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Kotz
Paul M. Treichel outras obras
John R. Townsend
Tradução da David A. Treichel
9ª edição John C. Kotz INTRODUÇÃO À
John R. Townsend
David A. Treichel
QUÍMICA GERAL,
Paul M. Treichel
norte-americana
John C. Kotz
Tradução da 9a edição
David A. Treichel norte-americana
Frederick A. Bettelheim,
William H. Brown, Mary K. Campbell
e Shawn O. Farrell
e Reações Químicas
2
INTRODUÇÃO À
Tradução da
BIOQUÍMICA
9ª edição
volume
norte-americana Tradução da 9a edição
norte-americana
Frederick A. Bettelheim,
e Reações Químicas
William H. Brown, Mary K. Campbell
e Shawn O. Farrell
Esta obra fornece uma visão geral dos princípios da química, da reatividade dos
elementos químicos e de seus compostos e das aplicações da química.
Para atingir esses objetivos, mostra a íntima relação entre as observações que os INTRODUÇÃO À
químicos fazem das mudanças químicas e físicas em laboratório e na natureza,
QUÍMICA ORGÂNICA
e a maneira como essas mudanças são vistas nos níveis atômico e molecular.
Os autores mostram que a química não é somente uma história vívida, mas Tradução da 9a edição
também dinâmica, com importantes desenvolvimentos que ocorrem a cada norte-americana
ano. Além disso, fornecem algumas percepções sobre os aspectos químicos
2
e Reações Químicas
Frederick A. Bettelheim,
2
do mundo ao nosso redor. William H. Brown, Mary K. Campbell
volume
Neste volume: cinética química: as velocidades das reações químicas; prin- e Shawn O. Farrell
cípios da reatividade química: equilíbrios; princípios de reatividade quími-
volume
ca: a química dos ácidos e bases; princípios da reatividade química: outros
aspectos do equilíbrio aquoso; princípios de reatividade química: entropia e QUÍMICA geral e
energia livre; princípios de reatividade química: reações de transferência de reações químicas –
elétrons; química ambiental: meio ambiente, energia e sustentabilidade; a Volume 1
química dos elementos do grupo principal; a química dos elementos de tran-
Tradução da 9a edição
sição; carbono: mais que um elemento; bioquímica; química nuclear.
norte-americana
Aplicações: Pode ser utilizado nos cursos de química em geral, graduação em
Tradução da John C. Kotz, Paul M. Treichel,
Química, Biologia, Física, Engenharias, Geologia, Oceanografia, Ciências Am- 9ª edição John R. Townsend e David A. Treichel
bientais, Farmácia, Medicina, entre outros. norte-americana
isbn 13 978-85-221-1829-8
isbn 10 85-221-1829-9
John C. Kotz
State University of New York
College at Oneonta
Paul M. Treichel
University of Wisconsin-Madison
John R. Townsend
West Chester University of Pennsylvania
David A. Treichel
Nebraska Wesleyan University
Tradução:
Noveritis do Brasil
Revisor técnico:
Danilo Luiz Flumignan
Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
vi
17-4 Solubilidade dos Sais 795 19-3 Células Voltaicas Comerciais 885
19-4 Potenciais Eletroquímicos Padrão 890
UM OLHAR MAIS ATENTO: Minerais e Gemas – A
Importância da Solubilidade 798 UM OLHAR MAIS ATENTO: FEM, Potencial de
Célula e Voltagem 890
UM OLHAR MAIS ATENTO: Cálculos de
Solubilidade, 802 UM OLHAR MAIS ATENTO: Uma Dor de Dente
17-5 Reações de Precipitação 807 Eletroquímica 897
17-6 Equilíbrio Envolvendo Íons Complexos 810 ESTUDO DE CASO: Manganês nos Oceanos 899
17-7 Solubilidade e Íons Complexos 812 19-5 Células Eletroquímicas Fora das Condições
APLICANDO PRINCÍPIOS QUÍMICOS: TUDO QUE Padrão 900
RELUZ... 814 19-6 Eletroquímica e Termodinâmica 903
REVISÃO DOS OBJETIVOS DO CAPÍTULO 815
19-7 Eletrólise: Mudança Química Utilizando Energia
EQUAÇÕES-CHAVE 816 Elétrica 907
QUESTÕES PARA ESTUDO 817
UM OLHAR MAIS ATENTO: Eletroquímica e
Michael Faraday 910
18 Princípios da Reatividade Química: 19-8 Contando Elétrons 913
Entropia e Energia Livre 826 APLICANDO PRINCÍPIOS QUÍMICOS:
SACRIFÍCIO! 914
Hidrogênio para o Futuro? 826 REVISÃO DOS OBJETIVOS DO CAPÍTULO 915
18-1 Espontaneidade e Transferência de Energia na EQUAÇÕES-CHAVE 916
Forma de Calor 829 QUESTÕES PARA ESTUDO 917
UM OLHAR MAIS ATENTO: Hidratos de Metano: 21-6 Boro, Alumínio e os Elementos do Grupo 3A 990
Oportunidades e Problemas 947 21-7 Silício e os Elementos do Grupo 4A 995
20-5 Fontes Alternativas de Energia 948 UM OLHAR MAIS ATENTO: Cimento Verde 999
UM OLHAR MAIS ATENTO: Química do
ESTUDO DE CASO: Chumbo, Beethoven e um
Petróleo 949
Mistério Resolvido 1001
20-6 Impacto Ambiental dos Combustíveis Fósseis 21-8 Nitrogênio, Fósforo e os Elementos do Grupo 5A
953
1001
UM OLHAR MAIS ATENTO: A Lei do Ar Limpo 954
ESTUDO DE CASO: Um Aquário Saudável de
ESTUDO DE CASO: O Que Fazer com Todo Esse Água do Mar e o Ciclo do Nitrogênio 1006
CO2? Mais sobre Química Verde 958
UM OLHAR MAIS ATENTO: Fabricando
20-7 Química Verde e Sustentabilidade 960 Fósforo 1009
UM OLHAR MAIS ATENTO: Os Doze Princípios da 21-9 Oxigênio, Enxofre e os Elementos do Grupo 6A
Química Verde 961 1010
O Cobre que Salva Vidas 1032 UM OLHAR MAIS ATENTO: Química Verde:
Reciclando o PET 1120
22-1 Propriedades dos Elementos de Transição 1034
ESTUDO DE CASO: Adesivos Verdes 1122
UM OLHAR MAIS ATENTO: Corrosão do
Ferro 1039 APLICANDO PRINCÍPIOS QUÍMICOS: BISFENOL A
(BPA) 1123
22-2 Metalurgia 1040
REVISÃO DOS OBJETIVOS DO CAPÍTULO 1124
ESTUDO DE CASO: Aço de Alta Resistência 1043 QUESTÕES PARA ESTUDO 1126
22-3 Compostos de Coordenação 1044
UM OLHAR MAIS ATENTO: Hemoglobina: Uma
Molécula com um Ligante Tetradentado 1048
24 Bioquímica 1134
CLONAGEM ANIMAL 1134
22-4 Estruturas dos Compostos de Coordenação 1052
24-1 Proteínas 1136
ESTUDO DE CASO: Cisplatina: Descoberta
Acidental de um Agente Quimioterápico 1058 24-2 Carboidratos 1143
22-6 Cores dos Compostos de Coordenação 1064 UM OLHAR MAIS ATENTO: HIV e Transcriptase
Reversa 1153
ESTUDO DE CASO: As Terras Raras 1067
ESTUDO DE CASO: Terapia Antissentido 1154
APLICANDO PRINCÍPIOS QUÍMICOS:
Catalisadores Verdes 1069 24-4 Lipídeos e Membranas da Célula 1154
REVISÃO DOS OBJETIVOS DO CAPÍTULO 1070 24-5 Metabolismo 1158
QUESTÕES PARA ESTUDO 1072
APLICANDO PRINCÍPIOS QUÍMICOS:
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE 1162
UM OLHAR MAIS ATENTO: Qual É uma Exposição F Valores de Energias de Ionização e Entalpias de
Segura? 1194 Adição Eletrônica dos Elementos | A-18
25-9 Aplicações da Química Nuclear 1195 G Pressão de Vapor da Água a Várias
Temperaturas | A-19
ESTUDO DE CASO: Tecnécio-99m e Diagnóstico
por Imagem 1196 H Constantes de Ionização para Ácidos Fracos a
25 °C | A-20
APLICANDO PRINCÍPIOS QUÍMICOS: A IDADE
DOS METEORITOS 1199 I Constantes de Ionização para Bases Fracas a
REVISÃO DOS OBJETIVOS DO CAPÍTULO 1200 25 °C | A-22
EQUAÇÕES-CHAVE 1201 J Constantes do Produto de Solubilidade de Alguns
QUESTÕES PARA ESTUDO 1202
Compostos Inorgânicos a 25 °C | A-23
K Constantes de Formação de Alguns Íons
Complexos em Solução Aquosa a 25 °C | A-25
L Parâmetros Termodinâmicos Selecionados | A-26
Apêndices A-1
M Potenciais Padrão de Redução em Solução Aquosa
a 25 °C | A-34
A Usando Logaritmos e Resolvendo Equações | A-2
N Respostas das Questões para Estudo, Exercícios
B Alguns Conceitos Importantes de Física | A-6 para a Seção, Verifique seu Entendimento e
C Abreviaturas e Fatores de Conversão Úteis | A-9 Questões para Estudo de Caso A-38
D Constantes Físicas | A-13
E Um Guia Resumido para Nomear Compostos
Orgânicos A-15
Índice remissivo/Glossário I-1
A
primeira edição desse livro foi concebida há mais desejo de tornar esse livro melhor para nossos estu-
de trinta anos. Desde essa época foram oito ed- dantes tem sido o ímpeto dedicado na preparação de
ições e mais de 1 milhão de estudantes no mundo cada nova edição. Nas últimas duas edições, introduzi-
todo usando o livro para iniciar o estudo de química. mos novas abordagens para soluções de problemas,
Com o passar dos anos, e muitas edições, nossos objeti- novas maneiras de descrever usos contemporâneos da
vos permanecem os mesmos: fornecer uma visão geral química, novas tecnologias e melhor integração com as
ampla dos princípios da química, da reatividade dos ele- tecnologias existentes.
mentos químicos e de seus compostos e das aplicações da
química. Para atingir esses objetivos, tenta- O Público para Química e a
mos mostrar a íntima relação entre as ob- Reação Química
servações que os químicos fazem das
Este livro (tanto na versão impressa como
mudanças químicas e físicas em labo-
na digital) é destinado a estudantes inter-
ratório e na natureza, e a maneira como
essados em estudos adicionais de ciência,
essas mudanças são vistas nos níveis
independente se essa ciência é a química, a
atômico e molecular.
biologia, a engenharia, a geologia, a física
© Cengage Learning/Charles D. Winters
xi
conceitos dos capítulos anteriores em Mapa Estratégico para o Exemplo 5 Para muitos estudantes, um mapa
uma discussão sobre a Química ambien- PROBLEMA estratégico visual pode ser uma ferra-
tal — Ambiente da Terra, Energia e Sus- Qual será a espessura de uma menta útil na resolução do problema. Por
tentabilidade. O Capítulo 21 é dedicado camada de óleo quando uma exemplo, nas páginas 42-43, pergunta-
determinada massa cobrir uma
à química dos elementos do grupo princi- mos o quão espessa poderia ser a camada
determinada área?
pal, ao passo que o Capítulo 22 é uma de óleo se espalhássemos uma massa
discussão dos elementos de transição e deste na superfície da água em um prato.
DADOS/INFORMAÇÕES
seus compostos. O Capítulo 23 é uma A densidade do óleo é dada abaixo. Para
Massa e densidade do óleo e o
breve discussão da química orgânica com ajudar a ver a lógica desse problema, o
diâmetro da superfície circular a
ênfase na estrutura molecular, no tipos de ser coberta. Exemplo é acompanhado pelo Mapa Es-
reações básicas e polímeros. O Capítulo tratégico fornecido aqui. Há aproxima-
24 é uma introdução à bioquímica, e o ETAPA 1. Calcule o volume do óleo damente 60 desses Mapas Estratégicos
Capítulo 25 é uma visão geral da química a partir da massa e densidade. no livro que acompanham os problemas
nuclear. do Exemplo.
Volume do óleo em cm3
Revisão e Verificação: Exer-
Recursos do Livro Calcule a área da
ETAPA 2.
cícios para a Seção
superfície a partir do diâmetro.
Alguns anos atrás, um aluno de um dos Na 8a edição, adicionamos questões de
autores, agora um contador, compartil- “revisão e verificação”, com múltiplas
Área a ser coberta em cm2
hou conosco uma perspectiva interes- alternativas, no final de quase todas as
sante. Ele disse que, enquanto a química seções, e isso obteve grande aprovação.
ETAPA 3. Divida o volume do óleo
geral era um dos assuntos mais difíceis, pela área da superfície a fim de Os alunos podem verificar seu conheci-
era também o curso mais útil que ele calcular a espessura em cm. mento na seção e tentar resolvê-las. As
tinha, porque ensinava como resolver respostas a essas questões estão no
problemas. Ficamos agradecidos por essa Espessura da camada de óleo em cm Apêndice N.
perspectiva. Sempre pensamos que, para
muitos estudantes, um objetivo impor-
tante na química geral não era somente ensinar química,
Objetivos do Capítulo/Revisão
mas também ajudá-los a desenvolver o pensamento Os objetivos de aprendizado estão listados na primeira
crítico e habilidades para resolver problemas. Muitos página de cada capítulo. Para esta edição, organizamos
dos recursos do livro estão destinados a oferecer suporte esses objetivos em torno das principais tarefas voltadas
para esses objetivos. para os alunos:
• Uma nova história introdutória sobre Cobre que • Muitas Questões de Estudo foram acrescentadas.
salva vidas foi escrita para esse capítulo. • Há uma história introdutória sobre Clonagem
Animal.
• O “Estudo de Caso” sobre Aço de Alta Resistência
passou para este capítulo, vindo do capítulo de sóli- • Um novo “Estudo de Caso”, Terapia Antissense, foi
dos na 8a edição. acrescentado.
• Novo “Estudo de Caso” foi acrescentado sobre Ter- • O problema do “Aplicando Princípios da Química”
ras Raras. é sobre a Reação em Cadeia da Polimerase.
• A seção da 8a edição sobre química organometálica • Há três novos problemas de Exemplo sobre de-
foi eliminada. senho de estruturas peptídicas, determinação de
uma sequência complementar de DNA e da sequên-
• O conceito de quiralidade é introduzido neste capí-
tulo (e não no capítulo de química orgânica como na cia de aminoácido selecionada por uma sequência
8a edição). de DNA.
• Há novas questões de Revisão e Verificação.
Capítulo 23 Carbonos: Mais Que um Elemento
Capítulo 25 Química Nuclear
• Essa introdução à química orgânica era do Capítulo
10 na 8a edição. • Ao revisar esse capítulo, incorporamos as últimas
descobertas em química nuclear e introduzimos os
• Um novo box de “Um Olhar Mais Atento” foi acres-
centado sobre Ômega 3 – Ácidos Graxos. recentes elementos.
6. Energia e Termodinâmica (Capítulos 1, 5-8, 12-13, finalmente, no Capítulo 18, vinculamos equilíbrio à
18, 20) energia livre de Gibbs da função termodinâmica. No
Energia é um tema difuso da Química, portanto, Capítulo 19, introduzimos medidas potenciométricas
algumas informações de fundamentação estão incor- como um meio de estudar o equilíbrio dos produtos
poradas no Capítulo 1. Termoquímica e a primeira lei químicos.
da termodinâmica (calor e trabalho) estão apresenta- 9. Experimentos, Medições e Dados (na maioria dos
das no Capítulo 5. Introduzidos neste capítulo estão
capítulos deste livro)
tópicos importantes, incluindo calor específico, ener-
A química é construída em resultados experimentais,
gia interna, entalpia e experimentos que envolvem
portanto é importante perceber que as informações
calorimetria. A energia é revista na discussão sobre
neste tópico ocorrem por todo o livro. Para mencio-
estrutura atômica no Capítulo 6, de energia de ioniza-
nar apenas alguns aqui:
ção e entalpia de adição eletrônica no Capítulo 7, e de
energia de ligação no Capítulo 8. Mais uma vez a
• os experimentos clássicos que determinam a
energia é importante na discussão de sólidos no Capí-
estrutura atômica no Capítulo 2.
tulo 12 e soluções no Capítulo 13.
• calorimetria no Capítulo 5.
A segunda e a terceira leis da termodinâmica são
• o desenvolvimento da lei dos gases no Capítulo
desenvolvidas no Capítulo 18, no qual encontramos
10.
entropia (mencionada rapidamente no capítulo ante-
• as medições das velocidades das reações no Ca-
rior, no Capítulo 13 sobre soluções) e energia livre,
pítulo 14.
que está vinculada ao equilíbrio.
• e a medição de potenciais eletroquímicos em
Finalmente, os recursos de energia e o uso estão
células voltaicas no Capítulo 19.
nos tópicos-chave no capítulo sobre meio ambiente
(20).
Nas “Questões para Estudo” há o item “No La-
7. Cinética (Capítulo 14, 24) boratório”, que apresenta questões que podem ocor-
O Capítulo 14 é dedicado à química cinética. Aqui rer em um experimento de laboratório e que usam o
definimos o que se entende por relação e leis de velo- material deste capítulo. E não ignorem as questões de
cidades, e ilustramos exemplos em que as leis de velo- “Aplicando Princípios Químicos”, dispostas nos finais
cidades são determinadas a partir de dados de capítulos, que são construídas em torno de experi-
experimentais. Energia de ativação também é abor- mentos interessantes e muito importantes.
dada neste capítulo. Cinética de enzimas é apresen-
tada no Capítulo 24.
10. Visualizações (elas aparecem por todo o livro)
8. Equilíbrio (Capítulos 3, 15-19) Os alunos visuais acharão este livro muito estimu-
Primeiro mencionamos o equilíbrio no Capítulo 3, lante. As figuras ilustram os conceitos e exemplos
destacando que todas as reações tendem espontanea- abundantes em cada capítulo; reformulamos muitas
mente ao equilíbrio e identificando os termos pro- figuras para torná-las mais interpretativas e informa-
duto-favorecido e reagente-favorecido. Esse assunto é tivas. Exemplos representativos incluem visualizações
então abordado em profundidade em uma série de de radiação eletromagnética, propriedades coligati-
três capítulos. O Capítulo 15 é uma introdução aos vas, precipitações dissolventes, mecanismos de reação,
princípios de equilíbrio. Descrevemos equilíbrios en- equilíbrios químicos, orbitais atômicos e muitos, mui-
volvendo espécies em solução e na fase gasosa em tos mesmo, modelos moleculares.
termos de constantes de equilíbrio. O princípio de Le
Chatelier, que oferece um senso intuitivo de como Mais Informações:
uma perturbação afeta um sistema em equilíbrio, é MURPHY, K. et al. Journal of Chemical Education, v.
introduzido aqui. Nos Capítulos 16 e 17, descrevemos 89, p. 715-720, 2012.
os tipos específicos de equilíbrio em soluções aquosas, HOLME, T.; MURPHY, K. Ibid., v. 89, p. 721-723,
com equilíbrios ácido-base e solubilidade. E, 2012.
Preparar esta nova edição de Química Geral e Reações atender-nos nas vezes em que trazíamos solicitações fora
Químicas consumiu mais de dois anos de esforço contí- do comum para determinadas fotos.
nuo. Como em nosso trabalho nas primeiras oito edições,
tivemos o apoio e o encorajamento de nossos colegas na Arte, Design e Fotografia
Cengage Learning e de nossos familiares e amigos mara- Muitas das fotografias coloridas em nosso livro foram
vilhosos, colegas de faculdade e estudantes. lindamente criadas por Charles D. Winters, que produziu
quase cinquenta novas imagens para esta edição. O tra-
Cengage Learning balho de Charlie fica melhor a cada edição. Trabalhamos
A oitava edição deste livro foi publicada pela Cengage com ele há mais de trinta anos e ele tornou-se nosso
Learning, e continuamos com a mesma equipe de exce- amigo. Suas piadas sempre nos divertiram, tanto as no-
lência que tivemos por muitos anos. vas quanto as velhas – são inesquecíveis.
A oitava edição do livro foi muito bem-sucedida, Quando a 5a edição estava sendo planejada, há al-
em grande parte graças ao trabalho de Lisa Lockwood guns anos, recebemos Patrick Harman como membro da
como gerente de produto. Ela conta com um excelente equipe. Pat projetou a primeira edição de nosso CD-ROM
conhecimento de mercado e trabalhou conosco no pla- de Interactive General Chemistry (publicado nos anos
nejamento desta nova edição. Maureen Rosener assu- 1990), e acreditamos que seu sucesso está muito vincu-
miu essa função quando esta edição entrou em lado à sua habilidade de projetar. Da 5a à 8a edições do
produção. livro, Pat debruçou-se sobre cada figura e também sobre
Peter McGahey é nosso desenvolvedor de conteúdo quase toda palavra, para dar uma perspectiva renovada à
desde que integrou nossa equipe na 5a edição. Peter é maneira de transmitir a Química. Mais uma vez ele traba-
abençoado em energia, criatividade, entusiasmo, inteli- lhou no projeto e na produção de novas ilustrações para
gência e bom humor. É amigo e confidente, e responde esta edição, e sua criatividade é evidente. Pat tornou-se
com entusiasmo e alegria nossas muitas perguntas du- também um bom amigo, e compartilhamos interesse não
rante as chamadas telefônicas quase que diárias. somente nos livros mas também na música.
Nenhum livro pode ser bem-sucedido sem marke- Finalmente, outro fotógrafo refinado, Steven Hyatt,
ting apropriado. Nicole Hamm (diretora de Marketing) trouxe à produção diversas fotos novas para esta edição.
e Janet del Munro (gerente de desenvolvimento de mer-
cado) foram de grande ajuda no marketing da edição Outros Colaboradores
anterior, e estão de volta nessa função para esta edição. Fomos agraciados por termos muitos outros colegas que
São conhecedoras do mercado e trabalharam incansavel- contribuíram muito para este projeto.
mente para trazer este livro ao conhecimento de todos.
Nossa equipe na Cengage Learning está completa • Alton Banks (North Carolina State University) tam-
bém esteve envolvido em várias edições preparando
com Teresa Trego, gerente de projeto de conteúdo; Lisa
o Manual de Soluções do Estudante. Alton ajudou
Weber, desenvolvedora de mídia; e Elizabeth Woods,
muito ao assegurar precisão nas respostas das
desenvolvedora associada. Os planejamentos exigem
“Questões para Estudo” do livro, bem como em seus
muito na publicação de um livro-texto e Teresa nos aju-
respectivos manuais.
dou nisso. Certamente apreciamos suas habilidades
organizacionais. • John Vincent (University of Alabama-Tuscaloosa)
Dan Fitzgerald da Graphic World Inc. orientou o li- mais uma vez escreveu o Manual de Recursos do
vro nos meses de produção e Andy Vosburgh, dessa em- Instrutor e fez uma revisão rigorosa.
presa, foi de grande valia para nos introduzir no uso do • Greg Gellene (Texas Tech University) atualizou e
novo software. revisou o Guia de Estudo para este texto. Nosso li-
Jill Reichenbach da QBS Learning dirigiu as pesqui- vro contou com uma história de excelentes guias de
sas de fotos para o livro e foi bem-sucedido em estudo, e este manual segue a tradição.
xix
• Jay Freedman foi o editor de desenvolvimento da citadas a seguir participaram das pesquisas que orienta-
primeira edição do livro e seu trabalho estabeleceu o ram a produção do livro.
sucesso contínuo do mesmo. Por diversas edições,
Jay também fez uma compilação de trabalho primo- Dmitri Babikov, Marquette University
rosa para o Índice/Glossário. Yiyan Bai, Houston Community College – Central
College
• Nathanael Fackler (Nebraska Wesleyan University)
produziu o Banco de Testes para esta edição. Dean Campbell, Bradley University
Susan Collins, California State University – Northridge
• Daniel Huchital (Florida Atlantic University) foi um Christopher Collison, Rochester Institute of Technology
revisor acurado para esta edição, e David Shinn da David Dearden, Brigham Young University
Academia da Marinha Mercante do Estados Unidos Emmanuel Ewane, Houston Community College –
foi um revisor rigoroso do Manual de Soluções do Northwest College
Aluno e do Manual de Recursos do Instrutor. Mark Fritz, University of Cincinnati
• Nathan Tice (Butler University) preparou uma revi- Ron Garber, California State University – Long Beach
são da química verde para nós. Luther Giddings, Salt Lake Community College
Brian Glute, University of Minnesota – Duluth
• Professor J. Quilez (Departamento de Física e Quí-
Donna Iannotti, Brevard Community College – Palm
mica, IES Benicalap, Valência, Espanha) revisou a
discussão sobre energia livre, no Capítulo 18. Bay Campus
Jason Jones, Francis Marion University
David Katz, Pima Community College – West Campus
Participantes em Pesquisas de David Katz, Pima Community College – West Campus
Desenvolvimento Kristine Miller, Anne Arundel Community College
O desenvolvimento de livros bem-sucedidos depende da Patricia Muisener, University of South Florida
ajuda de muitas pessoas dentro da editora, bem como de Stacy O’Reilly, Butler University
colegas educadores da área de Química. As pessoas Andrew Price, Temple University
Mark Scharf, West Virginia University
xxi
Steven Hyatt
A bela pedra verde na capa deste livro é uma peça de Na verdade, há dois minerais diferentes chamados
jade esculpida na Nova Zelândia. O jade é encontrado jade: jadeíta e nefrita. A jadeíta é muito rara e um
em muitas partes do mundo e, por sua beleza, tem sido pouco mais dura do que a nefrita. As duas são difíceis
usado por séculos em itens decorativos e religiosos. Além de diferenciar visualmente, mas a nefrita possui um
disso, por sua resistência e por suportar altas temperatu- toque mais “sedoso” do que a jadeíta, um recurso que
ras, foi usado para ferramentas como lâmina de mach- surge das diferenças em sua estrutura subjacente de
ado. Na China, no período de 200 a.C. a 200 d.C., silicato.
membros da realeza eram enterrados com roupas feitas O jade na capa do livro e mostrado aqui é a nefrita
com placas de jade costuradas com fios de ouro. Na com a fórmula Ca2(Mg, Fe)5(Si4O11)2(OH)2. A cor verde
Nova Zelândia a pedra é chamada “pounamu”, nome da nefrita vem dos íons ferro(II). Como a quantidade de
dado pelos índios daquele país, os Maori. Para os Maori íons ferro(II) pode variar de pedra para pedra, a cor
o pounamu tem imenso valor espiritual e material; obje- pode mudar de branca (baixo conteúdo de ferro) a
tos feitos de jade estão entre suas posses de maior valor. verde-escura (alto conteúdo de ferro).
O nome “jade” é originário de piedra de ijada, em A natureza do jade e a origem da cor são discutidas
espanhol, que significa “pedra do lombo”, pois acredi- em mais detalhes nos Capítulos 12 e 22.
tava-se que ela curava doenças renais.
xxii
Danilo Luiz Flumignan possui graduação em Química Atua como Pesquisador Colaborador do Centro de
Bacharelado pela Universidade Federal de Mato Grosso - Monitoramento e Pesquisa da Qualidade de Com-
UFMT (2003), mestrado em Química (2006) e douto- bustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados
rado em Química (2010) pela Universidade Estadual (CEMPEQC-IQ-UNESP).
Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). É Professor e Possui habilidade em desenvolver projetos de pesquisa
Coordenador de Curso de Tecnologia em Biocom- na área da Química Analítica e Orgânica com ênfase
bustíveis do Instituto Federal de Educação, Ciência Caracterização e Controle de Qualidade de Combustíveis
e Tecnologia de São Paulo (IFSP) Campus Matão. e Biocombustíveis (biodiesel e etanol).
xxiii
Osalunos
Os alunos pediram,
pediram, nós
nós atendemos!
atendemos!
• Problemas de Desafio (para os capítulos selecionados, com soluções e respostas)
• Manual
• Problemas Arquivados parado professor
todos (em inglês)
os capítulos, com soluções e respostas
• Slides de Power Point ®
• Slides em PowerPoint®, para auxiliar os professores em sala de aula
• Revisão de Álgebra (em inglês)
• Revisão de Geometria
• Glossário Analítica
e flashcards para(em inglês)
alunos
• Suplemento: Mentiras que minha calculadora e computador me contaram com exercícios e soluções
Plataforma
• Manual dode acesso (material
professor em português e conteúdo
em inglês, em português
para professores e ema inglês
que adotam obra)
Cinética química: as
14
velocidades das reações
químicas
Sumário do capítulo PARA ONDE FOI O INDICADOR? A ti-
tulação de um ácido com uma base é uma técnica comum
de laboratório (◀ Seção 4.7), e você deve usar a fenolftaleína
14-1 Velocidades das Reações Químicas como um indicador para saber quando a quantidade de ba-
14-2 Condições de Reação e Velocidade se adicionada corresponde exatamente à quantidade de
ácido que estava na solução. Os alunos são informados
14-3 Efeito da Concentração na Velocidade de que o ponto de equivalência é indicado quando a cor da
fenolftaleína muda de incolor ao rosa mais claro e que essa
de Reação cor deve persistir por trinta segundos ou mais. Descobrimos,
14-4 Relações Concentração-Tempo: Leis de porém, que alguns alunos exageram e adicionam a base
muito rapidamente. Eles excedem o ponto de equivalência,
Velocidade Integradas e a cor da solução torna-se um magenta lindo. Entretanto, a
cor desbota-se rapidamente ao agitar a solução. Os alunos,
14-5 Uma Visão Microscópica das assim, acreditam que o ponto de equivalência não foi alcan-
Velocidades de Reação çado e erroneamente adicionam mais base. A solução fica,
novamente, magenta brilhante, mas mais uma vez, a cor
14-6 Mecanismos de Reação desbota-se com rapidez. O que está ocorrendo na solução?
A forma predominante da fenolftaleína em uma solu-
ção básica é seu ânion. Entretanto, se uma solução con-
tendo fenolftleína tem um pH maior que aproximadamente
12, a cor vermelha se desbota e a solução torna-se incolor.
Objetivos do Capítulo
Consulte a Revisão dos Objetivos do Capítulo para ver as Questões para Estudo relacionadas a estes objetivos.
Isso ocorre devido à reação química do íon hidróxido com o ânion da fenolftaleína como
mostrado na equação. A velocidade dessa reação pode ser medida por monitoramento da
mudança na intensidade da cor da solução através do uso das técnicas espectroscópicas
descritas na Seção 4.8.
O− O O− O−
OH−
HO
COO− COO−
Este capítulo trata sobre uma área fundamental da Química: cinética química. Esta
engloba o estudo das velocidades de reação e suas respectivas interpretações com base
nos mecanismos de reação.
Uma Questão para Estudo relacionada a esta história é: 14.81.
A
o realizar uma reação química, os químicos muitas vezes preocupam-se com
dois fatores: a extensão em que o produto da reação é favorecido no equilíbrio
e a velocidade em que a reação ocorre. No Capítulo 5, começamos a abordar
a primeira questão, e nos Capítulos 15 e 18 desenvolveremos esse tópico detalhada-
mente. Este capítulo refere-se ao segundo fator: as velocidades das reações químicas.
A cinética química é o estudo das velocidades das reações químicas. No nível ma-
croscópico, o campo da cinética química aborda o que significa a velocidade de reação,
como determiná-la experimentalmente e como fatores como a temperatura e as 617
Cálculo de Velocidade
A velocidade média de um automóvel é a distância percorrida dividida pelo tempo de-
corrido, ou ∆(distância)/∆(tempo). Se um automóvel percorre 3,9 km em 4,5 minutos
(0,075 h), sua velocidade média é (3,9 km/0,075 h), ou 52 km/h. As velocidades médias
das reações químicas podem ser determinadas de modo similar. É preciso medir duas
variáveis, concentração e tempo. As concentrações podem ser determinadas de diversas
maneiras; por exemplo, por meio da medição da absorção de luz de uma solução, uma
propriedade relacionada à concentração de uma espécie em solução (Figura 14.1). A
velocidade média da reação é a variação na concentração por unidade de tempo.
Consideremos a decomposição de N2O5 em um solvente. Essa reação ocorre de
acordo com a seguinte equação:
N2O5 n 2 NO2 + 1⁄2 O2
N2O5 2 NO2 + ½ O2
1,40
Velocidade média para um período de 15 min
1,30 0,12 mol/L
15 minutos para diminuir Velocidade = = 0,0080 mol/L ∙ min
1,20 [N2O5] Tempo 1,22 par, 1,10 15 min
1,10
Velocidade instantânea quando [N2O5] = 0,34 M
1,00 −∆[N2O5]
Velocidade =
0,90 ∆t
[N2O5], mol/L
A velocidade média dessa reação em qualquer intervalo de tempo pode ser expressa
como a negativa da variação na concentração de N2O5 dividida pela variação no tempo:
variação em [N2O5 ] [N2O5 ]
Velocidade de decomposição do N 2O5
mudança no tempo t
O sinal negativo é necessário devido ao fato de N2O5 ser um reagente e sua concen-
tração diminuir com o tempo (isto é, ∆[N2O5] = [N2O5](final) − [N2O5](inicial) é
negativo), mas a velocidade é sempre expressa como uma quantidade positiva. Por
exemplo, utilizando os dados da Figura 14.2, a velocidade média de desapareci-
mento de N2O5 entre 40 e 55 minutos é determinada por
Velocidade
[N2O5 ] (1,10 mol/L) (1,22 mol/L) 0,12 mol/L Variações de Cálculo Quando
calculamos uma variação em uma
t 55 min 40 min 15 min quantidade, sempre subtraímos a
Velocidade 0,0080 mol N2O5 consumido / L min quantidade inicial da quantidade
final: Δc= cfinal − cinicial.
Observe as unidades das velocidades da reação: se a concentração for expressa em
mol/L, as unidades da velocidade serão mol/(L ∙ tempo). Além disso, note que a
velocidade média para a decomposição de N2O5 é a negativa da inclinação de uma
linha que liga os dois pontos de interesse no gráfico concentração-tempo.
A velocidade da reação muda durante o curso da reação. A concentração de N2O5
diminui rapidamente no início da reação, porém mais lentamente perto do final. Po-
demos verificar isso comparando a velocidade média de desaparecimento de N2O5
calculada anteriormente (quando a concentração diminuiu 0,12 mol/L em 15 min)
com a velocidade média da reação calculada para o intervalo de tempo de 390 min a
540 min (quando a concentração cai em 0,12 mol/L em 150 min). A velocidade média
nesse estágio mais avançado da reação é apenas um décimo do valor anterior.
[N2O5 ] (0,10 mol/L) (0,22 mol/L) 0,12 mol/L
t 540 min 3900 min 150 min
0,00080 mol/L min
Também poderíamos perguntar qual é a velocidade instantânea em um único ponto
no tempo. Em um automóvel, a velocidade instantânea pode ser lida a partir do
A Inclinação de uma
velocímetro. Para uma reação química, podemos extrair a velocidade instantânea a
Linha usada na determinação da partir do gráfico concentração-tempo, traçando uma linha tangente à curva concentra-
velocidade instantânea (Figura 14.2) ção-tempo em um tempo específico e determinando a inclinação dessa linha (Figura
pode ser determinada a partir da 14.2). Por exemplo, quando [N2O5] = 0,34 mol/L e t = 300 min, a velocidade é
inclinação da linha tangente. Veja
“Revisão: As Ferramentas da Química
Velocidade quando [N2O5 ] é 0,34 M
[N2O5 ] 0,20 mol/L
Quantitativa” para saber mais sobre
t 140 min
como encontrar a inclinação de uma
linha. 0,0014 mol/L min
Nesse momento específico do tempo (t = 300 min), N2O5 está sendo consumido a
uma velocidade de 0,0014 mol/L ∙ min.
Velocidade de reação
1 [ A] 1 [B ] 1 [C ] 1 [D ]
a t b t c t d t
Observe que isso nos dá a velocidade da reação em uma base “por mol de reação”.
No exemplo acima usando a decomposição de reação N2O5, a expressão da veloci-
dade de todos os reagentes e produtos é
Velocidade de reação
[N2O5 ] 1 [NO2 ] 2
[ O2 ]
t 2 t t
E X E M P LO 14 . 1
Velocidade da Reação
Problema Dados coletados sobre a concentração de um corante em função do tempo
(Figura 14.1) são mostrados no gráfico a seguir. Usando esses dados, estimamos o valor da
(a) velocidade média da variação da concentração de corante ao longo dos primeiros dois
minutos, (b) velocidade média da variação durante o quinto minuto (a partir de t = 4,0 min
a t = 5,0 min) e (c) velocidade instantânea em 4,0 minutos.
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (min)
Solução
(a) Velocidade média ao longo dos 2 primeiros minutos: a concentração do corante di-
minui de 3,4 × 10−5 mol/L em t = 0 minuto para 1,7 × 10−5 mol/L em t = 2,0 minutos. A
velocidade média da reação nesse intervalo de tempo é
(c) Velocidade instantânea em 4,0 minutos: uma linha tangente à curva é traçada no 0,05
tempo = 4,0 min. Dois pontos na linha são escolhidos e a inclinação da linha é calcu-
0,04
lada. A velocidade instantânea em 4,0 min é a negativa dessa inclinação e tem um
Concentração (mol/L)
0,00
Verifique seu entendimento 0 2 4 6 8
Tempo (horas)
A sacarose decompõe-se em frutose e glicose em solução ácida. Uma curva da concentra-
Concentração em função do
ção de sacarose em função do tempo é fornecida ao lado. Qual é a velocidade da mudança
tempo para a decomposição da
da concentração de sacarose nas primeiras 2 horas? Qual é a velocidade da mudança nas
sacarose. (“Verifique seu Enten-
últimas 2 horas? Estime a velocidade instantânea em 4 horas. dimento” no Exemplo 14.1)
E X E M P LO 14 . 2
Velocidades Relativas e Estequiometria
Problema Dê as velocidades relativas ao desaparecimento dos reagentes e à formação
dos produtos para a seguinte reação:
Solução Como 4 mols de PH3 desaparecem para cada mol de P4 formado, o valor nu-
mérico da velocidade da formação de P4 pode somente ser um quarto da velocidade de
desaparecimento do PH3. De modo semelhante, P4 é formado a somente um sexto da ve-
locidade com que H2 é formado.
Velocidade da reação
1 [PH3 ] [P4 ] 1 [H 2 ]
4 t t 6 t
2 NOCl(g) n 2 NO(g) + Cl2(g)
Mesma concentração no
Concentração menor de I− Experimento B, porém sob uma
que no Experimento A. temperatura mais elevada.
A B C
Experimento Alterações na Mudanças de
Banho
quente
FIGURA 14.3 A reação relógio de iodo. Essa reação ilustra os efeitos de concentração e
temperatura na velocidade da reação. (Você mesmo pode fazer esses experimentos com
reagentes disponíveis no supermercado). Para detalhes, veja WRIGHT, S. W. The vitamin C clock
reaction. Journal of Chemical Education, v. 79, p. 41, 2002.)
Os esporos das plantas comuns do gênero lycopodium Se os esporos forem reduzidos a um pó fino e
são difíceis de queimar apenas quando empilhados pulverizados em chama, a combustão será rápida.
em um prato.
Equações de Velocidade
O efeito da concentração pode ser determinado ao avaliarmos como a velocidade é
afetada quando as concentrações dos reagentes variam (mantendo-se a temperatura
constante). Considere, por exemplo, a decomposição de N2O5 em NO2 e O2. A Fi-
gura 14.2 apresenta dados da concentração de N2O5 em função do tempo. Calcula-
mos anteriormente que, quando [N2O5] = 0,34 mol/L, a velocidade instantânea de
desaparecimento de N2O5 é 0,0014 mol/L ∙ min. Uma avaliação da velocidade ins-
tantânea da reação quando [N2O5] = 0,68 mol/L revela uma velocidade de 0,0028
mol/L ∙ min. Isto é, dobrando a concentração de N2O5, dobra-se a velocidade da
reação. Um exercício semelhante mostra que, se [N2O5] for 0,17 mol/L (metade de
0,34 mol/L), a velocidade da reação também é reduzida para metade. A partir desses
resultados, sabemos que a velocidade para essa reação deve ser diretamente propor-
cional à concentração de N2O5.
N2O5 n 2 NO2 + 1⁄2 O2
Velocidade da reação ∝ [N2O5]
em que o símbolo ∝ significa “proporcional a”. Essa proporcionalidade é expressa
pela equação de velocidade
Velocidade da reação = −∆[N2O5]/∆t = k[N2O5]
em que a constante de proporcionalidade, k, é chamada de constante de velocidade.
Essa equação de velocidade mostra que a velocidade da reação é proporcional à
concentração do reagente. Com base nessa equação, podemos determinar que, Expoentes em Concentrações
quando [N2O5] é dobrado, a velocidade da reação dobra. de Reagente e em
Em geral, para uma reação do tipo: Estequiometria da Reação É
importante reconhecer que os
a A + b B n x X expoentes m e n não são
a equação de velocidade possui a forma necessariamente os coeficientes
estequiométricos (a e b) da equação
Velocidade de reação = k[A]m[B]n química balanceada.
Constante de Velocidade, k
A constante de velocidade, k, é uma constante de proporcionalidade que relaciona
a velocidade e a concentração a uma determinada temperatura. É uma quantidade
importante porque nos permite encontrar a velocidade da reação para um novo
conjunto de concentrações. Para verificar como utilizar k, considere a substituição
do íon Cl− pela água no agente quimoterápico cisplatina, Pt(NH3)2Cl2.
Reação de Pseudoprimeira
Ordem Na verdade, a reação entre Pt(NH3)2Cl2(aq) + H2O(𝓵) [Pt(NH3)2(H2O)Cl]+(aq) + Cl−(aq)
a cisplatina e água é uma reação de
segunda ordem em que
Velocidade = k[Pt(NH3)2Cl2][H2O]. Se a
reação for feita em um grande
excesso de água, entretanto, a
concentração de água não muda por + +
uma quantidade significativa ao
longo do curso da reação, ou seja,
[H2O] = constante. Sob essas
circunstâncias, diz-se que a reação é
realizada sob condições de
pseudoprimeira ordem, e a lei de A lei de velocidade para esta reação é
velocidade é dada pela velocidade da Velocidade da reação = −∆[Pt(NH3)2Cl2]/∆t = k[Pt(NH3)2Cl2]
equação =k′[Pt(NH3)2Cl2] em que k′ =
k[H2O]. e a constante de velocidade, k, é 0,27/h a 25 °C. Sabendo que k permite-lhe calcular
a velocidade em uma concentração específica de reagente – por exemplo, quando
[Pt(NH3)2Cl2] = 0,018 mol/L:
Velocidade da reação = (0,27/h)(0,018 mol/L) = 0,0049 mol/L ∙ h
Conforme notado anteriormente, as velocidades da reação têm unidades de
mol/L ∙ tempo quando as concentrações são dadas em mols por litro. As constantes
Tempo e Constantes de
de velocidade devem ter unidades consistentes com as unidades dos outros termos
Velocidade O tempo em uma
constante de velocidade pode ser na equação de velocidade.
segundos, minutos, horas, dias, anos, ou
em qualquer unidade de tempo que
• Reações de primeira ordem: as unidades de k são 1/tempo.
seja apropriada. A fração 1/tempo pode • Reações de segunda ordem: as unidades de k são mol/L ∙ tempo.
também ser escrita como tempo−1. Por
exemplo, 1/y é equivalente a y−1, e 1/s é
• Reações de ordem zero: as unidades de k são mol/L ∙ tempo.
equivalente a s−1. Por fim, você deve reconhecer que as reações podem variar de extremamente lenta
a rápida como um relâmpago, e isso é refletido na ampla variação de valores de k. A
reação de platina acima tem um valor de k de 0,27/h a 25 °C. Em contraste, a sacarose
decompõe-se em uma reação de primeira ordem à frutose e glucose com uma cons-
tante de velocidade de 0,0036/h a 25 °C. E a combinação muito rápida de átomos I
para formar moléculas de I2 na fase gasosa tem k = 4 × 1011 mol/L a 23 °C.
E x E m p lO 14 . 3
Determinando uma Equação de Velocidade
Problema A velocidade da reação entre CO e NO2 a 540 K
CO(g) + NO2(g) n CO2(g) + NO(g)
foi medida começando com várias concentrações de CO e NO2. Determine a equação de
velocidade e o valor da constante de velocidade.
Compare as velocida-
E T A P A 1. Se [R] dobra e a velocidade dobra do experimento 1 ao 2, então n = 1. Se [R] dobra e a
des para dois experimentos, velocidade aumenta por um fator 4, então n = 2. Se a velocidade é inalterada, então n = 0.
onde a concentração do
reagente A é constante e a do
reagente B é variada Solução Nos três primeiros experimentos, a concentração de CO é mantida constante.
No segundo experimento, a concentração de NO2 foi duplicada em relação ao experi-
Forneça a dependência da mento 1, levando a um aumento da velocidade para o dobro. Como a velocidade foi do-
velocidade em um reagente (B) brada, a reação é de primeira ordem em NO2.
Compare as velocida-
E T A P A 2.
Isso é confirmado pelo experimento 3. Diminuir [NO2] no experimento 3 para a metade do
des para dois experimentos em seu valor original faz com que a velocidade diminua pela metade.
que a concentração do reagente
B é constante e a do reagente Os dados nos experimentos 1 e 4 (com [NO2] constante) mostram que a duplicação da [CO]
A é variada. dobra a velocidade, e os dados dos experimentos 1 e 5 mostram que, ao triplicar a concen-
tração de CO, a velocidade é triplicada. Esses resultados indicam que a reação é de primeira
Forneça a dependência de ordem em [CO]. Desse modo, sabemos agora que a equação de velocidade é
velocidade no outro reagente (A)
Velocidade de reação = k[CO][NO2]
Utilize a dependência de
E T A P A 3. A constante de velocidade, k, pode ser encontrada pela inserção de dados para um dos ex-
velocidade em A e B para escrever
perimentos na equação de velocidade. Utilizando dados do experimento 1, por exemplo,
a equação de velocidade.
8 4 4
Velocidade 3,4 10 mol/L h k(5,10 10 mol/L)(0,350 10 mol/L)
Velocidade = k [A]n[B]m
k = 1,9 L/mol ∙ h
Substitua os dados de
E T A P A 4. Pense bem antes de responder Para verificar sua resposta, calcule k para dois
velocidade para um experimento
na equação de velocidade para
ou mais dos experimentos. Se os valores determinados para k diferem significativamente,
calcular k. então, saberá que você cometeu um erro no cálculo das ordens de reação. A mesma lei de
velocidade seria aplicada se as reações fossem realizadas sob uma temperatura diferente,
Valor da constante de velocidade k porém, a constante de velocidade k teria um valor diferente.
John R. Townsend
David A. Treichel
QUÍMICA GERAL,
Paul M. Treichel
norte-americana
John C. Kotz
Tradução da 9a edição
David A. Treichel norte-americana
Frederick A. Bettelheim,
William H. Brown, Mary K. Campbell
e Shawn O. Farrell
e Reações Químicas
2
INTRODUÇÃO À
Tradução da
BIOQUÍMICA
9ª edição
volume
norte-americana Tradução da 9a edição
norte-americana
Frederick A. Bettelheim,
e Reações Químicas
William H. Brown, Mary K. Campbell
e Shawn O. Farrell
Esta obra fornece uma visão geral dos princípios da química, da reatividade dos
elementos químicos e de seus compostos e das aplicações da química.
Para atingir esses objetivos, mostra a íntima relação entre as observações que os INTRODUÇÃO À
químicos fazem das mudanças químicas e físicas em laboratório e na natureza,
QUÍMICA ORGÂNICA
e a maneira como essas mudanças são vistas nos níveis atômico e molecular.
Os autores mostram que a química não é somente uma história vívida, mas Tradução da 9a edição
também dinâmica, com importantes desenvolvimentos que ocorrem a cada norte-americana
ano. Além disso, fornecem algumas percepções sobre os aspectos químicos
2
e Reações Químicas
Frederick A. Bettelheim,
2
do mundo ao nosso redor. William H. Brown, Mary K. Campbell
volume
Neste volume: cinética química: as velocidades das reações químicas; prin- e Shawn O. Farrell
cípios da reatividade química: equilíbrios; princípios de reatividade quími-
volume
ca: a química dos ácidos e bases; princípios da reatividade química: outros
aspectos do equilíbrio aquoso; princípios de reatividade química: entropia e QUÍMICA geral e
energia livre; princípios de reatividade química: reações de transferência de reações químicas –
elétrons; química ambiental: meio ambiente, energia e sustentabilidade; a Volume 1
química dos elementos do grupo principal; a química dos elementos de tran-
Tradução da 9a edição
sição; carbono: mais que um elemento; bioquímica; química nuclear.
norte-americana
Aplicações: Pode ser utilizado nos cursos de química em geral, graduação em
Tradução da John C. Kotz, Paul M. Treichel,
Química, Biologia, Física, Engenharias, Geologia, Oceanografia, Ciências Am- 9ª edição John R. Townsend e David A. Treichel
bientais, Farmácia, Medicina, entre outros. norte-americana
isbn 13 978-85-221-1829-8
isbn 10 85-221-1829-9