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e Comportamento
Organizacional
Introdução
A Psicologia Organizacional (PO) é um campo de atuação bastante amplo, com
uma especial preocupação em colaborar com os indivíduos inseridos no
ambiente organizacional. Nesta aula, entenderemos que a construção da PO
teve a contribuição de diversas disciplinas, além das teorias da psicanálise,
psicodrama e da análise do comportamento.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar as atividades da Psicologia na Organização.
identificar as disciplinas que contribuem para o estudo do comportamento
organizacional.
A diferença entre instituição, organização e grupo
Antes de aprofundarmos nosso conhecimento no campo da Psicologia
Organizacional, é essencial entendermos a diferença entre instituição,
organização e grupo, conceitos que acompanharão nossos estudos.
A instituição caracteriza-se como uma estrutura cognitiva, normativa e
reguladora, que estabelece sentido para o comportamento da sociedade em
geral, ou seja, trata-se de um guia ético e moral necessário para que as
pessoas convivam com regras (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008). Assim,
ela se configura, enquanto valores e regras sociais, reproduzida no cotidiano
da sociedade, sem que, muitas vezes, seja percebida nas relações.
Já a organização, no contexto social, reproduz as ideias das instituições, ou
seja, é o local de prática das normas institucionais. Para Bock, Furtado e
Teixeira (2008, p. 217), a organização “pode ser um complexo organizacional
[...] ou pode estar reduzida a um pequeno estabelecimento”. Entidades como
igrejas, empresas e creches são consideradas organizações.
Em uma organização escolar, pode haver uma reprodução de algumas regras
sociais, como o respeito à hierarquia, que consiste em um valor institucional.
Fechamento
Encerramos o tema sobre o campo de estudo da Psicologia Organizacional.
Aqui, você pôde compreender sobre as questões que envolvem a atuação da
Psicologia no ambiente organizacional.
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
conhecer a definição de instituição, organização e grupo;
reconhecer as influências para a construção da Psicologia Organizacional;
entender as perspectivas do estudo da Psicologia Organizacional.
Referências
BERGAMINI, Cecília. Psicologia aplicada à administração de empresas:
psicologia do comportamento organizacional. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
BOCK, Ana Maria Barbosa; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Loudes
Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo:
Editora Saraiva, 2008.
Introdução
Nesta aula, compreenderemos o conceito de equipes, entendendo porque elas
são consideradas importantes para as organizações. Além disso,
conheceremos os principais tipos de equipes encontradas nas organizações, e
como é possível criar equipes eficazes.
Ao final desta aula, você será capaz de:
analisar a crescente necessidade das equipes nas organizações.
comparar e contrastar grupos e equipes.
Diferenças entre grupos e equipes
A equipe consiste em um pequeno agrupamento de indivíduos, cujas
habilidades complementam-se. Desta forma, os indivíduos irão trabalhar de
maneira conjunta a fim de atingir um objetivo comum, do qual os membros
sentem-se responsáveis (SCHERMERHORN; HUNT & OSBORN, 2007).
No contexto organizacional, as equipes tornaram-se populares ao longo dos
anos, por serem flexíveis e reagirem de maneira positiva em relação às
mudanças. As equipes conseguem estruturar-se, começar o trabalho, definir o
foco de trabalho e se dissolver de maneira rápida. Além disso, elas produzem a
promoção da democratização dentro da empresa, o que aumenta a motivação
dos funcionários (ROBBINS; JUDGE & SOBRAL, 2010).
Referências
FILIPPIM, Eliane Salete; TURECK, Vanessa Cristina. O Trabalho em Equipe na
Administração Pública Municipal. GESTÃO.Org. Rev Gest Organ, v. 6, n. 3,
2010. Disponível em:
<http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/viewFile/74/64>.
Acesso em: 09 dez. 2016.
ROBBINS, Stephen, P.; JUDGE, Timothy, A.; SOBRAL,
Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro.
14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
CAMPOS DOS GOYTACAZES. Secretaria Municipal de Trabalho e
Renda. Trabalho em equipe. Disponível em:
<http://www.smtr.campos.rj.gov.br/trabalho-em-equipe>. Acesso em: 22 dez.
2016.
SCHERMERHORN, John; HUNT, James; OSBORN; Richard. Fundamentos
de comportamento organizacional. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
Comunicação:
um processo que envolve
relacionamento interpessoal
Introdução
A comunicação é um processo essencial para o ser humano, interferindo em
diversos contextos da sua vida. Neste aula, conheceremos o conceito de
comunicação, seus principais elementos e funções. Além disso,
compreenderemos como o processo da comunicação ocorre: partindo de um
emissor (fonte) até chegar ao receptor. No contexto organizacional,
entenderemos quais são as principais barreiras para a comunicação efetiva e
como facilitar a sua ocorrência.
Ao final desta aula, você será capaz de:
compreender o processo de comunicação.
identificar os obstáculos encontrados na comunicação e formas para
favorece-la no ambiente organizacional.
Elementos envolvidos no processo de comunicação
A comunicação é o conjunto dos processos de transferência e compreensão do
significado de uma mensagem (ROBBINS, JUDGE & SOBRAL, 2010). Na
comunicação, é necessário que haja pelo menos duas pessoas para que o
processo seja completo. Além disso, é necessário o uso de símbolos comuns,
ou seja, o processo comunicativo não se estabelece entre duas pessoas que
não compreendem a língua uma da outra (CHIAVENTATO, 2014).
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: a dinâmica do
sucesso das organizações. 3. ed. Barueri: Manole, 2013.
MARCHIORI, Marlene. Os desafios da comunicação interna nas
organizações. Conexão, Comunicação e Cultura, v. 9, n. 17, p. 145-159,
2010 Disponível em: http://www.uel.br/grupo-
estudo/gecorp/images/os_desafios_de_comunica%C3%A7%C3%A3p_interna.
pdf
ROBBINS, Stephen, P.; JUDGE, Timothy, A.; SOBRAL,
Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro.
14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SCROFERNEKER, Cleusa Maria Andrade. Trajetórias teórico-conceituais da
Comunicação Organizacional. Rev FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, v.
1, n. 31, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/grupo-
estudo/gecorp/images/os_desafios_de_comunica%C3%A7%C3%A3p_interna.
pdf>. Acesso em: 22 nov. 2016.
Cultura
organizacional e a influência
sobre os comportamentos
Introdução
Discussões sobre cultura organizacional ganharam repercussão no Brasil a
partir de 1980, quando os aspectos culturais passaram a ser vistos como
fundamentais para a compreensão das práticas organizacionais (FREITAS,
2006). Para Barbosa (1999), discussões sobre cultura contribuem para
incorporar a dimensão simbólica a uma lógica pragmática que permeia o
mundo dos negócios. Aqui, verá o que é cultura, a influência da cultura
nacional na cultura das organizações, a importância da cultura para o ambiente
organizacional, além da sua relação com o clima.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar cultura e clima nas organizações.
identificar mudanças de paradigmas culturais.
Conceitos de cultura
Organizações não são entidades autônomas socialmente construídas e que
estão inseridas em um determinado contexto. Compreender a sua dinâmica de
funcionamento implica, inicialmente, resgatar o conceito de cultura.
Pode-se dizer que cultura é algo compartilhado por um grupo social, definido a
partir de regras e costumes que orientam o comportamento. Sendo assim, o
que é cultura organizacional? Trata-se de um conjunto de pressupostos,
crenças e valores compartilhados pelos membros de uma organização que o
diferencia de outras.
Freitas (2006, p. 97) entende que a cultura organizacional funciona como um
[...] conjunto de representações imaginárias sociais que se constroem e
reconstroem nas relações cotidianas [...] e que se expressam em termos de
valores, normas, significados e interpretações, visando um sentido de direção e
unidade, tornando a organização fonte de identidade e de reconhecimento para
seus membros.
A noção de compartilhamento é expressiva quando se fala em cultura
organizacional, o que merece ser reforçado com a apresentação da figura a
seguir.
Tal como Freitas (2006), faremos uma parada para falar dos tabus cuja
importância é expressa na próxima figura. Veja que os tabus podem dificultar
avanços clamados pela sociedade, como aspectos ligados à diversidade, por
exemplo, o que pode ter impacto no ambiente organizacional. Como a cultura é
socialmente construída, abre-se espaço aqui para a reflexão sobre o dito e o
não dito na orientação de comportamentos.
Referências
CHU, Rebeca A.; WOOD JR., Thomaz. Cultura organizacional brasileira
pós-globalização:global ou local? Revista de Administração Pública. v. 42, n.
5, p. 969-991, set./out. 2008.
FREITAS, Maria Ester de. Cultura organizacional: identidade, sedução e
carisma? 5. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
______. Cultura organizacional: evolução e crítica. São Paulo: Thomson
Learning, 2007.
LIMA, Daniella Munhoz da Costa; FRAGA, Valderez Ferreira; OLIVEIRA,
Fátima Bayma. O paradoxo da reforma do Judiciário: embates entre a nova
gestão pública e a cultura organizacional do jeitinho. Revista de Administração
Pública. Rio de Janeiro 50(6):893-912, nov./dec. 2016. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rap/v50n6/en_0034-7612-rap-50-06-00893.pdf>.
Acesso em: 11 fev. 2017.
LUZ, Ricardo. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2003.
MASCARENHAS, André Ofenhejm. Etnografia e cultura organizacional: uma
contribuição da antropologia à administração de empresas. Revista de
Administração de Empresas. v. 42, n. 2, p. 88-94, abr./jun. 2002.
ROBBINS, Stephen. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
VERGARA, Sylvia; MORAES, Cintia; PALMEIRA, Pedro. In: MOTTA,
Fernando; CALDAS, Miguel (Org.). Cultura organizacional e cultura
brasileira. São Paulo: Atlas, 1997.
Diversidade
nas Organizações
Introdução
Atualmente, a diversidade, que é a pluralidade, multiplicidade de características
físicas, pessoais, visões de mundo etc., é uma questão relevante em vários
âmbitos da nossa vida, inclusive no contexto organizacional. Nesta aula,
entenderemos como a diversidade é entendida dentro do ambiente
organizacional. Além disso, conheceremos formas de aumentar a diversidade,
implementando estratégias e programas para a gestão desta questão.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar as principais formas de diversidade no ambiente de trabalho.
compreender como as organizações podem administrar com eficácia a
diversidade.
Características demográficas da força de trabalho
No contexto organizacional, a diversidade da força de trabalho consiste nas
características pessoais que diferenciam uma pessoa das outras. Ela pode ser
dividida em dois níveis: superficial, que são os aspectos facilmente
identificáveis, como idade, sexo, etnia etc.; e profundo, que são as diferenças
que não podem ser inicialmente observadas, como crenças e valores
(ROBBINS, JUDGE & SOBRAL, 2010).
Nesse sentido, os gestores precisam compreender que não é possível tratar
todos os funcionários como indivíduos iguais, sendo necessário aprender a
conviver com as diferenças da melhor forma possível, para garantir a
produtividade (ROBBINS, JUDGE & SOBRAL, 2010).
Aqui, vimos que a diversidade deve ser considerada como uma questão
fundamental para as organizações, de modo que sua gestão deve ser um dos
pilares da organização.
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
entender a diversidade da força de trabalho;
conhecer as características demográficas da força de trabalho e suas
principais questões no campo organizacional;
reconhecer maneiras de implementação de estratégias para gestão da
diversidade;
entender as características de um programa de gestão da diversidade
eficaz.
Referências
BRASIL. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm>. Acesso em: 14 nov.
2016.
_______. IBGE. Censo 2010. Disponível em:
<http://mapasinterativos.ibge.gov.br/atlas_ge/brasil1por1.html>. Acesso em: 14
nov. 2016.
ERA. Ética e realidade atual. Gerenciamento de diversidade nas
organizações. s.d. Disponível em: <http://era.org.br/2012/05/gerenciamento-
da-diversidade-nas-organizacoes/>. Acesso em: 08 nov. 2016.
FLEURY, Maria Tereza Leme. Gerenciando a diversidade cultural: experiências
de empresas brasileiras. Rev adm empres, v. 40, n. 3, p. 18-25, São Paulo,
Jul/Set, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
75902000000300003&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 08 nov. 2016.
ROBBINS, Stephen, P.; JUDGE, Timothy, A.; SOBRAL,
Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro.
14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
Emoções
e sentimentos
Introdução
O filme “Divertida Mente”, dirigido por Pete Docter e Ronaldo Del Carmen, traz
uma reflexão acerca do papel das emoções em nossas vidas, mostrando como
essas sensações são importantes para nosso desenvolvimento pessoal e
emocional. Confira!
A seguir, entenderemos como as emoções e seus componentes podem afetar
o processo de aprendizagem. Acompanhe!
Como sentimentos e emoções modificam a aprendizagem
As emoções e os sentimentos têm uma relação muito próxima com a
aprendizagem, pois podem interferir nas funções ligadas ao raciocínio lógico e
com o processo do aprender. Além disso, podem ser entendidos como
estratégias pedagógicas que modificam a aprendizagem, isto é, podem
funcionar como caminhos, métodos, que serão utilizados neste processo. Isto
porque o ser humano vai construindo suas relações emocionais, sociais e de
aprendizagem de forma gradativa, sempre colocando suas emoções no
desenvolver de cada ação.
Referências
Introdução
O mundo corporativo está cada dia mais competitivo, uma vez que as
organizações sofrem pressões do ambiente, caracterizado pela concorrência,
clientes e demais atores que com elas interagem. Nesta dinâmica, indivíduos
recebem demandas, assumem responsabilidades, exercem papéis e produzem
resultados; e, adicionalmente, são expostos a fatores que produzem estresse e
ansiedade. Nesta aula, entenderemos que estresse e ansiedade são inerentes
ao ser humano. Além disso, veremos o que pode gerar estresse e ansiedade,
bem como as formas de minimizá-los.
Ao final desta aula, você será capaz de:
entender como o estresse e a ansiedade influenciam no ambiente
organizacional.
identificar estratégias para minimizar o estresse e a ansiedade no ambiente
organizacional.
Conceito de estresse e ansiedade e suas influências na organização
Os termos “estresse” e “ansiedade” são rotineiros em conversas entre amigos e
familiares e em sessões de terapia. Quem nunca externou que “está
estressado” ou “ansioso”. Mas o que significa “estresse” e “ansiedade”?
“Estresse” é uma palavra de origem latina, relacionada à pressão. Ladeira
(1996) aponta que o estresse corresponde a respostas adaptativas ao
rompimento do equilíbrio orgânico. Baumotte et al (2013, p. 133), na mesma
linha, afirmam que “o estresse é uma resposta a pressões, responsabilidades e
ameaças reais ou imaginárias do ambiente”.
Normalmente, o estresse é associado a situações ruins. Contudo, ele também
pode ser favorável ao indivíduo, configurando um estímulo para enfrentar a
situação, o que chamamos de estresse positivo. Já o estresse negativo é
aquele que intimida o sujeito (TANURE et al, 2015).
A ansiedade, por sua vez, está relacionada com o termo “sufocar”. Para Motta
(2002), ansiedade é uma reação emocional a situações de risco, sendo,
normalmente, algo desagradável, ligado à tensão. Moraes e Silva (2015, p. 4),
porém, explicam que ansiedade é “uma reação normal, adaptativa e positiva do
organismo em resposta contra ameaças ou perigos”. É, portanto, uma reação
comum e, assim como o estresse, pode ser benéfica em certas situações.
Para entender a relação entre a gestão de pessoas e a teoria dos papéis, leia o
artigo “Gestão de pessoas e o enfoque nos papéis profissionais: um estudo de
caso com os bibliotecários de uma universidade pública brasileira”. Disponível
em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2235577>.
Normas
As normas são os padrões de comportamento aceitos, que são compartilhados
pelos membros de um grupo ou de uma organização. Elas tratam sobre o que
os membros devem ou não fazer frente a determinadas circunstâncias,
influenciando na conduta dos indivíduos, a partir do momento em que são
aceitas.
As normas são importantes para a estrutura do grupo, pois constituem-se como
as regras a partir das quais o grupo se organizará e realizará suas tarefas.
Status
É a posição atribuída socialmente a um grupo ou a um indivíduo. O status tem
bastante influência na motivação dos funcionários, por identificar as diferenças
entre a posição que uma pessoa ocupa e a posição em que ela pode ocupar.
O status surge principalmente a partir de três fatores: o poder que uma pessoa
exerce sobre as outras; a capacidade de um membro contribuir para as metas
do grupo; e as características pessoais, como uma competência natural de
liderança, por exemplo.
Tamanho
O tamanho do grupo pode interferir em seu desempenho, ou seja, o número de
pessoas pode contribuir ou atrapalhar o andamento dos processos. Além disso,
há a chamada folga social, que consiste na tendência que as pessoas têm de
apresentar um desempenho inferior em grupo, comparado a quando estão
sozinhas.
Coesão
Trata-se do quanto as pessoas de um grupo estão ligadas umas às outras e se
sentem motivadas a permanecerem juntas. A coesão é um fator importante
para a produtividade do grupo, principalmente quando há normas claras já
estabelecidas. Neste caso, a união entre os membros do grupo irá refletir em
maior produtividade.
Com estas variáveis estruturais entende-se como é constituído um grupo,
possibilitando o entendimento da forma como o grupo opera e também o seu
desempenho.
Técnicas de tomada de decisão em grupo
As tomadas de decisões em grupo estão presentes em vários momentos da
vida de um indivíduo e são bastante importantes para o desempenho de um
grupo em suas tarefas, uma vez que são caracterizadas como o processo de
análise e escolha das opções de caminhos a serem seguidos.
Para a tomada de decisão em grupos, alguns pontos fortes e fracos devem ser
ponderados, conforme quadro a seguir.
Fechamento
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
aprender a definição de grupo;
conhecer os principais tipos de grupo;
compreender o modelo dos cinco estágios de desenvolvimento de grupos;
conhecer as estruturas de organização grupal;
compreender os pontos a serem considerados na tomada de decisão;
conhecer técnicas de eficácia para a tomada de decisão em grupo.
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed.
Barueri: Manole, 2014.
FERREIRA, Rita Campos. Psicologia social e comunitária: fundamentos,
intervenções e transformações. São Paulo: Érica, 2014.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em
gerenciamento de projetos. 4. ed. Newtown Square: Project Management
Institute Inc., 2008.
ROBBINS, Stephen, P.; JUDGE, Timothy, A.; SOBRAL,
Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro.
14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
RODRÍGUEZ, Lucinaldo dos Santos; PEREIRA, Sandra Leandro; BORGES,
José Emanoelton Silva. Gestão de pessoas e o enfoque nos papéis
profissionais: um estudo de caso com os bibliotecários de uma universidade
pública brasileira. Conocimiento, innovación y emprendedores: camino al
futuro. Universidad de La Rioja, 2007. Disponível em:
<https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2235577>. Acesso em: 12
dez. 2016.
Gerenciando
processos de mudança
na organização
Introdução
Gestão da mudança é tema que desperta cada vez mais a atenção de
gestores, dado o contexto de profundas transformações no qual as
organizações estão inseridas. O que mudar, como mudar e quais os aspectos
humanos relacionados à mudança são questões que merecem reflexão para
tornar a intervenção possível e eficaz. Nesta aula, você verá o conceito de
mudança organizacional e seus principais tipos; a gestão da mudança e sua
importância; a questão da resistência à mudança; bem como um modelo de
referência para organizações que mudam.
Ao final desta aula, você será capaz de:
compreender a importância da gestão de mudança em organizações.
identificar tipos de mudança na organização.
Os diferentes tipos de mudança
Em um intranquilo e incerto futuro, você ainda ouvirá que muitas organizações
se lançaram à mudança como uma alternativa de sobrevivência. Mas também
verá que tantas outras o fizeram como forma de desenvolvimento, porque
aderem intimamente ao futuro (MOTTA, 1998).
Mas você sabe o que é uma mudança organizacional?
Trata-se de um conceito plural. Para Wood Jr., Curado e Campos (1994, p. 64),
mudança organizacional é “[...] qualquer transformação de natureza estrutural,
estratégica, cultural, tecnológica, humana ou de qualquer outro componente,
capaz de gerar impacto em partes ou no conjunto da organização.”
Considerando que a mudança pode e deve ser gerenciada, torna-se
fundamental reconhecer seus diferentes tipos, a fim de viabilizar e tornar a
intervenção bem-sucedida. A literatura sobre isso é farta ao apresentar
tipologias de mudança. Pode-se dizer, tal como registram Pinto e Couto-de-
Souza (2009), que os critérios e tipos largamente aceitos e aplicados são,
respectivamente, os seguintes:
A Vale, empresa estatal até início de 1997, foi alvo de pesquisas sobre
mudança e cultura organizacional após a sua privatização. A organização, que
tinha a cultura forte como uma de suas características, passou por uma
reestruturação organizacional, acompanhada de um programa de demissão
incentivada, o que é comum nesses casos. Na época, reflexões sobre como as
mudanças foram feitas, bem como os aspectos humanos envolvidos no
processo foram pauta de discussão sobre a gestão da mudança.
Gerenciar a mudança implica observar o que precisa ser mudado, ou seja,
estratégias, processos, tecnologias, entre outros componentes (o conteúdo),
quem está discutindo, implementando, resistindo ou sendo, de alguma forma,
impactado (as pessoas) e como são planejadas, implementadas, monitoradas
as mudanças (o processo) (SELLMANN; MARCONDES, 2010).
Introdução
Durante todo o desenvolvimento da humanidade, grandes pessoas
impulsionaram mudanças nos cenários políticos, culturais, econômicos e
sociais, influenciando positiva e/ou negativamente aspectos importantes das
transformações que vemos atualmente. Nesse sentido, aspectos como
autoridade e poder foram utilizados. Porém, podemos afirmar que todos eles
utilizaram de autoridade e poder em suas ações? Neste tema, aprofundaremos
nosso conhecimento a respeito da liderança, autoridade e poder, e seus usos
para motivar pessoas.
Ao final desta aula, você será capaz de:
conhecer as diferenças entre liderança e poder
identificar as principais táticas de influência.
compreender que base de poder é mais eficaz.
Diferenciar autoridade e poder
Grande parte das pessoas acredita que autoridade e poder possuem o mesmo
significado e são utilizados pelos líderes em favor do alcance de um mesmo
objetivo. Porém, trata-se de conceitos diferentes, utilizados de maneira
diferenciadas.
No dicionário, a palavra “autoridade” conceitua “aquele que tem esse direito [...]
influência, prestígio” (FERREIRA, 2010, p. 81). Além disso, refere-se a uma
posição dentro de uma determinada organização, ou reconhecimento (cargo,
posição etc.) para atuar por ou em nome de alguém. Por exemplo, os
vereadores são eleitos pelo povo como a autoridade para representá-los no
âmbito municipal.
Já o poder é a capacidade que uma pessoa tem sobre outra, a fim de que esta
atue conforme sua vontade, por meio de uma relação de dependência, ou seja,
uma pessoa precisa de outra para que algo aconteça, depende dela e, por isso,
precisa atender seus desejos (ROBBINS; JUDGE& SOBRAL, 2010).
Introdução
A liderança aparece como um dos principais elementos que atuam para
sintonizar organização e colaboradores no alcance dos resultados desejados.
Assim, nesta aula, estudaremos a liderança e o papel do líder. Para isso,
entenderemos o seu processo de desenvolvimento, bem como os desafios
encontrados na formação de uma liderança eficaz.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar os tipos de liderança e seus reflexos para a organização.
identificar as práticas e atributos que definem os diversos tipos de liderança.
Tipos de Liderança e seus reflexos na organização
A liderança pode ser definida como “o processo de conduzir as ações ou
influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas” (MAXIMIANO,
2007, p. 277). O líder, então, auxilia as pessoas a agirem de modo
diferenciado, guiados por um objetivo.
Figura 3 - Papéis dos líderes Fonte: adaptado de QUINN et. al. (2006 apud
ASSIS et. al., 2015).
O papel desenvolvido pelo líder influenciará diretamente o comportamento de
seus liderados. Assim, é de sua responsabilidade manter o olhar analítico
sobre os processos organizacionais, reconhecendo a importância de cada
membro da equipe, acompanhando a realização das tarefas e oferecendo
um feedback construtivo, estabelecendo, assim, um relacionamento de respeito
e confiança.
O papel exercido pelo líder influenciará diretamente nos
resultados almejados pela organização.
Referências
ASSIS, Daniel Garcia Corrêa de et. al. O papel da liderança em associações:
os desafios na construção de processos coletivos de gestão. Gestão &
Planejamento, Salvador, v. 16, n. 1, p. 4-28, jan./abr. 2015.
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Liderança: administração do sentido. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2009.
CHARAN, Ram. O líder criador de líderes: a gestão de talentos para garantir
o futuro e a sucessão. São Paulo: Elsevir, 2008.
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução
urbana à revolução digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
REIS, Ana Maria Veigas; TONET, Helena; BECKER JR, Luiz Carlos; COSTA,
Maria Eugênia Belczak. Desenvolvimento de equipes: série gestão de
pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV Management, 2009.
SCHEIN, Edgar Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas, 2009.
Motivação
e o comportamento na
organização
Introdução
Nesta aula, abordaremos a motivação, um tema bastante desafiador, que
transpassa a organização e afeta a vida pessoal dos indivíduos. Para isso,
faremos reflexões sobre o que motiva o sujeito e como a motivação afeta o seu
comportamento na organização.
Ao final desta aula, você será capaz de:
relacionar satisfação e motivação no ambiente organizacional.
identificar qual a função da motivação para o comportamento na
organização.
Conceito de motivação e sua relação com a satisfação
A palavra motivação vem do latim (moveres/mover). Se observarmos a
construção do termo (motivação = motivo + ação), podemos interpretar o seu
significado: motivo que leva o indivíduo a uma ação (como trabalhar, viajar,
estudar etc.). Para Maximiano (2010, p. 250) a motivação “indica as causas ou
motivos que produzem determinado comportamento, seja ele qual for”. Para o
autor, “a motivação é a energia ou força que movimenta o comportamento”.
Uma empresa que paga bons salários para seus funcionários e atende suas
necessidades, deixa-os satisfeitos. Porém, se esta mesma empresa não dá
novos desafios, não oferece perspectivas de promoção, ou seja, não valoriza
estes funcionários, com o tempo, eles estarão desmotivados. Assim, quanto ao
salário, estão satisfeitos, mas desmotivados, por falta de incentivos.
Referências
À PROCURA da felicidade. Direção Gabriele Muccino. EUA. Columbia
Pictures, 2007.
BERGAMINI, Cecília Whitaker: Psicologia aplicada à administração de
empresas, psicologia do comportamento organizacional. São Paulo: Atlas,
2008.
KNAPIK, Janete. Gestão de Pessoas e Talentos. Curitiba: Ibpex, 2008.
LAZZARESCHI, Noêmia. Sociologia do trabalho. Curitiba: IESDE Brasil S.A,
2009.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 5 ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
___________________________. Teoria geral da administração: da
revolução urbana a revolução digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PÉREZ-RAMOS, Juan. Motivação no trabalho: abordagens teóricas. Psicol.
USP, v.1, n.2, supl.2, São Paulo, dez. 1990. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
51771990000200004>. Acesso em: 23 nov. 2016.
Negociação
e conflito na
organização
Introdução
A maioria dos seres humanos está em busca de equilíbrio, seja físico,
emocional ou financeiro. Para isso, alguns planejam e correm em busca de
seus sonhos e realizações. Contudo, nos deparamos com inúmeras situações
que podem dificultar o alcance destes objetivos, gerando conflitos. Mas o que
são e quais são os tipos de conflitos? A existência de conflitos é positiva ou
negativa? Estas são questões importantes que perpassam os ambientes
organizacionais e motiva a psicologia organizacional a buscar diferentes formas
de administrar e negociar as situações conflituosas.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar as formas de conflito.
conhecer os processos de negociação efetivos.
Diferentes formas de conflito
Alguma vez você já presenciou ou esteve envolvido em algum conflito?
Possivelmente sua resposta seja sim! É muito comum as pessoas identificarem
o conflito associado à guerra ou disputa. Mas qual seria o significado da
palavra “conflito”?
Segundo Chiavenato (2010, p. 455) conflito é definido como “uma interferência
ativa ou passiva, mas deliberada para impor um bloqueio sobre a tentativa de
outra parte de alcançar os seus objetivos”. Neste caso, há uma oposição,
desavença ou discordância presente na relação.
Processos de negociação
A negociação é entendida como “o processo de buscar um acordo satisfatório
para todas as partes envolvidas” (CARVALHAL et al., 2012, p. 45). Assim,
muitos são os motivos pelos quais há a necessidade de realizar uma
negociação, como definir funções e objetivos, solução de conflitos
interpessoais, definição de responsabilidades etc. (GIL, 2007).
Fechamento
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
Referências
BERG, Ernesto Artur. Administração de conflitos: abordagens práticas para
o dia a dia. Curitiba: Juruá, 2012.
CARVALHAL, Eugênio do et al. Negociação e administração de conflitos. 3
ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.
___________________________. Negociação: fortalecendo o processo: como
construir relações de longo prazo. 6. ed. Rio de Janeiro: Vision, 2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel do recursos
humanos nas organizações. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais.
São Paulo: Atlas, 2007.
ROBBINS, Stephen P.; SOBRAL, Filipe; JUDGE, Timothy A. Comportamento
organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2010.
O surgimento da
Psicologia como ciência
Introdução
Nesta aula, trabalharemos o conceito de Psicologia, compreendendo quais são
as principais questões desta disciplina. Para isso, veremos a sua evolução
desde a época da Grécia antiga até os séculos XIX e XX, quando passou a ser
estudada como ciência.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar a evolução da Psicologia como ciência.
diferenciar Psicologia do senso comum e ciência.
Conceito de psicologia
Inicialmente, é importante definir que a psicologia consiste no estudo, de forma
científica, do comportamento e dos processos mentais (pensamentos,
emoções, percepções etc.) (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008) (FELDMAN,
2015). Assim, os psicólogos procuram utilizar de métodos científicos para
encontrar respostas válidas para as questões humanas, descrevendo e
explicando o comportamento e buscando tentar melhorar a vida das pessoas.
Referências
BOCK, Ana Maria Barbosa; FURTADO, Odair. TEIXEIRA; Maria de Lourdes
Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo:
Editora Saraiva, 2008.
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA 9ª REGIÃO. Áreas de atuação
do(a) psicólogo (a). Goiânia, 2015. Disponível em:
<http://www.crp09.org.br/portal/orientacao-e-fiscalizacao/orientacao-por-
temas/areas-de-atuacao-do-a-psicologo-a>. Acesso em: 20 out. 2016.
FELDMAN, Robert S. Introdução à Psicologia. 10. ed. Porto Alegre: AMGH,
2015.
MORRIS, Charles G; MAISTO, Albert A. Understanding Psychology. Londres:
Pearson, 2013.
VILELA, Ana Maria Jacó. História da Psicologia no Brasil: uma narrativa por
meio de seu ensino. Psicologia ciência e profissão, v. 32, n. esp, p. 28-43,
2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pcp/v32nspe/v32speca04.pdf>.
Acesso em: 20 out. 2016.
O surgimento da
Psicologia nas
organizações
Introdução
Dentro do contexto organizacional, existe um campo de estudo direcionado
especificamente para a compreensão da influência das relações humanas
dentro das instituições e das reações que acontecem neste contexto. Nesta
aula, compreenderemos como a Psicologia surgiu nas organizações,
contribuindo para este campo. Para isso, conheceremos as vantagens e
desafios enfrentados pelas empresas, nos quais o comportamento
organizacional possibilita soluções.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar a importância da Psicologia para a organização.
compreender a função da psicologia para as relações de trabalho.
A Psicologia nos estudos do comportamento no ambiente organizacional
O comportamento organizacional (CO) é o campo de estudos que busca
investigar qual o impacto que o ambiente organizacional exerce sobre o
comportamento dos indivíduos inseridos neste contexto. Trata-se da
especialidade com um corpo comum de conhecimento, que são os
determinantes do comportamento humano: os indivíduos; os grupos; e a
estrutura da instituição. Um dos objetivos dos estudos do comportamento no
ambiente organizacional é fazer com que o trabalho ocorra de maneira eficiente
(ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011).
O CO pode investigar, por exemplo, qual o mecanismo da motivação dos
funcionários, para, assim, tentar aumentá-la.
Fechamento
Concluímos a aula sobre o surgimento da Psicologia nas organizações. Aqui,
você pôde compreender a importância da Psicologia para o estudo do
comportamento organizacional.
Nesta aula, você teve oportunidade de:
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
entender o que é o estudo do comportamento organizacional;
compreender que a Psicologia surgiu no ambiente organizacional para
contribuir com este estudo;
conhecer que um dos objetos da Psicologia Social é compreender sobre as
interações humanas;
avaliar alguns dos obstáculos e oportunidades que envolvem o estudo do
CO.
Percepção e os processos de
tomada de decisão na
organização
Introdução
Você sabe o que é percepção? Imagina que ela pode influenciar nas tomadas
de decisões dentro de uma organização? Nesta aula, trabalharemos estes
temas, entendendo que eles exercem um grande papel sobre o comportamento
organizacional.
Ao final desta aula, você será capaz de:
entender como acontece a percepção no comportamento humano.
identificar como a percepção influencia a tomada de decisão.
Definição de percepção
A percepção é uma maneira de dar sentido e entendimento aos estímulos
sensoriais. Segundo Robbins (2007, p. 104), ela é “um processo pelo qual os
indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a
finalidade de dar sentido ao seu ambiente”. Assim, em outras palavras, após
este processamento, a seleção de estímulos fornece sentido ao que se vê,
ouve ou sente.
Para Glassman e Hadad (2008, p. 24) a percepção “é, em parte, determinada
pelos estímulos externos que encontramos, os quais são filtrados pela atenção
seletiva”. A atenção seletiva é a concentração que o indivíduo dá a
determinados elementos, ou seja, a percepção foca em apenas alguns
aspectos e outros ela ignora. Veja, quando estamos em um ambiente em que
há diferentes pessoas falando, focamos em apenas uma conversa (seleção de
sons), organizamos o que ouvimos e temos o entendimento.
Vamos imaginar que você goste muito dos tons vermelhos. Ao observar a
vitrine de uma loja, por exemplo, provavelmente, as roupas vermelhas irão
chamar a sua atenção. Assim, você primeiro identificará as roupas vermelhas e
depois notará as de outras cores.Esta situação é um exemplo de atenção
seletiva.
Referências
FELDMAN, Robert S. Introdução à psicologia. Porto Alegre: AMGH Editora,
2015
GLASSMAN, William E.; HADAD, Marilyn. Psicologia: abordagens atuais. 4.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
NEIVA, Elaine Rabelo; DA PAZ, Maria das Graças Torres. Percepção de
mudança individual e organizacional: o papel das atitudes, dos valores,
do poder e da capacidade organizacional. R. Adm., v.47, n.1, p. 22-37, São
Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rausp/v47n1/v47n1a02>.
Acesso em: 26 out. 2016.
O SORRISO de Mona lisa. Direção Mike Newell. EUA, Columbia Pictures e
Revolution Studios, 2003.
ROBBINS, Stephen. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo:
Pearson/Prentice-Hall, 2005.
Personalidade e valores no
ambiente organizacional
Introdução
Nesta aula, entenderemos o que é personalidade e qual a sua relevância no
ambiente organizacional.
Ao final desta aula, você será capaz de:
entender a importância da personalidade para desenvolvimento de
atividades na organização.
identificar tipos de medidas que auxiliam a caracterizar a personalidade.
O que é personalidade?
A personalidade é algo inerente ao ser humano, determinando a sua
individualidade, ou seja, é o conjunto de qualidades que diferenciam um
indivíduo do outro. Ela se forma com o desenvolvimento do sujeito e sofre
influências do meio ambiente, atuando em questões relacionadas ao convívio e
interação com meio social, por exemplo.
Robbins (2005, p. 78) define a personalidade como “a organização dinâmica
interna daqueles sistemas psicológicos do indivíduo que determinam seu ajuste
individual ao ambiente”. Portanto, a personalidade é a reação, isto é, o
comportamento do indivíduo perante o meio ao qual está inserido, e a forma
mais reflexiva de como ele se vê e se relaciona.
Um rapaz vai a uma festa em que não conhece ninguém, porém, ao entrar no
local, cumprimenta todos os presentes, e em pouco tempo já está ambientado.
Logo, percebe-se que ele tem uma personalidade extrovertida e dinâmica.
Assim, por meio da análise dos traços da personalidade, a Psicologia
Organizacional (PO) procurou entender a personalidade no contexto do
ambiente de trabalho, criando ações e instrumentos que auxiliam as atividades
relacionadas aos processos de recrutamento e seleção, promoções e
avaliações individuais. Para a PO, alguns traços de personalidade são grandes
influenciadores no comportamento organizacional. Entre eles estão:
autoestima - avalia quanto o indivíduo gosta de si mesmo, se valoriza;
centro de controle – verifica se o sujeito tem pleno controle de suas ações,
ou seja, sabe o que faz, controla o seu destino;
maquiavelismo – investiga se a pessoa é pragmática, ou seja, se mantém o
distanciamento das emoções e acredita que os fins justificam os meios;
automonitoramento – mensura a capacidade do indivíduo de adaptar e
regular os comportamentos, de acordo com os estímulos do meio externo;
assumir risco – examina quanto o sujeito gosta de viver em situações
perigosas e de riscos, ou seja, se o perigo é seu estimulador.
O filme “Um Homem de Família”, dirigido por Brett Ratner, traz reflexões acerca
da essência e vivência do ser humano. Assista!
Fechamento
Concluímos a aula sobre personalidade e valores no ambiente organizacional,
percebendo que estes fatores têm papel fundamental na vida do indivíduo e da
organização.
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
entender o que é personalidade;
conhecer os traços da personalidade;
compreender a relação da personalidade no ambiente organizacional;
conhecer a importância de valorizar a personalidade dos indivíduos no
ambiente de trabalho.
Referências
FRIEDMAN, Howard S.; SHUSTACK, Miriam W. Teoria da personalidade: da
teoria clássica à pesquisa moderna. São Paulo: Prentice, 2007.
ITO, Patrícia do Carmo Pereira; GUZZO, Raquel Souza Lobo. Diferenças
individuais: temperamento e personalidade; importância da teoria. Estud.
psicol. v.19, n.1, Campinas, 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
166X2002000100008>. Acesso em: 11 nov. 2016.
OLIVEIRA, Silvio Luiz. Sociologia das organizações: uma análise do homem
e das empresas no ambiente competitivo. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
ROBBINS, Stephen. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo:
Pearson/Prentice-Hall, 2005.
UM HOMEM de família. Direção BrettRatner. EUA. Europa Filmes, 2000.
Políticas e práticas de recursos
humanos.
Introdução
Vivemos em uma nova sociedade, a era do conhecimento, caracterizada pela
complexidade, por mudanças de toda ordem e pela competitividade. Essa
realidade expõe as organizações a uma série de desafios, dentre os quais
figura a revisão do papel da área de RH. Nesta aula, você verá os principais
processos de RH, bem como sua relação com as políticas e práticas em
tempos em que o futuro dessa área ganha destaque.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar políticas e processos relacionados ao trabalho humano nas
organizações.
Processos de gestão de pessoas
No passado, a área de RH tinha funções de departamento pessoal, como folha
de pagamento e registro de funcionários. Com o tempo, passou a atuar como
especialista administrativo, desenvolvendo, ainda de forma fragmentada e
burocrática, seus próprios processos, quais sejam: recrutamento e seleção,
treinamento e desenvolvimento, gestão de desempenho, reconhecimento e
recompensa.
Hoje, o ambiente de negócios, está exigindo um novo modelo, o que Ulrich
(2000) denomina de “RH estratégico”, que desempenha quatro grandes papéis,
quais sejam: parceiro estratégico; agente de mudanças; especialista
administrativo; defensor dos funcionários. O parceiro estratégico diz respeito à
atuação voltada para alinhar as ações da área de RH às estratégias da
organização, tendo papel ativo e interação constante com a alta administração
e outras áreas. O agente de mudanças se refere à atuação como elo entre os
que planejam as mudanças, ou seja, a alta direção, e aqueles que serão
impactados por elas. O especialista administrativo diz respeito à atuação
voltada para a eficiência dos processos de RH, norteados pela gestão de
competências. Por fim, o defensor dos funcionários diz respeito a um papel
mais comportamental, voltado para a orientação e o suporte dos funcionários, a
fim de manter a motivação e o comprometimento no trabalho.
Como você pode ver, os processos de RH estão intimamente relacionados ao
novo papel de especialista administrativo, embora tenha interseções com os
outros papéis. Esses processos correspondem às dimensões funcionais da
gestão de pessoas.
A primeira dimensão diz respeito ao recrutamento e à seleção. Trata-se de
um conjunto de ações voltadas para atrair e selecionar profissionais adequados
às necessidades da organização. A seleção deve levar em conta as
competências dos candidatos, ou seja, seus conhecimentos, suas habilidades
e suas atitudes, bem como as competências requeridas pelo cargo em
questão. Recrutamento e seleção são, como sugerem Rocha-Pinto et al (2007),
um processo com via de mão dupla.
Políticas de RH
Políticas são orientações estratégicas, de nível macro, que funcionam como um
guia para a gestão de pessoas. Elas são desdobradas em práticas. Além disso,
têm relação com a cultura organizacional, uma vez que são decorrentes de
objetivos e metas da organização. Um RH estratégico pode traçar, por
exemplo, políticas de gestão: de talentos, do conhecimento, de carreira, da
diversidade, entre tantas outras, dependendo das estratégias da organização.
Figura 2 - Políticas de RH atreladas aos objetivos e às metas da organização
Fonte: CoraMax/Schutterstock.com
Práticas do RH
Políticas estão em nível de planejamento e apresentam contornos mais
amplos. Práticas, por sua vez, correspondem à execução, ao contato direto
com os indivíduos. No contexto do RH estratégico, diversas práticas têm sido
discutidas e disseminadas nas organizações.
No âmbito do recrutamento e da seleção, por exemplo, os tradicionais anúncios
de vagas em jornais estão perdendo espaço para as redes sociais. Redes
profissionais, como o Linkedin, têm crescido em número de usuários e até as
chamadas redes pessoais, como o Facebook, estão servindo como subsídios
para a identificação de candidatos alinhados ao perfil do cargo. Como
recrutamento e seleção é uma via de mão dupla, a tecnologia acaba deixando
as organizações mais visíveis para os candidatos, assim como suas condições
de atratividade (CASSIANO; LIMA; ZUPPANI, 2016).
Introdução
Diante da importância da relação estabelecida entre homem e trabalho, a
Psicologia procura desenvolver pesquisas constantes a fim de melhorar a
satisfação nesta releção. Nesta aula, conheceremos o conceito de satisfação e
identificaremos o seu processo de avaliação no ambiente organizacional.
Ao final desta aula, você será capaz de:
compreender a satisfação no trabalho e sua importância para o ser
humano.
identificar fatores intrínsecos e extrínsecos que influenciam a satisfação no
trabalho.
O conceito de satisfação do trabalho
Conceituar satisfação é algo muito complexo, uma vez que a concepção do
termo é subjetiva a cada indivíduo, isto é, fundamenta-se na sua interpretação
individual. Além disso, a satisfação também pode variar na duração e de
acordo com os estímulos recebidos.
No contexto do ambiente organizacional, a satisfação é, na visão de Robbins
(2007, p. 66), “a atitude que o indivíduo demonstra em relação a realização de
seu trabalho”. Para o autor, um sujeito satisfeito com o seu trabalho
automaticamente resultará atitudes positivas, e do contrário, ou seja, quando
insatisfeito, apresentará atitudes negativas.
A satisfação no trabalho é entendida como uma variável de atitudes que
demonstra o sentimento das pessoas em relação a sua função (satisfação ou
insatisfação), é, então, o estado emocional demonstrado pelo indivíduo face as
suas tarefas. Este estado emocional pode ser resultante das representações
internas (pensamentos, percepções), fisiológicas (reações orgânicas) e
comportamentais (atitudes). Além disso, ele pode influenciar alguns aspectos
da organização, como rotatividade, absenteísmo, relacionamento interpessoal,
produtividade entre outros (ROBBINS, 2007).
Referências
AZIRI, Brikend. Job Satisfaction: a literature review. Management Research
And Practice. v. 3, Issue 4. Dez, 2011. Disponível em:
<http://mrp.ase.ro/no34/f7.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2016.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
_____________________. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos
humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
LONG, L Kristi. Empowering: levando funcionários a assumir responsabilidade
e riscos associados com suas decisões. São Paulo: Editora Parma, 2007.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 12. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
SCHERMERHORN Jr., John R.; HUNT, James G.; OSBORN, Richard
N. Fundamentos do comportamento organizacional. Porto Alegre: Artmed,
1999.
Variáveis determinantes do
comportamento humano
Introdução
Nesta aula, compreenderemos quais são as variáveis determinantes do
comportamento humano, fazendo a devida associação com o contexto
organizacional.
Ao final desta aula, você será capaz de:
identificar as principais formas de diversidade no ambiente de trabalho.
compreender como as organizações podem administrar com eficácia a
diversidade.
identificar as variáveis dependentes e independentes do comportamento.
compreender a interferência das variáveis no comportamento humano.
O que são variáveis dependentes e independentes?
Inicialmente, é importante entender que o comportamento é multideterminado,
ou seja, existem inúmeras variáveis que o controlam. Além disso, “diferentes
variáveis podem controlar de formas diferentes, comportamentos diferentes de
diferentes pessoas” (MOREIRA; HANNA, 2012, p. 17). Assim, para
compreender um comportamento, é necessário conhecer as variáveis que o
controla, assim como a história de vida do sujeito.
Uma variável é qualquer evento, situação ou comportamento que possui pelo
menos dois valores (COZBY, 2006). Estes valores são divididos em variável
dependente e independente. A variável dependente é o elemento que se
pretende explicar ou fazer uma previsão, ou seja, é o objeto que será estudado
e que sofre influência de outros elementos.
O número de variáveis dependentes que podem ser estudadas no
comportamento humano é quase infinita. No contexto organizacional, segundo
Robbins, Judge e Sobral (2010), as variáveis dependentes mais relevantes
para o estudo do comportamento humano são: produtividade; absenteísmo;
rotatividade; desvios de comportamento no ambiente de trabalho; cidadania
organizacional (comportamentos que não estão presentes nas normas da
empresa, mas que auxiliam no funcionamento da organização de maneira
eficiente); e a satisfação no trabalho.