública e por este fato do corpo
novas questões lhe serão colocadas. Que têm vocês a dizer, médicos, sobre o
Ele não saberá de forma alguma motivar a mais escandaloso daquilo que se seguirá? Pois
manutenção de sua função propriamente mé· se era excepcional o caso em que o homem até
dica em nome de um "privado" que seria fun- aqui proferia «Se teu olho te escandaliza arran-
dado naquilo que chamamos de sigilo profissi- que-o», o que vocês dirão q~to ao slogan «
onal, e nem falemos muito no modo como este teu olho se vende bem, dê». Em nome de quê
sigilo é respeitado, quero dizer na prática da terão vocês que falar, senão precisamente des-
vida, na hora em que se bebe o conhaque. Mas fa dimensão do gozo do corpo e disto que ele
não é isto o fundamento do sigilo profissional, comanda quanto à participação em tudo que
pois se ele fosse da ordem do privado ele seria está no mundo?
da ordem das mesmas flutuações que social- Se o médico deve continuar a ser alguma
mente acompanharam a generalização no mun- coisa que não a herança de sua função antiga,
do, na prática do imposto de renda. lrata-se de que era uma função sagrada, é a meu ver, pros-
outra coisa, propriamente desta leitura pela seguir e manter em sua própria vida a desco·
qual o médico é capaz de conduzir o sujeito berta de Freud. Foi sempre como missionário
àquilo de que se trata em um certo parênteses, do médico que me considerei, a função do
aquele que começa no nascimento, que termi- médico assim como a do padre não se limitam
na na morte e que comporta questões, que ao tempo que nela se emprega.
comporta tanto um quanto a outra.
Em nome de quê os médicos deverão o di- Texto publicado com a amável
reito ou não ao nascimento? Como eles respon- autorização de Jacque5-Alain Mllltt
derão às exigências que convergirão bem rapi·
damente para as exigências da produtividade? Texto de 1966. Publicado inicialmente em Cllhim tlu CoiUge
se 3 sat'1dc f0[03-$P objetO de 1UD3 organi-
pPj::; de Médfcine, vol. 12, 1966 e mais tarde em Bloc-notG ti• Lt
72Ção mundial, vai trarar.. se de saber em que psychana(Jse, n°. 7, Georg. Génebra. 1987. Tradmldo por
medida ela é produtiva. ~lartus André Vieira.
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