Você está na página 1de 25

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

Bacias Sedimentares
Quaternárias em Moçambique
Zonas Quaternárias em Moçambique
de S para N:
1. Bacia Meridional
2. Bacia do Limpopo
3. Zona Centro-Costeira
4. Zona Centro-Oeste
5. Faixa Costeira de Pebane-
Nacala
6. Bacia do Rovuma
7. Quaternário sobre o
Embasamento
1. Bacia Meridional
(fig. 61, fig.62, fig. 63)

O relevo do Karoo N-S é Retomada da terraços fluviais (Qt)


levantado erosão que se depósitos fluvio-lacustres
Durante o Pleistocénico manisfesta por (Qpi)
Depósitos fluviais (Qps)
1. Bacia Meridional
(fig. 61, fig.62, fig. 63)

• Denominada por Dunas interiores (Qd) fixas e


consolidadas, desde a Manhiça até a Ponta de Ouro;

• Ao longo da costa entre o Bilene e Ponta de Ouro,


ocorrem Dunas Costeiras (Qdc) em faixas de 10 km
de largura e mais recentes que as anteriores;

• As dunas assentam sobre os depósitos fluviais


(Qps), que têm no topo uma superfície de
aplanamento;
1. Bacia Meridional
(fig. 61, fig.62, fig. 63)

• Os depósitos fluviais (Qps) assentam em


discordância sobre o Precâmbrico, o karoo e o
Meso-Cenozóico;

• Os Aluviões recentes (Qa) dispõem-se ao longo dos


rios (Maputo, Tembe, Matola e Incomáti) e em zonas
baixas pantanosas com influência marinha (baixa do
Rio Maputo, Lagoa Piti). Os terraços fluviais (Qt)
ocorrem ao longo de alguns rios, são os mais ou
menos endurecidos. Os mais representativos
encontram-se na baixa do Rio Impaputo e a Sul de
Xinavane.
2. Bacia do Limpopo
(fig. 61, fig. 62, fig.63)

• Distiguem-se duas zonas:


a) Zona costeira : com dunas interiores (Qd) fixas e
consolidadas, orientadas ENE-WSW e dunas
costeiras (Qdc) mais recentes ao longo de toda a
costa;

b) Zona interior : até a fronteira , recoberta por


depósitos fluvio-lacustrinos (Qpi) e fluviais
(Qps), como anteriormente, em discordância
sobre o Precâmbrico, o Karoo e o Meso-
Cenozóico.
2. Bacia do Limpopo
(fig. 61, fig. 62, fig.63)

• Os depósitos lacustres (Qps) e fluvio-lacustres


(Qps) preenchem grabens N-S e NNW-SSE,
que são reactivações da tectónica de idade
Karoo;

• Os calcários lacustres (Qcl) preenchem estes


grabens e afloram nas zonas de Funhalouro,
Mazenga, Balane e entre Funhalouro e
Mabote;
2. Bacia do Limpopo
(fig. 61, fig. 62, fig.63)

• Os aluviões recentes (Qa):


– Nos grabens;
– Ao longo dos Rios Limpopo, dos Elefantes,
Changane, a N de Inharrime, etc);
– A volta das lagoas de Inharrime e Marângua;
– Em baixas pantanosas com influência marinha
(Jangamo, Sul de Vilanculo e foz do Rio save)
2. Bacia do Limpopo
(fig. 61, fig. 62, fig.63)

• Os terraços fluviais (Qt) são frequentes ao


longo dos Rios Limpopo e dos Elefantes;

• Ao longo de toda a costa há cordões de Grés


Costeiros (Qac) como os da Ponta de Ouro, da
Inhaca, da Závora, do Tofo, etc
3. Zona Centro-Costeira
(fig.64, fig. 65)

• Localiza-se na zona costeira desde o Save a


Pebane, incluindo o Delta do zambeze.

• Episódios a considerar:
i. O graben de Urema era o vale do Rio Zambeze e
o seu delta a actual foz do Rio Púngoè;
ii. O levantamento do Planalto de Cheringoma
provoca rearranjo da rede fluvial.
3. Zona Centro-Costeira
(fig.64, fig. 65)

• A maioria da zona está coberta por Aluviões (Qa) do Delta


do Rio Zambeze;

• Ao longo da costa, o Delta do Zambeze está debruado por


pequenas manchas de dunas interiores (Qd);

• É notória a ausência de Dunas Costeiras (Qdc) so


contrário da bacia sul do Rio Save;

• Junto à foz de alguns braços do Delta do Zambeze


ocorrem Aluviões com influência marinha (Qaa);
3. Zona Centro-Costeira
(fig.64, fig. 65)
• A sul do Rio Zambeze ocorrem Formações argilosas fluvio-
lacustres (Qpi) e argilo-arenosas fluviais (Qps), ambas com
superficies de aplanamento no topo;

• A norte do Rio Zambeze, continuam os mesmos depósitos,


sendo o Qps substituído por Depósitos de piedmonte (Qp) por
alturas de Namacurra;

• A sul da Beira dominam os depósitos Qps e Qpi, com a franja


costeira de Aluviões (Qa);

• As Dunas Costeiras (Qdc) aparecem em pequenos cordões e as


dunas interiores (Qd) só ocorrem entre Sofala e o Rio Buzi.
4. Zona Centro-Oeste
(fig. 66)
• Localiza-se no Graben de Urema, na sua continuação
para os Grabens do Chire e do Niassa e no curso médio
do Rio Zambeze;
• Os Aluviões (Qa) ocorrem preenchendo os Grabens de
Urema e do Chire, bem como ao longo do Rio zambeze e
seus afluente.

• Os terraços fluviais (Qt) são frequentes:


– Ao longo dos Rios Zambeze, Luia e Mazoe;
– Em grandes manchas a norte da Província de Tete: R.
N´Condedzi, R. Mavúdzi, R. Tembuè, e Rio Aruângua;
– Ao longo do Rio Lucare em Manica.
4. Zona Centro-Oeste
(fig. 66)

• O contacto do Quaternário com o Precâmbrico,


o Karoo, o Mesozóico e/ou Terciário faz-se
normalmente por falhas limitrofes dos grabens;
nestas zonas são comuns os Cones de Dejecção
(Qc) como em Manica, Inhaminga, Chire (até ao
Lago Amaramba) e em Mágoè (Tete).
5. Faixa Costeira Pebane-Nacala (fig. 67)

• Importante devido ao seu conteúdo de minerais


pesados;

• Os Aluviões (Qa) e os aluviões fluvio-marinhos (Qaa)


são frequentes ao longo e nas fozes dos rio (caso dos
Rios Licungo, Malema, Molócue, Mecui, Mongicual,
etc);

• As dunas interiores (Qd) ocorrem junto à costa ao


longo de toda faixa. É notória a ausência de Dunas
Costeiras (Qdc);
5. Faixa Costeira Pebane-Nacala
(fig. 67)

• Os Grés Costeiros (Qac) são muito frequentes e constituem


o substrato de muitas ilhas ao longo de costa (exemplo, a
Ilha de Moçambique);

• Os depósitos de Piedmonte (Qp) ocorrem em manchas


isoladas ao contacto com o Precâmbrico: Pebane,
Moebasse, NE de Moma, Angoche, Monjicual-Condúcia,
Nacala, etc;

• Verifica-s sedimentação marinha com sedimentos trazidos


do Delta do Rio Zambeze por correntes SW-NE.
6. Bacia do Rio Rovuma (fig. 67)
• Abrenge a zona desde a foz do Rio Lúrio até ao
Rovuma;

• Dominam depósitos de piedmonte (Qt);


assentando sobre o Cretácico e o Terciário,
desde Pemba ao Rio Rovuma;

• Os Aluviões (Qa) e os Aluviões fluvio-marinhos


(Qaa) aparecem ao longo das embarcações dos
Rios Rovuma, Messalo, Montepuez, Muaguide e
Lurio;
6. Bacia do Rio Rovuma (fig. 67)
• Os grés costeiros (Qac) estão muito
desenvolvidos nesta bacia, ocorrendo grandes
manchas entre Quionga e Palma, em frente a
Ilha Vamizi, entre Mocimboa da Praia e a foz do
Rio Messalo e entre esta e Pemba. As Ilhas
Quirimbas são todas em Qac;

• Ao longo da costa entre Pemba e o Rio Lúrio


ocorrem dunas interiores (Qd).
7. Cobertura do Embasamento
• São camadas de solos arenosos finos coroados por
superfícies de alteração a vermelhada, parcialmente
encouraçadas;

• Entre Muoco e Murrupala há perfís lateríticos com


20 metros encimados por uma couraça de 3 a 7
metros;

• Aluviões depositados ao longo dos rios actuais,


cortando ou não formações quaternárias anteriores.

Você também pode gostar