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Apostila-Redemocratizaà à o Do Brasil
Apostila-Redemocratizaà à o Do Brasil
do Brasil
No final dos anos 1970 a Ditadura Militar Brasileira dava sinais de esgotamento. A
crise econômica que assolava o mundo depois de 1973 (Crise do Petróleo)
impossibilitava o “Milagre Brasileiro” de continuar. A pressão popular por
democracia somava-se aos problemas econômicos e levava os militares a iniciar a
abertura “lenta, gradual e segura” desde o governo Geisel.
Em 1979 a Lei da Anistia perdoou os inimigos da Ditadura e permitiu que muitos
intelectuais e artistas voltassem de seus exílios no exterior. No início dos anos 80, o
pluripartidarismo e as eleições diretas em estados e capitais voltavam. Havia o
desmonte gradual de todo o aparato de censura e repressão da ditadura.
Mesmo com a derrota da Emenda Dante de Oliveira (1984), proposta de emenda
nascida do movimento Diretas Já em 1984, o regime militar chegaria ao fim na última
eleição indireta de nosso país em 1985, quando Tancredo Neves e José Sarney
venceram o pleito para presidência.
Iniciava o período da Redemocratização, que teria que conviver com a herança
militar do endividamento e a inflação. Desde então, constrói-se mais um capítulo da
história do Brasil.
MORATÓRIA
Em 1987, devido aos problemas econômicos, o Brasil acabou por declarar a
“Moratória Técnica” (impossibilidade de pagar os juros da dívida externa).
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Um dos pontos positivos do governo Sarney foi a promulgação da nova constituição
brasileira, que colocou (pelo menos em teoria) o nosso país como um dos mais
democráticos do mundo.
CARACTERÍSTICAS:
— democracia liberal, com separação dos 03 poderes e eleição direta dos principais
cargos;
— possibilidade de 2º turno nas eleições para cargo de presidente, governador e
municípios com mais de 200.000 eleitores;
— voto obrigatório entre 18 e 70 anos, facultativo aos analfabetos e jovens dos 16 aos
18 anos;
— liberdade sindical e garantia do direito de greve;
— nacionalismo econômico, com reserva de determinadas atividades ao Estado;
— intervenção do Estado na economia;
— direitos trabalhistas e assistência social para população;
— descentralização administrativa e financeira; — racismo considerado crime
inafiançável;
— previa plebiscito para 05 anos após promulgação da constituição para definir forma
de governo: presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia.
Com isso, o plano pretendia tornar a economia brasileira mais eficiente, com um Estado
mais “enxuto” e um setor privado voltado para a adequação à concorrência com
produtos estrangeiros. Pretendia também a entrada de grande volume de mercadorias
importadas a preços baixos, uma vez que seus impostos haviam sofrido cortes, para,
assim, favorecer a queda da inflação.
Nos primeiros meses, o plano obteve a queda da inflação e a contenção do consumo;
logo em seguida, no entanto, o país mergulhou em profunda recessão. O nível de
atividade industrial despencou com a concorrência estrangeira, só agravando o
quadro social. As demissões se multiplicaram num nível alarmante, tendência mantida
nos anos seguintes.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo.
História para o Ensino Médio. Scipione, 2001.
Assumiu o poder após Collor, seu vice, Itamar Franco. No seu governo ocorreu
um período de tranquilidade política com economia dando sinais de melhora,
voltando a crescer chegando a atingir, em 1994, a taxa de 5%. Porém, o grande
destaque do Governo Itamar Franco ficou por conta do novo plano econômico, o
Plano Real , do ministro Fernando Henrique Cardoso.
O PLANO REAL
— Contenção da inflação sem congelamento de preços ou confiscos;
— Criação da URV (Unidade Real de Valor) como moeda referência para o futuro
Real;
— Real: equivalência com o Dólar (1x1); — Abertura econômica.
PRINCIPAIS DESTAQUES
— Aproximação com os países em desenvolvimento (China, África do Sul, México, Índia,
etc.);
— Fortalecimento do MERCOSUL e não adesão à proposta da ALCA (Área de Livre
Comércio das Américas);
— Programas sociais: Bolsa Escola, Bolsa Família, Fome Zero;
— Contexto de crescimento da classe média e diminuição dos brasileiros abaixo da
linha da miséria;
— PAC – programa de aceleração do crescimento;
— Brasil = liderança da América Latina e um dos líderes do G20 (grupo de “oposição”
ao G8);
- Investimentos em Universidades Federais, com a expansão dos campi e criação do
Pro-UNI.
— Escândalos de Corrupção, com destaque para o “Mensalão” (julgado em 2013);
— Grande aprovação popular, encerrando o mandato com aprovação de 83%.