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Universidade Tiradentes - Unit
Universidade Tiradentes - Unit
ITABAIANA
2021
LAYS STHEFANY SANTANA MENEZES CARVALHO
RESUMO
ABSTRACT
The present article shows reflection about of the moral purse work. They were
conducted bibliography and survey and of on-site they were conducted workers and
employees of four companies of the city of Aracaju about of the theme in round up. It
stated evident the necessity for to have practices more and more relevant that it
reduces the indexes of moral purse Labor Law having as strong associated with
employee. The article detached is a real character of the employer what he needs to
be more and more conscious of that your role changed, was passing of the sheer
business transaction to mediator and motivator of the performance of the employee to
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deconvolve loment your activities of spontaneous form that is in produce knowledge
and contribute with the progress of the company without constraint.
1. INTRODUÇÃO
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veemência sociológica nas relações de trabalho. Essa conduta não é recente. A
novidade é a grandiosidade da incidência. No contexto atual com a globalização, o
capitalismo, a grande desvalorização do homem, o incentivo ao individualismo e a
questão do desemprego, o ambiente se torna propício para intensificação do instituto.
No Brasil o instituto não foi legislado, todavia gradativamente vem sendo
recebido por ramos do direito, em destaque pelo Direito do Trabalho, se diagnosticado
o Assédio Moral, e outras consequências, podem acontecer a nulidade da despedida
e a reintegração do emprego, resolução do contrato do empregado por
descumprimento de deveres legais e contratuais ou por rigor excessivo ou exigência
de serviços além das forças do trabalhador. Outrossim, permite a justa causa do
agressor, que podem ser colegas, gerentes, diretores que se portaram ilicitamente.
Inclusive o instituto em análise tem sido considerado como doença profissional, com
as consequências que pode ocasionar.
O principal efeito jurídico que o Assédio Moral pode propiciar são indenizações
na seara material e moral. Quando nos referimos a dano material, há reparação com
despesas e prejuízos ocasionados pela perda do emprego com médicos, psicólogos
etc. E no âmbito moral, há a reparação pela agressão à vítima de sua honra, da boa
fama, respeito, autoestima. Vale ressaltar que o que também motiva as indenizações,
é o fato de ser garantido pela constituição o respeito à dignidade da pessoa humana,
à cidadania, patrimônio moral do operário. Se comunicar ultrapassa o meio formal.
Nesse sentido, o presente artigo apresenta uma reflexão a respeito do assédio moral
e busca auxiliar os empregadores para que possam proteger a vida do trabalhador e
sua sanidade mental. Para o alcance dos objetivos propostos, o método utilizado para
realizar e desenvolver este trabalho é a dedução, por meio de pesquisa bibliográfica,
coletou-se dados oriundos de artigos, livros, e demais obras referenciadas.
É sabido ainda que os métodos utilizados podem não só penetrar na ciência e
conferir legitimidade à pesquisa, mas também tornar prática a pesquisa científica.
Nesse preconceito, aponta-se que o método dedutivo, também denominado de
raciocínio dedutivo, se caracteriza por analisar os aspectos gerais do objeto e do
ambiente a fim de encontrar um determinado resultado final. Portanto, devido à
herança das ideias e pensamentos de Aristóteles, o método dedutivo adota um
silogismo, ou seja, há uma premissa maior e uma segunda premissa menor para se
chegar a uma conclusão.
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No entanto, vale ressaltar que a metodologia deve seguir as normas, princípios
e teorias consideradas corretas pela comunidade científica para avaliar a metodologia
aplicada e os resultados alcançados com as pesquisas realizadas.
Outrossim, o trabalho também teve suporta a partir das perguntas: Já ouviu
palavras de baixo calão contra a sua pessoa? Você já recebeu críticas em público?
Chegou a ficar doente por conta do seu trabalho? Que foram colhidas junto a 40
empregados, em 04 empresas da cidade de ITABAIANA/SE, a respeito da ocorrência
de Assédio Moral. Além disso, foi apresentado e explicado sobre a temática para os
envolvidos, visando a prevenção e a denúncia do Assédio Moral.
Além disso, como considera Silva (2005) não é preciso um determinado período
de tempo para configuração do assédio. Nesse ínterim, o assédio moral possui
algumas diferenças com relação ao dano moral, em alguns casos, existe um encontro
entre eles. O assédio moral exige que sejam realizadas práticas hostis de forma
reiterada, com certa freqüência e duração (FEIJÓ, 2011, online). A frequência,
estatisticamente como disse Heiz Leymann e não um palpiteiro é de uma vez por
semana. A duração é estatisticamente comprovada por Heinz Leymann e não por um
palpiteiro, de pelo menos 6 meses. Contudo, pela natureza humana cada indivíduo
reage de uma forma ao assédio, logo não pode determinar com precisão por quanto
tempo a vítima tenha o psicológico alterado. Desta forma, o caso concreto deve ser
analisado.
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Nesse contexto, no ano de 2020, o portal do Ministério do Trabalho e Emprego
colocou que entre os objetivos do assediador estão: excluir a vítima do local de
trabalho, acabar com a autoestima, fazer com que a pessoa se sinta inútil,
ocasionando a falar em demissão, aposentar-se precocemente ou solicitar licença
médica. Além disso, pode-se encontrar a prática pelo agressor de atos que ocasionem
terror psicológico por outros motivos. O agressor que pratique a violência psicológica
meramente pelo prazer de manter a vítima submetida a torturas, de ordem psíquica e
moral, motivando conduta pela tendência sádica.
Outrossim, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT) iniciaram uma série de ações de conscientização sobre o
tema e a partir da Cartilha de Prevenção ao Assédio Moral, nota-se que outra
possibilidade dessa violação é quando o agressor visa apenas provar seu poder por
intermédio do predomínio do medo e da insegurança da vítima e outros trabalhadores
da empresa. Diversas vezes o fim do assediador é massacrar o mais fraco, porque o
medo provoca conduta de obediência da vítima e de outros empregados ao seu redor.
Ele é temido e a probabilidade da vítima ser auxiliada pelos que a cercam é remota.
São três características para configurar assédio moral: conduta psicológica repetitiva
e para excluir a vítima. Sabe destacar que devem aparecer conjuntamente, isto é, se
faltar uma delas, não será enquadrada como assédio moral.
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Parcela da jurisprudência concorda com esse entendimento que é preciso o
quarto requisito para ter o assédio moral:
EMENTA - ASSÉDIO MORAL - INDENIZAÇÃO - Na caracterização do
assédio moral, conduta de natureza mais grave, há quatro elementos
a serem considerados; a natureza psicológica, o caráter reiterado e
prolongado da conduta ofensiva ou humilhante, a finalidade de
exclusão e a presença de grave dano psíquico –emocional, que
comprometa a higidez mental da pessoa, sendo passível de
constatação pericial. Por outras palavras, o assédio moral, também
conhecido como ‘terror psicológico”, mobbing, “hostilização no
trabalho”, decorre de conduta lesiva do empregador que abusando do
poder diretivo, regulamentar, disciplinar ou fiscalizatório, cria um
ambiente de trabalho hostil, expondo o empregado a situações
reiteradas de constrangimento e humilhação, que ofendem a sua
saúde física e mental. Restando evidenciado nos autos que o
empregador, ao instaurar “Rito de Apuração Sumária”, para apurar
irregularidades imputados à reclamante, extrapolou os limites
regulamentar que lhe são facultados, expondo o reclamante a um
período prolongado de pressão psicológica, além do permitido no
regulamento, devido se tornar o pagamento da indenização pleiteada”
(TRT-3 - RO: 433006 00715-2005-080-03-00-7, Relator: Maria Lucia
Cardoso Magalhaes, Terceira Turma, Data de Publicação:
20/05/2006, DJMG. Página 7. Boletim: Sim.)
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3. ESPÉCIES DE ASSÉDIO MORAL
4. A FIGURA DO AGRESSOR
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4.1 A FIGURA DO ASSEDIADO
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homem com direitos e obrigações. Inclusive estabelecerem meios para coibir
violação dos direitos.
Barros (2011) ainda explica que no século XX predominou o estado do “bem
estar social’ cuja concepção solidária de proteção do ser humano como empregado
iniciou em meados dos anos 60. A consequência foi a substituição da estabilidade
no emprego pelo FGTS”. Os anos 90 teve como marco o neoliberalismo, com a
prerrogativa de grandes grupos econômicos. Tal fato gerou danos econômicos e
extraeconômicos, a exemplo da perda de emprego quando atinge certa idade,
muitos aumentam o nível de agressividade.
Tendo essa preocupação em mente, foi conduzida uma pesquisa em três
empresas da rede privada, ao todo foram entrevistadas 40 pessoas: Ponto Banese,
Messias Peixoto e Casa Lotérica Caixa. O objetivo foi descobrir como patrões e
funcionários veem o assédio moral no ambiente de trabalho.
Dentre os empresários entrevistados, em relação à pergunta: “O senhor (a) já
foi ameaçado por empregado(s) de ser denunciado por conta de alguma atitude que
cometeu na empresa? mais de 30% afirmaram que sim.
Outra questão abordada foi: “Caso tenha sofrido assédio moral, procurou
ajuda com algum profissional?”, 50% buscaram auxílio, porém demais tiveram
receio, por temerem represália. Uma das perguntas foi se sofreu assédio por um ou
mais funcionários? Mais de 30% respondeu que foi por um funcionário.
Dentre os funcionários entrevistados foi perguntado: “O Senhor (a) já passou
por humilhações no ambiente de trabalho por parte de colegas ou chefe?
Constatamos que mais de 50% alegaram que já passaram por algum tipo de
constrangimento ao desenvolver suas atividades laborais. No entanto, é ainda
reduzido o índice de vítimas de assédio moral procurarem ajuda de algum
profissional. Constatou-se que 70% dos entrevistados têm bom relacionamento com
todos que fazem parte da empresa.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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saudável deve existir vigilância constante com intuito de ter condições de trabalho
dignas, com respeito, fomentando a criatividade e a cooperação.
É imprescindível ressaltar que o assédio moral não é um fato isolado. É
pautado na repetição ao decorrer do tempo de práticas constrangedoras, mostrando
o estrago de determinar condições de trabalho em meio ao desemprego e o aumento
da pobreza.
A violência no ambiente de trabalho não é algo novo, todavia, há uma
preocupação mais recente, tanto doutrinária. Como dos Tribunais, em traçar um
conceito preciso da figura, bem como, estruturar os elementos marcantes do
psicoterror no trabalho. De tal sorte que o assédio moral passou então a ser visto
como uma violência específica com singularidades, assim como, passou também A
ser enfrentado pelos Tribunais.
É impossível mensurar o estrago gerado pelo assédio moral. Deve ser levado
a sério por empregados e empregadores, que confundem poder diretivo disciplinar
com abuso de poder e os empregados não são obrigados a aguentar situações que
ultrapassem suas obrigações. Contudo, infelizmente os trabalhadores geralmente
não percebem que estão sendo vítimas de tal prática, pensando ser pertinente a
tarefa e suportam as humilhações.
A partir do que foi descrito, percebe-se que geralmente no Assédio Moral, o
chefe ordena uma tarefa ao seu funcionário, com instruções confusas, pouco
esclarecidas e com um prazo rápido para que o seu funcionário cumpra a tarefa. A
partir daí quando o empregado começa a assumir a tarefa que lhe foi dada, o mesmo
sente dificuldades e não entrega como deveria e com isso ele é humilhado pelo
empregador. Ou seja, o chefe agiu de má fé, para prejudicar o funcionário.
Como forma de atenuar isso, após a Emenda Constitucional45/2004, os de
dano moral oriundos das relações de trabalho passam a ser de responsabilidade da
Justiça do Trabalho. Todos os casos de reparação, na esfera material e moral
deverão ser tratados na justiça Especializada Trabalhista.
O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia
na repetição ao longo do tempo de práticas constrangedoras, explicitando o estrago
de determinar as condições de trabalho num contexto de desemprego, de
sindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade,
a identidade, o respeito no trabalho e a autoestima, deve passar pela organização
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de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato e
das CIPAS e procura dos Centros de Referência em Saúde dos Trabalhadores
(CRST e CEREST), Comissão de Direitos Humanos e dos Núcleos de Promoção de
Igualdade e Oportunidades e de Combate à Discriminação, em matéria de Emprego
e Profissão, que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho. Decerto, a
dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho, fundamentos
constitucionais, embasam o direito do trabalhador e devem ser respeitados, com a
finalidade de promover um ambiente de trabalho saudável, em todos os aspectos,
sobretudo, o emocional.
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REFERÊNCIAS
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DELGADO, Maurício José Godinho. Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2014.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário de Língua Portuguesa.
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Egresso da Toledo é entrevistado pela Revista Exame. TOLEDO, 2013.
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FEIJÓ, C. Matéria especial: assédio moral na justiça do trabalho tribunal
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http://www.assediomoral.org/IMG/pdf/Noticias_Destaque_assedio_moral.pdf>
Acesso em 03 janeiro de 2021.
GREVY, Marcos. Assédio moral no ambiente de trabalho. DireitoNet, 2015.
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traballho> Acesso em 03 de novembro de 2021.
GUIMARÃES (et. all).“Mobbing” (Assédio Psicológico) no Trabalho: uma
Síndrome Psicossocial Multidimensional. Psicologia: Teoria e Pesquisa Mai-Ago
2006, Vol. 22 n. 2.
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TRT 10ª R.; RO 0000014-03.2012.5.10.0020; Relª Desª Heloisa Pinto Marques;
DEJTDF 19/10/2012; Pág. 159
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