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Lista de Exercícios – Fixação do Conteúdo AULA 5

1-) Determine o centroide (𝑥̅ , 𝑦̅) da área sombreada.

Resolução:
Para determinar o centroide de área em relação temos que desenhar um retângulo infinitesimal. Vamos desenhá-
lo na vertical onde sua base é 𝑑𝑥 e sua altura é 𝑦 como mostra a imagem abaixo:

A área desse elemento infinitesimal é a área do retângulo (base vezes altura) dada por:
𝑑𝐴 = 𝑦𝑑𝑥
A equação para o cálculo do centroide em 𝑥̅ é definida pela Equação 3a vista na Aula 5, logo:

∫𝐴 𝑥̃𝑑𝐴
𝑥̅ = ,
∫𝐴 𝑑𝐴

onde 𝑥̃ corresponde ao centroide do elemento infinitesimal, ou seja, 𝑥̃ = 𝑥. A integral é função de 𝑥, logo, pela
figura nota-se que a função varia de 0 a 1 m no eixo 𝑥. Esses são os nossos limites de integração. Substituindo
𝑥̃ = 𝑥 e 𝑑𝐴 = 𝑦𝑑𝑥, onde 𝑦² = 𝑥³, logo, 𝑦 = 𝑥 3/2 , na equação acima, temos:
1 1 1
∫0 𝑥𝑦𝑑𝑥 ∫0 𝑥𝑥 3/2 𝑑𝑥 ∫0 𝑥 5/2 𝑑𝑥
𝑥̅ = 1 = 1 = 1
∫0 𝑦𝑑𝑥 ∫0 𝑥 3/2 𝑑𝑥 ∫0 𝑥 3/2 𝑑𝑥

Resolvendo a integral polinomial acima (veja Equação 3 da Aula 4), temos que:
1
2 1
(7 𝑥 7/2 ) 5𝑥 7/2 5 1
𝑥̅ = | = 5/2 | = 𝑥|
2 5/2 7𝑥 7 0
(5 𝑥 ) 0
0

Substituindo os limites de integração chegamos em:


5 5
𝑥̅ = (1 − 0) → 𝑥̅ = 𝑚
7 7
Faremos um procedimento semelhante para determinarmos o centroide de área 𝑦̅, só que agora vamos considerar a Equa
3b da Aula 5, ou seja:

∫𝐴 𝑦̃𝑑𝐴
𝑦̅ = ,
∫𝐴 𝑑𝐴

onde 𝑦̃ corresponde ao centroide do elemento infinitesimal, ou seja, 𝑦̃ = 𝑦/2. A integral ainda é função de 𝑥, por
conta do 𝑑𝑥 que vem da área do elemento infinitesimal, logo, a função varia de 0 a 1 m. Substituindo 𝑦̃ = 𝑦/2 e
𝑑𝐴 = 𝑦𝑑𝑥, onde 𝑦² = 𝑥³, logo, 𝑦 = 𝑥 3/2, na equação acima, temos:
1𝑦 1 𝑥 3/2 1 1 1 1
∫0 2 𝑦𝑑𝑥 ∫0 2 𝑥 3/2 𝑑𝑥 2 ∫0 𝑥 3/2 𝑥 3/2 𝑑𝑥 2 ∫0 𝑥 3 𝑑𝑥
𝑦̅ = 1 = 1 = 1 = 1
∫0 𝑦𝑑𝑥 ∫0 𝑥 3/2 𝑑𝑥 ∫0 𝑥 3/2 𝑑𝑥 ∫0 𝑥 3/2 𝑑𝑥

Resolvendo a integral polinomial acima (veja Equação 3 da Aula 4), temos que:
1 1
1 𝑥4 𝑥4
( . ) ( ) 5𝑥 4
1
5 3/2 1
2 4 8
𝑦̅ = | = | = | = 𝑥 |
2 5/2 2 5/2 16𝑥 5/2 16 0
( 𝑥 ) ( 𝑥 ) 0
5 0 5 0

Substituindo os limites de integração chegamos em:


5 3/2 5 5
𝑦̅ = (1 − 03/2 ) = (1) → 𝑦̅ = 𝑚
16 16 16
Obs. Todos esses cálculos poderiam ser desenvolvidos considerando o elemento infinitesimal deitado (na
horizontal).
2-) Localize o centroide 𝑦̅ da área da seção transversal da viga.

Resolução:
Temos que encontrar o centroide em y, através da seguinte equação:
∑ 𝑦̃𝐴
𝑦̅ =
∑𝐴
Temos que obter a posição no eixo y das duas figuras:

Se considerarmos esta distância em relação a base da figura completa, temos:


50
𝑦̃1 = 300 + = 325 𝑚𝑚
2
300
𝑦̃2 = = 150 𝑚𝑚
2
Vamos calcular as áreas das duas figuras:
𝐴1 = 300.50 = 15000 𝑚𝑚²
𝐴2 = 50.300 = 15000 𝑚𝑚2
Substituindo na equação do centroide:
∑ 𝑦̃𝐴 (325.15000 + 150.15000)
𝑦̅ = =
∑𝐴 (15000 + 15000)
Portanto, 𝑦̅ = 237,5 𝑚𝑚.
3-) Determine o momento de inércia 𝐼𝑥 e 𝐼𝑦 da área azul:

Resolução:
Conforme o procedimento descrito na página 16 da Aula 5, temos que desenhar um elemento diferencial na
horizontal para determinar o momento de inércia em 𝑥.

A área desse elemento infinitesimal é dada pela multiplicação de sua base por sua altura, ou seja:
𝑑𝐴 = (1 − 𝑥 )𝑑𝑦
A Equação que vamos utilizar é a 6 descrita na Aula 6 e definida como:

𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴
𝐴

Essa integral varia em função de 𝑦, por conta do 𝑑𝑦, logo, seu intervalo é de 0 a 1m.
A função é 𝑦 2 = 𝑥 3 , logo, 𝑥 = 𝑦 2/3. Substituindo esses termos na equação acima, temos:
1 1 1 1 1
𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 1 − 𝑥 )𝑑𝑦 = ∫ 𝑦 2 (1 − 𝑦 2/3)𝑑𝑦 = ∫ 𝑦 2 − 𝑦 8/3 𝑑𝑦 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝑦 − ∫ 𝑦 8/3 𝑑𝑦
2(
0 0 0 0 0

Aplicando a Equação 3 da Aula 4 para resolver essa integral, temos:


1
𝑦³ 3 11/3 1
𝐼𝑥 = | − 𝑦 |
3 0 11 0

Substituindo os limites de integração, temos o seguinte resultado:


1³ 0³ 3 11 3 11 1 3 11 − 9 2
𝐼𝑥 = ( − )−( 13 − 03) = − = = → 𝐼𝑥 = 0,0606 𝑚4
3 3 11 11 3 11 33 33

Para o cálculo do momento de inércia em y, vamos desenhar um elemento infinitesimal na vertical:


A área desse elemento infinitesimal é dada pela multiplicação de sua base por sua altura, ou seja:
𝑑𝐴 = 𝑦𝑑𝑥
A Equação que vamos utilizar é a 6 descrita na Aula 6 e definida como:

𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝐴
𝐴

Essa integral varia em função de 𝑥, por conta do 𝑑𝑥, logo, seu intervalo é de 0 a 1m.
A função é 𝑦 2 = 𝑥 3 , logo, 𝑦 = 𝑥 3/2. Substituindo esses termos na equação acima, temos:
1 1 1
𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑦𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 2 𝑥 3/2 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 7/2 𝑑𝑥
0 0 0

Aplicando a Equação 3 da Aula 4 para resolver essa integral, temos:

2 9/2 1
𝐼𝑦 = 𝑥 |
9 0

Substituindo os limites de integração, temos o seguinte resultado:


2 9/2 9 2
𝐼𝑦 = (1 − 02 ) = 1 → 𝐼𝑦 = 0,222 𝑚4
9 9
4-) Determine a distância 𝑦̅ até o centroide da área da seção transversal da viga, depois, ache o momento de
inércia em relação ao eixo 𝑥′.

Resolução:

𝐶1 = 𝑦̃1 = 50 𝑚𝑚
𝐴1 = 200.100 = 20000 𝑚𝑚²
𝐶2 = 𝑦̃2 = 250 𝑚𝑚
𝐴2 = 100.300 = 30000 𝑚𝑚²
∑ 𝑦̃𝐴 (50.20000 + 250.30000)
𝑦̅ = =
∑𝐴 (20000 + 30000)
Portanto, 𝑦̅ = 170 𝑚𝑚
𝑏ℎ³
̅ + 𝐴𝑑𝑦 ²
𝐼𝑥 = 𝐼𝑥′ onde ̅ =
𝐼𝑥′ 12

200 100³
𝐼𝑥1 = + 20000. (50 − 170)² → 𝐼𝑥1 = 304,67. 106 𝑚𝑚4
12

100 300³
𝐼𝑥2 = + 30000. (250 − 170)² → 𝐼𝑥2 = 417. 106 𝑚𝑚4
12

𝐼𝑥 = 𝐼𝑥1 + 𝐼𝑥2 = 721.67. 106 𝑚𝑚4 .


5-) O pêndulo consiste em uma barra espelta de 3 kg e uma placa fina de 5 kg. Determine a localização 𝑦̅ do
centro de massa 𝐺 do pêndulo; depois, determine o momento de inércia de massa do pêndulo em relação a um
eixo perpendicular à página e que passa por 𝐺.

Resolução:
O centro de massa do pêndulo pode ser obtido aplicando a Equação 5 vista na Aula 5:
∑ 𝑦̃𝑚
𝑦̅ =
∑𝑚
Considerando a barra esbelta como o primeiro segmento e a placa fina como o segundo, temos:
2
𝑦̃1 = =1𝑚 e 𝑚1 = 3 𝑘𝑔
2
0,5
𝑦̃2 = 2 + = 2,25 𝑚 e 𝑚2 = 5 𝑘𝑔
2
Substituindo na primeira equação, temos o seguinte resultado:
1.3 + 2,25.5
𝑦̅ = → 𝑦̅ = 1,78125 𝑚
3+5
Aplicando o teorema dos eixos paralelos visto no tópico 5.1 da Aula 5, temos a seguinte equação:
𝐼 = 𝐼𝐺 + 𝑚𝑑 2
onde 𝐼𝐺 corresponde ao momento de inércia de massa em relação ao eixo que passa pelo centro de massa do corpo
e 𝑑 é a distância entre os eixos paralelos.
A Figura 17 da Aula 5 nos mostra as equações para os diferentes tipos de geometrias:
Para o primeiro segmento, temos que o momento de inércia de área em relação ao centroide é dado por:
1 1
𝐼𝐺 1 = 𝑚𝑙 2 = 3.22 = 1 𝑘𝑔. 𝑚²
12 12
E para o segundo segmento, temos:
1 1
𝐼𝐺 2 = 𝑚𝑏² = 5.12 = 0,4167 𝑘𝑔. 𝑚²
12 12
Aplicando esses termos na equação do teorema dos eixos paralelos, temos:

𝐼 = 𝐼𝐺 1 + 𝑚1 𝑑1 2 + 𝐼𝐺 2 + 𝑚2 𝑑2 2

onde 𝑑1 = 𝑦̅ − 𝑦̃1 e 𝑑2 = 𝑦̅ − 𝑦̃2


𝐼 = (1 + 3. (1,78125 − 1)2 ) + (0,4167 + 5. (1,78125 − 2,25)2 ) = 2,831 + 1,515 → 𝐼 = 4,346 𝑘𝑔. 𝑚²

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