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Literatura
ao ouvido
Os audiolivros estão em alta. Uma aposta
das editoras que passa, também, por envolver
uma geração mais ligada ao som do que à leitura
7 ---------- L I V R O S
A
O áudio digital conquistou um espaço nos
hábitos das pessoas; o som nunca teve, como
agora, uma posição tão dominante enquanto
meio de comunicação. A proliferação da cul-
tura de podcasts e a preferência pelas mensa-
gens de áudio nos mais jovens representam
este movimento ascendente da palavra dita.
Os audiolivros já não são apenas ferramen-
tas de auxílio para pessoas com dificuldades
na leitura, nem são o espaço exclusivo da
As previsões sobre declamação poética. O mercado editorial
a certidão de óbito da impressão e do mundo tem vindo a adaptar-se a este fenómeno e,
do papel têm ecoado num século XXI em que por isso, a VISÃO quis perceber como está o
o áudio coabita com a leitura. As revistas, os estado da arte dos audiolivros em Portugal e
jornais e os livros, além de serem lidos nos nos- se, num País com tão baixos índices de lei-
sos ecrãs, também já nos chegam por uma voz tura, este novo formato literário tem espaço
que não é a nossa. Ler livros digitais (ebooks) para crescer.
ainda é ler, mas ouvir audiolivros ainda faz
parte da experiência de leitura? “Os audiolivros A VOZ DA POESIA
não são uma forma de ler, são uma forma de Em muitas casas portuguesas ainda se con-
ouvir ler, de dizer, ou de narrar”, explica à VI- servam vinis, cassetes e CD dos primórdios
SÃO Oriana Alves, responsável e fundadora da dos audiolivros: desde as cassetes de coletâ-
editora BOCA, especializada, desde 2006, na neas das mais conhecidas histórias infantis
publicação de audiolivros em Portugal, “com o até aos discos de vinil com versos declamados
objetivo de preencher uma lacuna no mercado de poetas nacionais – como o LP Poesias de
editorial português”. A experiência auditiva na José Régio narrado por Ary dos Santos ou 3
literatura fará ressoar nos leitores a memória Poemas de Amor, Ódio e Alguma Amargura
de quando adormeciam ao som das histórias com poemas de Eugénio de Andrade, Almada
de embalar, mas isto não é apenas um regresso Negreiros e Mário Cesariny, ditos por Mário
à infância das fábulas, é um regresso à tradição Viegas e publicado pela Orfeu em 1976. Mário
oral – à origem da literatura. Primeiro, veio a Viegas é um nome incontornável quando se
oralidade e só depois veio a escrita das narra- associa o áudio à literatura portuguesa – ain-
tivas épicas de Homero e das histórias das Mil da há quem não consiga pensar no Manifesto
e Uma Noites. Paulina Chiziane, a mais recente Anti-Dantas de Almada Negreiros sem ouvir
vencedora do prémio Camões, é uma das au- o “pim” da voz de Viegas. O seu legado ainda
toras da atualidade que realçam a “beleza” que hoje ressoa: está previsto ser publicado pela
reside na literatura oral, nas histórias em redor Tradisom, em maio, um audiolivro com tra-
da fogueira – numa recente entrevista à VISÃO balhos inéditos do declamador, nos quais re-
salientou mesmo que a oralidade é uma parte cita poetas como Gastão Cruz e Pablo Neruda
elementar da “sua” língua portuguesa. e excertos de peças de Tchekhov e Gorki.
Rodrigo Guedes de
Carvalho Em março
de 2020, o seu
romance Margarida
Espantada chegou
primeiro aos leitores
em formato de
audiolivro (e ebook),
lido pelo próprio autor,
do que a edição em
papel. Já este ano,
o jornalista da SIC e
escritor, deu voz a um
grande clássico da
literatura: Cem Anos
de Solidão, de Gabriel
García Márquez
JOÃOLIMA
PALAVRA DO ANO últimos anos, na redescoberta da escuta.”
Em 2007, os linguistas da Porto Editora salien- Com este constante crescimento, há quem
taram o impacto que este novo formato iria tema que a tendência represente o início
ter no universo editorial ao escolher “audioli- do fim da leitura do livro físico, mas Joana
vro” como a palavra desse ano. Porém, se hoje Branco, assessora do grupo Porto Editora,
compararmos o relevo que este produto tem, em conversa com a VISÃO diz-nos que “não
por exemplo, nos mercados anglo-saxónicos, se trata de uma substituição”: “O estudo Im-
conclui-se que em Portugal o audiolivro ain- mersive Media & Books 2020, da Panorama
da se apresenta de uma forma embrionária. Project, demonstra que os consumidores de
No plano internacional observa-se uma pro- audiolivros são significativamente mais ativos
pagação de plataformas como a Audible (da em todos os formatos e compram mais livros
empresa Amazon), a Penguin Random House do que os restantes leitores.” Tal como Pedro
Audio, a audiobooks.com ou a Downpour que Sobral, diretor das edições gerais do grupo
exponenciam este formato. Em 2020, só no Leya, confirmou à VISÃO: “O audiolivro não
mercado norte-americano, foram publicados é um formato de substituição da leitura em
mais de 71 mil audiolivros, sendo que este foi papel, mas sim complementar; quando o con-
o nono ano de crescimento com um valor de sumo de audiolivros aumenta, o consumo de
dois dígitos. Num estudo publicado pela con- livros em papel também aumenta. O áudio é
sultora Deloitte (The Rise of Audiobooks and uma porta de entrada para a leitura, não um
Podcasting) constata-se que, globalmente, as substituto.” Esta complementaridade pode ser
vendas deste produto têm vindo a crescer todos ilustrada com o exemplo que Joana Branco
os anos desde 2018 entre 25 a 30%; a média de deu à VISÃO: “Pode-se ouvir o romance de
idades dos consumidores encontra-se entre Isabel Allende no carro, na viagem de re-
os 20 e os 30 anos. Em Portugal, Oriana Alves gresso a casa, e continuar a leitura do livro
explicou à VISÃO que o percurso da BOCA “não físico, antes de dormir.” Quer Joana Branco,
tem sido fácil”: “Passámos mais de uma década quer Pedro Sobral, concordam que uma das
a esbarrar em preconceitos sobre um formato grandes vantagens que este formato oferece
editorial que é considerado menor, ou pregui- aos leitores é resolver o problema que muitos
çoso, mas parece que os ouvidos se abriram a têm com o tempo necessário para dedicar à
esse entusiasmo com o áudio. Temos sentido leitura e a solução que o “multitasking” re-
um acentuado crescimento do interesse, nos presenta; tal como os podcasts, os audiolivros
permitem momentos de “leitura” que não
seriam possíveis de outro modo: enquanto
se conduz, durante a realização de tarefas
“O audiolivro não é um formato de substituição domésticas ou enquanto se faz exercício... Pe-
dro Sobral prevê que “quem ouve a primeira
da leitura em papel, mas sim complementar; vez continua, por isso veremos o segmento
o áudio é uma porta de entrada para a leitura, de audiolivros a ter a preponderância que já
tem, por exemplo, em Espanha ou em Itália”.
não um substituto”, diz Pedro Sobral, do grupo “Irá apresentar taxas de crescimento muito
editorial Leya importantes em Portugal”, acredita.
Publicado em 2019,
foi um best-seller que
também conquistou a
DE OUVIDO
NA GRANDE
REDE
O mundo online tem
vindo a ganhar cada
vez mais espaços no
acesso a audiolivros.
A Amazon comprou
a Audible, em 2008,
e conta atualmente
com a maior coleção
de conteúdo áudio
e de audiolivros
do mercado. Nas
categorias de não
ficção também
se destaca a
alemã Blinkist,
D.R.
que disponibiliza
resumos-áudio
de 15 minutos das PLANOS PARA O FUTURO áreas de aposta da Leya quando o grupo edi-
principais ideias e “A categoria deste formato com mais populari- torial criou uma parceria com a Rakuten Kobo,
tópicos de mais de dade internacional continua a ser a de mistério uma das líderes mundiais na venda e publicação
cinco mil livros. A e thrillers”, frisou Joana Branco, mas catego- de ebooks e audiolivros, ao lançar em abril de
audiobooks.com, a rias de não ficção como a autoajuda e a gestão 2021 a plataforma online Kobo Plus e_Leya,
Kobo, a Downpour e apresentam um crescimento acentuado. Em que oferece acesso, mediante uma subscrição
a Hoopla são algumas Portugal, há uma preferência pelos romances, mensal, a mais de 700 audiolivros e podcasts
das principais “principalmente de autores best-sellers, como em português e 94 mil audiolivros em inglês,
empresas online que Isabel Allende”. A Porto Editora promete para espanhol, português do Brasil e outras línguas.
se dedicam a este 2022 “muitas novidades” relativamente aos Neste domínio destacam-se, por exemplo, as
formato, todas com audiolivros. O best-seller internacional Lá, crónicas de António Lobo Antunes e de Lídia
a possibilidade de Onde o Vento Chora, de Delia Owens, vai ser Jorge, os romances de Francisco Moita Flores,
o utilizador adquirir publicado neste formato e “grandes surpresas” Domingos Amaral ou Maria João Lopo de
e fazer o download irão ser reveladas em breve quanto a obras de Carvalho, os contos de Mia Couto, a poesia de
do audiolivro no autores portugueses. Manuel Alegre e os livros infantis de Alice Vieira.
seu computador, Pedro Sobral revela que a Leya já regista Em 2020, a Imprensa Nacional-Casa da
telemóvel ou tablet. best-sellers neste formato, como A Gorda, de Moeda também abraçou esta tendência e lan-
A Librivox distingue- Isabela Figueiredo (narrado por Patrícia Reis) çou uma coleção de audiolivros de grandes
se das outras e dois livros em que se ouve uma voz bem co- clássicos da literatura portuguesa. Mensagem,
plataformas por nhecida dos portugueses: Rodrigo Guedes de de Fernando Pessoa, e Amor de Perdição, de
ser um projeto não Carvalho, o jornalista e pivô da SIC narrou o ro- Camilo Castelo Branco, foram as duas primeiras
comercial, sem fins mance da sua autoria Margarida Desaparecida obras publicadas, e o próximo lançamento será
lucrativos e sem lugar e, recentemente, o clássico Cem Anos de Soli- O Mandarim, de Eça de Queirós. A Penguin
para publicidade, que dão, de Gabriel García Márquez. Como Fazer Random House Grupo Editorial Portugal disse
resulta do trabalho Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie, à VISÃO que tem o audiolivro como um dos
voluntário, incluindo é também um dos audiolivros que registam principais novos objetivos e prevê que o arran-
de narradores, na maiores vendas da Leya. Pedro Sobral afirmou que do negócio nessa área aconteça ainda este
disponibilização de que o grupo editorial tem em curso “um plano ano. A BOCA mantém a convicção de promover
mais de mil obras do de produção de audiolivros que irá mudar para as artes literárias através do áudio, mas a sua
domínio público. melhor as regras deste segmento de consumo”. atividade caracteriza-se por ser mais “artesanal
Este formato tornou-se claramente uma das e experimental”. O seu catálogo é marcado pela
diversidade: vai desde as histórias populares,
passando pela poesia e pelo romance até ao
teatro. Recentemente fez uma edição de contos
“Passámos mais de uma década a esbarrar em de António Modesto Navarro, João de Araújo
Correia e Miguel Torga, associada ao Peripécia
preconceitos sobre um formato editorial que é Teatro – um projeto que leva a literatura, a
considerado menor, ou preguiçoso, mas parece tradição oral e o teatro a aldeias do município
de Sabrosa. Uma coisa é certa: o formato do
que os ouvidos se abriram a esse entusiasmo audiolivro vai dar que falar (ou ouvir...) nos
com o áudio”, diz Oriana Alves, da editora BOCA próximos tempos. visao@visao.pt
Fora
norte-americano. A 5
D.R.
de fevereiro, exibe-se
A Última Sessão (1971), (12 mar) e, a fechar, os
evocação do cinema Paus com o seu mais
dos anos 40 que deu a recente disco Yess. Os
conhecer a atriz Cybill bilhetes (€6 a €15)
Shepherd, com quem ficam disponíveis no
Peter Bogdanovich se fim de semana anterior
casaria pouco tempo a cada concerto.
depois. Lua de Papel
(1975), em que recreava BELLE CHASE HOTEL
a América dos anos O concerto é só a 26
30 e descobria Tatum de fevereiro, mas é tão
O’Neal (6 fev, 13h), e apetecível para os que
Que se Passa Doutor? se lembram bem dos
(1972), com Barbra Belle Chase Hotel que
Streisand e Ryan convém não perder
O’Neal (13 fev, 22h), tempo a reservar
são outros dois filmes bilhetes. A banda de
D.R.
em casa
este domingo, 6, cinco Braço de Prata, e o nascido em Arcos canção inédita, Towards
pratos especiais, entre novo Shokudō, de de Valdevez assinala the Sun. Um regresso
eles, o robalo frito gastronomia japonesa, os 20 anos com um promissor, 20 anos
Das com molho douchi. onde não falta um menu programa de concertos depois do último disco.
celebrações Também no JNcQUOI de almoço (€16), de aos fins de semana, a
Asia, em Lisboa, será terça a sexta. partir deste sábado,
do Ano Novo servido, nesta quinta, 5, e até 26 de março. —— Artes
Chinês ao 3, um menu especial, Na Casa das Artes,
documentário assinado pelo chefe Ku —— Cinema depois dos Moonspell CAM EM MOVIMENTO
de Robert Yan, harmonizado com (5 fev), seguem-se, Em Lisboa, o Centro
vinhos chineses. Se LEMBRANDO PETER entre outros, Dino de Arte Moderna da
Mapplethorpe BOGDANOVICH
optar pelo jantar, poderá D’Santiago (19 fev), Kiko Fundação Calouste
assistir, pelas 21h, ao Em Lisboa, o Cinema & The Blues Refugees Gulbenkian está em
espetáculo tradicional Nimas propõe um ciclo (26 fev), Fingertips (5 obras, mas continua
Dança dos Leões e ser dedicado ao realizador mar), The Happy Mess a programar fora de
surpreendido com a portas. Nesta quinta,
oferta de um envelope 3, inauguram-se as
vermelho. instalações de Rui
Toscano no Centro
REFEITÓRIO Comercial Fonte
BY CHAKALL Nova, em Benfica,
O cozinheiro argentino e de Carlos Bunga,
mudou-se do coração na Estação Fluvial do
de Marvila para o Terreiro do Paço.
Braço de Prata e Os trabalhos, expostos
tem novidades. Na em contentores,
Praceta da Tabaqueira, podem ser vistos até
D.R.
ROBERT MAPPLETHORPE
da EPAL, tem início que se passa no caso
em Campolide, na de Última Hora –
Calçada da Quintinha, Original Soundtrack,
percorre todo o vale disco já disponível
de Alcântara, numa nas várias plataformas
extensão de 941 de streaming, com
metros, com passagem a música composta e Vodka Tónico ou rolls, sashimi, temakis, pelos autorretratos.
sobre o maior arco por The Legendary Más Notícias. gunkans ou nigiris Realizado por Fenton
de ogiva em pedra do Tigerman (Paulo (duas a 14 peças), Bailey e Randy Barbato,
mundo, e termina junto Furtado) para a —— Teatro conte-se com os inclui depoimentos de
ao Parque Florestal peça escrita por Rui novos freezy rol, pop familiares e amigos
do Monsanto. Cardoso Martins SOLOS camarão e double próximos de Robert
A atividade, entre sobre os meandros O Teatro Municipal crunchy donut. Mapplethorpe. Passou
as 10h e as 13h, é do jornalismo, que Rivoli, no Porto, na RTP2, às 23h25, na
gratuita e não requer continua em cena continua a apostar última terça-feira, 1,
marcação prévia. (até 27 de março) no nas transmissões continuando disponível
Teatro Maria Matos, online, permitindo, a na RTP Play.
EN 103 em Lisboa. Um quem não pode ir ao
A estrada nacional álbum feito de “sons teatro, ver em casa os ESPECIAL PAPÉIS
que liga Viana do concretos, saxofones, espetáculos que estão PARA OSCAR
Castelo a Bragança contrabaixos, em cena. Na quarta, 9, No mês que antecede
SALVADOR COLACO
PORTO
Festival Porta-Jazz
De regresso a casa
O maior festival de jazz do Porto volta a ocupar
o Rivoli com 17 concertos de mais de 80 músicos
PORTO E LISBOA
D
epois de uma última e atípica culos de apresentação dos novos discos José González
edição ao ar livre, devido à do vocalista Manuel Linhares, Suspenso,
pandemia, o Festival Porta- e do coletivo Coreto, A Tribo, ambos O cantautor sueco regressa a
-Jazz está de volta ao Rivoli nesta sexta-feira à noite. Já a nível de Portugal para dois concertos
para o habitual encontro anual entre artistas internacionais, é de sublinhar a que servirão para apresentar
a comunidade jazzística do Porto. O parceria com o festival austríaco Bezau o quarto álbum, Local Valley,
festival vai assim ocupar todo o edi- Beatz, que traz ao Porto o projeto Nest, editado em setembro.
fício, desdobrando-se por diversos liderado pelo baterista Alfred Vogel, ou Conhecido pelo intimismo da
espaços, no regresso a um formato que a presença do multi-instrumentista, sua música e pelo talento com
“proporciona um verdadeiro cruza- cantor e compositor brasileiro Antó- que dedilha, de forma quase
mento entre as diferentes comunida- nio Loureiro para apresentar Conexão, hipnótica, a guitarra acústica,
des de músicos presentes e destes com trabalho resultante de uma residência José González voltou a apostar
o público, permitindo uma visão mais artística com os músicos portugueses num folk clássico, mas desta
livre, transversal e diversa da atividade André Fernandes (guitarra), João Mortá- vez mesclado com influências
da Associação Porta-Jazz ao longo do gua (saxofone), Gil Silva (trombone), José da América Latina, como se
ano”, diz à VISÃO o músico e diretor Carlos Barbosa (contrabaixo) e Diogo constata no tema El Invento, o
do festival, João Pedro Brandão. Ao Alexandre (bateria). O programa inclui, primeiro da sua carreira cantado
todo vão ser 17 concertos de mais de 80 ainda, o “concerto desenhado” Som- em espanhol, a língua da sua
músicos, distribuídos por sete blo- bras da Imperfeição, projeto do pianista herança argentina.
cos autónomos, com dois espetáculos Hugo Raro com o artista plástico Jas e
cada, a decorrer ao longo dos três dias a estreia de uma encomenda feita pelo Casa da Música > Av. da Boavista,
de festival. “Optámos por este forma- festival ao saxofonista português radi- 604-610, Porto > T. 22 012 0220
> 8 fev, ter 21h > €28 a €30 >
to para que o público possa escolher o cado em Copenhaga Daniel Sousa. No Aula Magna > Al. da Universidade,
que quer realmente ver. Cada bloco tem final de cada noite, como é tradição no Lisboa > T. 21 011 3406 > 9 fev,
um bilhete próprio, a um preço quase jazz, haverá animadas jam sessions com qua 21h > €28 a €35
simbólico de sete euros”, explica João ensembles das escolas ESMAE, Jobra e
Pedro. Mas escolher pode mesmo ser o Conservatório. — Miguel Judas PÓVOA DE VARZIM
mais difícil, pelo menos para o diretor
do festival, que mesmo assim, perante a
nossa insistência, lá destaca os espetá-
Teatro Rivoli, Porto > 4-6 fev, sex-dom 16h,
18h15 e 21h30 > €7
Matt Elliott
Com uma carreira a solo iniciada
Coreto Esta big em 2003, quando decidiu
band vai apresentar encerrar o capítulo musical dos
no festival o seu Third Eye Foundation, o músico
disco lançado em inglês tornou-se uma presença
setembro: A Tribo assídua em Portugal, onde
conta com uma fiel legião de
admiradores. Quase cinco anos
depois da última visita, está de
volta para uma minidigressão de
apresentação do álbum Farewell
To All We Know, lançado em
2020. Depois deste primeiro
concerto irá também passar por
Guarda (dia 10), Portalegre (11),
Braga (12) e Laboratório Artes
Vista Alegre (13).
ADRIANA MELO
LISBOA
Lusque-Fusque
Arrebol
Os caminhos bifurcaram-
se: João Maria Gusmão
(Lisboa, 1979) apresenta-se
agora a solo, deixando para
trás a identidade artística
e a obra fértil construídas
a meias com Pedro Paiva
ALBERTO MAYER
(Lisboa, 1977) nos últimos 20
anos – uma dupla artística
que reverberou no circuito
nacional e internacional.
Juntos criaram um campo de
ELVAS forças singular, sustentado
em suportes variados (filmes
Caminhos Cruzados – José Pedro super 8, instalação, fotografia,
livro...), originando uma (des)
Croft na Coleção António Cachola construção de enigmas
visuais e ficções filosóficas.
É
mais completa exposição,
pouco usual que a curadoria de 1997, uma curiosidade suscitada pelas apresentada em 2021 em
uma exposição seja assumida a esculturas, desenhos e gravuras do ar- Serralves. Lusque-Fusque
quatro mãos entre artista e cole- tista. “Senti um interesse particular no Arrebol será um teste
cionador, mas nem António Ca- rigor com que o Zé Pedro abordava o entusiasmante no sentido de
chola é um estereótipo do colecionador resultado final – ou era como ele achava perceber a capacidade de
distante e mercantilista nem José Pedro que tinha de ser ou não havia obra”, João Maria Gusmão em criar
Croft é um artista que dispensa ser descreve o colecionador à VISÃO. Uma um discurso próprio e gerir
escutado. Caminhos Cruzados testemu- cumplicidade que não evita as “cos- as necessárias expectativas.
nha a cumplicidade construída ao longo turas” do processo criativo: “Para um O cartão de visita é
dos últimos 25 anos, apresentando colecionador, não é suficiente gostar da ambicioso: quatro lanternas
cerca de 62 obras de escultura, desenho obra e ficar por aí”, afirma entusiasti- mágicas, dez esculturas e 22
e gravura de Croft, todas pertencentes camente António Cachola, distinguido fotografias para contemplar.
à Coleção António Cachola, alinhadas com o Prémio “A” para o colecionis- — S.S.C.
segundo princípios de “boa vizinhança” mo atribuído pela Fundación Arco em
e “relação com a arquitetura do museu”. 2016. “As conversas com os artistas são Galeria Cristina Guerra > R.
Nascida em conversas intensas iniciadas fundamentais para conhecer o per- Santo António à Estrela, 33,
Lisboa > tel. 21 395 9559 > 8
há dois anos, esta cocuradoria inclui as curso criativo e essa reflexão conjunta fev-30 abr, ter-sex 11h-19h, sáb
primeiras três gravuras do artista adqui- é um exercício intenso, que deve ser 15h-19h > grátis
ridas pelo colecionador, assim como a feito sem pressa e percebendo se há
obra monumental em ferro que o escul- condições para a aquisição. Enquanto
tor criou in situ para os quatro cantos da colecionador, privilegio a cumplicidade
sala maior do Museu de Arte Contem- da escolha: é importante que eu goste
porânea de Elvas na sua inauguração. do trabalho mas, acima de tudo, que o
Uma outra peça mimetiza esses volumes artista ache que [aquela obra] é a opção
mas recombina espelhos e vidros. E há certa para entrar na coleção.” O resulta-
ainda um livro de gravuras, assente em do está à vista. — Sílvia Souto Cunha
mesas criadas pelo artista.
Tudo isto conta a longa relação de Museu de Arte Contemporânea de Elvas
confiança iniciada com a visita de An- (MACE), Rua da Cadeia, Elvas > T. 268 626
tónio Cachola ao atelier de Croft, em 218 > 6 fev- 3 jul, ter-dom 10h-17h
D
Desde 2017 que Fábio Porchat
não subia aos palcos. Agora,
“Alimento o sonho
de morar fora e
adoraria que fosse
vai andar por aí, para pôr as
em Portugal, ainda
pessoas a rir, depois de dois antes de ser moda”
anos muito duros. “É a prin-
cipal função desde stand up
puro e duro, em que serei eu,
o microfone e o palco.” mou, foi pedir para procu-
A estreia mundial deste rar um português. Mas ele
seu novo espetáculo acon- convenceu-me ao dizer que
tece em Portugal. Há algu- queria um olhar de fora, de
ma razão poética para isso encanto, de alguém que ti-
acontecer? vesse um carinho especial por
É mais de ordem prática, Portugal, mas ainda assim se
porque estou cá. No Brasil, a surpreendesse com coisas
estreia será em abril, já está que talvez já não surpreen-
tudo marcado, mas como es- dam os portugueses. O meu
tou em Portugal até ao final olhar é o da descoberta.
de fevereiro, a gravar uma Como tem visto as mu-
série para a RTP, decidi unir danças na relação Portu-
o útil ao agradável. Há muito ANA BRIGIDA
gal-Brasil?
tempo que não me apresento Cada vez mais prósperas. Os
cá, desde 2015. portugueses já estão inte-
O que se pode esperar desta grados neste mundo brasi-
estreia? leiro que invadiu Portugal. E
Para já, será algo inteira-
mente novo. Vou contar as Fábio Porchat os brasileiros cada vez mais
se apaixonam por este país.
sagas, curiosas e divertidas,
das minhas viagens ao longo O show de um homem só Muitos não querem só visi-
tá-lo, mas vir para cá viver.
da vida, inclusivamente por O humorista brasileiro vai pisar Muitos dos que querem cá
Portugal. Haverá de tudo, de viver fogem de um certo
massagens na Índia a safaris seis palcos portugueses. Será ele, Brasil. O Fábio fugiria, se
em África, passando por for- um microfone... e peripécias sobre viagens pudesse?
tes dores de barriga no Nepal. — PO R LU ÍS A O LI VEI R A
Acho que eles fogem da vio-
São histórias reais? lência. Já eu alimento o sonho
Tudo o que conto no espe- de morar fora e adoraria que
táculo aconteceu de verdade. fosse em Portugal, ainda an-
Talvez lhe junte o olhar do tes de ser moda. Tenho pú-
humor. Mas, na realidade, ças e que as coisas não cor- ses sítios por onde tem an- blico aqui – posso exercer a
eu fiquei frente a frente com reram muito bem. dado em gravações? minha profissão.
um hipopótamo e também A série da RTP que está a Até conhecia razoavelmente A Porta dos Fundos, que
com um gorila. Tudo isso se gravar é baseada no livro de bem o País – não só Lisboa e este ano comemora dez
torna agora muito divertido. José de Saramago Viagem Porto. Mas agora estou a co- anos, não ficaria compro-
Na hora, foi meio tenso. a Portugal. Como tem sido nhecer a fundo, de norte a sul, metida com essa mudança?
Sei que esteve recentemente essa experiência? de este a oeste, e a ir a locais Produzo os meus programas
na Finlândia. Trouxe mate- É lindo. Impressiona-me que os próprios portugueses e posso fazê-lo por Zoom.
rial de lá para o seu show? como este país pequeno, não conhecem bem. Comecei Então, quando se muda?
Fiz um acrescento de última quando comparado com o em Miranda do Douro e vou Se calhar, vou ter de esperar
hora ao espetáculo. O bra- Brasil, é grande e tem tanta até ao Algarve. para me consolidar ainda
sileiro quando vê neve fica diversidade e tantas possibi- Como se sentiu ao ser esco- mais no Brasil antes de sair.
sempre um pouco idiota... lidades. Tem sido ótimo fazer lhido como cicerone deste
O que aconteceu, afinal? essas viagens pelas aldeias documentário? O Novo Stand Up de Fábio
Só posso contar no show. e cidades. Andar de carro, Fiquei muito feliz e surpre- Porchat > Porto, Braga,
Mas adianto que resolvi fil- contemplar... so. A minha primeira reação, Coimbra, Aveiro, Albufeira
mar um barquinho de crian- Não conhecia nenhum des- quando o realizador me cha- e Lisboa > 5-18 fev
LISBOA LISBOA
E
conceitos, de traçar pontes
stá desiludido, está feliz, está sem alma, uma marioneta: “eu sou com o seu trabalho anterior,
melancólico, está esperançoso, feliz”, “eu não sou como os outros, eu em Captado pela Intuição
está a tentar convencer-se de. sou feliz”. “Escrevi o libreto a partir do Tânia Carvalho fez o exercício
Esta projeção que o narrador conto, não introduzi palavras novas, de deixar o movimento
do conto de Mário de Sá-Carneiro O recortei as duas personagens que es- acercar-se de si. Este foi um
Homem dos Sonhos faz de si próprio, tavam no conto. Uma é o Homem dos trabalho cuja coreografia
encarnada num comensal que se senta Sonhos, a outra o Narrador”, explica partiu integralmente da sua
à mesma mesa do restaurante onde Chagas Rosa. “Tanto um como outro intuição. Os pensamentos que
“todas as tardes” vai jantar, ganha uma são, para mim, emanações do próprio foi tendo durante o processo
dimensão grotesca quando transposta Mário de Sá-Carneiro. Achei interes- criativo, transcreveu-os para a
para ópera. Um grotesco-belo, como se sante que o Homem dos Sonhos fosse folha de sala. “Há tanto tempo
fosse a parte por que o conto esperava interpretado por uma mulher. Não que aqui estou. O que é isto?
para se realizar na sua plenitude. Em O estou a falsear a alma feminina do O que são estas coisas? Ah!
Homem dos Sonhos, a soprano Catari- escritor.” Sou eu! Estou onde? Estou
na Molder e o barítono Christian Luján O cenário é alegórico, constituído presa neste sítio.” — C.M.S.
dão corpo e voz a estas duas “persona- por sete painéis, porque a ópera está
gens”, dirigidos cenicamente por Miguel dividida em sete cenas. “Sete é um Teatro do Bairro Alto > R.
Loureiro e vocalmente por Jan Wierzba, número iniciático, ainda por cima, li- Tenente Raul Cascais, 1A, Lisboa
> T. 21 875 8000 > 4-6 fev, sex-
numa composição – música e libreto – gado ao ocultismo e ao modernismo...” sáb 19h30, dom 17h > €12
da autoria de António Chagas Rosa. diz Miguel Loureiro. Em cena vê-se
A repetição não é apenas um recur- “o imaginário de um café modernista”
so, formal, da ópera mas também um com painéis de imagens ligadas à Arte
recurso estilístico e narrativo que ga- Nova, acrescenta o encenador. As rou-
nha camadas e camadas de desespero, pas, essas, são à “Oscar Wilde ou Guy
de ilusão, de desvio – desvio do real de Maupassant”. — Cláudia Marques Santos
para o ideal, do presente para o futuro.
As palavras que o Homem dos Sonhos, São Luiz Teatro Municipal > R. António Maria
o Homem Feliz, repete ao narrador Cardoso, 38, Lisboa > T. 21 325 7640 > 4-6
são mantras proferidos por um corpo fev, sex-sáb 20h, dom 17h30 > €12-€15
Dupla
O colombiano
Christian Luján e
Catarina Molder dão
corpo, e voz, a este
conto de Mário de
Sá-Carneiro
D.R.
GUIMARÃES
GUIdance
2022, ano de “mundança”
A 11ª edição do festival internacional de dança
contemporânea apresenta dez criações, em que
se espelha a vontade de mudar o mundo
A última sessão
O espetáculo
Hands Do Not
Touch Your
Precious Me
do belga Wim
Vandekeybus
vai encerrar a
programação do
GUIdance no dia
12 de fevereiro
DANNY WILLEMS
D
ançar com mais força, intenção, des- dance manterá a sua configuração de sempre e
preocupação, beleza, caos e… provocar a os espetáculos circularão por vários espaços de
“mundança”, palavra inventada por Rui Guimarães, com a programação reforçada por
Torrinha, diretor artístico do GUIdan- atividades paralelas como debates, conversas e
ce, para falar de uma das utopias adotadas pelo masterclasses com os artistas em cartaz. Entre
festival, a de mudar o mundo a dançar. Uma von- os criadores internacionais que voltam a marcar
tade “sempre mais necessária nos momentos de presença na cidade, refira-se, além da com-
forte transição civilizacional, como o que agora panhia Peeping Tom com o espetáculo Kind, o
vivemos”, sublinha, em que há uma “retenção belga Wim Vandekeybus, que fecha o programa,
indesejada nos corpos” do que foi vivido ao longo dia 12, com Hands Do Not Touch Your Precious
destes dois anos de pandemia. Entre os prota- Me, uma peça em que, pela primeira vez, cola-
gonistas convocados para esta “mundança” estão bora com o performer e artista visual Olivier de
Sofia Dias & Vítor Roriz, a dupla portuguesa que Sagazan. O alemão Moritz Ostruschnjak trará
estará em destaque e abrirá a 11ª edição do fes- a criação Tanzanweisungen (em português,
tival, com Escala, uma coprodução feita com A Instruções de Dança), um solo interpretado
Oficina (estrutura vimaranense responsável pela pelo bailarino Daniel Conant, eclético nos mo-
organização do GUIdance), em que é abandona- vimentos, descrito como “pleno de referências
do o trabalho em dueto para se abranger a ideia autorreflexivas e irónicas que desafiam qualquer
de corpo coletivo/social. Irão apresentar igual- definição específica”. Vera Mantero, Catarina
mente Um Gesto que Não Passa de uma Amea- Miranda e Maria Fonseca fortalecem a repre-
ça – o premiado espetáculo já tinha passado sentação nacional. — Joana Loureiro
por Guimarães aquando da Capital Europeia da
Cultura, há dez anos – e Sons Mentirosos Miste- Centro Cultural Vila Flor, Centro Internacional das Artes
riosos, uma criação para crianças. José de Guimarães, Fábrica ASA > T. 253 424 700 >
3-12 Fev > €7,50 a €10, assinaturas €20 a €30
Após o cancelamento do ano passado, o GUI-
Seinfeld
Ano de estreia 1989
Disponível na HBO
Quem seguiu os 86
episódios não esquece a
interpretação de James
Gandolfini no papel de
Tony Soprano, líder de
uma família de mafiosos
de Nova Jérsia
Disponível na HBO
LISBOA E PORTO
Lojas de doces
Gulodices
Donuts, bolos à fatia, pastéis de nata e tarteletes.
Nestas cinco moradas, é tudo bem doce, pois
D.R.
Tonton Cake
A história da Tonton
Cake começa do outro
lado do Atlântico, na
cidade brasileira de
CÉLIO CRUZ
Ribeirão Preto, no
D.R.
D.R.
onde Rodrigo Soares
passava férias. No
OPO Donuts The Cakery Porto, abriu uma casa Comfort Cakes
“de pernas para o ar”
Ariadna e Edric Gomes Os bolos caseiros – com o lustre caído À oferta de minibolos
viveram nos EUA, e de são a especialidade e uma mesa colada (de cenoura com
lá veio a inspiração desta casa, a mais no teto –, onde faz brigadeiro, banana
para abrir uma casa recente novidade na tarteletes, um doce com creme de avelã,
dedicada aos donuts. Rua de São Paulo. Na sempre presente nas abóbora com coco
D.R.
Na OPO, existem dois montra, a oferta varia festas de família. Na e chocolate com
tipos: os clássicos entre banana bread, montra, encontram- pistácio, €3) e de
(baunilha, chocolate, cheesecake de doce Castro – se tarteletes de cookies (de chocolate,
caramelo e chocolate de leite com praliné, Atelier de limão, de caramelo red velvet e baunilha e
com sabor a morango, tarte de chocolate e com sal negro, de noz, €3,50), a Comfort
€2,50) e os com caramelo salgado, bolo Pastéis de Nata frutos vermelhos e de Cakes, no Porto, juntou
recheio (chocolate mousse de chocolate Massa leve e crocante, pistácio, entre outros outra tentação: os
quente e marshmallow, com mascarpone e creme aveludado e um sabores, em três bolos de pote (frasco),
torta de limão e blattertorte (um doce travo cítrico. É assim tamanhos e com uma de massa leve e fofa.
snickers €3,50). Feitos austríaco feito com que se apresenta base feita de amêndoa, Entre as opções, há
diariamente de forma bolacha de amêndoa, ao paladar a estrela bolacha e manteiga (a brigadeiro belga, doce
artesanal e com massa doce de alperce e principal do novo partir de €1), que se de leite com nozes
de fermentação lenta, framboesa), servidos Castro, atelier de podem acompanhar caramelizadas, Oreo
os donuts são vendidos à fatia ou inteiros pastéis de nata que, com chá de diversas e frutos vermelhos
à unidade ou em caixas para levar para casa após a abertura no origens, incluindo dos (€4,50). Para saborear
de dois, quatro e nove. (por encomenda). Porto, rumou a Lisboa Açores. no jardim, embalados
É uma loja de “pegar Há também pratos para se instalar na por boa música, há
e levar”, onde também quentes e opções para antiga Casa Pereira, no R. da Alegria, 170, Porto também tostas e um
se servem chocolate o pequeno-almoço. Chiado. Cada pastel de > T. 92 815 1343 > ter-sáb brunch, aos fins de
12h-19h
quente, chá, sumos e nata custa €1,10; uma semana.
café. R. de São Paulo, 160, caixa de seis unidades,
Lisboa > T. 21 347 1626 > 6,50 euros. R. Antero de Quental,
R. Santa Catarina, 834, ter-sex 9h-18h, sáb-dom 260, Porto > T. 92 755
Porto > T. 93 527 8136 > 10h-19h 3738 > qua-sex 12h-18h,
R. Garrett, 28, Lisboa >
ter-sáb 12h-19h seg-dom 9h-21h sáb-dom 10h-18h
POR
Manuel
Gonçalves
da Silva
comer&beber@visao.pt
Castas familiares
Ao nosso gosto
Minho, Algarve e Alentejo
em três vinhos estimáveis
É
fácil gostar de certos vinhos que, mal se
provam, logo revelam as características
distintivas das castas com que são feitos
e/ou da região de onde provêm. Assim
acontece com o Ameal Loureiro 2020 e o Morga-
do do Quintão Castelão 2018, dois monocastas, e
com o Família Margaça Reserva 2019, este de lote,
com as castas Aragonez, Sousão e Petit Verdot.
A Quinta do Ameal, propriedade centenária
do Vale do Lima, na Região dos Vinhos Verdes,
pertence à Herdade do Esporão, desde 2019. Dos
seus 30 hectares, 14 são de vinha, exclusivamente AMEAL MORGADO FAMÍLIA
da casta Loureiro, cujo cultivo obedece a práticas LOUREIRO DO QUINTÃO MARGAÇA
biológicas, como é norma da empresa. À qualida- SUB-REGIÃO CASTELÃO RESERVA
de da casta junta-se a das uvas assim produzidas, DO LIMA REGIONAL REGIONAL
e daí resultam vinhos brancos excelentes. Este BRANCO ALGARVE ALENTEJANO
Ameal Loureiro 2020 é aromático, intenso e rico, 2020 TINTO TINTO
a fazer jus à fama da casta e da região. 2018 2019
Castelão é outra grande casta portuguesa au- Exclusivamente da
tóctone, tinta, geralmente associada ao Sul, mas casta Loureiro, de Só de uvas da Lote das castas
cultivada em todo o País, sob diferentes nomes várias parcelas da casta Castelão, Aragonez, Petit
(Castelão Francês, no Ribatejo; “Periquita”, região Quinta do Ameal, estagiou durante Verdot e Sousão,
de Setúbal; João de Santarém, no Oeste, entre ou- em produção 15 meses em vinificado em
tros). O Morgado do Quintão Castelão 2018 vem integrada. Tem barricas de inox e estagiado
do Algarve e é tão genuíno como qualquer outro. uma clara cor carvalho-francês. durante 12 meses
Faz parte do projeto da família Caldas de Vascon- citrina; aroma Tem cor rubi de em barricas de
celos, que tem tradições na vitivinicultura algarvia intenso e limpo, média intensidade, carvalho-francês.
e aposta na recuperação do reconhecimento dos com boas aroma gracioso A cor é de um rubi
vinhos da região com base nas duas castas autóc- notas frutadas, com notas de profundo, o aroma
tones: Negra-Mole e Crato branco. Ora, entre as predominan- frutos vermelhos atrai com as suas
suas vinhas de Negra-Mole, das mais antigas do temente cítricas, maduros, alguma notas de frutos
Algarve, há um talhão de Castelão, que deu à enó- e florais; paladar especiaria e leve pretos maduros e
loga Joana Maçanita a oportunidade de fazer um intenso, vivo, tostado, paladar alguma especiaria,
belo vinho. É de guarda, mas já pronto para beber. equilibrado, harmonioso com o paladar
Família Margaça Reserva Tinto 2019 é uma com final fresco, taninos macios impressiona com
das seis referências que a Sociedade Agrícola de delicado e e bom equilíbrio. o equilíbrio dos
Pias anunciou, em 2020, ao apresentar uma nova persistente. Muito Gastronómico, à taninos finos e
gama de vinhos, destinada a homenagear o seu apetecível, mas medida da sapidez da boa acidez.
fundador e a “posicionar os vinhos de Pias no tem longa vida da cozinha Obviamente
patamar premium”. Este Família Margaça Reserva pela frente. portuguesa. gastronómico.
2019 valida aqueles propósitos: jovem, vigoroso,
com boa estrutura, a merecer atenção. €9 €18 €10,59
LISBOA
Fidalgo
– O Gosto
do Vinho
O mítico Fidalgo, restaurante
familiar especializado em
comida portuguesa, na Rua
da Barroca, no Bairro Alto,
renasce nesta quinta, 3, como
Fidalgo – O Gosto do Vinho.
“Sempre gostei de bons
JORGE SIMÃO
vinhos e tenho excelentes
contactos de fornecedores”,
diz Eugénio Fidalgo,
filho do fundador e atual
Croquetes de borrego proprietário. “Só terei vinhos
portugueses, a minha ideia é
Do Alto Alentejo chega esta proposta ter todas as regiões vinícolas
do salgado a que poucos resistem representadas”, acrescenta.
Com cerca de 300
referências, de norte a sul
do País, servidas a copo
POR Juntar os ingredientes todos da mari- ou à garrafa, a carta está
Miguel nada e adicioná-los ao borrego, deixando dividida em brancos, tintos,
a marinar durante 6 a 12 horas. Preaque- rosés, espumantes e vinhos
Laffan cer o forno a 180 graus e levar o borrego do Porto, que se podem
a assar durante 1h20. acompanhar com tábuas
Chefe de cozinha do de queijos e enchidos,
restaurante Palma, no Torre de
Palma Wine Hotel, em Monforte Retirar o borrego do forno e deixar croquetes, chamuças e, como
arrefecer. Desfiar a carne, separando-a não podia deixar de ser, com
dos ossos. Aproveitar os ossos para fazer os famosos pastéis de massa
um caldo: num tacho, colocar os ossos, tenra e de garoupa. “Para
INGREDIENTES (10 croquetes)
cobrir com água e deixar ferver 20 minu- já, é o que vamos ter, mas,
BORREGO — 100 g de cenoura tos em lume brando. dependendo da necessidade
— 1 kg de abas ralada e dos pedidos dos clientes,
e centro de borrego — 25 g de farinha Fazer o refogado: juntar a manteiga, podemos fazer, no futuro,
PARA A MARINADA sem fermento cebola picada e cenoura ralada. Assim um petisco do dia”, adianta
— 20 g de alho — 200 ml de caldo que estiver coradinho, juntar a farinha, Eugénio Fidalgo. Um brinde,
de borrego envolver bem e juntar o caldo dos ossos. então, ao novo capítulo do
— 100 g de cebola
— 3 g de especiaria Deixar ferver por 2 minutos e juntar a Fidalgo. S.P.
— 10 g de especiaria
tandoori
tandoori carne desfiada, as especiarias e as ervas
— 10 g de salsa frescas. Cozinhar ao longo de 10 minutos R. da Barroca, 27, Lisboa > T. 21
— 50 ml de vinho
— 5 g de hortelã em lume brando até se formar uma pasta 342 2900 > ter-qui 17h-23h,
branco
sex-sáb até às 2h
— 100 ml de azeite PARA PANAR homogénea. Retirar do lume, deixar ar-
— 3 folhas de louro — farinha refecer e colocar no frio durante 6 horas,
— 1 ramo de alecrim — ovo no mínimo.
— Sal q.b. — pão ralado
— óleo
Moldar com a mão os croquetes, pas-
PARA O REFOGADO
sando-os, de seguida, por farinha, ovo
— 25 g de manteiga batido e pão ralado. Fritar a 180 graus
— 50 g de cebola até ficarem dourados.
PORTO
Poetria
Pintada a tinta fresca
Após dois anos com a vida em suspenso,
a livraria mudou de instalações, mas a poesia,
o teatro e os sonhos continuam a comandar
LUCÍLIA MONTEIRO
R
espira-se tranquilidade na nova casa da entre os 14 autores publicados pela Fresca, a
livraria Poetria, aberta em meados de editora lançada pela Poetria, como plataforma
janeiro. Virou-se uma página na história para poetas em ascensão. Para breve, estará a
de 19 anos, que começou por escrever- publicação de mais quatro títulos. “Consegui-
-se num pequeno espaço das Galerias Lumière, mos renovar o nosso público, acreditamos numa
os últimos dois a lutar contra uma ordem de leitura por prazer e fugimos de uma poesia mais
despejo. A Câmara Municipal do Porto aprovou a canónica, que é muito mais do que métrica e
cedência temporária, por dois anos, de um imóvel ritmo e é capaz de focar temas contemporâneos”,
arrendado, muito próximo da anterior localização. sublinha Francisco. Planeiam igualmente lançar
Agora, os sócios Nuno Pereira e Francisco Reis uma coleção de teatro, o projeto Amanda, com
podem estar juntos ao balcão, sem se atropela- a colaboração do encenador Nuno M. Cardoso,
rem, há estantes por preencher, sofás no mezani- dedicada a dramaturgos da cidade. “Poucos leem
no, para quem queira ficar a folhear uns livros, e teatro, mas temos as escolas artísticas, além do
o cão Blake (como o poeta britânico) que vagueia público que vai às sessões do Teatro Nacional
por ali e acolhe os visitantes de cauda a abanar. São João, com quem mantemos uma sinergia há
“Falta a montra, e o facto de ser uma rua pedo- vários anos.” Esperam ainda retomar as sessões
nal, com menos movimento, também traz menos de poesia, quinzenais, já neste mês. Dina Ferreira,
visibilidade”, contrapõe Francisco, lembrando que a carismática fundadora da Poetria, será também
“metade da faturação já vinha dos turistas”. Com o a cicerone de um guia literário, no rasto dos poe-
tempo, acredita, os clientes regressarão àquela que tas do Porto. “Temos a sorte fantástica de ela ser
é a única livraria de poesia e de teatro em Portugal. nossa amiga e de, ainda hoje, nos ensinar muita
Ideias não faltam. No final de março, deve- coisa”, reconhece Francisco. — J.L.
rão arrancar com um podcast, em que falarão
sobre livros, escrita e influências. A primeira R. Sá de Noronha, 155, Porto > T. 92 812 9119 > seg-sáb
participante deverá ser Francisca Camelo, uma 12h-19h
Por medida
Todas as
peças da nova
coleção são
personalizáveis,
dos materiais aos
acabamentos
e cores
Boa Safra
Novíssima colheita
De um sofá pensado para o teletrabalho a prateleiras
para destralhar os bolsos quando se chega da rua,
a marca de design português lança agora sete novas peças
A
forma como vivemos a casa mudou, e mos connosco no dia a dia) e o sofá Rest, Work,
a nova “colheita” da Boa Safra reflete- Play (modular, com uma extensão elétrica e no
-o. “Notámos que os clientes pediam qual é possível guardar o computador). As peças
soluções para esvaziar os bolsos e coisas são assinadas por Magda Alves Pereira, Francisco
que traziam da rua”, conta Rui Rocha, um dos Cardoso, Ivo Oliveira Rodrigues e Luís Carvalho.
fundadores da Boa Safra. Já Magda Alves Pereira “Trabalhamos com vários designers. O nosso tra-
destaca a função do sofá, “no qual as pessoas balho passa por adaptar as propostas ao merca-
passam agora mais tempo, também a traba- do e fazer a ponte entre a indústria e os clientes.
lhar”, diz a diretora criativa da marca. A estas e Quando vamos às fábricas, gostamos de olhar
a outras questões responderam com sete novas para as técnicas e formas”, explicam. Por exemplo,
peças, disponíveis a partir de 14 de abril (para a cadeira Host é um redesign de um modelo que
coincidir com o aniversário do projeto), na loja e lhes chamou a atenção numa dessas visitas. As
no showroom da Boa Safra (em Lisboa, a marca peças Boa Safra seguem os princípios de sempre:
mudou-se da Lx Factory para a Embaixada, no design português, intemporal, funcional, feito
Príncipe Real). localmente e ecologicamente consciente. “A sus-
Fazem questão de lhe chamar “colheita”, de tentabilidade é importante para nós, por isso usa-
maneira a refletir os frutos do trabalho, da pes- mos acabamentos ecológicos e tecidos reciclados,
quisa e do desenvolvimento de novos produtos. A feitos a partir de garrafas PET.” Também aqui há
coleção de sete novas peças de mobiliário Boa Sa- novidades, nomeadamente cores e padrões para
fra inclui o divertido Plant (um armário que imita personalizar os frutos desta e doutras colheitas.
a forma de uma planta), a estante Tao (inspirada — Susana Lopes Faustino
no trabalho dos designers Pierre Chapo e Char-
lotte Perriand), as cadeiras Host e Hug, o sistema Embaixada > Pç. do Príncipe Real, 26, 1º piso, Lisboa
> T. 96 047 6962 > seg-sáb 12h-14h, 15h-20h >
de prateleiras Here! e o Everyday Board (duas Showroom > R. de Sanhoane, 729, Vila Nova de Gaia
soluções para guardar os tais objetos que traze- > T. 91 746 9078 (por marcação)
S, M ou L Os 130 PONTOS
quartos do hotel, A EXPLORAR
distribuídos por
oito pisos, estão
categorizados Mama’s Pizzas
por tamanhos
No menu do
restaurante, há
nove pizzas
napolitanas, como
a vegetariana
(€11), a diavola
(€12) ou a
margherita (€8),
feitas em forno de
pedra, que podem
ser pedidas
também em
takeaway, todos os
dias, entre o meio-
dia e a meia-noite.
Pequeno-almoço
D.R.
Não é preciso
estar hospedado
LISBOA
para se poder
E
e das 7h30 às
scolha-se um quarto de tamanho S, da Viúva Lamego, pelos peixes, mexilhões e 11h, ao sábado e
M ou L, entre os 130 disponíveis, e percebes da Bordallo Pinheiro ou pelos ta- domingo.
é sempre certo que a surpresa fará petes e almofadas com padrões exuberantes
parte da estada no Mama Shelter e exclusivos. Com uma zona de bar, outra
Lisboa. Penduradas nos candeeiros, de um inspirada numa brasserie, um cantinho de Brunch Disponível
lado e do outro da cama, duas máscaras de onde saem pizzas, mesas corridas a lembrar a partir de 20 de
Homem-Aranha e de Darth Vader convidam uma cantina e um jardim de inverno, o res- março, o brunch
à diversão, há um duche, onde cabe mais do taurante é ponto de encontro de hóspedes e do Mama Shelter
que uma pessoa, e a televisão disponibiliza passantes que, de forma informal e animada (€35), em que não
filmes gratuitos, incluindo para adultos. São – é esse o espírito do Mama –, socializam faltam sobremesas
pormenores que espelham a irreverência entre um prato de Mama’s Coquillette (um francesas e outras
deste hotel, o primeiro em Portugal da cadeia mac & cheese ao estilo francês), um cock- iguarias, terá lugar
francesa Mama Shelter, fundada em Paris, tail António Variações e um jogo de matra- aos domingos,
em 2008, pela família Trigano (a marca está quilhos. “Somos inclusivos, informais, sem entre as 12h30
presente em nove países, 14 cidades). target específico, mas ultraprofissionais, não e as 16 horas.
De portas abertas desde meados de ja- comprometemos o serviço. As pessoas têm
neiro, num edifício de arquitetura moder- de se divertir num hotel, o Mama é um local
na, entre o Largo do Rato e a Avenida da para socializarem”, diz o diretor Henrique
Liberdade, assume-se “um restaurante com Tiago de Castro. Todos os Mama Shelter
quartos por cima”, segundo o cofundador têm um rooftop. Ao de Lisboa havemos de
Serge Trigano (o pai foi um dos fundadores poder subir a partir de abril e daí aproveitar
do Club Med). A descrição é facilmente en- a vista e a liberdade para nos divertirmos no
tendida assim que entramos no rés do chão, meio da cidade. — S.L.F.
cuja decoração nos deixa de cabeça no ar,
seja pelo teto desenhado pelo artista francês R. do Vale Pereiro, 19, Lisboa > T. 21 054 9899
Beniloys, seja pelas colunas com azulejos > a partir de €89 (sem pequeno-almoço)
surpreendidos por
um novo conflito” — Joana Loureiro
PALAVRAS CRUZADAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
> > HORI ZON TAIS > > 1. Que custa pouco dinheiro. Jogo que
consiste em fazer girar uma pitorra, que tem quatro faces, em cada
uma das quais há a inicial de uma das quatro palavras “rapa”, “tira”,
1
“deixa” e “põe”. // 2. Última letra do alfabeto grego. Prejuízos. // 3.
Cadinho usado na copelação. Substância açucarada que as abelhas e 2
outros insetos preparam com o suco das flores e que depositam nos
alvéolos dos seus favos. // 4. Espaço de 12 meses. Passagem estreita 3
entre filas de cadeiras ou bancos. // 5. Terra argilosa, colorida por um
óxido de ferro, da qual se obtém um pigmento natural. Ocorrência. // 4
6. Relativo a oásis. 21.ª letra do alfabeto grego. // 7. Que tem grande
desejo de saber, ver, desvendar. Senão, dificuldade. // 8. O fluido que
respiramos. Ação. Mentira. // 9. Designa carência ou ausência (prep.).
5
Observar com tento. // 10. Fazer subir (alguma coisa) por meio de
cordas. Prenúncio de algum perigo. // 11. Grande sala. Classe. 6
> > VERTICAIS >> 1. Tumefação na parte anterior do pescoço,
provocada por perturbações funcionais da tiroide. Edifício para 7
habitação (pl.). // 2. Patrão. Belga comprida e estreita de terreno, que
se pode cultivar. // 3. Consertar. Conjunto de malefícios ou de coisas 8
© Agência Feriaque
que provoca consequências negativas. // 4. Impossibilidade de gerar.
Batráquio anfíbio aquático, anuro, da família dos ranídeos. // 5. Caule.
Letra grega correspondente ao “i”. // 6. Guarita de cão. // 7. Canal. Ave
9
pernalta corredora, que se assemelha à avestruz. // 8. Que tem muitos
ramos. Designação vulgar do pneumático. // 9. Dependência contígua 10
a outra, considerada principal. Substância metálica. // 10. Bruni. Tainha
grande. // 11. Aquelas. Aplanara. 11
SUDOKU QUIZ
— FÁ C I L — PO R PED RO D IAS D E ALM EI DA
5 2 7
em italiano? XIV a.C., Nefertiti era casada
A. Palombellino com o faraó...
B. Pipistrello A. Amenófis IV
7 9
C. Pioverino B. Amalfis II
1 2. Em que ano foi fundada,
C. Anemane III
5 7 4 B. 1905
C. 1922
B. Samuel Úria
C. Diabo na Cruz
3 1 9 4 8 7
6 2
5
> > QUI Z > > 1. B // 2. A // 3. C // 4. C // 5. C // 6. A // 7. C // 8. A // 9. A // 10. A 4 8 6 5 2 9
7 3
1
7 2 5 3 6 1
8 9
4
// 6. Casota. // 7. Cano, Ema. // 8. Ramoso, Pneu. // 9. Anexo, Metal. // 10. Poli, Fataça. // 11. As, Alisara. 5 3 1 9 4 8
2 7
6
2 9 7 6 5 3
4 1
8
SOLUÇÕES >> VERTICAIS >> 1. Bócio, Casas. // 2. Amo, Courela. // 3. Reparar, Mal. // 4. Agenesia, Rã. // 5. Talo, Iota.
8 6 4 1 7 2
9 5
3
// 6. Oasiano, Fi. // 7. Curioso, Mas. // 8. Ar, Ato, Peta. // 9. Sem, Atentar. // 10. Alar, Ameaça. // 11. Salão, Aula. 9 5 8 7 1 4
3 6
2
>> HORIZON TAIS >> 1. Barato, Rapa. // 2. Ómega, Danos. // 3. Copela, Mel. // 4. Ano, Coxia. // 5. Ocre, Caso. 6 4 3 2 9 1 5 8
7
1 7 2 8 3 5 6 9 4
HOYA
A NOVA ESPERANÇA NA GESTÃO
Diretora: Mafalda Anjos
Diretor-Executivo: Rui Tavares Guedes
DA MIOPIA
Subdiretora: Sara Belo Luís O resultado destes anos de esforço e
Editores-Executivos: Alexandra Correia e Filipe Luís investigação é MiYOSMART, a lente
Conselheiro Editorial: José Carlos de Vasconcelos
EXAME/Economia: Tiago Freire (diretor)
oftálmica com a tecnologia patenteada
Editores: Clara Cardoso (visao.pt) Filipe Fialho (Mundo), Inês Belo (VISÃO Se7e), D.I.M.S. desenvolvida pela HOYA, líder
João Carlos Mendes (Grafismo), Manuel Barros Moura (Radar) mundial em lentes oftálmicas,
e Pedro Dias de Almeida (Cultura) juntamente com a Universidade
Redatores Principais e Grandes Repórteres: Cláudia Lobo,
José Plácido Júnior, Miguel Carvalho e Rosa Ruela
Politécnica de Hong Kong.
Redação: Carmo Lico (online), Cesaltina Pinto, Clara Soares, Clara Teixeira, Florbela
Alves (Coordenadora VISÃO Se7e/Porto), Joana Loureiro, João Amaral Santos, Luísa As lentes MiYOSMART com
Oliveira, Luís Ribeiro (Coordenador Ambiente), Margarida Vaqueiro Lopes, Mariana
Almeida Nogueira, Nuno Aguiar, Nuno Miguel Ropio, Paulo C. Santos, Rita Rato Nunes,
tecnologia D.I.M.S. reduzem em média
Rui Antunes, Rui Barroso, Sandra Pinto, Sara Rodrigues, Sara Santos, Sílvia Souto Cunha, 60%
Sónia Calheiros, Susana Lopes Faustino, Susana Silva Oliveira e Vânia Maia www.hoyavision.com/pt/ a progressão da miopia infantil.
Grafismo: Paulo Reis (Editor adjunto), Teresa Sengo (Coordenadora),
Ana Rita Rosa, Edgar Antunes, Filipa Caetano, Hugo Filipe, Patrícia Pereira e Rita Cabral
Infografia: Álvaro Rosendo e Manuela Tomé
Fotografia: Fernando Negreira (Coordenador), José Carlos Carvalho,
Lucília Monteiro, Luís Barra e Marcos Borga
Copydesk: Maria João Carvalhas, Rui Carvalho e Teresa Machado
Secretariado: Sofia Vicente (Direção) e Ana Paula Figueiredo
Colunistas: Bernardo Pires de Lima, Pedro Marques Lopes, Pedro Norton,
Pedro Strecht e Joana Marques
Colaboradores Texto: Manuel Gonçalves da Silva, Manuel Halpern, Miguel Judas,
Pedro Dias, Margarida Robalo e Sónia Graça (Revisão)
Ilustração: Susa Monteiro GROUP
Redação, Administração e Serviços Comerciais: Rua da Fonte da Caspolima
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Joana
Marques
— Humorista
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ELEFANTE NA SALA
S
emana dura, esta, da ficar boa), ou na política: fosse fã de relatórios e contas
para quem é apre- não lhe dou já a maioria dos acompanhava as Olimpíadas
ciador de modera- deputados, dou só 100, mais de Matemática e não a Liga dos
ção e de futebol (não 17 se mostrar que está mes- Campeões. Instado a comentar
necessariamente por mo aberto ao diálogo. Depois a saída do atleta, o treinador
esta ordem). A extrema-direi- de consumada a transferência do Porto não foi inocente na
ta no Parlamento viu as suas de Díaz, os sócios reclamam escolha de palavras, falando
fileiras aumentar considera- porque foi um mau negócio. em “grandes empresas”. Foi
velmente e a extrema-esquer- Se fosse bom, o meu desalen- nesse instante que caí em mim:
da do FC Porto perdeu o seu to era igual. É-me indiferen- eu torço por uma grande em-
melhor soldado. First things te quanto é que facturam, eu presa. E não sou a única. Isto é
first, como dizem os malditos gosto é de ver os jogadores a tão absurdo como sofrer com
ingleses que levaram o Luis facturar. Saudades do tempo o desempenho da Somague, e
Díaz: os portugueses manifes- em que o descontentamento querer ganhar à Mota-Engil,
taram nas urnas não só o desejo nas bancadas tomava a forma mas agora não há volta a dar.
de manter o primeiro-minis- de “palhaços, joguem à bola!” Estamos destinados a sofrer
tro (perceberam que um titular (não é apenas na política que a pelas nossas sociedades anóni-
não se troca assim no mercado palhaçada é recriminada), ago- mas desportivas de coração.
de Janeiro), como a vontade ra os adeptos dominam con- Somos destas firmas desde
de sair de casa. A abstenção foi ceitos complexos como “gestão pequeninos, desde o tempo
mais baixa nos concelhos com danosa”. As “obrigações” do em que não eram firmas, tudo
mais Covid, o que prova que clube já não são honrar a ca- no futebol era subjectivo e os
quando se está isolado qualquer misola e comer a relva, agora objectivos eram títulos (des-
programa parece boa ideia, até é uma coisa que se emite e portivos, não de dívida). Para
os programas eleitorais que não tem taxa de juro. E “passivo” já nos adaptarmos ao futebol
lemos. Os resultados provam não se refere a um lateral que moderno temos de ser menos
também que os eleitores prefe- é pastelão. Não percebo, nem sentimentais. Mais objectivos.
rem a extrema-direita à direita quero perceber, nada disso. Se visao@visao.pt
extremamente divertida. Chicão
fez sketches, Rio foi chistoso
na TV, nenhum dos dois caiu
em graça, mais valia não terem
sido engraçados. Enquanto
isso, na ala esquerda vivem-se
dias felizes. Costa está feliz
por ficar, Díaz feliz por partir.
O colombiano foi vendido ao
Liverpool por 45 milhões de
euros, mais 15 em objectivos.
Esta fórmula devia aplicar-se a
tudo. Fosse para comprar pão
(pago-lhe agora 50 cêntimos,
mais 10 objectivos, se a açor-
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