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UFVJM

ALISSON IURI ALVES DA SILVA


CARLOS MATEUS SOARES SILVA
SERGIO EDUARDO RODRIGUES COSTA
SHEILA ALMEIDA MENDES DE MATOS

RELATÓRIO 2:
Fluidos I

Janaúba
2021
1 Introdução

São denominados os fluídos, assim como os fatos de poderem se


escoar com grande facilidade, sob tensão de cisalhamento, não importando a
quão pequena possa ser essa tensão, a gravidade em si, faz o papel dessa
força de cisalhamento na superfície da terra, tornando possível o escoamento
dos líquidos e gases. Os fluidos incluem os líquidos, os gases e até alguns
sólidos. Alguns parâmetros para um estudo dos fluidos, são pressão e
densidade. Desta forma, lembrando dos conceitos de força e massa de Newton
a densidade envolve a distribuição de massa e a pressão é o que diz como as
forças vão estar presentes.
A hidrostática é uma área da física que estuda os líquidos que estão em
repouso. Esse ramo envolve diversos conceitos como a densidade, a pressão,
o volume e a força empuxo. A densidade ou massa específica é uma grandeza
escalar, que determina a concentração de matéria em um determinado volume,
e que também se torna possível reconhecer diferentes materiais, pela
densidade. A massa por unidade de volume é medida por:

𝑚
𝜌=
𝑣

ρ é a densidade; m é a massa; V é o volume.


Unidade SI : kg/m^3

A pressão que é um conceito essencial de força por unidade de volume,


também uma grandeza escalar, independente de direção e sentido, em
unidade SI é medida em Pascal, mesmo que (N/m^2 = Pa). Determina a
pressão que exercem os fluidos sobre outros. Quando a força é uniformemente
aplicada sobre a superfície, equivale a fórmula:

𝐹
𝑝=
𝐴

p é a pressão;
f/a são força por unidade de área.

A pressão que é encontrada a uma certa profundidade na água, e a uma


altitude acima do mar, são chamadas de pressões hidrostáticas, se relacionam
a fluidos em repouso. A pressão em si, aumenta com a profundidade, de
acordo com as moléculas de água, vão fazendo força em cima de outras. Essa
variação da pressão com a profundidade dentro de um fluído, é representado,
por:

p = p0 + ρgh

Onde:
p0 é pressão atmosférica local;
p é a pressão a uma distância h abaixo da superfície de um fluido;
ρ é a densidade do fluido;
g é a aceleração da gravidade;
h é a altura da coluna de fluido de onde estar sendo medido a pressão.

Assim na fórmula acima, determina-se a variação da pressão, com a


profundidade H, em relação a superfície.

2 Procedimentos

Acessamos a simulação “Under Pressure” (ou Sob Pressão) da


plataforma Phet Interactive Simulations para a realização da prática conforme a
figura abaixo:

Figura 1: Simulação “Under Pressure” na plataforma Phet Interactive Simulations

Ao iniciar o procedimento selecionamos a água como fluido e a


gravidade da Terra que é 9,8 m/s2, esvaziamos o tanque e colocamos o
medidor de pressão no fundo do tanque para assim medir a pressão com a
variação da altura do fluido no tanque, também utilizamos a régua para medir a
altura da coluna de fluído. Variamos a quantidade de água no tanque para
verificarmos o aumento da pressão em razão do aumento da altura da coluna
de água, fizemos o mesmo procedimento para a gasolina e o mel, também
mudamos a aceleração da gravidade para o valor 24,9 m/s2 encontrado em
Júpiter, repetindo as mesmas medidas para os mesmos três fluidos.
Em seguida, a partir dos dados coletados construímos tabelas com as
alturas das colunas de fluidos e suas respectivas pressões. Com os resultados
obtidos fizemos dois gráficos de três curvas Pressão versus Altura realizados
com a gravidades da Terra e Júpiter. Através do coeficiente angular das retas e
da aceleração da gravidade de onde estão, obtivemos o valor da densidade de
cada fluido na Terra e em Júpiter, com isso calculamos os erros experimentais
para sabermos o quão próximos conseguimos chegar dos resultados
esperados.

3 Resultados e discussões

Primeiramente, utilizamos a gravidade da terra (9,8m/s^2), as alturas da


coluna de fluido e os fluidos (água, mel e gasolina) sugeridas pelo roteiro, no
simulador. Assim, a partir dos dados obtidos no simulador, montamos a
seguinte tabela:

Terra
h(m) p(kP a) Agua p(kP a) Gasolina p(kP a) Mel
0 101,362 101,362 101,362
0,2 103,121 102,593 103,861
0,4 105,202 104,048 106,817
0,6 107,133 105,399 109,56
0,8 109,089 106,768 112,399
1 110,895 108,032 114,905
1,2 112,978 109,489 117,863
1,4 114,47 110,882 120,692
1,6 116,863 112,207 123,381
1,8 118,859 113,606 126,217
2 120,686 114,881 128,812
2,2 122,756 116,33 131,753
2,4 124,666 117,666 134,497
2,6 126,653 119,056 137,289
2,8 128,629 120,438 140,095
3 130,669 121,866 142,994
Onde temos, h (m) sendo a altura em metros da coluna de fluido e p
(KPa) a pressão em um ponto no nível mais baixo do recipiente dado em
quilopascal.
Utilizando esses dados, plotamos um gráfico, no Excel, de pressão (P)
em função das alturas (h) para cada fluido, e obtivemos o seguinte gráfico:

Gráfico 1:
Pressão
Água
versusGasolina
Altura na terraMel

150 y = 13.882x + 101.21


140
y = 9.7767x + 101.21
130
p(kPa)

y = 6.8374x + 101.28
120

110

100
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
h(m)

Gráfico 1: Gráfico plotado no Excel de pressão em função da altura (Terra).

Ao qual, cada reta representa os dados referentes a cada fluido utilizado.


Logo depois, utilizando as mesmas alturas e fluidos, mas considerando a
gravidade como sendo a de júpiter (24,9m/s^2), fizemos uma nova tabela, a
partir dos dados obtidos no simulados, e obtivemos a seguinte tabela:

Júpiter
h(m) p(kP a) Agua p(kP a) Gasolina p(kP a) Mel
0 257,541 257,541 257,541
0,2 262,233 260,824 264,206
0,4 267,022 264,174 271,099
0,6 272,135 267,751 278,272
0,8 277,028 271,175 285,233
1 281,765 274,489 291,952
1,2 287,056 278,19 299,467
1,4 292,117 281,731 306,657
1,6 296,927 285,096 313,489
1,8 301,998 288,644 320,693
2 306,641 291,892 327,288
2,2 311,9 295,572 334,76
2,4 316,755 298,968 341,655
2,6 321,803 302,5 348,826
2,8 326,821 306,011 355,955
3 332,007 309,639 363,321

Assim, plotamos um novo gráfico no Excel de pressão em função das


alturas, a partir dos dados dessa segunda tabela, e obtivemos o seguinte
gráfico:

Gráfico 2:
Pressão
Água
versusGasolina
Altura em júpiter
Mel

370 y = 35.285x + 257.1


350
y = 24.845x + 257.22
330
P(kPa)

y = 17.382x + 257.31
310
290
270
250
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
h(m)

Gráfico 1: Gráfico plotado no Excel de pressão em função da altura (Júpiter).

Considerando a equação do Teorema de Stevin:


𝑝 = 𝑝0 + ρ𝑔ℎ

E as funções referente a cada fluido, geradas pelos gráficos,


considerando a gravidade da Terra:

y = 13,882x + 101,21(Mel)
y = 9,7767x + 101,21(Água)
y = 6,8374x + 101,28(Gasolina)

considerando a gravidade de júpiter:


y = 35,285x + 257,1(Mel)
y = 24,845x + 257,22(Água)
y = 17,382x + 257,31(Gasolina)

Notamos que ambas têm o formato de uma função afim:


𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏

Como tomamos a altura (h), como as variantes no experimento, elas


podem ser relacionadas como o x da função, sendo assim, podemos
considerar a gravidade (g) vezes a densidade (ρ) como sendo o equivalente ao
coeficiente angular (a):
𝑎 = ρ𝑔

Manipulando a equação, temos:


𝑎
ρ=
𝑔

Substituindo os valores na equação, obtemos os seguintes valores para


a densidade de cada fluido:

Terra Júpiter
Mel 1,41653 1,41707
Água 0,99762 0,99779
Gasolina 0,69769 0,69807

Multiplicando os valores por 10^3 porque utilizamos os valores da


pressão em Kpa em vez de pa quando plotamos o gráfico.

Terra Júpiter
Mel 1416,53 kg/m3 1417,07 kg/m3
Água 997,62 kg/m3 997,79 kg/m3
Gasolina 697,69 kg/m3 698,07 kg/m3

Utilizando a seguinte equação para calcular o erro experimenta:


|𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 − 𝑉𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜|
𝐸% = 𝑥100
𝑉𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜

Assim, obtivemos os seguintes erros experimentais (E%):

Terra Júpiter
Mel 0,24% 0,21%
Água 0,24% 0,21%
Gasolina 0,33% 0,27%

Logo, podemos observar que obtivemos um resultado muito próximo dos


valores esperados, com erros de 0,24% e 0,21% para o mel, 0,24% e 0,21%
para a agua, 0,33% e 0,27% para a gasolina. Isso ocorre devido ao simulador
nos fornecer dados muito precisos e em condições muito perfeitas em
comparação ao mundo real, em que existe fatores externos que influenciam no
experimento. Essa pequena taxa de erro, provavelmente, é devido a algum
arredondamento de valor feito nos softwares utilizados ou nos cálculos
efetuados, ou mesmo por imprecisão ao colocar os valores no simulador.
Também, é interessante percebermos que as retas do gráfico referente a
gravidade de júpiter, são bem mais inclinadas, isso ocorre devido júpiter ter
uma gravidade bem maior que a da terra. Além disso, notamos que a uma
proporcionalidade nas restas que se mantem nos 2 gráficos, devido a razão
entre a gravidade dos dois planetas.

4 Conclusão

Desse modo, alcançamos os resultados imaginados e com boa precisão,


com os valores da densidade dos três fluidos, pré-estabelecidos, tanto na Terra
quanto em Júpiter, sendo próximos da realidade. Precisão que pode ser
percebida nos erros experimentais, que foram valores muito pequenos, um dos
principais fatores que podem ser relacionados a esse fato, é de que o
experimento foi realizado de forma virtual. Portanto, findamos que o
experimento foi concluído com sucesso.

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