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Política Monetária

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TAXA SELIC E OPERAÇÕES COMPROMISSADAS:
Já sabemos que existem duas Taxas Selic: Selic-Meta e Selic Over.
A taxa Selic-Meta é definida periodicamente pelo Copom (Comitê de Política Monetária
do Banco Central do Brasil). Também é conhecida como taxa básica de juros, pois serve de
base para o cálculo de todas as taxas de juros que os bancos cobram das pessoas em
geral. Quando o banco calcula uma taxa de juros, ele insere vários componentes, e o
primeiro componente é exatamente a taxa Selic-Meta.

A Selic-Meta não é uma taxa fixa de juros, mas uma indicação ou sinalização, uma
referência para que os bancos utilizem esta meta quando emprestarem dinheiro uns aos
outros. E é referência para quando essa negociação entre bancos tiver como lastro ou
garantia, títulos públicos federais.
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TAXA SELIC E OPERAÇÕES COMPROMISSADAS:
A taxa Selic-diária, também chamada de Selic Efetiva ou Selic Over, é apurada no Selic –
Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Nesse sistema, são liquidadas e custodiadas
todas as transações que envolvem títulos públicos federais.

A taxa Selic-diária é uma média ponderada calculada diariamente com base nas taxas
praticadas em operações compromissadas com prazo de um dia útil, com lastro em títulos
públicos federais, liquidadas no próprio Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic) ou em sistemas operados por câmaras ou prestadores de serviços de compensação
e de liquidação.
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OPERAÇÕES COMPROMISSADAS:
A operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o compromisso de
recomprar o título em uma data futura com o acréscimo de juros.

São operações com compromisso de recompra com vencimento em data futura, anterior
ou igual à do vencimento dos títulos.

Essas operações podem ser realizadas entre instituições financeiras e clientes pessoas
físicas ou jurídicas, bem como entre o Banco Central e instituições financeiras.

Exemplo: Banco Central vende títulos públicos federais de valor unitário mil reais, com o
compromisso de recompra-los até o vencimento do título, por um valor acrescido de
juros, mil e vinte reais (R$ 1.020,00).
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OPERAÇÕES COMPROMISSADAS:

As operações compromissadas podem ser entendidas como uma dinâmica de compra e


recompra de ativos. Isso porque elas são um empréstimo que tem como lastro (garantia)
um título de renda fixa e possuem prazo determinado para a devolução.

As operações compromissadas devem ser registradas no Sistema Especial de Liquidação e


de Custódia - Selic ou em sistema de registro e de liquidação financeira de ativo
autorizado pelo Banco Central do Brasil.
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OPERAÇÕES COMPROMISSADAS:
As operações compromissadas podem ter por objeto exclusivamente os seguintes títulos,
devidamente registrados no Selic ou em sistema de registro e de liquidação financeira de
ativo autorizado pelo Banco Central do Brasil:
I - títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Central do Brasil;
II - Títulos da Dívida Agrária de emissão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra);
III - títulos estaduais e municipais;
IV - certificados de depósito bancário;
V - letras de câmbio de aceite de instituições financeiras; VI - debêntures; VII - cédulas de
debêntures; VIII - letras hipotecárias; IX - notas promissórias de emissão das sociedades por
ações, destinadas a oferta pública;
X - Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRI, de que trata a Lei nº 9.514, de 20 de
novembro de 1997; XI - Cédulas de Crédito Bancário, de que trata a Medida Provisória nº
1.925-2, de 9 de dezembro de 1999; XII - outros títulos que venham a ser autorizados pelo
Banco Central do Brasil
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OPERAÇÕES COMPROMISSADAS REALIZADAS PELO BANCO CENTRAL:
As operações compromissadas realizadas pelo BACEN tem como lastro os títulos públicos
federais. O BC entra vendendo ou comprando os referidos títulos para realizar um
objetivo específico (retirar ou colocar dinheiro na economia).

Em tese, as operações compromissadas se destinam a controlar o volume de moeda em


circulação para evitar ataques especulativos e até inflação. Em outras palavras, é um dos
instrumentos de política monetária utilizado pelo Banco Central.

O BC usa as operações compromissadas para equacionar o montante de dinheiro


disponível no caixa dos bancos e manter a taxa básica de juros, a Selic, em sua meta.
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OPERAÇÕES COMPROMISSADAS REALIZADAS PELO BANCO CENTRAL:
Atualmente, para enxugar liquidez, o BC faz as chamadas operações compromissadas —
oferta ao mercado financeiro de títulos do Tesouro Nacional que ficam na carteira do
Banco Central. Em operações de curtíssimo prazo, paga juros e depois recompra os
papéis. Para evitar esse trâmite todo, bastaria o BC passar a aceitar diretamente
depósitos na boca do caixa e pagar juros sobre isso.
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OPERAÇÕES COMPROMISSADAS REALIZADAS PELO BANCO CENTRAL:
Crítica ao excessivo uso das operações compromissadas pelo Banco Central:
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O canal de transmissão das taxas
de juros para as decisões de
consumo e investimento é o canal
mais conhecido da política
monetária. Quando a taxa Selic
sobe, as taxas de juros reais
também tendem a subir.
A elevação da taxa real de juros,
por sua vez, pode levar à
diminuição de investimentos pelas
empresas e à diminuição de
consumo por parte das famílias – o
que, por sua vez, tende a reduzir a
demanda por bens e serviços da
economia, contribuindo para a
redução da inflação.

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