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Tema Características Referências bibliográficas

Emplatos: conceito, generalidades, aplicação, EMPLASTROS: entendem-se as formas Prista, N. L., Alves, R. A. C., Morgado &
tipos de emplatos, emplastos propriamente farmacêuticas destinadas ao uso externo, com Lobo, J. M. S. (2002). Tecnologia
ditos) Esparadrapo (definição, generalidades, consistência firme, que se não liquefazem a Farmacêutica. (6ª Ed). (I volume). Fundação
tipos, preparação e conservação) 37C, mas que se tornam moles, formando Calouste Gulbenkian, Lisboa
massas plásticas, flexíveis e adesivas.
Generalidades: palavra emplastroou Prista, N. L., Alves, R. A. C., Morgado &
emplasto (forma que corresponde ao termo Lobo, J. M. S. (1995). Tecnologia
oficinal em Espanha e nos países de língua Farmacêutica. (4ª Ed). (I volume). Fundação
espanhola) deriva do grego emplastrou, Calouste Gulbenkian, Lisboa
composta pelo prefixo en (dentro) cplassó (eu
unto).
Tal como os ceratos, os emplastros são
formas farmacêuticas muito antigas,
aparecendo referências ao seu uso no livro De
Medicina, escrito por CELSUS no primeiro
século antes da nossa era.
A composição dos emplastros não se tem
modificado substancialmente desde esses
tempos até hoje, pois, tal como agora, essas
preparações continham compostos de
chumbo,
cera, azeite, gorduras semi-sólidas e água.
Um dos casos mais curiosos é o do emplastro
conhecido por Diaquilão (do grego dia, de +
cylos, suco), que era preparado com litargírio
(168 g), azeite (250 ml} c igual quantidade de
água do mar, a qual era fervida e, depois,
adicionada de uma pequena quantidade de
cera.
Nos nossos dias são correntes os emplastros
contendo resinas vinílicas, plastificantes
e outros aditivos que melhoram o aspecto e a
conservação das fórmulas.
Aplicação: empregam-se com fim de
protecção ou como excipientes de princípios
activos que podem ir desempenhar as suas
funções no seio da pele.
Tipos de emplastos: os emplastros diferem
das pomadas e dos ceratos, principalmente,
pela finalidade terapêutica a que se destinam.
Pode-se considerar, quanto à sua finalidade
terapêutica, 3 tipos de emplastros:
Emplastros epidérmicos: os que têm acção
imobilizadora, protectora, ou que são anti-
sépticos, queratolíticos, ou revulsivos
(emplastros adesivos, emplastros de ácido
salicílico, de mostarda, de cantáridas, etc.);
Emplastros endodérmicos: os que se
destinam a provocar um efeito endodérmico,
tal como sedativo, anódino, estimulante,
adstringente (emplastros de beladona, de
chumbo, de ceras e resinas, etc.);
Emplastros diadérmicos: os que se destinam
a originar uma acção sistémica.
Emplastos propriamente ditos: Na
preparação de um emplastro é,
fundamentalmente, importante a massa
emplástica ou massa adesiva. Surgiram as
preparações contendo cauchu e resinas, as
quais não necessitam de aquecimento prévio,
denominando-se auto-adesivos, pois basta
aplicá-las directamente sobre a pele para que
a ela adiramfortemente. Na F.P. IV
inscrevem-se dois tipos de emplastros:
resinosos, cuja massa emplástica
contém resinas (pez louro, pez de Borgonha)
e ceras, e plúmbicos, em que existe
um sabão de chumbo (principalmente oleato
de chumbo) associado ou não a produtos
resinosos (pez louro, terebintina, gálbano) e a
ceras.
As massas emplásticas modernas são um
pouco mais complexas do que as que a
F.P. IV menciona, podendo distinguir-se os
seguintes constituintes fundamentais:
Material elástico; Antioxidanies; Emolientes;
Material adesivo; Absorventes.
ESPARADRAPO: os esparadrapos
correspondem à forma de aplicação dos
emplastros e por isso
Alguns lhes chamam "emplastros distendidos.
Generalidades: são, essencialmente, bocados
de tecidos espessos, de natureza, forma e
dimensões variadas, recobertos numa das
suas faces por uma delgada camada de
material adesivo emplástico. Dada a
circunstância de que a camada de material
emplástico deve ser homogénea e toda da
mesma espessura, compreende-se que a sua
preparação seja executada, de preferência, na
indústria, onde se disporá de maquinaria
adequada. Efectivamente, os esparadrapos
devem ser preparados com tecidos dotados de
grande resistência à tracção e a massa
empiástica deve ser repartida uniformente,
originando uma superfície lisa e homogénea
que não terá grumos.
Tipos de Esparadrapo: Os esparadrapos
podem apresentar-se sob a forma de fitas
enroladas num dispositivo metálico ou de
outro material adequado, como folhas de
dimensões variadas cuja superfície adesiva é
recoberta por uma película protectora,
facilmente destacável.
Preparação: A preparação dos esparadrapos
comporta duas operações fundamentais: a
obtenção da massa emplástica, adicionada ou
não de agentes medicamentosos, e a
distribuição dessa massa nos tecidos que lhe
servem de suporte.
Conservação: Os esparadrapos devem ser
acondicionados em tubos ou caixas de metal ou
de plástico, bem fechados e conservados em lugar
fresco.Os esparadrapos adesivos conservam-se
bem, durante vários anos, ao abrigo do calor e
da luz, que lhes são prejudiciais.
Os tafetás, que se apresentam em tiras ou com
outra forma, devem ser guardados em tubos
metálicos., ao abrigo do calor e da humidade.

Teresa Filipe Armando

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