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GUIA DA
DISCIPLINA
2021
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
1. DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
Objetivo:
Levar informação com intuito de capacitar e desenvolver conhecimentos quanto aos
processos de formação e desenvolvimento de coleções. Conhecer as tipologias, mas
sobretudo os processos e etapas do desenvolvimento de coleções em bibliotecas.
Princípios para desenvolvimento de políticas de desenvolvimento e de preservação de
coleções. A gestão dos acervos com adoção de padrões, normas em meio físico e em meio
digital.
Introdução
É sabido que o homem desde os tempos da caverna procurou registrar informações
(pinturas rupestres) que ele descobriu com o intuito que outros que viessem depois dele
pudessem usar e evoluir a partir daquela informação já descoberta e registrada.
O homem logo descobriu que era muito importante que essa informação estivesse
disponível e acessível e mais ainda preservada, porque a informação era poder para os
outros que a descobrissem.
Biblioteca de Alexandria
https://www.todamateria.com.br/biblioteca-de-
alexandria/#:~:text=A%20Biblioteca%20de%20Alexandria%20foi,anos%20de
%20250%20a%20270)
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funcionava-a-prensa-de-
gutenberg/#:~:text=Mas%20Gutenberg%20criou%20tipos%20m%C3%B3veis,
%2C%20Holanda%2C%20Inglaterra%20e%20Dinamarca .
Portanto tínhamos um processo onde o livro por ser objeto raro, somente a alta
sociedade possuía e ostentava e agora a produção e reprodução tornando esse objeto um
pouco mais acessível, mas ainda muito caro.
Após todo esse período, que perdurou por muito tempo o processo de
desenvolvimento de coleções estava ligado apenas a duas etapas: seleção e a aquisição
de materiais de informação.
Com tudo isso temos o conhecimento científico divulgado de forma mais rápida, mas
que culminou em uma grande explosão bibliográfica. Surge o crescimento das publicações
científicas, o desenvolvimento do processo de editoração e os avanços tecnológicos e de
comunicação e informação.
Entendendo isso estaremos prontos para entender todas as etapas a que se destina
o nosso papel nesse desenvolvimento de coleção. Esse papel que perpassa por
desenvolver, criar uma política para que esta se desenvolva e cumpra seus objetivos, como
ela estará organizada, acessível e como ela deverá resistir e subsistir para outras gerações
(preservação).
Quando nos deparamos com terminologias ou mesmo um assunto novo que vamos
aprender é importante que procuremos entender incialmente o que cada um significa. E
exercendo essa proposta de exercício de buscar sempre um dicionário e leiamos em pelo
menos dois deles o que significa o termo para que tenhamos amplo entendimento do que
vamos aprender.
A primeira etapa é saber qual é a missão que se pretende cumprir com o acervo
(coleção de livros e ou objetos) que se pretende desenvolver. Uma coleção de biblioteca é
a reunião de vários materiais (livros, manuscritos, seriados, publicações governamentais,
panfletos, catálogos, relatórios, gravações, rolos de microfilme, microfilmes, microfichas,
etc.) para que se possa de maneira completa atender a indivíduos ou comunidade.
A função estratégica da política vai além do processo somente, ela garante também
a administração de conflitos, obtêm consensos, melhora o canal de comunicação com a
comunidade e serve como um mecanismo de conquista institucional (VERGUEIRO, 1989).
Portanto o que define o Desenvolvimento de Coleções são processo e política.
PROCESSO POLÍTICA
DESENVOLVIMENTO
DE COLEÇÕES
1.1.2 Elementos
Como tudo que se pretende empreender para o desenvolvimento e construção de
uma coleção perpassa por um planejamento sistemático que envolve: análise do
contexto atual (o que já se tem), seleção e aquisição, investimentos financeiros
(orçamento), equipe envolvida, espaço físico e virtual, politicas institucionais e locais, etc.
(WEITZEL,2013).
Pensar em uma coleção que seu usuário consiga facilmente acessar significa que
ainda que não esteja fisicamente na biblioteca ou no centro de informação, de sua casa, ou
no lugar onde ele se encontre ele possa adentrar aquela coleção de forma virtual e
recuperar informações da mesma forma de quem estava fisicamente presente na biblioteca.
às suas necessidades. Podemos vislumbrar aqui uma coleção dividida em uma parte para
atender as necessidades dos cursos de graduação e a outra parte dessa coleção para
atender a pós-graduação e a pesquisa. Duas coleções com focos e objetivos diferentes.
Coleção de cada
COLEÇÃO
curso de
GRADUAÇÃO
graduação
COLEÇÃO DA BIBLIOTECA
UNIVERSITÁRIA
Coleção de cada
COLEÇÃO
curso de pós-
PÓS-GRADUAÇÃO
graduação
E PESQUISA
Os livros não são comprados pelo mérito do título individual, mas com base nas
necessidades e requisitos Individuais dos usuários em potencial. Os recursos financeiros
em declínio, o problema de espaço na área de armazenamento, os problemas
administrativos de um lado e o crescimento exponencial do documento junto com a
demanda dos leitores, por outro lado, obrigam as bibliotecas a formular políticas e princípios
para o desenvolvimento de coleções mais rigorosos.
A palavra Desenvolvimento está sendo usada com uma conotação mais ampla. A
coleção inclui livros, periódicos, material de leitura impresso e não impresso, gráfico,
material de áudio e vídeo, materiais de arquivo, manuscritos, microfilmes, microfichas e
banco de dados em CD-ROM e recursos, incluindo coleção de história local. Isso significa
um desenvolvimento de coleção equilibrado.
1.1.3 OBJETIVOS
Os Objetivos no Desenvolvimento de Coleção de Bibliotecas, Centros de
informação, Arquivos, Bibliotecas de Pesquisa, Repositórios institucionais
Bibliotecas:
Biblioteca Pública – tem como objetivo atender a comunidade ao seu
entorno e tem seu foco em atrair o leitor ou prover informação de interesse
para o desenvolvimento da comunidade onde está inserida.
Biblioteca Escolar – prover a leitura afim de formar leitores e ser
recurso educacional a comunidade escolar a qual pertence.
Biblioteca Universitária ou Acadêmica – disponibilizar bibliografia
básica e complementar para a formação de seus graduandos e pós-
graduandos. Duplo objetivo atrair o leitor e disseminar informação a
comunidade.
Bibliotecas de Pesquisa – Disseminar o maior número de informação
aos seus pesquisadores para que possa cada vez mais suportar as pesquisas
desenvolvidas.
1.1.4 Fatores
Fatores que influenciam no desenvolvimento de coleções e gestão dos acervos
suas necessidades e que determinara o processo de seleção do que pode ou não compor
o acervo. Importante que todo esse processo esteja sempre formalizado e documentado e
sempre revisitado para as futuras observações e alterações necessárias.
As bibliotecas tinham como parâmetro quanto maior e mais volumosas, ou seja, com
grandes acervos, era sinal de status e prestígio, entendiam na época que as bibliotecas
grandes e com acervos amplos, poderiam ofertar uma grande variedade de documentos
que atendesse todas as necessidades informacionais de cada pessoa. Além de ser
impossível ter tudo, o tudo que se tinha em sua grande maioria nem mesmo era utilizado.
Muitas obras nunca foram retiradas da prateleira e outras em muitos anos na biblioteca
foram consultadas uma única vez.
Esse pensamento em manter tudo nas bibliotecas, fez com que aparecessem
grandes problemas como: a dificuldade de localizar uma informação específica, problemas
com a falta de espaços físicos, a falta de profissionais para processamento técnico do
acervo e falta de orçamentos para definir os recursos necessários. Com isso as bibliotecas
começaram a se preocuparem em selecionar os materiais que podiam compor o acervo.
Não era mais possível com toda essa explosão do conhecimento deter em um único
lugar e espaço toda informação gerada no mundo e os bibliotecários perceberam que não
eram e nem poderiam ser os guardiões do conhecimento humano produzido e registrado.
Desenvolvimento ETAPAS
de Coleções
VERGUEIRO, 1989 WEITZEL, 2013
1.Estudo da comunidade, 1.Identificar a missão e os objetivos
2.Política de Desenvolvimento de institucionais,
Coleções, 2.Perfil da comunidade
3.Seleção, 3.Perfil da coleção
4.Aquisição, 4. Descrição das áreas e formatos cobertos pela
5.Desbastamento biblioteca local,
6.Avaliação. 5.Política de desenvolvimento da coleção,
6. Política de seleção,
7. Processo de seleção
8. Processo e política de aquisição
9. Processo e política de descarte ou desbaste
da coleção,
10.Processo e política de avaliação.
Análise da
comunidade
Política de
Avaliação
Seleção
BIBLIOTECÁRIO
e EQUIPE
Descarte Seleção
Aquisição
Primeiro passo identificar qual o tipo de comunidade que será atendida com a
formação do acervo. Segundo passo conhecer os interesses e expectativas que a
comunidade espera e busca da biblioteca (DIAS & PIRES, 2004).
Os usuários podem ser divididos em: usuários Reais (que utilizam os serviços da
biblioteca) e usuários Potenciais (que podem utilizar os serviços da biblioteca, mas não
utilizam).
Seleção
A seleção é uma atividade de decisão, onde se determina os itens que irão compor
o acervo, através de critérios pré-estabelecidos por uma comissão responsável.
A seleção é uma atividade que ocorre diariamente, onde os itens selecionados estão
de acordo com as exigências dos usuários, do movimento editorial e dos recursos
disponíveis (Ranganathan, 2009).
A comissão deve utilizar instrumentos auxiliares para a seleção, como por exemplos
lista de sugestões dos usuários, atualização de edições de bibliografia de grande uso,
consulta a bibliografia básica e complementar dos cursos e disciplinas da instituição.
Aquisição
A aquisição é uma sequência da atividade de seleção que implementa e executa a
lista elaborada e desejada para o desenvolvimento da coleção. Este é o momento que se
decide as formas de adquirir os itens que vão compor o acervo (VERGUIERO,1996).
A concretização do planejamento amplo do desenvolvimento de coleções se dá por
meio da aquisição. As principais modalidades de aquisição ocorrem das seguintes formas:
compra, permuta e doação (Vergueiro,1996).
Compra
O processo de compra envolve a administração de recursos financeiros, que muitas
vezes são escassos e limitados. A identificação e controle dos itens que serão adquiridos
deve ser criterioso e rigoroso. Essa atividade desencadeia uma prévia de orçamento que
será encaminhado a sua aprovação pela instituição. Recomenda-se aqui que a lista
contemple o orçamento coletado em pelo menos três livrarias ou fornecedores.
Permuta
A permuta (troca) envolve uma solução para aquisição sem dispor de recursos
financeiros, instituições tem encontrado na permuta grande economia, podendo realocar os
recursos em outras necessidades. As instituições ambas trocam materiais informacionais,
geralmente esses materiais são produzidos nas instituições, muitas vezes disponíveis para
compra, mas com opção de permuta.
Como nem todas as instituições possuem publicações disponíveis para a troca, nem
todas as bibliotecas realizam aquisições por permuta. Essa modalidade tem ocorrência
maior em bibliotecas especializadas e universitárias. As bibliotecas que realizam permutas
devem elaborar listas de duplicatas que facilitam o processo.
Doação
A doação é a forma com que muitos acervos (coleções) são iniciados. Essa forma
de adquirir materiais informacionais de forma espontânea ou solicitadas deve estar
envolvida na política de desenvolvimento de coleções.
Os critérios (politica) para o recebimento das doações precisam ser muito claros,
pois nessa modalidade caso a biblioteca ou a unidade de informação não possua fica sujeita
ao recebimento de todo tipo de doação, fazendo com que o crescimento deste acervo seja
descontrolado e perca a sua missão a que se destina, tornando-se meramente um estoque
de livros com pouca usabilidade e causando um esgotamento do espaço físico local.
Neste caso sempre os materiais doados devem passar por um processo de seleção,
pois eles podem não corresponder aos objetivos da biblioteca e antes que seja processado
e incorporado deve ser descartado ou recusado.
A doação na maioria das vezes ocorre por meio de alguns doadores que descartam
livros que estão ocupando espaço em casa ou porque estão desatualizados.
Avaliação
Etapa importante do desenvolvimento de coleções onde é possível detectar e
constatar se a formação do acervo correspondeu às expectativas e necessidades
esperadas.
Desbastamento
O desbastamento ou descarte é o processo de retirada de materiais da coleção. Isso
não significa jogar fora simplesmente, mas propor um remanejamento, disponibilizar para
permuta e doação ou ainda para restauração.
Através do desbaste é possível identificar livros pouco utilizado ou até muito utilizado,
porém bastante desgastados e enviá-los para a restauração e ampliar o número de
exemplares para melhor atender. É possível também remanejar para outros locais de pouco
acesso (acervo histórico) fora do acervo circulante, ou pode-se retirá-los de forma definitiva
do acervo. No processo de desbaste também é possível encontrar livros enfestados com
cupins e outros e nesse momento aplicado o descarte definitivo para que não haja uma
infestação em toda a coleção.
Eliminando a coleção
Eliminar significa descartar do acervo da biblioteca porque não é adequado, isso é
uma forma de selecionar, só que a grande maioria foca muito mais no eliminar. Descartar
também é selecionar é retirar o que é útil e necessário e excluir o que já não funciona mais.
• cópias duplicadas,
• doações indesejadas,
• livros obsoletos,
• edições substituídas,
• livros que estão infestados, sujos, surrados, gastos, etc.,
• livros com papel quebradiço e páginas faltando, não usados ou desnecessários
volumes de jogos, periódicos sem índices.
Avaliação da coleção
A avaliação completa do ciclo de desenvolvimento de coleção está intimamente
ligada às atividades de avaliação de necessidades. A avaliação da coleção envolve valores
quantitativos e qualitativos. Os principais objetivos da avaliação são: 1.quão útil é a coleção,
2. pontos fortes da coleção e 3. quão efetivamente o dinheiro deve ou precisa ser gasto.
Para atingir os objetivos da avaliação, os seguintes pontos devem ser mantidos:
Os pontos acima podem ser avaliados por meio de cinco abordagens gerais, como
compilar estatísticas sobre acervos, verificar bibliografias, obter opinião de usuários
regulares, examinar a coleção diretamente e listar a capacidade de entrega de
documentos da biblioteca.
Para que esse trem não saia dos trilhos a locomotiva que faz com que todos os
vagões continuem desempenhando o bom funcionamento e desenvolvimento
transcrevemos tudo em uma política.
Uma política precisa refletir um organismo vivo e uma imagem de sua comunidade
em mudança que contemple suas reais necessidades.
Um documento de política preveni com que muitos problemas sejam evitados, mas
eles devem informar: a natureza e o escopo da coleção, forças e metas organizacionais,
mais que um elemento no processo de seleção, como lhe dar com as reclamações e
orientar a remoção demandadas pela avaliação da coleção. Além dos elementos já
descritos devem conter no documento de declaração da política de desenvolvimento de
coleção os seguintes:
✓ Objetivos institucionais
✓ Detalhes da área de assunto
✓ Questões diversas, como doações, eliminação, avaliação, reclamações e
censura
✓ Processo de aprovação da política após a realização de consulta pública.
A seleção dos livros, mesmo que haja uma comissão de especialistas representando
as mais diversas áreas da comunidade e também os usuários do assunto o bibliotecário
deve seguir certos princípios orientadores e teorias para a seleção de livros.
Podemos identificar abaixo um quadro com princípios propostos por alguns dos
maiores defensores do campo da Biblioteconomia:
Autores Princípios
Francis Drury Princípio de seleção de livros de Drury 1930: declarou o princípio de que
segundo ele, o objetivo da seleção de livros é fornecer o livro certo
para o leitor certo no momento certo.
Melvil Dewey Princípio de seleção de livros de Dewey 1876: afirmou que, os livros
selecionados para uma biblioteca devem ser a melhor leitura para o maior
número com o menor custo.
Lionel McColvin Princípios de McColvin: apresentou sua teoria para a seleção de livros em
bibliotecas públicas. Seu princípio baseava-se na teoria da oferta e
demanda de seleção de livros. Sua teoria enfatiza que devem ser
selecionados somente os documentos que são exigidos pelos
usuários para suas necessidades e requisitos específicos. A demanda
deve ser avaliada pelo bibliotecário com base em seu valor, volume e
variedade.
S.R. Ranganathan Princípios de Ranganathan: Os princípios da seleção de livros foram
declarados em 1952. Considerados as cinco leis da Biblioteconomia.
A biblioteca que conta com orçamento fixo espontâneo sem ter que todas as
necessidades de desenvolvimento da coleção buscar recursos (demanda induzida)
conseguem com verba adequada, desempenhar um crescimento contínuo adequado, já dá
outra maneira existem anos que não há nenhum investimento.
O impacto orçamentário também recai sobre o custo com pessoal e também com a
quantidade de pessoas alocadas na equipe das bibliotecas. O orçamento impacta de forma
considerável o bom desempenho de todo sistema da biblioteca, quanto mais o
desenvolvimento de coleções.
Existe também uma forma de distribuição orçamentária que ocorre muito nas
bibliotecas universitárias que é a disponibilidade do orçamento por diferentes
departamentos e estes parametrizam os gastos de acordo com suas necessidades
informacionais.
1.2.7 Fornecedores
Importante contar com o contato e acesso a uma lista diversificada de fornecedores
e editores. Ter conhecimento do que cada um tem para oferecer em sua opção de produtos
e o que podem ofertar.
Sem dúvida o plano de negócio que cada um pode ofertar deve ser consultado
sempre e com antecedência pelo o Bibliotecário para que possa juntamente com o comitê
de biblioteca possa tomar melhores decisões em suas aquisições.
Uma estratégia é uma consulta prévia as livrarias virtuais na internet obtendo sempre
pelos três orçamentos para que sempre tenha uma média de custo de cada item e também
da lista inteira e até por partes e especialidades para que possa negociar junto aos
fornecedores sempre um melhor preço.
1.2.8 Subcomitês
Os subcomitês podem e devem ser constituídos sempre que necessário para a
seleção, avaliação e retirada de livros da biblioteca. Esses subcomitês apoiam todo o plano
e o processo de desenvolvimento da coleção em atuações especificas (especialidades) e
também preparam juntamente com o bibliotecário a política de aquisição. Contar com o
apoio dos membros do subcomitê para auxiliar na implementação do mesmo é fundamental
para o sucesso na cooperação com o bibliotecário e o pessoal da biblioteca.
Além dos livros é comum na Biblioteca ter materiais com vários tipos de
características físicas, como folhetos, materiais cartográficos, materiais gráficos, materiais
audiovisuais, materiais em mídia eletrônica e assim por diante.
Isso atua como a fonte primária para os pesquisadores acadêmicos. Mas os preços
das assinaturas dos periódicos estão sempre aumentando devido ao aumento do preço do
papel, impressão etc.
Outros
Os materiais de leitura que não são livros devem seguir os critérios para avaliação
de materiais considerando: relevância para as necessidades e requisitos do grupo de
usuários.
Na era digital, os bibliotecários mudaram seu papel e agora eles devem atuar como
mediadores da informação atuando como intermediador de acesso a informação seja digital
ou em papel.
depositada neste formato, mas que também precisa ser pensado como uma grande coleção
que deve ser organizada e desenvolvida de forma contínua.
Por mais que pareça simples e de maior facilidade por estar em meio digital tem as
mesmas preocupações que a coleção de papel, também necessita de tratamento
(metadados), espaço em máquina, de equipamentos suficiente para um bom acesso e
também para armazenar, e claro dos processos de seleção, armazenamento, tratamento
da informação.
Os processos que tomamos como diretrizes também adotamos para o meio digital:
análise e estudo da comunidade a ser atendida, estudo do acervo existente seus pontos
fortes e fracos; definição das metas de desenvolvimento deste acervo; estudo e
planejamento quanto à conservação e preservação de forma que aqui esse item será
guardar para sempre ou para que futuras gerações consigam acessar todo esse conteúdo
da mesma forma que fazia a quem sabe 50 ou 100 anos atrás.
Os critérios gerais adotados para todo e qualquer tipo de material em uma unidade
de informação são semelhantes, incluindo os recursos eletrônicos.
Sem os usuários não há justificativa para a existência de uma biblioteca, quanto mais
uma coleção, portanto o usuário é sempre seu objetivo principal. Ele demandará sempre
solicitações e suas necessidades.
2. PRESERVAÇÃO
INTRODUÇÃO
Eles são feitos para serem usados, lidos e estudados e isso requer que sejam
acessíveis para os usuários e significa que eles estarão sujeitos ao manuseio. Qualquer
forma de uso irá acelerar a deterioração do item e, em última instância, sua destruição se
a intervenção não ocorrer.
Como toda descoberta cientifica tudo começa com uma pergunta que geralmente é
advinda do dia, dia e das dificuldades enfrentadas pelo profissional que busca solução para
a sua realidade. Vejam algumas perguntas que os especialistas fizeram:
“Por que o papel com 500 anos costuma estar em melhores condições do que
o papel de 50 anos atrás? ”
A história nos conta que antes de meados do século 19, o papel ocidental era
feito de trapos de algodão e linho e por um processo que preservava em
grande parte as fibras longas da matéria-prima. Embora as fibras possam
encurtar com o tempo, os papéis de pano tendem a permanecer fortes e
duráveis, especialmente se forem armazenados de forma adequada em
condições não excessivamente quentes ou úmidas.
A polpa mecânica produz papel com o menor comprimento de fibra e não remove a
lignina da madeira, o que promove a hidrólise ácida. Os jornais são impressos em papel
de pasta mecânica. A polpação química remove a lignina e não corta as cadeias de celulose
tão completamente quanto a polpação mecânica, produzindo um papel comparativamente
mais forte, mas que ainda não é tão durável quanto o papel de pano.
Não é possível adotar a mesma política para preservar um livro impresso moderno
e um item exclusivo como um livro raro da coleção.
FORMULANDO A POLÍTICA
A política de preservação deve fazer parte de um conjunto de estratégias de gestão
de uma coleção ou repositório.
A política provou ser impossível manter todos os itens indefinidamente e alguns terá
que ser descartado após um período definido. Da mesma forma, os itens destinados ao
empréstimo podem ter que se tornar itens de referência ou colocados em acesso fechado
para reduzir desgaste e diminuir a necessidade de conservação.
Em termos gerais, uma política de preservação deve definir os objetivos que uma
organização busca alcançar em manter a estrutura e / ou utilidade de sua coleção
para atender às necessidades de seus usuários. Deverá incluir:
• Conjunto de padrões para o armazenamento, limpeza e manuseio de
material;
• Plano de contingência para recuperação de desastres;
• Programa de manutenção para limpeza e reparar danos nos Itens;
• Prioridades para o tratamento de conservação;
• Introdução de substitutos para substituir os originais;
• Programa de educação para usuários e funcionários.
O tipo de uso a que uma coleção está sujeita irá influenciar a política de preservação.
Uma coleção fechada com acesso disponível apenas para referência estará sob controle
mais restrito pela equipe. O acesso aberto livremente disponível para empréstimo terá
outros níveis de cuidados, bem como outras resoluções quanto a sua política de
conservação e preservação.
A forma dos materiais, seja livros impressos, mapas de folhas grandes, partituras
musicais ou manuscritos com iluminuras, ajudarão a determinar os programas para seu
armazenamento, acesso e conservação levando em consideração sua estrutura física e
frequência de uso.
Levantamento do edifício
Áreas de armazenamento, para avaliar as condições do ambiente e o
estado físico do armazenamento; fazendo medições de iluminação, temperatura
e níveis de umidade, análise de poeira e ar amostras para avaliar os níveis
atmosféricos poluição;
Levantamento das coleções
Nos casos especiais em que o ambiente está fora do controle do gestor a correção
ou manutenção, do ambiente físico pode precisar ser tratada fora do âmbito da política de
preservação.
O DOCUMENTO DA POLÍTICA
O documento com a política de preservação deve estar abrangendo uma gama de
programas a serem aplicados a materiais como apropriado. A política incluirá:
Medidas Preventivas
O ambiente físico em que os materiais são armazenados terá um efeito significativo
em sua expectativa de vida. Condições ambientais, como temperatura, umidade, poluição
luminosa e poluição, atmosférica podem afetar o ambiente orgânico das matérias primas
dos itens do acervo.
Uma política de preservação deve ter como objetivo alcançar o melhor das condições
possíveis para o armazenamento. No entanto, os recursos financeiros, acomodação e clima
local afetarão a extensão de como estes objetivos podem ser alcançados.
Os Fotômetros devem ser usados para medir a quantidade de luz natural (luz solar)
ou artificial que incide sobre os itens do acervo ou sobre os vários acervos se assim estiver
distribuído. As cortinas devem ser instaladas nas janelas e os filtros devem ser instalados
ser usado em lâmpadas fluorescentes para reduzir a luz e o calor níveis. Fontes de luz com
um conteúdo ultravioleta de mais de 75 microwatts por lúmen deve ser equipado com
filtros ultravioleta. Os níveis de iluminação nas salas de leitura devem fornecer iluminação
adequada para leitura, mas não ser excessivo e nas áreas de exposição a quantidade de
luz sobre os itens do acervo não devem exceder 50 lux.
Limpeza
Rotinas para limpeza de áreas de armazenamento e a limpeza dos itens podem ser
simples e devem ser preparadas para melhorar ambiente e prolongar a vida útil dos
materiais. A política de preservação deve especificar a frequência e o tipo de limpeza
apropriada para áreas de armazenamento e também a limpeza dos itens do acervo.
O monitoramento da limpeza física do local e dos objetos e seu estado físico dos
itens devem ser acompanhadas com regularidade e frequência. É de responsabilidade de
todos os funcionários ter esse cuidado e contato com as coleções.
Programas de Treinamento
Os danos causados pelo ambiente aos materiais possam ser significativamente
prejudiciais, ou ainda como são armazenados ou exibidos, todos são em menor risco,
consideramos de maior risco o manuseio nas mãos de funcionários e usuários. Grave
danos físicos podem ser infligidos aos itens por descuido e a forma de tratamento
negligente, alguns dos quais podem surgir por falta de conhecimento.
Quanto aos usuários é difícil esperar que cumpram as mesmas diretrizes e regime
de disciplina que o pessoal (equipe) de biblioteca, mas é essencial que todo esforço
possível seja feito para incutir um sentido adequado de responsabilidade e criar um clima
disciplinado. Uma combinação de procedimentos escritos e a vigilância será necessária
como parte do programa de educação de usuário.
Algumas 'regras' são bem aceitas pelo usuário e já bem praticada como: não
escrever nos livros, não beber e não comer no ambiente da biblioteca. No entanto, muitos
leitores não entendem por que eles não podem empilhar livros no chão ou usar bloco de
texto. A política de preservação deve levar em conta este problema e incluir no programa
de educação para os usuários.
O ambiente de trabalho para os leitores devem ser um ambiente que permita que
eles usem os materiais com segurança. Com itens (luzes e lentes) de suporte para o estudo
estes devem estar prontamente disponíveis, limpos e com instruções adequadas para uso.
Os usuários que forem utilizar obras (raras e especiais) que requerem maiores
cuidados de uso são convidados a lavarem as mãos, antes, usar algodão luvas ao
manusear materiais, isso deve ficar claro para eles. O fornecimento desses equipamentos
de segurança para a preservação do acervo deve ser fornecido pela instituição. Caso a
política determine que apenas lápis deve ser usado na sala de leitura, a instituição deverá
prover s para atender os usuários.
Segurança
A segurança das coleções contra roubo, vandalismo, desastres naturais ou incêndios
são de extrema importância. A prevenção para perda ou dano à coleção geralmente requer
infraestrutura do edifício da biblioteca e caso não tenha sido construído prevendo,
importante então que seja adaptado para tal. Sistemas de alerta incorporados, um sistema
de monitoramento e verificação por câmera, dispositivos eletrônicos com alarme e a
vigilância por parte da equipe em todos os momentos.
Os itens que requerem especial condições de segurança; por exemplo, itens a serem
mantidos em uma sala forte, itens que só podem ser usados sob supervisão da equipe,
itens que não devem ser removidos os edifícios devem estar bem especificados na política
e neste caso o sistema de vigilância por câmeras com filmagem é o ideal.
Proteção
A proteção de tratamos aqui é para que as obras (livros, folhetos, periódicos, etc.)
antes de qualquer coisa tenham cuidados que impeçam seu desgaste de forma mais rápida.
Caixas, pastas, envelopes ou 'capas para livros' feitos de materiais inertes de longa duração
podem estender a vida útil dos itens e podem ser fornecidos a um custo relativamente baixo
custo quando adquiridos em grande quantidade. Essa proteção pode ser usada para limitar
a quantidade de sujeira caindo sobre o material, mantenha os papéis soltos juntos, fornecer
força adicional para uma ligação danificada e dar proteção adicional durante o transporte.
Papéis soltos, sejam documentos individuais ou aqueles que fazem parte de uma
coleção, podem receber proteção através de uma encadernação especial. Aqui, os papéis
podem ser garantidos com segurança, mantendo a flexibilidade essencial para seu estudo.
O tipo de proteção dada será sempre determinado pela natureza dos seus originais,
o tipo de uso que recebem e o custo. A política de preservação deve incluir especificações
para todos os tipos de materiais a partir dos quais as caixas, invólucros ou fichários serão
construídos e diretrizes para seu padrão de uso. Nos casos em que este tipo de proteção
é uma medida temporária, a ser usada para itens aguardando tratamento de conservação
ou reprografia a política deve conter diretrizes para monitorar e apresentar itens de longo
prazo tratamentos.
Quando dos papéis armazenados forem dentro de caixas, pasta ou envelope será
necessário instituir uma verificação procedimental após a leitura para garantir que todos os
papéis são devolvidos e também às caixas corretas. Este procedimento deve ser
especificado na política de preservação documento.
Substituição
Os itens originais que estão em mau estado físico, ou em casos em que é desejável
limitar o uso de um original, um substituto pode ser fornecido aos leitores. O material de
substituição mais comumente usados é a microfilmagem, mas avanços na tecnologia estão
criando outras mídias que podem ser usadas. Algumas instituições favorecem a foto
duplicação usando máquinas (robôs) apropriados para fotocopiar não de forma
convencional, mas exclusiva que não causam danos aos originais.
A obra gerada nesses sistemas para a preservação através de substituição pode ser
colocada de forma digital em livre acesso ganhando visibilidade e acessibilidade por muito
mais pessoas do que somente no uso local e essa é uma de suas vantagens. A
acessibilidade da leitura por máquina que a obra de papel não permite oportuniza a um
cego ler esta obra.
Conservação
Conservar materiais de biblioteca e arquivo requer um conhecimento das
propriedades físicas dos materiais a serem conservados e a aplicação de muitas
habilidades manuais. É demorado e, portanto, dispendioso.
Conservadores desenvolveram novas técnicas nos últimos anos e agora tem uma
ampla gama de materiais e equipamentos tecnológicos disponíveis que auxiliam nesse
processo. A política de preservação vai definir o tipo de tratamento a ser aplicado em que
itens individuais ou coleções essas técnicas serão empregadas.
Eliminação
A ausência de uma ligação entre a preservação e gestão do acervo e as políticas, é
provável que leve à negligência de muitos itens. Os itens serão deixados nas prateleiras
sem preservação e tratamento, e pode sofrer uma deterioração a tal ponto que a
conservação precisará torná-los indisponíveis para o uso.
Uma política de preservação não deve permitir que isso aconteça a menos que seja
o resultado de uma decisão a ser considerada. A política de gestão de coleção deve definir
esses materiais que devem ser mantidos indefinidamente e especificar uma projeção vida
para os outros. A política de preservação deve garantir que os itens mantenham sua
utilidade pela duração de sua retenção.
Reprografia
É sempre muito controverso falar de reprografia. Pode ser um benefício positivo em
fornecer essa modalidade de reprografia a um usuário do material necessário. No entanto,
é necessário todo o cuidado durante o procedimento de cópia para garantir que os materiais
sejam cuidadosamente manuseados e que danos pelo calor e luz da cópia o equipamento
é evitado. Lembramos que a lei de direitos autorais devem ser seguidas.
Podem haver itens dentro das coleções que não deveriam ser copiados; por
exemplo, manuscritos iluminados, obras raras, obras únicas, enquanto outros podem ser
copiados com segurança, tendo em consideração o seu tratamento. As restrições à cópia
de materiais devem ser determinadas dentro da política de preservação e equipamento
apropriado fornecido para a equipe ou leitor usar.
Atenção para itens como periódicos científicos que devem ser copiados
regularmente, a política de preservação deve garantir que eles recebem alguma proteção
dos danos físicos causados pela reprografia.
Exposição e Empréstimo
A política de preservação deve especificar as condições de segurança, proteção,
exibição física e ambiente de controle sob o qual os itens podem ser exibidos. Os itens em
exposição devem ser alocados devidamente apoiados em estantes ou lugares adequados
para evitar tensão indevida.
IMPLEMENTAÇÃO
Todas as organizações devem ser esforçar para fornecer os melhores padrões de
preservação de suas coleções, mas em muitos casos a implementação de uma política
pode não ocorrer de forma ideal.
armazenar itens valiosos e raros juntos em pequenas áreas onde a instalação de tais
controles podem ser introduzida a um custo menor. Da mesma forma, onde poeira e sujeira
é um problema específico, pode ser possível selar uma pequena área e instigar uma
limpeza completa e regular programa.
Onde quer que os sistemas sejam instalados para controlar a temperatura, níveis de
umidade, iluminação ou poluição, a equipe deve ser designada para verificá-los e monitorá-
los regularmente.
Existem duas maneiras pelas quais as organizações podem cooperar para garantir
um meio mais eficaz de preservar suas coleções. A primeira é por ajuda prática fornecer
recursos adicionais ou experiência e o segundo é por compartilhar responsabilidades e
informações sobre as atividades o que evitará duplicações desnecessárias (manter itens
em conservação em apenas um acervo) evitando duplicidade.
Para ser eficaz, uma política deve refletir as atuais atividades da organização e
permanecer consistente com suas metas e objetivos. Embora uma política
estabeleça um programa com longo prazo e longo alcance de objetivos, isso
não impedirá sua revisão e atualização em linha com as mudanças dentro da
instituição e desenvolvimentos em tecnologia e práticas de conservação.
PRESERVAÇÃO DIGITAL
É sabido que a informação digital tem sua natureza vulnerável, desta forma está
sujeita, a intervenções não autorizadas, obsolescência e degradação física dos suportes
(CDs, DVDs, HDs e Pen Drives), tendo por consequência a corrupção da sequência de bits
do documento digital, que acaba por comprometer a sua acessibilidade em um futuro e
também sua autenticidade. Emerge então a necessidade de as organizações adotarem
políticas e procedimentos tendo em vista garantir a acessibilidade e manter os documentos
autênticos, de modo que tal autenticidade possa ser comprovada (BRASIL, 2004).
A preocupação com o documento digital, além de garantir claro que este poderá ser
acessado a todo momento é também de garantir que este não foi adulterado. Esta é uma
preocupação que não temos com os documentos em papel, pois caso haja uma adulteração
é possível identificar.
PADRÕES DE METADADOS:
Dublin Core – Dados sobre documentos eletrônicos –
dublincore.org
Machine Readeble Card (MARC) – catalogação bibliográfica
Resource Description Framework (RDF)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resource_Description_Framework
Segundo Grácio (2012) a preservação digital deve estar inserida nos objetivos da
instituição e é necessário definir as informações relevantes a serem preservadas.
5. REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
6. ESTRATEGIAS DE PRESERVAÇÃO
7. CONSERVAÇÃO DO OBJETO DIGITAL
8. CONSERVAÇÃO DO CONTEÚDO INTELECTUAL
DO OBJETO DIGITAL
MODELO PROCESSUAL DE 1. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES
PRESERVAÇÃO 2. SELEÇÃO DESCARTE E MANUTENÇÃO
3. ORGANIZAÇÃO, TRATAMENTO E
ARMAZENAMENTO
4. DISTRIBUIÇÃO E ACESSO
5. USO
6. MONITORAMENTO