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E Book Farmacologia
E Book Farmacologia
enf
Venda não autorizada
Farmacologia
Vias de administração dos fármacos
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Fatores que alteram o efeito do medicamento
Sistema Nervoso Autônomo
Funções do sistema nervoso parassimpático e simpático
Fármacos antagonistas – sistema nervoso simpático
Fármacos agonistas– sistema nervoso simpático
Fármacos antagonista– sistema nervoso parassimpático
Fármacos agonistas– sistema nervoso parassimpático
Colinérgicos de ação indireta
Fármacos antidepressivos
Fármacos parkinsonianos
Fármacos ansiolítico e sedativos
Estabilizadores de humor
Farmacoterapia da doença de Alzheimer
Farmacoterapia da epilepsia
Farmacoterapia do Sistema cardiovascular
Farmacoterapia do Sistema digestório
Farmacoterapia do Sistema Respiratório
Anti-inflamatório não esteroides – AINES
Anti-inflamatório esteroides – AIES
Cascata do ácido araquidônico
Bibliografia
Definições:
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Vias de administração dos fármacos
É determinada pela propriedade do fármaco – hidro, lipo ou ionizado; pelos objetivos
terapêuticos; início rápido de ação, tratamento por longo tempo e/ou restrição de acesso.
As principais vias são enteral, parenteral e tópica.
Enteral → ou pela boca, é o modo mais seguro, conveniente e econômico. Ao ser administrado
via oral, ele pode ser deglutido ou deixado sob a língua (sublingual) isso facilita a sua absorção
direta na corrente sanguínea.
• Oral: oferece maior segurança, pois a dosagem excessiva pode
ser neutralizada com antídotos (carvão ativado), porém, as vias
de absorção são mais complexas e o baixo pH do estomago
pode inativar os fármacos.
▪ Entéricas – são preparações revertidas, que
apresentam uma proteção química que resiste à ação do estomago, mas que
dissolve facilmente no intestino.
▪ Preparações de liberação prolongada – estes medicamentos são revestidos pos
substancias que controlam a velocidade com que o fármaco é liberado, isso faz
com que a adesão do paciente ao tratamento seja maior, já que a medicação
não precisa ser ingerida frequentemente
Parenteral → Introduz diretamente o fármaco na circulação sistêmica, é uma via mais usada
por fármacos que são poucos absorvidos ou instáveis no trato gastrintestinal (TGI). É uma via
usada em pacientes inconscientes ou precisa iniciar rapidamente a ação medicamentosa, tem
maior biodisponibilidade e não está sujeita à biotransformação de primeira passagem ou ao
meio agressivo do TGI, porém é irreversível (tornando-se menos segura), pode causar dor, medo,
lesionar a pele e/ou causar infecção.
• Intravenosa (IV): é a mais comum para fármacos que não são
absorvidos por via oral, permite efeito rápido, pode ser administrado em
boulos ou como uma infusão durante um período prolongado.
2
• Intramuscular (IM): podem estar em soluções aquosas
(absorvidas rapidamente) ou em preparações de
depósitos (absorvidas lentamente)
• Subcutânea (SC): é um pouco mais lenta
que a via IV, minimiza os riscos associado a IV,
pode ter efeito lento, constante e prolongado.
Não deve ser usado com fármacos que
causam irritação da pele, pois pode causar dor intensa e até necrose.
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Farmacocinética
Estuda o que o organismo faz com o fármaco, já a
farmacodinâmica descreve o que o fármaco faz com o
organismo. Ao ser administrado quatro propriedades
farmacocinéticas acontecem:
1. Absorção: desde o local de administração permite
acesso do agente terapêutico no plasma. → todas as vias
sofrem, exceto a endovenosa.
2. Distribuição: o fármaco pode sair da circulação
sanguínea e distribui-se nos líquidos intersticial e
intracelular.
3. Biotransformação ou metabolismo: o fármaco pode
ser biotransformado no fígado ou em outros tecidos.
4. Eliminação: eliminação do fármaco e seus metabólitos
do organismo na urina, bile e fezes.
Absorção
Corrente sanguínea
Vascularização - Como o fluxo de sangue para o intestino é muito maior do que o fluxo para
o estômago, a absorção no intestino é maior do que a que ocorre no estômago
Área ou superfície disponível para absorção - Com uma superfície rica em bordas de
escova contendo microvilosidades, o intestino tem uma superfície cerca de 1.000 vezes maior
do que a do estômago, tornando a absorção de fármacos pelo intestino mais eficiente.
Tempo de contato com a superfície de absorção - Se um fármaco se desloca muito
rápido ao longo do TGI, como pode ocorrer em uma diarreia intensa, ele não é bem absorvido.
Contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do estômago para o intestino reduz a
sua velocidade de absorção
Obs.: A presença de alimento no estômago dilui o fármaco e retarda o esvaziamento gástrico.
Portanto, quando um fármaco é ingerido com o alimento, em geral, será absorvido mais
lentamente.
Lipossolubilidade e tamanho da molécula – são um dos principais fatores que influenciam
na absorção do fármaco, já que para que exerça a sua função precisa atravessas a membrana
citoplasmática, que por sua vez é formada por uma dupla camada fosfolipídica que permite a
passagem de substancias seletivamente. Por sua característica lipídica, substâncias lipossolúveis
tendem a atravessar essa membrana com facilidade. Além disso, pela organização da
membrana, substâncias pequenas,
mesmo que hidrossolúveis também
apresentam fácil absorção e transporte
pelas membranas. Dessa forma, para
que as substâncias transponham
membranas com facilidade estas não
devem ser muito grandes e devem
apresentar certa lipossolubilidade.
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Biodisponibilidade
É a fração do fármaco administrada que alcança a circulação sistêmica, determinar a
biodisponibilidade é importante para calcular a dosagem de fármaco para vias de
administração não IV, sendo determinada pela comparação dos níveis plasmáticos do fármaco
depois de uma via particular de adm, (sublingual, por exemplo), com os níveis plasmáticos do
fármaco obtidos por injeção IV, na qual todo o fármaco entra na circulação.
Bioequivalência
Duas preparações de fármacos relacionados são bioequivalentes se eles apresentam
biodisponibilidades comparáveis e tempos similares para alcançar o pico de concentração
plasmática.
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Distribuição
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Biotransformação
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• Tolerância: fenômeno reversível em que há necessidade de aumentar a dose para que
se obtenha o mesmo efeito, acontece devido ao uso frequente.
• Tolerância cruzada: fenômeno em que um fármaco se torna tolerante devido a outro,
pois são degradados pela mesma enzima.
• Taquifilaxia: tolerância momentânea.
Excreção
Processo pelo qual um fármaco ou seu metabólito é eliminado do organismo, ocorre através
das vias:
• Pulmonar
• Biliar-fecal
• Leite Materno
• Renal
Os rins são os principais órgãos que excretam as substâncias hidrossolúveis. O sistema biliar
contribui para a excreção até o ponto em que o fármaco não é reabsorvido do trato GI. Em
geral, a contribuição de intestino, saliva, suor, leite materno e pulmões à excreção é pequena,
com exceção à exalação de anestésicos voláteis. A excreção via leite materno pode afetar o
lactente, por isso alguns fármacos não são indicados para mães que amamentam.
A filtração renal responde pela maior parte da excreção de fármacos. Cerca de um quinto do
plasma que alcança o glomérulo é filtrado pelos poros no endotélio glomerular; quase toda a
água e a maioria dos eletrólitos são reabsorvidas passiva ou ativamente dos túbulos renais de
volta à circulação. Entretanto, os compostos polares, que são responsáveis pela maioria dos
metabólitos de fármacos, não podem ser difundidos de volta à circulação e são excretados
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Farmacodinâmica
Descreve as ações dos fármacos no organismo e as influências das suas concentrações na
magnitude das respostas. A maioria dos fármacos exerce seus efeitos, desejados ou indesejados,
interagindo com receptores presentes na superfície ou dentro da célula. O complexo fármaco-
receptor (FR) inicia alterações na atividade bioquímica e/ou molecular da célula por meio de um
processo denominado transdução de sinal.
Substância química
que se liga
célula
Receptor
Existem vários alvos moleculares que os fármacos se ligam para exercer sua ação, entre eles:
• Canais iônicos
Todo fármaco específico precisa
• Enzimas se ligar com seu receptor para
• Moléculas transportadoras desencadear efeito
• Receptores farmacológico
Os receptores podem ser inativos (R) – quando não tem a ligação
ou ativos (R*) quando tem a ligação.
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Fármacos Agonistas
Fármacos Antagonistas
Agonista
Exemplo de fármacos:
EEfeito EFEITO Bloqueadores β1 seletivos
(atenolol, metoprolol, acebutalol)
EEfeito antagonizam os efeitos na
noradrenalina junto aos
Antagonista
receptores β1 do coração, ou
EEfeito seja, pode ser usado para
diminuir a PA.
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Fatores que alteram o efeito do medicamento
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o Antagonismo – quando o efeito combinado de dois fármacos é menos que a
soma dos efeitos isolados de cada um.
Fatores intrínsecos – dependem do sistema biológico da pessoa que está recendo o fármaco.
• Fatores constitucionais
o Fatores genéticos – variações genéticas que levam ao surgimento de respostas
inesperadas
o Idade - idosos e recém-nascido possuem maior probabilidade de toxicidade, pois
há o aumento do fármaco livre, sendo necessário diminuir a dose.
o Peso e composição corpórea – indivíduos obesos ou muito magros precisam
receber ajuste de dose.
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Fármacos hidrossolúveis em pessoas muito magra
• Fatores condicionais
o Patologias – pacientes nefropatas , hepatopatas e com distúrbios gastrintestinais
é necessário realizar o ajuste de dose
o Estado nutricional
o Estado psicológico
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Sistema Nervoso Autônomo
O Sistema Nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) – cérebro e medula espinal e o
sistema nervoso periférico – neurônios localizados fora do cérebro e da medula espinal. Este
por sua vez, divide-se em eferente – neurônios que transmitem sinal do cérebro e da medula e
os aferentes que trazem os sinais da periferia para o SNC.
A porção eferente do sistema periférico é dividida em sistema somático – controle voluntário
de funções e autônomo – controle das funções involuntárias.
AFERENTE
EFERENTE
Somático X Autônomo
Voluntário Involuntário
SNC Órgão
efetor
Pré- ganglionar Pós- ganglionar
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Neurônios aferentes → são os que recebem estímulos sensoriais e conduzem o impulso
nervoso ao sistema nervoso central.
Neurônio simpático → o SNA é dividido em simpático, parassimpático e entérico. Os
neurônios pré-ganglionares originam das regiões torácica e lombar da medula espinal e são
mais curtos quando comparados aos pós-ganglionares.
Neurônios parassimpáticos → os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos emergem
com os nervos craniais 3,7,9 e 10 e da região sacral. Os neurônios pós-ganglionares inervam a
maioria dos órgãos na cavidade torácica e abdominal. E ao contrário do sist. simpático, no
parassimpático, os neurônios pré são longos e os pós mais curtos.
Neurônios entéricos → compreende uma coleção de fibras nervosas que inervam o TGI,
pâncreas e vesícula biliar, funciona independente do SNC e controla a motilidade, secreções
exócrinas e endócrinas e a microcirculação do TGI.
Junto com o sistema endócrino, o SNA coordena a regulação e a integração das funções
corporais, o sistema endócrino envia sinais aos tecidos-alvo, variando os níveis de hormônios no
sangue e o SNA exerce sua influencia pela rápida transmissão de impulsos elétricos nas fibras
nervosas que terminam nas células efetoras, as quais respondem liberando substâncias
neurotransmissoras.
SNC Órgãos
Sistema Nervoso Parassimpático
alvos
Cervical
Torácica
Sacral
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Funções do sistema nervoso parassimpático e simpático
Neurotransmissores
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• Neurônios pré-ganglionares secretam acetilcolina S.N. Simpático
• Neurônios pós-ganglionares secretam noradrenalina
• Neurônios pré e pós-ganglionares secretam acetilcolina S.N. Parassimpático
• Neurônios somáticos secretam acetilcolina
Acetilcolina e
Outros neurotransmissores noradrenalina
• 5 – HT – Serotonina também!!
• DA – Dopamina Neurotransmissores excitatórios
• GLUT -Glutamato
• GABA Neurotransmissores inibitórios
• Glicina
Neurotransmissores excitatórios são capazes de promover mais excitabilidade da membrana,
deixando-a mais permeável ao sódio, já os neurotransmissores inibitórios fazem ao contrário,
inibem a hiperpolarização do neurônio, deixando-o mais lento, devido a maior entrada de íons
cloro.
Receptores de membrana → como todos os neurotransmissores e a maioria dos
hormônios são hidrofílicos para penetrar a camada lipídica, é necessário que a ligação seja
mediada por receptores específicos na superfície de órgãos alvos.
Receptores simpáticos
• Nicotínico: está presentes em neurônios pós-ganglionares e responde a acetilcolina
• β e α adrenérgico: estão presentes no tecido alvo (órgãos involuntários) e respondem a
noradrenalina.
Receptores parassimpáticos
• Nicotínicos: presentes em neurônios pós-ganglionares e responde a acetilcolina
• Muscarínicos: estão presentes nos órgãos alvos e responde a acetilcolina
▪ M1 – “neural” presentes no cérebro e estomago
▪ M2 – “cardíaco” presente principalmente no coração
▪ M3 – “glandular/ musculo liso” presentes em vários órgãos, como pulmão,
intestino, útero etc.
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Fármacos antagonistas – sistema nervoso simpático
Fármacos antagonistas vão bloquear os efeitos causados pela estimulação simpática, ou seja, o
aumento da frequência cardíaca, força de contração, débito cardíaco, aumento da pressão
arterial, glicogenólise hepática, midríase, xerostomia, tremor muscular e broncodilatação serão
bloqueados.
Exemplo de classe de fármacos:
• Bloqueadores β1 seletivo – antagonizam os efeitos da noradrenalina, junto aos
receptores β1 do coração. Fármaco: Atenolol, metaprolol e acebutalol.
• Bloqueadores β não seletivo – antagonizam os receptores β1 e β2, por não ser seletivo,
ele age em todos os receptores β, sendo assim é necessário tomar um certo cuidado ao
ser administrado, pois ao bloqueador o receptor β1 reduz a PA e em casos de hipertensão
é um efeito positivo, entretanto ao ser administrado em pacientes que apresentam HÁ
associado a diabetes e/ou DPOC leva a piora do quadro, já que reduz a glicogenólise
hepática e leva a broncoconstrição. Fármaco: propranolol.
• Bloqueadores α - antagonizam os efeitos da noradrenalina, junto aos receptores α da
pele, mesentério, impedindo a vasoconstrição periférica, ou seja, são anti-hipertensivos.
(a vasoconstrição periférica leva a diminuição da pressão arterial por vasodilatação).
Fármaco: prazosina, doxazosina, terazosina.
• Bloqueadores α/β - são usados como anti-hipertensivos e na insuficiência cardíaca.
Fármaco: carvedilol
SNC
Cervical ACH NA
Torácica
Lombar
Sacral
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Fármacos agonistas– sistema nervoso simpático
Os fármacos agonistas vão imitar ou efeitos do sistema nervoso simpático, ou seja, vão
aumentar a frequência cardíaca e respiratória, aumentar a pressão arterial, midríase, diminuir
a motilidade intestinal e fazer broncodilatação.
Exemplo de classe de fármacos:
• Agonistas α1 adrenérgico – são utilizados nas afecções das vias aéreas superiores, pois
promovem vasoconstrição. Fármacos: nafazolina, efedrina, fenilefrina.
• Agonistas α2 adrenérgico – promove a retroalimentação negativa da noradrenalina
(feedback -), reduzindo a liberação de NA, sendo utilizado como anti-hipertensivo.
Fármaco: Metildopa
• Agonistas β1 adrenérgico – aumentam o débito cardíaco, sendo bastante utilizados em
quadros de Insuficiência cardíaca. Fármaco: Dobutamina.
• Agonista β2 adrenérgico – atuam promovendo a broncodilatação dos pulmões.
Fármaco: fenotrol, sabutamol, terbutamina, salmeterol.
SNC
Cervical ACH NA
Torácica
Lombar
Sacral
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Fármacos antagonista– sistema nervoso parassimpático
Os fármacos que imitam a ação parassimpática são também conhecidos como agonistas
muscarínicos ou colinérgicos.
Exemplo de fármacos:
• Colírio de carbacol e pilocarpina – são utilizados no tratamento de glaucoma, pois
promovem a constrição pupilar.
• Betanecol – utilizado como estimulante do TGI e da bexiga em pacientes pós cirúrgicos.
• Metacolina – auxilia no diagnóstico de doenças pulmonares, através do exame de
broncoprovocação
Cervical
Torácica
Lombar
Sacral
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Colinérgicos de ação indireta
Anticolinesterásicos são fármacos que aumentam os níveis de ACH na fenda sináptica por
inibirem a sua degradação, essa degradação ocorre pela ação da enzima acetilcolinesterase
(ACHE) e os fármacos anticolinesterásicos vão inibi-la, aumentando assim os efeitos colinérgicos.
Para formar a acetilcolina, é necessário a união de dois grupos, grupo acetil (ou acetato) + grupo
colina, logo, ao ser degradada libera por mesmo dois grupos. O grupo colina é reaproveitado
para formar novas ACH, já o grupo acetil é oriundo da Acetil COA. A enzima ACHE tem como
objetivo degradar o excesso de ACH liberado na fenda sináptica evitando que o corpo sofra
com o seu excesso.
Os anticolinesterásicos são usados no tratamento de glaucoma (colírio de fisiostigmina e
ecotiopato) pois promovem a miose; no tratamento da miastenia grave (edrofônio e
neostigmina e também no tratamento da doença de Alzheimer (rivastigmina, galantamina,
donepezil, tacrina)
Grupo colina +
grupo acetil
Transportador
Colina de colina
ACH ACH
Colina
ACH ACH
CAT ACH
ACH
Acetil-COA ACH ACH
ACH ACH
Transportador
de colina
Colina
+ Grupo acetil
É eliminado na urina
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Fármacos antidepressivos
Presente em queijos envelhecidos, vinho, cerveja, peixe, banana etc., normalmente a tiramina é
degrada no TGI pela MAO, como não será degrada pode levar aos efeitos adversos.
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Fármacos parkinsonianos
CEREBRO
L-tirosina
DA DA
1 2 DA
1 – Tirosina hidroxilase L-tirosina DOPA DA
DA DA
2 – Dopa descaboxilase DA
MAO DA
Os fármacos benserazida e
carvidopa agem inibindo a
enzima dopa descaboxilase
da periferia, permitindo que
não atravesse a BHE
Ao administrar a levodopa sozinha a maioria vai para periferia, sofre ação da dopa
descaboxilase e forma a dopamina periférica que causa os efeitos colaterais já citados, porém
ao administrar a levodopa junto com carvidopa ou benserazida, a enzima dopa descaboxilase
da periferia é inibida, então não há dopamina na periferia e a maior parte alcança o cérebro.
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2. Imitar a dopamina – Os agonistas dopaminérgicos como a bromocriptina atuam nos
receptores dopaminérgicos, imitando seus efeitos.
3. Inibidores da MAO-B (IMAO-B) -São fármacos que inibem a enzima que degrada a
dopamina, aumentando assim seus níveis na fenda. Fármaco: silegilina e rosagilina.
4. Antagonistas muscarínicos M1 - combate o tremor. Fármaco: biperidino.
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Neurônio gabaérgico Neurônio pós sináptico
Efeitos adversos
• Sonolência;
GABA GABA Clˉ • Dificuldade de concentração;
GABA Clˉ • Preguiça mental e física;
Clˉ • Intoxicação;
GABA
GABA • Ressaca farmacológica.
Clˉ
Clˉ
Canal de cloreto
• Benzodiazepínicos (BDZ) – São os fármacos ansiolíticos mais usados, sendo mais seguros
e eficazes do que os barbitúrico. Os alvos para as ações dos benzodiazepínicos são os
receptores do GABA, são receptores diferentes dos barbitúricos, porém localizados lado
a lado. Quando os receptores são estimulados pelo BDZ ou pelos barbitúricos, verifica-se
uma alteração na conformação dos receptores gabaérgicos de tal forma que o GABA
passa a ter muito mais afinidade para com o próprio receptor, aumentando a frequência
na abertura e fechamento dos canais de cloreto, levando a um aumento do influxo de
íons Clˉ no neurônio pós sináptico, tornando-o mais hiper polarizado --- lento.
Os BDZ não têm atividade antipsicótica nem ação analgésica e não afetam o SNA, então
ele vai atuar:
• Diminuindo a ansiedade
• Ações hipnóticas e sedativas
• Amnésia anterógrada – bloqueio temporário da memoria
• Anticonvulsivantes
• Relaxamento muscular
• Distúrbios do sono – esses prescritos comumente contra os distúrbios do sono
incluem os de longa ação, flurazepam (1-3 dias), os de ação intermediária,
temazepam (10-20 horas), e os de curta ação, triazolam (3-8 horas).
Neurônio pós sináptico
Neurônio gabaérgico Receptor BDZ
Clˉ Efeitos adversos
Clˉ
GABA GABA
Clˉ • Sonolência e confusão
Clˉ
Clˉ • Ataxia em doses
GABA
Clˉ elevadas
GABA
GABA
Clˉ
Clˉ • Comprometimento
Clˉ
Clˉ cognitivo
Clˉ
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• Antagonista BDZ - O flumazenil é um antagonista de receptor GABA que pode
rapidamente reverter os efeitos dos benzodiazepínicos. O fármaco está disponível
apenas para administração IV. O início de ação é rápido, mas a duração é curta, com
meia-vida de cerca de uma hora. Administrações frequentes podem ser necessárias
para manter a reversão dos benzodiazepínicos de longa ação.
Outros BDZ
• Zolpidem – agonista de receptor BDZ, usado como ansiolítico
• Buspirona – atua nos receptores da serotonina promovendo o feedback negativo,
levando a redução nos níveis de 5-HT na fenda sináptica.
Estabilizadores de humor
Usado em pacientes bipolares, ou seja, que oscilam entre momentos de mania, irritabilidade e
momentos depressivos. O tratamento farmacológico mais usado são: sais de lítio associados ou
não a carbamazepina, lamotrigina, ac. Valproico e topiramato. Que são antagonistas dos canais
de glutamato.
O glutamato quando liberado atuam nos receptores AMPA e NMDA que por sua vez são
acoplados aos canais de Na e/ou Ca, levando à estimulação do neurônio pós sináptico, os
fármacos antagonistas do glutamato não atuam nos receptores do glutamato, e sim, nos
canais iônicos, impedindo a entrada do Na e/ou do Ca no neurônio pós sináptico, resultando em
uma inibição neuronal.
Farmacoterapia da epilepsia
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Farmacoterapia do Sistema cardiovascular
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Angina Pectoris
É uma dor no peito que se irradia para o braço esquerdo caracterizado pela falta de oxigênio
no músculo cardíaco, que pode ser causada pela obstrução de uma das coronárias devido a
uma placa de ateroma.
Classe de fármacos:
1. nitratos orgânicos – usados na emergência como vasodilatador, assim aumentam o
fluxo sanguíneo na região isquêmica, exemplos de fármacos:
• Nitroglicerina;
• Dinitrato de isossobida;
• Mononitrato de isossorbida.
2. Bloqueadores dos receptores β1 do coração – usados par aliviar o trabalho cardíaco,
pois atuam bloqueando a NA nos receptores do coração, diminuindo a frequência
cardíaca e força de contração, exemplos de fármacos:
• Atenolol;
Exceto em doentes
• Metanolol;
pulmonares e
• Acebutalol;
diabéticos.
• Propanolol*
3. Diuréticos – usados para aliviar o trabalho cardíaco, pois reduz o volume do LEC e
interstício, reduzindo a volemia, exemplos de fármacos:
• Amilorida;
• Hidroclorotiazida;
• Furosemida;
• Bumetanida.
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Hipertensão arterial
Hipertensão arterial é considerada quando os valores da pressão diastólica estão ≥ 140 mmHg
e a pressão diastólica ≥ 90 mmHg, isso acontece devido ao acumulo de substancias
vasoconstritoras como adrenalina, noradrenalina e angiotensina II, sendo assim, o tratamento
farmacológico tem como objetivo principal diminuir esses níveis e “desativar” o Sistema Renina
Angiotensina e Aldosterona.
Classe de fármacos anti-hipertensivos:
1. Antagonistas da angiotensina II – Bloqueiam a angiotensina II, assim não ocorre
vasoconstrição periférica, ou seja, acontece vasodilatação, exemplos de fármacos:
• Losartana
2. Antagonistas de canais de Ca – bloqueiam a entrada de íons cálcio na célula, dessa
forma, funciona como um vasodilatador, exemplos de fármacos:
• Nifedipina
• Anlodipina
• Diltiazem
• Verapamil
3. Inibidores da ECA – ECA é a enzima que converte a angiotensina I em II, ao ser bloqueada
todos os eventos que ocorrem devido a presença da angiotensina II, reduzem, implicando
em vasodilatação e diminuição da pressão arterial, exemplos de fármacos:
• Captopril;
• Inalapril;
• Lisinopril.
4. Antagonistas de receptores α da pele e mesentério – promovem a vasodilatação,
porém, pertencem a classe de fármacos que bloqueiam a NA nos receptores da pele e
do mesentério, exemplos de fármacos:
• prazosina
5. Antagonistas β1 do coração – Essa classe de fármacos são uteis na hipertensão pois
bloqueiam a noradrenalina, exemplos de fármacos:
• Atenolol
• Metanolol
• Acebutabol
• Propranolol*
6. Antagonistas da aldosterona – impedem a ação da aldosterona junto aos seus
receptores, reduzindo a absorção de água e sódio, que consequentemente reduz a
volemia e pressão arterial, exemplos de fármacos:
• espironolactona
7. Diuréticos – Reduzem o volume de água do interstício celular, que consequentemente
reduz a volemia e pressão arterial.
• Diuréticos do tipo tiazídicos são mais comumente usados. Além de outros efeitos
anti-hipertensivos, eles causam uma pequena quantidade de vasodilatação;
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• Os diuréticos de alça são utilizados para tratar hipertensão somente dos
pacientes que perderam > 50% da função renal, sendo administrados 2 vezes/dia.
Úlceras pepticas
As úlceras pepticas são causadas por tres fatores principais, infecção pela H. pylori, aumento
da secreção de ácio clorídrico e por uma defesa deficiente da musocsa contra o ácido gástrico,
seguindo isso, a terapia consiste em erradicação a infecçõ pela bactéria, reduz a secreção do
ácido gástrico e emprego de agentes que proteja a mucosa gástrica.
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prostaglandinas pode estar envolvida na Produz contrações uterinas,
patogênese das úlceras pépticas, exemplos desalojamento do feto e é
de fármacos: contraindicado durante a gestação.
• Misoprosto Diarreia e náuseas dose-dependentes
são os efeitos adversos mais comuns e
limitam o seu uso.
5. Antiácidos -- Os antiácidos são bases fracas que reagem com o ácido gástrico formando
água e um sal, para diminuir a acidez gástrica. Como a pepsina é inativa em pH acima
de 4, os antiácidos também reduzem a atividade da pepsina. Os antiácidos contendo
alumínio e magnésio são usados para o alívio sintomático da úlcera péptica e da azia;
eles também podem promover a cicatrização de úlceras duodenais. Contudo, eles são
usados como última escolha contra úlceras gástricas agudas porque a evidência de
eficácia é menos convincente, exemplos de fármacos:
• Hidróxido de alumínio (pode provocar constipação);
• Hidróxido de magnésio (pode provocar diarréia);
• Carbonato de cálcio;
• Bicarbonato de sódio.
6. Agentes protetores da mucosa - também conhecidos como citoprotetores, apresentam
várias ações que aumentam os mecanismos de proteção da mucosa, prevenindo lesões,
reduzindo inflamação e cicatrizando úlceras existentes, exemplos de fármacos:
• Sucralfato (é um complexo de hidróxido de alumínio);
• Subsalicilato de bismuto
Antieméticos
As náuseas e êmese possam ocorrer em variadas condiçoes, por exemplo, gestação, hepatite,
doença do movimento, e sejam sempre desagradáveis para o paciente, são a náusea e a êmese
produzidos por vários fármacos antineoplásicos que exigem controle eficaz.
• Dimenidrato – Dramin
• Metoclopramida – Plasil
• Buclizina – Postafen
• Bromoprida – Digesan
• Dromperidona – Motilium
• Ondansetrona – Zofran
• Granessetrona – Kytril
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Antidiarreicos
Laxantes
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Farmacoterapia do Sistema Respiratório
Asma
A asma é uma doença inflamatória das vias aéreas caracterizada por episódios de
broncoconstrição aguda causando encurtamento da respiração, tosse, tensão torácica,
respiração ruidosa e rápida.
Rinite
Inflamação da mucosa nasal, provocada por substancias diversas como, polén, pós, pêlos,
compostos organicos, inorganicos, perfume, fumaça etc.
Classe dos fármacos:
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1. Agonistas adrenergicos α1 - imitam a NA, promovendo a vasoconstrição, exemplo de
fármacos:
• Efedrina
• Fenilefrina
• Pseudoefedrina
• Nafazolina
2. Soluções aquosas hipertonicas – atuam como fluidificantes das secreções, exemplo de
fármacos:
• Cloreto de sódio;
• Cloreto de benzalcônio.
Espirro e Tosse
Ambos funcionam como mecanismo de defesa do organismo. Para tratar espirros, comumente
são utilizados antialergicos, já para tratar a tosse são utilizados mucoliticos e/ou expectorantes.
1. Mucolíticos – promovem a fluidificação do muco, favorecendo a sua eliminação, exemplo
de fármacos:
• Bromexina (bisolvon)
• Ambroxol (mucossolvam)
• Acetilcisteina (fluimucil)
2. Expectorantes – promovem a tosse produtiva, ou seja, estimula a expelir as secreções:
• Ambroxol
• Bromexina
• Iodeto de potássio (KI)
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Anti-inflamatórios não esteroides - AINES
Os anti inflamatórios são uma classe de fármacos que combatem os quadros patológicos de
dor, febre e inflamação.
Os não esteroides, bloqueiam irreversivelmente a COX (Cicloxigenase) que é a enzima que
catalisa a reação de formação das prostaglandinas a partir da ácido araquidônico.
Exemplo de fármacos: São substâncias endógenas que
• AAS participam do processo de dor, febre e
• Paracetamol inflamação, “avisando” o organismo de
• Dipirona que “algo anormal” está ocorrendo,
• Naproxéno apresentando como caracteristica a
• Piroxicam propriedade vasodilatadora e
• Difunisal hiperalgésica.
• Meloxicam
• Tinoxicam
• Cetoprofino
Os AINES inibem ou bloqueiam a síntese dessas prostaglandinas atraves da inibição da COX2,
mas inibe também a COX1, levando a efeitos adversos/colaterais.
A COX1 é constitutiva, ou seja, está presente e muitas células (estomago,rins) e são de grande
importancia para o organismo participando da homeostasia, a partir delas são produzidas
prostaglandinas “do bem” (PGI 2 e PGE 2) que tem como função:
• PGI2 – inibe a secreção
excessiva de suco gástrico
Estômago
• PGE2 – estimula a produção
de muco protetor
Por outro lado, existem as COX2, que é induzida nos processos de dor, febre e inflamação, ou
seja, a partir dela são produzidas as “prostaglandinas do mal” que estão presentes quando o
individuo sente dor, tem febre e/ou inflamação.
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Anti-inflamatórios esteroides – AIES
Conhecido como corticoides, são anti inflamatorios potentes, porém apresentam efeitos
colaterais. Atuam inibindo a enzima fosfolipase A2 na cascata de formação das prostaglandinas
e leucotrienos, assim, não serao formadas substâncias que participam dos processos de dor,
febre e inflamação.
Exemplo de fármacos:
• Dexametasona;
• Hidrocortisona;
• Prednisona;
• Prednisolona;
• Bectametasona.
Efeitos colaterais dos corticoides
Os efeitos colaterais tem a ver com o fato dos corticoides serem quimicamente parecidos com
os hormonios produzidos pelo cortex supra renal, ou seja, são parecidos com os hormonios
cortisol, aldosterona e androgenios.
A aldosterona aumenta a rebsorção de
sódio e agua que como consequencia
aumenta a pressão arterial; o cortisol é
hiperglicêmico e os androgenios são
hormonios responsaveis pelos caracteres
sexuais masculino.
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Cascata do ácido araquidônico
Fosfolipideo de membrana
Fosfolipase A2
AINES
Ac. araquidônico
COX2 ou COX 1
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Bibliografia
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