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Conhecimentos Bancários

Mercado monetário
• Neste mercado negocia-se, sobretudo, títulos públicos emitidos pelo Tesouro
Nacional com o objetivo de determinar a taxa de juros e quantidade de liquidez
da economia. Desta forma, é um mercado que se preocupa com o curto prazo.
• COPOM determina a meta da taxa de juros. O Banco Central busca esta meta
através das operações com títulos públicos no mercado monetário, nas
chamadas operações de mercado aberto.

• Como o valor da remuneração paga pelo título é fixa, o preço do título e a taxa
de juros variam de maneira inversa.

• a elevação da taxa de juros provoca redução no preço do título.


• caso venda mais títulos que a demanda de mercado, ele reduz o preço dos
títulos e a taxa de juros aumenta.

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

• O Tesouro Nacional lança Títulos Públicos para arrecadar recursos e cumprir


com as despesas públicas.
• Os Títulos emitidos são adquiridos pelo setor privado.

• Como o preço dos títulos é inversamente relacionado à taxa de juros, o


excesso/escassez de títulos no mercado monetário (Selic) resulta em variações
na taxa de juros.

• Caso ocorra excesso de títulos, o preço do mesmo cai e a taxa de juro sobe.
Caso contrário, havendo escassez de títulos, o valor dos mesmos sobe e a taxa
de juros cai.

• O Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal
interna de emissão do Tesouro Nacional. Ou seja, processa a emissão, o resgate,
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o pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um sistema


eletrônico que processa o registro e a liquidação financeira das operações
realizadas com esses títulos pelo seu valor bruto e em tempo real, garantindo
segurança, agilidade e transparência aos negócios.
• Por seu intermédio, é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto
e de redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política
monetária. Veremos logo mais o significado destas transações.

• Como já foi citado, todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos


exclusivamente na forma eletrônica. O sistema é gerido pelo Banco Central do
Brasil e localizado na cidade do Rio de Janeiro.

• Além do Banco Central do Brasil e do Tesouro Nacional, podem ser


participantes do Selic bancos, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de
títulos e valores mobiliários e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central.

• Isto nos remete a algo muito importante: para fazer parte do SELIC é necessário
ser instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central. Você, caro
aluno (a) não pode emitir ordens de compra/venda de títulos públicos no SELIC.
Caso queira participar, deve fazer por meio de intermediário.

• o Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal
interna de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição, processa a emissão,
o resgate, o pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um
sistema eletrônico que processa o registro e a liquidação financeira das
operações realizadas com esses títulos pelo seu valor bruto e em tempo real,
garantindo segurança, agilidade e transparência aos negócios.

• Por seu intermédio, é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto


e de redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política
monetária. O sistema conta ainda com módulos complementares para
especificação dos títulos objeto das operações compromissadas contratadas
entre o Banco Central e o mercado.

• Os títulos privados

• Alguns títulos privados são negociados, sendo seu registro, liquidação e


custódia efetuados pela B3 S.A. (função anteriormente realizada pela CETIP S.A.,
que após fusão realizada com a BM&FBOVESPA S.A., se transformou em B3 S.A.)

 A B3 S.A. é uma entidade administradora de mercados organizados de títulos


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ou valores mobiliários. Ou seja, ela oferta uma plataforma em que são


realizados negócios com títulos e valores mobiliários.

• Em seu segmento de títulos, é depositária principalmente de títulos de renda


fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de
dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os
relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de
Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA). Na qualidade de
depositária, a entidade processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos,
bem como, quando é o caso, o pagamento dos juros e demais eventos a eles
relacionados. Existem títulos transacionados na B3 que são emitidos em papel,
por comando legal. Esses títulos são transferidos para a B3 no momento do
registro e são fisicamente custodiados pelo registrador. As operações de
compra e venda são realizadas no mercado de balcão.

• Podem participar da B3, no segmento de títulos, bancos comerciais, bancos


múltiplos, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de
desenvolvimento, sociedades corretoras de valores, sociedades distribuidoras
de valores, sociedades corretoras de mercadorias e de contratos futuros,
empresas de leasing, companhias de seguro, bolsas de valores, bolsas de
mercadorias e futuros, investidores institucionais, pessoas jurídicas não
financeiras, incluindo fundos de investimento e sociedades de previdência
privada, investidores estrangeiros, além de outras instituições também
autorizadas a operar nos mercados financeiros e de capitais. Os participantes
não titulares de conta de reservas bancárias liquidam suas obrigações por
intermédio de instituições que são titulares de contas dessa espécie.

• E estas transações entre instituições financeiras são muito importantes, pois


resultam no chamado sistema interfinanceiro (mercado DI). No mercado DI são
negociados títulos (chamados de CDI) que possibilitam o fluxo de recursos entre
instituições financeiras. Assim, se um banco se encontra em situação deficitária,
ele pode recorrer ao mercado DI, emprestando recursos de um banco
superavitário. Estas operações ocorrem diariamente e, por isso, movimentam
uma grande quantidade de recursos, provocando alterações na quantidade de
moeda na economia.

• B3 é uma entidade que realiza serviços financeiros de liquidação financeira e


compensação de ativos, sobretudo, títulos privados. Ou seja, confere mais
garantia, transparência e liquidez nas transações com ativos privados ao
garantir o pagamento da transação e a custódia dos ativos em lugar adequado.
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• Fazendo uma comparação com a SELIC, enquanto esta serve de ambiente de


liquidação e custódias de títulos públicos, a B3 faz a mesma função com ativos
privados.

Titulos

• Em resumo, são negociados títulos públicos, através do qual deriva-se a Taxa


Selic, e títulos privados – resultando na Taxa DI.

• Títulos públicos
• Vamos supor que o Governo Federal, no ano de 2017, apurou R$ 100 de receitas
(impostos, lucros, entre outros), mas teve um total de R$ 150 de despesas. Esta
diferença de R$ 50 pode ser captada no mercado monetário, através do
lançamento de títulos públicos.

• Em geral, a venda de títulos públicos, que no âmbito do Governo Federal é feita


pela Secretaria do Tesouro Nacional, pode ser realizada através de leilões, ou
de venda direta.

• Nos leilões o Governo divulga as condições do negócio, como quantidade de


títulos a serem vendidos, valores, vencimento etc. Os interessados em adquirir
podem participar dos leilões, adquirindo os títulos desejados nas condições
estabelecidas.

• Já na venda direta o processo é de tête-à-tête, ou seja, o Governo negocia


diretamente com o interessado, pactuando diretamente com ele os termos do
negócio. A venda direta é destinada a negociar valores elevados com poucos
clientes, ou apenas um.

• TESOURO PREFIXADO

• A LTN é um título prefixado, o que significa que sua rentabilidade é definida no


momento da compra. A rentabilidade é dada pela diferença entre o preço de
compra do título e seu valor nominal no vencimento, sempre R$ 1.000,00. Essa
diferença é conhecida como deságio do título. A LTN possui fluxo de
pagamento simples, ou seja, o investidor faz a compra e recebe o rendimento
apenas uma vez, na data de vencimento do título, junto com o valor do
principal.
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• Título:
• Data da compra: 19/12/2006 (liquidação em 20/12/2006)

• Quantidade adquirida: 1,0 título

• Preço do título na data da compra: R$ 788,11

• Data de vencimento: 01/01/2009

• Dias úteis entre a data da liquidação (inclusive) e a data de vencimento


(exclusive): 511

• TESOURO SELIC
• A LFT é um título pós-fixado, cuja rentabilidade segue a variação da taxa SELIC,
a taxa de juros básica da economia. Sua remuneração é dada pela variação da
taxa SELIC diária registrada entre a data de liquidação da compra e a data de
vencimento do título, acrescida, se houver, de ágio ou deságio no momento da
compraQuantidade adquirida: 1,0 título

• A LFT possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a compra e


recebe o rendimento apenas uma vez, na data de vencimento do título, junto
com o valor do principal.

• Título: LFT

• Data da compra: 01/10/2007 (liquidação em 02/10/2007)


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• Quantidade adquirida: 1,0 título

• Preço do título na data da compra: R$ 3.231,41

• Data de vencimento: 18/03/2009

• Dias úteis entre a data da liquidação (inclusive) e a data de vencimento


(exclusive): 366

• Taxa do título na data da compra: - 0,01% a.a. (ágio)

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

• O Tesouro IPCA + com Juros Semestrais, anteriormente denominado Notas do


Tesouro Nacional série B, ou NTN-B, são títulos que pagam cupons semestrais
de juros de 6% ao ano além do valor de resgate no vencimento.

• Os fluxos de pagamentos da NTN-B estão indexados à inflação por meio do


Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado e divulgado
mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

• Por conta da correção monetária dos fluxos, existe na NTN-B a figura do Valor
Nominal Atualizado (VNA), que é o valor de referência para pagamento do
principal e dos cupons de juros, sendo obtido pela atualização mensal pelo IPCA
do valor de R$1.000,00, desde a sua data-base, definida sempre como
15/07/2000 nas portarias de leilão da STN.

• A NTN-B faz pagamento de juros a cada semestre, diferentemente do Tesouro


IPCA+(NTN-B Principal). Isso significa que o rendimento é recebido pelo
investidor ao longo do período da aplicação, em vez de receber tudo ao final.
Os pagamentos semestrais (cupons), nesse caso, representam uma antecipação
da rentabilidade contratada.

• Na data de vencimento do título, você resgata o valor investido atualizado pela


inflação acrescido do último pagamento de juros semestrais
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• Caso a NTN-B seja vendida antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu


valor de mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser maior ou menor do
que a contratada na data da compra, dependendo do preço do título no
momento da venda.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

• O Tesouro IPCA, anteriormente denominado Nota do Tesouro Nacional série B


Principal, ou NTN-B Principal, é um título público federal que proporciona
rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do poder de compra do seu
dinheiro, pois seu rendimento é composto por duas parcelas: uma taxa de juros
prefixada e a variação da inflação (IPCA).

• A rentabilidade total da NTN-B Principal será sempre superior à inflação,


independentemente da variação da inflação. A rentabilidade real, nesse caso, é
dada pela taxa de juros prefixada, contratada no momento da compra do título.

• A NTN-B Principal possui fluxo de pagamento simples, isto é, você receberá o


valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou de resgate
do título. Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, ao final da
aplicação.

Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais (NTN-C)

• São títulos públicos federais com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M,


acrescida de juros definidos no momento da compra. Eram denominadas Notas
do Tesouro Nacional série C (NTN-C).

• O Tesouro Nacional não emite a NTN-C desde 2006, com o intuito de


concentrar a gestão da dívida pública federal em um número reduzido de
instrumentos e de indexadores. Atualmente, o Tesouro Nacional atua apenas na
recompra desses títulos.

• O maior volume do estoque em mercado da NTN-C está concentrado nas


carteiras de fundos de pensão e nas entidades de previdência. A liquidez do
mercado secundário desse título é muito baixa.

• O rendimento da NTN-C é recebido pelo investidor ao longo do investimento,


por meio de cupons semestrais de juros, na data de vencimento do título, ao
resgatar o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) e o pagamento
do último cupom de juros.

• O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é um índice calculado pela


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Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base na média ponderada do Índice de


Preços por Atacado, do Índice de Preços ao Consumidor e do Índice Nacional
de Custo da Construção Civil.

• Títulos Privados no Mercado Monetário

• As instituições que apresentam sobras de caixa emprestam estes recursos a


outros que apresentem falta de liquidez. Esta emite um título, chamado de CDI
– Certificados de Depósitos Interfinanceiros -, os quais são adquiridos pelas
instituições superavitárias.

• Evidente que as instituições com falta de caixa pagam uma remuneração a


outras mais líquidas para utilizar estes recursos. Esta taxa é obtida no próprio
mercado, chamada Taxa CDI.

• Portanto, temos que o principal título privado emitido e negociado no mercado


monetário é o CDI, cuja taxa é a basilar do mercado interfinanceiro,
influenciando todas as demais taxas cobradas pelos bancos em suas operações.

• É só pensar o seguinte. Se o banco empresta muito dinheiro em determinado


dia, e precisa captar parte destes recursos no mercado interfinanceiro, é fato
que taxa de juros cobrada nas operações de crédito que fez ao seu cliente é
superior à Taxa CDI.

CESPE - Escriturário (BB)/2008/1

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos títulos


emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa,
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia.
O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas
registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega contra pagamento.
Acerca do SELIC, julgue o item seguinte.

Foi alterado o modus operandi do SELIC, operado pelo BACEN, que passou a liquidar
operações com títulos públicos federais em tempo real.

FCC - Escriturário (BB)/2011

O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), do Banco Central do Brasil, é


um sistema informatizado que

a) é operado em parceria com a CETIP S.A. Balcão Organizado de Ativos e


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Derivativos.

b) substituiu o Sistema de Pagamentos Brasileiro − SPB.

c) tem como participantes, exclusivamente, a Secretaria do Tesouro Nacional e


bancos múltiplos.

d) impossibilita a realização de operações compromissadas, ou seja, a venda ou


compra de títulos com o compromisso de recompra ou revenda.

e) se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional, bem


como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.

FCC - Escriturário (BB)/2011/3

O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC)

a) é o depositário central de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.

b) pode ter investidores individuais como participantes titulares de contas de


custódia.

c) é contraparte nas operações de leilão de títulos privados.

d) registra operações com debêntures no mercado secundário.

e) é a câmara de liquidação física e financeira de títulos de emissão privada.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2010

O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi desenvolvido em 1979 pelo


Banco Central do Brasil e pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do
Mercado Aberto) com a finalidade de

a) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto antes


de sua liquidação financeira.

b) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de Valores


e custodiar os títulos públicos.

c) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos públicos


federais, exercida pelas instituições financeiras.

d) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados antes da


sua custódia.
Conhecimentos Bancários

e) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos


públicos e manter sua custódia física e escritural.

CESPE - Escriturário (BB)/2008

A Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) é a maior empresa de custódia e de


liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em 1984 pelas
instituições financeiras em conjunto com o BACEN e iniciou suas atividades em 1986,
para garantir maior segurança e agilidade às operações do mercado financeiro
brasileiro. Com relação à CETIP, julgue o item subsequente.

A CETIP é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados, títulos públicos


estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do
Tesouro Nacional, de que são exemplos os títulos relacionados com empresas estatais
extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial (FCVS), com o Programa
de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO) e com a dívida agrária (TDA).

CESPE - Escriturário (BB)/2008/2

A Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP) é a maior empresa


de custódia e de liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada
em agosto de 1984 pelas instituições financeiras em conjunto com o BACEN e iniciou
suas atividades em março de 1986, para garantir mais segurança e agilidade às
operações do mercado financeiro brasileiro. Com relação à CETIP, julgue o item
subsequente.

Na qualidade de depositária, a CETIP processa a emissão, o resgate e a custódia dos


títulos, bem como, quando é o caso, o pagamento dos juros e demais eventos a eles
relacionados.

Escriturároi (BB)/2006

Os depósitos interfinanceiros (DI) constituem um mecanismo ágil de transferência de


recursos entre instituições financeiras. As operações para liquidação no dia seguinte
ao da negociação são registradas

a) na Bolsa de Mercadorias & Futuros.

b) no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia − SELIC.

c) na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC.


Conhecimentos Bancários

d) na Câmara de Custódia e Liquidação − CETIP.

e) na Câmara Interbancária de Pagamentos − CIP.

CESPE/CEF/2010

Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos públicos


federais no Brasil.

O BACEN atua no mercado primário de títulos públicos mediante a emissão de títulos


de sua responsabilidade.

A taxa e os regimes de câmbio

• A taxa de câmbio
— Preço de uma moeda em termos de outra
• As diversas taxas de câmbio existentes
— A demanda e a oferta no mercado cambial
 Variações de preço – Desvalorização e valorização vs apreciação e
depreciação.
• Aumento da taxa de câmbio = desvalorização da moeda nacional =
desvalorização da taxa de câmbio.
• Redução da taxa de câmbio = valorização da moeda nacional =
valorização da taxa de câmbio.

Oferta de divisas

• Volume de exportações
— Renda do resto do mundo
— Nível de preços internos e externos
• Entrada de capitais externos
— Taxas de juros interna e externa

Demanda de divisas

• Volume de importações
— Renda interna
— Níveis de preços interno e externo
Conhecimentos Bancários

• Saída de capitais externos


— Taxas de juros interna e externa

Regimes cambiais

• Regime de câmbio fixo


— A cambial determinada pelo BACEN
• Taxa de câmbio fixa vs taxa de câmbio permanente
• Vantagens
— Facilita a tomada de decisões dos agentes financeiros
— Ajustes no balanço de pagamentos
• Desvantagens
— Inflação
— Política monetária
• Regime de câmbio flutuante
• Flutuação suja ou flutuação administrada (dirty floating ou managed floating)
• Sistema de bandas

Agentes Autorizados

• A Resolução 3.568 de 2008 do Banco Central regulamenta o mercado de câmbio


no Brasil, afirmando que as pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem
comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais
em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo contraparte na
operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio.

• Bancos e a Caixa Econômica Federal  Todas as operações do mercado de


câmbio.

• Bancos de desenvolvimento e sociedades de crédito, financiamento e


investimento  Operações específicas autorizadas pelo Banco Central do Brasil

• Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras


de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio  Operações
de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100.000,00, ou valor
equivalente em outras moedas;

• Agências de turismo: compra e venda de moeda estrangeira em espécie,


cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais

• Para ser autorizada a operar no mercado de câmbio, a instituição financeira


Conhecimentos Bancários

deve (i) indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado


de câmbio e (ii) apresentar projeto, indicando, no mínimo, os objetivos
operacionais básicos.

• Não obstante, o Banco Central pode cassar, cancelar ou revogar as autorizações


concedidas a estas instituições

Principais Operações

• Compra: Acontece quando a instituição compra moeda internacional em troca


de moeda nacional. Quando você se dirige a um banco e deseja trocar seus
dólares por reais, você realiza uma operação de compra.
Apesar de parecer um contrassenso (afinal, você está comprando reais em troca
de dólares), a denominação da troca é originada pelo ponto de vista da
instituição cambial, que compra moeda internacional em troca de reais.
As operações de compra são típicas quando ocorre exportação. O exportador
recebe em moeda internacional e se dirige a uma instituição autorizada para
troca-las por moeda doméstica. Isto é, o banco compra moeda externa em troca
de moeda interna.
• Venda: Aqui ocorre o contrário. A instituição vende divisa internacional e recebe
em troca moeda doméstica. É o que acontece quando você, por exemplo, viaja
ao exterior. Precisando de moeda internacional se dirige ao banco, oferecendo
reais em troca de dólares. A instituição autorizada te vende moeda externa em
troca de moeda interna.
• Arbitragem: A operação de arbitragem não envolve, em nenhuma das pontas
da negociação, moeda doméstica. Acontece quando uma instituição autorizada
troca uma moeda internacional por outra moeda também internacional. Por
exemplo, quando ocorre a troca de dólares por euros.

Tipos de Trocas

• Câmbio Manual: É a operação que envolve a compra e venda de moedas em


espécie, ou seja, quando a troca se efetua com moedas metálicas e/ou cédulas
de dinheiro doméstico e de outros países.

• Câmbio Sacado: É a operação que envolve documentos e/ou títulos


representativos de moeda. Neste tipo de operação se envolve a movimentação
de conta bancária representativa de moeda, ou mesmo de um título que
represente um direito/dever valorizado em moeda internacional.
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Tipos de Operações

Operações Manuais:

• Em geral são realizadas através da troca de moeda doméstica por dólar turismo
ou através da troca de moeda doméstica por traveller checks.

• A cotação dólar turismo é diferente do câmbio comercial (dólar comercial


instituição pode adquirir dólar na cotação comercial (pagando mais barato) e
vendê-) para permitir o ganho da sociedade de câmbio. Ou seja, a lo na cotação
turismo, que é mais cara.

• Os traveller checks constituem outra importante forma de operação manual de


câmbio. Chamados, em português, de cheques de viagem, correspondem a um
saldo depositado em moeda estrangeira.

Operações de Remessa:

• As operações de remessa são realizadas através de ordens (como as feitas pela


internet), em que o banco nacional vende divisas internacionais a outro banco
situado no exterior.
• Desta forma, caso você queria transferir, digamos, US$ 1 mil a um parente no
exterior, pode se dirigir ao banco que possui conta.
• Aqui há a movimentação de valores em contas correntes, pelo que a operação
é considerada de câmbio sacado.

Contrato de Câmbio:

• O objetivo principal do contrato de câmbio é a compra e venda de moeda


estrangeira, cuja entrega da moeda corresponde à liquidação do contrato.
• O valor pago pelo comprador, situado no exterior, é depositado em outro
banco, o qual transfere os valores ao banco brasileiro.
• Desta forma, os valores transitam através de instituições financeiras
intermediárias e o exportador recebe através do banco situado no Brasil, e não
do importador.
• Nos contratos de câmbio, o exportador pode realizar a chamada contratação
prévia total do câmbio. Isto é, antes mesmo do embarque da mercadoria que
vendeu ao exterior, ele fecha a cotação cambial e, quase sempre, recebe os
valores antecipados. Obviamente que, além do serviço de intermediação e
realização do câmbio, a instituição financeira irá cobrar uma taxa de juros
relativa ao desconto do título.
• É possível afirmar que, além do contrato de câmbio, há outro contrato de
crédito implícito na operação. A instituição ganhou pelos dois contratos.
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• Do mesmo modo, ele pode realizar a contratação parcial prévia do contrato, ou


mesmo a contratação posterior (total ou parcial) do contrato. Na primeira,
recebe apenas parte da venda antecipadamente. Na segunda, recebe total ou
parcialmente os valores do contrato de exportação posteriormente ao
embarque da mercadoria.
• As operações com ouro são realizadas no mercado de câmbio apenas por
instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio integrantes do Sistema
Financeiro Nacional e correspondem à:
• compra de ouro-ativo financeiro da própria instituição;
• compra ou de venda de ouro do ou ao Banco Central do Brasil com essa
finalidade;
• compra ou de venda de ouro-instrumento cambial entre as instituições
constantes do caput; ou arbitragem com outra instituição integrante do Sistema
Financeiro Nacional ou com instituição do exterior, na forma da regulamentação
cambial.
• o ouro, nesses casos, é considerado um ativo financeiro capaz de liquidar
transações realizadas no mercado de câmbio. É por isso que o ouro, nesses
casos, é chamado de “ouro-instrumento cambial”.
• Uma vez incorporado à posição de câmbio da instituição, o ouro somente pode
ser negociado com outra instituição integrante do sistema financeiro autorizada
a operar no mercado de câmbio, com instituição externa ou com o Banco
Central do Brasil, observadas as mesmas condições estabelecidas para a
negociação de moeda estrangeira.

SISCOMEX

O Sistema Integrado de Comércio Exterior é a sistemática administrativa do comércio


exterior brasileiro que integra as atividades afins do Departamento de Comércio
Exterior (DECEX), da Secretaria da Receita Federal (SRF) e do Banco Central no registro,
acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de exportação e
importação.

• Estão autorizados a operar no SISCOMEX:

• Agências do BB que operam comércio exterior

• Agências de bancos que operam em câmbio

• Sociedades de Câmbio

• Despachantes Aduaneiros
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• Estabelecimento do Exportador/Importador, observadas as limitações


colocadas

• Salas de contribuintes da SRF.

FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO E À EXPORTAÇÃO: REPASSES DE RECURSOS


DO BNDES.

• O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social possui linhas de


financiamento a exportações e importações. A intenção do BNDES com estes
financiamentos é fomentar a área de comércio exterior e a internacionalização
de empresas com custos e prazos diferenciados.

• Entre as ações implementadas, destacam-se o aumento da competitividade


internacional da produção brasileira de bens e serviços de maior valor agregado
e o crescente estímulo à ação de empresas brasileiras na América do Sul,
ampliando laços comerciais estratégicos.

Questão 1: CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2018

Reguladas pelo Banco Central, as instituições financeiras autorizadas a operar todas


as operações no mercado de câmbio são(é)

a) as agências de fomento

b) os estabelecimentos comerciais

c) os bancos de desenvolvimento

d) os bancos múltiplos

e) a Caixa Econômica

Questão 2: CESGRANRIO - Esc BB/BB/"Sem Área"/2018

A reação dos mercados de câmbio ontem deu uma boa sinalização de qual pode ser
o caminho caso Washington intensifique o tom em relação às relações comerciais dos
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Estados Unidos com o restante do mundo. As moedas emergentes recuaram a


mínimas em dez dias, segundo dados do Deutsche Bank, sob peso da queda de divisas
correlacionadas às matérias-primas – como o rand sulafricano e o real brasileiro (...).
No Brasil, o dólar fechou em alta de 0,90%, para R$3,290, no maior nível desde o
último 9 de fevereiro. Na máxima, a cotação beirou os R$3,30 ao tocar R$3,2966.
CASTRO, J. Dólar deve subir no curto prazo, dizem analistas.Valor Econômico, 15 mar. 2018, p.C2. Adaptado.

Em países que adotam o regime de câmbio flutuante, as mudanças diárias observadas


nas taxas de câmbio estão relacionadas a diversos fatores.

Considerando-se, no entanto, exclusivamente, a matéria jornalística, o principal fator


que explica a desvalorização do real brasileiro no movimento diário do mercado de
câmbio descrito no texto foi a(o)

a) aumento da oferta de divisas no mercado de câmbio

b) forte intervenção do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio

c) situação política corrente no Brasil

d) piora das condições macroeconômicas no Brasil

e) incerteza futura e maior percepção de risco por parte dos investidores

Questão 3: CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018Assunto: Mercado Cambial

Antes as recentes oscilações do preço do dólar norte-americano, afetando as


operações de importação e exportação de mercadorias, o Banco Central do Brasil
interveio no mercado, oferecendo operações de troca da variação do dólar pela
variação da taxa DI.
Nessa situação hipotética,

o alvo da preocupação do Banco Central é a volatilidade do dólar medida pela PTAX.

Questão 4: IADES - Tec (IGEPREV PA)/IGEPREV PA/Administração e Finanças/2018

Em um regime cambial de taxa de câmbio flutuante, no qual o preço da moeda


nacional em termos de moeda estrangeira oscila livremente, o aumento das
exportações acarreta, como consequência imediata, a (o)

a) apreciação da moeda nacional.


Conhecimentos Bancários

b) restrição da oferta de divisas.

c) aumento das reservas internacionais do país.

d) queda das importações.

e) redução da dívida pública.

Questão 5: IADES - Ana (APEX)/ApexBrasil/Prospecção de Projetos/2018

A volatilidade da taxa de câmbio dificulta, para as empresas exportadoras e


importadoras, a gestão dos respectivos recebimentos e pagamentos em moeda
estrangeira. Uma das estratégias para a proteção contra a variação cambial chama-se

a) CCR.
b) hedge.
c) Swift.
d) bid bond.
e) SML.

Questão 6: CEBRASPE (CESPE) - Esp (FUNPRESP)/FUNPRESP/Investimentos/2016

Julgue o item subsequente, com relação à taxa de câmbio e aos regimes cambiais.

O Brasil adota limites de flutuação cambial fixados pelo Banco Central do Brasil
conforme o fluxo de capitais externos.

Questão 7: VUNESP - Tes (CM Itápolis)/CM Itápolis/2015O mercado cujos títulos de


dívidas são negociados, em que as companhias buscam empréstimos de curto prazo
e no qual estão envolvidos os títulos do tesouro, papéis comerciais, CDBs, hipotecas,
dentre outros, está vinculado ao mercado

a) de capitais.

b) secundário.

c) primário.

d) monetário.

e) bancário.
Conhecimentos Bancários

Questão 8: Makiyama - Ana EF (BANESTES)/BANESTES/2015

Em relação ao mercado de câmbio, é correto afirmar que:

a) Qualquer pessoa ou empresa pode comprar livremente e vender dólar câmbio


sem que haja controle e/ou interferência do Banco Central do Brasil, uma vez
que as operações são feitas por uma casa de câmbio ou uma agência bancária.

b) Em decorrência da autonomia dos agentes financeiros, o Banco Central do Brasil


não intervém no mercado de câmbio, deixando que a cotação do dólar flutue
livremente, já que as reservas dessa moeda ficam sob a custódia do Banco do
Brasil.

c) Ainda que haja fluxo de dólares entre as empresas brasileiras e empresas


multinacionais, o ingresso ou a saída desse capital não influencia o valor da taxa
de câmbio.

d) Somente as importações têm influência direta na taxa de câmbio, já que o país


se torna um grande devedor, necessitando comprar altos volumes de dólares
para pagar os fornecedores estrangeiros.

e) A taxa de câmbio praticada no mercado de câmbio brasileiro é livremente


negociada entre os agentes e seus clientes, desde que observem as normas
regulamentadoras deste mercado.

Questão 9: Makiyama - Ana EF (BANESTES)/BANESTES/2015

Sobre o mercado de câmbio, qual das alternativas a seguir está CORRETA?

a) A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda estrangeira registrado em


nome de uma instituição autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos que as
representem e de ouro-instrumento cambial, em valores superiores às vendas.

b) A posição de câmbio comprada é o saldo em moeda estrangeira registrado em


nome de uma instituição autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos que as
representem e de ouro-instrumento cambial, em valores superiores às compras.

c) Também denominado mercado paralelo, o mercado de câmbio é o ambiente


onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo
Banco Central e entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus
Conhecimentos Bancários

correspondentes.

d) A operação de câmbio (compra ou venda) pronta é a operação a ser liquidada


em até trinta dias úteis da data de contratação.

e) Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser


realizados no mercado de câmbio, inclusive as transferências para fins de
constituição de disponibilidades no exterior e seu retorno ao País e aplicações
no mercado financeiro.

Questão 10: Makiyama - Tec ST (BANESTES)/BANESTES/2015

Saldo em moeda estrangeira registrado em nome de uma instituição autorizada que


tenha efetuado vendas, prontas ou para liquidação futura, de moeda estrangeira, de
títulos e documentos que as representem e de ouro-instrumento cambial, em valores
superiores às compras.

O exposto acima diz respeito ao(à):

a) Reserva de moeda cambial.

b) Saldo de moeda registrada.

c) Posição de câmbio vendida.

d) Resgate de moeda cambial.

e) Média acumulada mensal em moeda.

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