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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIOS DE FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA
PROFESSOR RAUL CORREA SILVA

Nome: Pedro Henrique dos Anjos Fonseca.


Curso: Matemática.

Nome: Gisele Dandara Pinheiro da Silva.


Curso: Matemática. Turma:

FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA: MECÂNICA - PX6 Data de realização do experimento:


10/11/23

Introdução
Conforme proposto por Galileu, em , o movimento de um Diálogos sobre novas ciências
projétil na superfície da terra pode ser analisado, separadamente, na direção horizontal e na
vertical. Além disso, sabe-se também, que desprezando as forças de atrito, um projétil se
move com velocidade constante na horizontal e com aceleração constante na vertical. Isso
resulta em uma trajetória parabólica, como demonstrado na figura abaixo.

Decompondo esse movimento na horizontal e na vertical, temos os seguintes vetores:


𝑟0 = 𝑥0 𝑖 + 𝑦0 𝑗
Onde é relacionado ao eixo horizontal 𝑥 𝑖 0 x e 𝑦0 𝑗 é relacionado ao eixo vertical y. Temos
também, que é a velocidade inicial da esfera
𝑣0 𝑣 = 𝑣 𝑖 + 𝑣 𝑗 0 0𝑥 0𝑦
Utilizando trigonometria básica, podemos decompor melhor esses vetores da seguinte
maneira,
Por razões trigonométricas, 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑣0𝑥
sin 𝜃 = 𝑣0𝑦 𝑣0
Sendo assim,
𝑣 0𝑥=𝑣0 cos 𝜃

𝑣0y = 𝑣0 sin 𝜃

Reescrevendo , chegamos a 𝑣0 = 𝑣0 cos𝜃 𝑖 + 𝑣 sin 𝜃 𝑗


Além disso, temos a aceleração indicada com um valor negativo, pois a esfera está subindo,
fazendo um movimento contrário a gravidade, ou seja,
𝑎 = −𝑔𝑗
Sabendo que a aceleração a derivada da velocidade em relação ao tempo, temos:

𝑎 = 𝑑𝑣/dt

Separando essa derivada para as componentes de x e y,


𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑑𝑣𝑥 /𝑑𝑡 𝑖 + 𝑑𝑣𝑦 /𝑑𝑡 𝑗
Como vimos anteriormente, a aceleração é a presença da gravidade ( ), que atua em
−𝑔𝑗 relação ao eixo . Assim podemos assumir que a derivada do eixo é igual a zero. y x
𝑑𝑣𝑥 𝑑𝑡 𝑖 + 𝑑𝑣𝑦 𝑑𝑡 𝑗 = −𝑔𝑗 { 𝑑𝑣𝑥 𝑑𝑡 = 0 𝑑𝑣𝑦 𝑑𝑡 = −𝑔
Para encontrar a velocidade, integramos os dois lados da equação. Assim iremos encontrar
os seguintes valores para
𝑣𝑥 e 𝑣𝑦 𝑑𝑣𝑥 𝑑𝑡 = 0 → 𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥 𝑑𝑣𝑦 𝑑𝑡 = −𝑔 → 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡
Utilizando a equação obtida anteriormente e
𝑣0𝑥 𝑣0𝑦
temos a seguinte relação
𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑣𝑦 = 𝑣0 sin 𝜃 − 𝑔𝑡
Por fim, temos que o vetor velocidade de uma forma geral, corresponde a:
𝑣 = 𝑣𝑥 𝑖 + 𝑣𝑦 𝑗 = 𝑣0 cos 𝜃𝑖 + (𝑣0 sin 𝜃 − )𝑗 𝑔𝑡
Tendo o vetor velocidade (𝑣), podemos obter o vetor posição 𝑟,
𝑟= 𝑥 𝑖 + 𝑦 𝑗
Existe uma relação entre esses vetores, a velocidade corresponde a derivada da posição
em relação ao tempo, ou seja,
𝑣 = 𝑑𝑟/ 𝑑𝑡
Reescrevendo essa derivada:
𝑑𝑟 𝑑𝑡 = 𝑑 𝑑𝑡 (𝑥 𝑖 + 𝑦𝑗) = 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑖 + 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑗
A partir do vetor velocidade obtido ( já 𝑣), temos:
𝑣𝑥 = 𝑑𝑥 𝑑𝑡 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑣𝑦 = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑣0 sin 𝜃 − 𝑔𝑡
Integrando os dois lados das equações,
𝑥 = 𝑥 + 𝑣 0 𝑥𝑡 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 cos 𝜃 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 𝑡 sin 𝜃 − 𝑔 𝑡 2/ 2
Com isso, temos que o vetor posição de uma forma geral, corresponde a:
𝑟 = 𝑥 𝑖 + 𝑦 𝑗 = 𝑥 ( 0 + 𝑣0 𝑡 cos 𝜃)𝑖 + (𝑦0 + 𝑣0 𝑡 sin 𝜃 − 𝑔 𝑡 2/ 2 ) 𝑗
Se assumirmos que , temos:
𝑥 = 𝑦 = 0 0 0 𝑥 = 𝑣0 𝑡 cos 𝜃 (1) 𝑦 = 𝑣 𝑡 sen 𝜃 − 𝑔 0 𝑡 2 2 (2)
Assim o vetor posição pode ser reescrito da seguinte maneira:
𝑟 = 𝑥 𝑖 + 𝑦 𝑗 = 𝑣 ( 0 𝑡 cos 𝜃)𝑖 + (𝑣0 𝑡 sin 𝜃 − 𝑔 𝑡 2 2 ) 𝑗

Objetivo
Registrar e analisar a trajetória de um projétil
Determinar o ângulo de lançamento, a velocidade inicial e ponto de contato com o chão

Material utilizado
Esfera de aço (revestida com borracha)
Canaleta para lançamento
Webcam
Programa de aquisição e processamento de imagem

Procedimentos
Com uma câmera vamos registrar a trajetória da esfera. Para isso devemos primeiro
posicionar a câmera perpendicular ao plano dessa trajetória. Com o programa de aquisição
de imagens configurado, a esfera é posicionada a uma certa altura na canaleta e a
filmagem é iniciada. A esfera é solta e sua trajetória ao abandonar a canaleta é gravada
desde o ponto de lançamento até o ponto onde toca a mesa. Após obter a filmagem,
utilizaremos um programa de processamento de imagens para determinar as coordenadas x
e y da trajetória da esfera. Neste programa, as coordenadas são dadas em pixels, ou seja,
pela posição dos pontos na tela. Primeiramente transformamos estas coordenadas de pixels
em centímetros, para isso precisamos traçar uma reta sobre o diâmetro da esfera e
estabelecer a equivalência do seu valor em pixels e seu valor em centímetros. Através do
programa, observamos os quadros do vídeo onde foram registrados os trechos da trajetória,
e para obter as coordenadas da trajetória, nós marcamos vários pontos em sequência
usando o centro da esfera como referência. Por fim, a partir das coordenadas dos pontos
marcados na tela montamos uma tabela

O valor usado para a aceleração gravitacional ( ) será:


𝑔 = (9.78 ± 0.05)𝑚/𝑠

A tabela (já corrigida) obtida no experimento foi:


Primeira coluna sendo X(em cm)
e a Segunda sendo Y(em cm)

0 0
1.12 1.28

2.73 3.37

4.49 4.49

5.94 6.09

7.22 6.58

8.67 7.86

10.43 8.98

12.04 9.95

13.48 11.07

14.60 12.19

16.37 12.19

18.46 12.67

21.19 13..32

23.75 13.32

26.96 14.12

29.37 13.48

31.78 12.67

34.03 12.03

36.43 12.19

38.20 10.59

40.45 10.11

42.69 9.14

44.46 8.66

45.74 7.38

47.51 6.26

48.79 5.29

49.92 4.17

51.68 3.69
52.64 1.60

54.57 -0.16

56.01 -1.29

57.62 -3.05

59.22 -4.34

60.03 -6.59

61.63 -8.83

63.40 -10.60

Isolando na Eq. 1 e fazendo sua substituição na Eq. 2, uma função quadrática é obtida. t
Portanto, a trajetória de um projetil é uma parábola, podemos ver isso no gráfico a seguir.
𝑡 = 𝑥 /𝑣0 cos 𝜃
𝑣0 sen 𝜃 ( 𝑥 /𝑣0 cos 𝜃) − 1/ 2 𝑔 ( 𝑥 /𝑣0 cos 𝜃) 2
𝑦 = tan 𝜃 𝑥 − 𝑔 /2𝑣0 2 cos2 𝜃 x^2

Sendo a função do gráfico 𝑦 = 𝐴 ∗ 𝑥2 + 𝐵 ∗ 𝑥 + 𝐶


C = 0,000404544563365715 +/- 0,000690806225965501
B = 0,964381344504122 +/- 0,01628235775959
A= -5,60929283856649 +/- 0,077036900307458
Comparando a equação da função polinomial do gráfico com 𝑦 = 𝐴 ∗ 𝑥2 + 𝐵 ∗ 𝑥 + 𝐶 a
equação física𝑦 = tan 𝜃 𝑥 − (𝑔 /2𝑣0 2 cos2 𝜃 )𝑥 2

𝑌=𝑦
𝐴 = − 𝑔/ 2𝑣0 2 cos2 𝜃
𝐵 = tan 𝜃
𝑋=𝑥
Com isso podemos encontrar os valores de 𝜃 e 𝑣0
Podemos encontrar o valor de por meio do valor encontrado em 𝜃 B

𝐵 = tan 𝜃
𝜃 = arctan 𝐵
𝜃 = arctan 0,96
𝜃 = 0.76499 𝑟𝑎d

∆𝜃 = √( 𝜕𝜃 𝜕𝐵) 2 (∆𝐵)2
∆𝜃 = √( 1 𝐵2 + 1) 2 (∆𝐵)2
∆𝜃 = √( 1 0. + 1 962 ) 2 (0.02)
∆𝜃 = 0.01040
𝜃 = (0.76 ± 0.01) 𝑟𝑎𝑑

Conclusão
Partindo das observações do movimento de uma esfera ao ser lançada de uma canaleta, o
objetivo do experimento era registrar e analisar a trajetória de um projétil, além de
determinar o ângulo de lançamento, a velocidade inicial e o ponto de contato com o chão.
Após obter os valores do ângulo de lançamento, a velocidade inicial e ponto de contato com
o chão, concluímos que o alcance se aproxima ao alcance máximo, pois o ângulo de
lançamento se aproxima do idea l.

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