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02 – APOSTILA DE MATEMÁTICA – CONCURSO OGMO ES 2011

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BOA SORTE!
CONTEÚDO:
1. Conjuntos numéricos: operações fundamentais de adição, subtração, divisão e
multiplicação.
2. Frações ordinárias e decimais, números decimais.
3. Sistema métrico decimal, medidas de tempo e de ângulos.
4. Razão, proporção, porcentagem, divisão proporcional
5. Regra de três simples e composta.
6. Áreas das principais figuras planas.
7. Equações e inequações de 1o e 2o graus.
8. Sistemas de equações.
9. Juros simples
10. Sequências numéricas.
11. Funções e gráficos.

1. Conjuntos numéricos: operações fundamentais de adição, subtração, divisão e


multiplicação.

As expressões numéricas, como são conhecidas, podem ser definidas através de um conjunto de
operações fundamentais. As operações que podemos encontrar são: radiciação, potenciação,
multiplicação, divisão, adição e subtração. Como uma expressão numérica é formada por mais de
uma operação, devemos saber que resolvemos primeiramente as potências e as raízes (na ordem que
aparecerem), depois a multiplicação ou divisão (na ordem) e por último adição e subtração (na
ordem).

É comum o aparecimento de sinais nas expressões numéricas, eles possuem o objetivo de organizar
as expressões, como: ( ) parênteses, [ ] colchetes e {} chaves, e são utilizados para dar preferência
para algumas operações. Quando aparecerem em uma expressão numérica devemos eliminá-los,
essa eliminação irá acontecer na seguinte ordem: parênteses, colchetes e, por último, as chaves.

Veja alguns exemplos da resolução de algumas expressões numéricas.

8 – [– (6 + 4) + (3 – 2 – 1)] = resolva primeiro os parênteses.


8 – [– 10 + (1 – 1)] =
8 – [– 10 + 0 ] = resolva os colchetes.
8 – [– 10] = faça o jogo de sinais para eliminar o colchete.
8 + 10 = 18
O valor numérico da expressão é 18.

– 62 : (– 5 + 3) – [– 2 * (– 1 + 3 – 1)² – 16 : (– 1 + 3)²] = elimine parênteses.


– 62 : (– 2) – [– 2 * (2 – 1)² – 16 : 2²] = continue eliminando os parênteses.
– 62 : (– 2) – [– 2 * 1 – 16 : 2²] = resolva as potências dentro do colchetes.
– 62 : (– 2) – [– 2 * 1 – 16 : 4] = resolva as operações de multiplicação e divisão nos colchetes.
– 62 : (– 2) – [– 2 – 4] =
– 62 : (– 2) – [– 6] = elimine o colchete.
– 62 : (– 2) + 6 = efetue a potência.
31 + 6 = 37 efetue a adição.
O valor numérico da expressão é 37.
Nesses conjuntos aplicaremos as quatro operações básicas: adição, subtração, multiplicação e
divisão. Algumas regras essenciais serão apresentadas durante a resolução detalhada dos exemplos.
Adição
Exemplo 1
(+8) + (+10) = + 8 + 10 (eliminamos os parênteses e conservamos os sinais dos números)
+ 8 + 10 = + 18 (quando os sinais são iguais, somamos os números e conservamos o sinal)
Exemplo 2
(–12) + (–12) = – 12 – 12 (eliminamos os parênteses e conservamos os sinais dos números)
–12 – 12 = – 24 (quando os sinais são iguais, somamos os números e conservamos o sinal)
Exemplo 3
(+15) + (–12) = +15 – 12 (eliminamos os parênteses e conservamos os sinais dos números)
+15 – 12 = + 3 (quando os sinais são diferentes, subtraímos os números e conservamos o sinal do
número de maior módulo)
Subtração
Exemplo 1
(+12) – (+6) = + 12 – 6 (eliminamos os parênteses e invertemos o sinal do número após a
subtração)
+12 – 6 = + 6 (quando os sinais são diferentes, subtraímos os números e conservamos o sinal do
número de maior módulo)
Exemplo 2
(–32) – (–35) = – 32 + 35 (eliminamos os parênteses e invertemos o sinal do número após a
subtração)
– 32 + 35 = + 3 (quando os sinais são diferentes, subtraímos os números e conservamos o sinal do
número de maior módulo)
Exemplo 3
(–12) – (+9) = – 12 – 9 (eliminamos os parênteses e invertemos o sinal do número após a subtração)
– 12 – 9 = – 21 (quando os sinais são iguais, somamos os números e conservamos o sinal)
As situações apresentadas na utilização da adição e da subtração podem ser relacionadas com
movimentações bancárias. Se o saldo de uma pessoa é de R$ 100,00, e o banco resolve pagar um
cheque no valor de R$ 120,00, a pessoa fica com um saldo negativo de R$ 20,00, isto é, + 100 –
120 = – 20. O banco utiliza o sinal negativo para demonstrar que a pessoa está devendo a quantia.
Caso a pessoa tenha um saldo negativo de R$ 90,00 e realize um depósito de R$ 200,00, seu saldo
passa a ser positivo de R$ 110,00, isto é, – 90 + 200 = + 110. Nesse caso, o banco utilizará o
número sem o sinal de positivo, considerando que os números positivos não precisam ser
acompanhados do sinal de +.
Multiplicação e Divisão
A multiplicação e a divisão utilizam a mesma regra de jogo dos sinais. Observe:
(+)x(+)=(+)
(+)x(–)=(–)
(–)x(–)=(–)
(–)x(–)=(+)
(+):(+)=(+)
(+):(–)=(–)
(–):(–)=(–)
(–):(–)=(+)
Exemplos
Multiplicação
Exemplo 1
(+5) x (+8) = + 40 (multiplicação entre dois números positivos terá como resultado um número
positivo)
Exemplo 2
(+9) x (–12) = – 108 (multiplicação entre um número positivo e um número negativo terá como
resultado um número negativo)
Exemplo 3
(–10) x (–12) = + 120 (multiplicação entre dois números negativos terá como resultado um número
positivo)
Divisão
Exemplo 1
(+32) : (+4) = + 8 (divisão entre dois números positivos terá como resultado um número positivo)
Exemplo 2
(–100) : (+20) = – 5 (divisão entre um número negativo e um número positivo terá como resultado
um número negativo)
Exemplo 3
(–81) : (–3) = + 27 (divisão entre dois números negativos terá como resultado um número positivo)
2. Frações ordinárias e decimais, números decimais.

Frações Ordinárias em Números Decimais


Já aprendemos que para transformarmos uma fração não decimal ( fração ordinária ) em um número
decimal basta dividirmos o numerador pelo denominador da fração.
Estudaremos agora as três maneiras como isso ocorre, e para tal transformemos as frações
ordinárias em números decimais.

1º Caso : Ao transformarmos a fração em um número decimal, encontraremos 0,75 e


resto zero. Nesse caso diremos que a fração se converte num número decimal exato, ou numa
decimal exata.

2 º Caso : Ao transformarmos a fração num número decimal, encontraremos 1,666... e o


resto 2, que se repete indefinidamente. Nesse caso diremos que a fração se converte num número
decimal periódico, ou numa dízima periódica. O algarismo 6 que se repete indefinidamente é
chamado período da dízima. A dízima 1,666... é uma dízima periódica simples, já que, logo após a
vírgula vem o período 6.

3º Caso : Ao transformarmos a fração num número decimal, encontraremos 0,58333... e


o resto 4, que se repete indefinidamente. Nesse caso diremos que a fração se converte
num número decimal periódico, ou numa dízima periódica. O número 3 é o período da dízima e o
número 58 que o antecede é chamado de parte não periódica, não período ou ante-período. A dízima
0,58333 ... é uma dízima periódica composta, já que após a vírgula vem o ante-período 58 e
somente após vem o período 3.

II – Notação de uma Dízima Periódica


Uma Dízima Periódica poderá ser representada de três formas diferentes :

III – Os Casos da Conversão de Frações Ordinárias em Números Decimais


1º Caso : Número Decimal Exato – Uma fração ordinária e irredutível se transformará numa
decimal exata quando seu denominador contiver apenas os fatores primos 2 , 5 ou 2 e 5. O número
de ordens, ou casas decimais, será dado pelo maior expoente dos fatores 2 ou 5.
Exemplo 1 : A fração ordinária e irredutível 7/4 se converterá numa decimal exata já que o seu
denominador 4 só contém o fator primo 2 ( 4 = 22 ). Essa decimal exata terá 2 casas decimais, já
que o expoente do fator 2 é 2
Exemplo 2 : A fração ordinária e irredutível 71/125 se converterá numa decimal exata já que o seu
denominador 125 só contém o fator primo 5 ( 125 = 53 ). Essa decimal exata terá 3 casas decimais,
já que o expoente do fator 5 é 3
Exemplo 3 : A fração ordinária e irredutível 93/80 se converterá numa decimal exata já que o seu
denominador 80 só contém os fatores primos 2 e 5 ( 40 = 24 x 5 ). Essa decimal exata terá 4 casas
decimais, já que o expoente do fator 2 é 4
2º Caso : Dízima Periódica Simples – Uma fração ordinária e irredutível se transformará numa
Dízima Periódica Simples quando seu denominador contiver apenas fatores primos diferentes dos
fatores primos 2 , 5 ou 2 e 5.
Exemplo 4 : A fração ordinária e irredutível 16/9 se converterá numa Dízima Periódica Simples já
que o seu denominador 9 só contém o fator primo 3 ( 9 = 32 )
Exemplo 5 : A fração ordinária e irredutível 43/77 se converterá numa Dízima Periódica Simples já
que o seu denominador 77 só contém os fatores primos 7 e 11 ( 77 = 7 x 11)
Exemplo 6 : A fração ordinária e irredutível 8/117 se converterá numa Dízima Periódica Simples já
que o seu denominador 117 só contém os fatores primos 3 e 13 ( 117 = 32 x 13 )
3º Caso : Dízima Periódica Composta – Uma fração ordinária e irredutível se transformará numa
Dízima Periódica Composta quando seu denominador, além dos fatores primos 2 , 5 ou 2 e 5,
contiver outros fatores primos quaisquer. O número de ordens, ou casas decimais, do ante-período
será dado pelo maior expoente dos fatores 2 ou 5.
Exemplo 7 : A fração ordinária e irredutível 2/15 se converterá numa Dízima Periódica Composta já
que o seu denominador 15 contém além do fator primo 3, o fator primo 5 ( 15 = 3 x 5 ). Essa
Dízima Periódica Composta terá um ante-período com 1 casa decimal, já que o expoente do fator 5
é 1.
Exemplo 8 : A fração ordinária e irredutível 75/52 se converterá numa Dízima Periódica Composta
já que o seu denominador 52 contém além do fator primo 2, o fator primo 13 ( 52 = 22 x 13 ). Essa
Dízima Periódica Composta terá um ante-período com 2 casas decimais, já que o expoente do fator
2 é 2.
Exemplo 9 : A fração ordinária e irredutível 7/680 se converterá numa Dízima Periódica Composta
já que o seu denominador 340 contém além dos fatores primos 2 e 5, o fator primo 17 ( 680 = 23 x
5 x 17 ). Essa Dízima Periódica Composta terá um ante-período com 3 casas decimais, já que o
expoente do fator 2 é 3

IV – GERATRIZ DE UMA DÍZIMA PERIÓDICA


Definimos Geratriz de uma dízima periódica como sendo a fração ordinária que originou essa
dízima.
Exemplo 1 : 1/3 é a geratriz da dízima periódica simples 0,333...
Exemplo 2 : 23/30 é a geratriz da dízima periódica composta 0,7666...

V – GERATRIZ DE UMA DÍZIMA PERIÓDICA SIMPLES


A geratriz de uma dízima periódica simples é a fração cujo numerador é o período e cujo
denominador é formado por tantos “noves” quantos forem os algarismos do período. Se a dízima
possuir parte inteira, ela deve ser incluída à frente dessa fração, formando um número misto.
Exemplo 1 : Calcular a geratriz de 0,555...

Exemplo 2 : Calcular a geratriz de 1,363636...

Exemplo 3 : Calcular a geratriz de 2,006006006...

VI - GERATRIZ DE UMA DÍZIMA PERIÓDICA COMPOSTA


A geratriz de uma dízima periódica composta é a fração cujo numerador é o ante-período, acrescido
do período e diminuído do ante-período e cujo denominador é formado por tantos “noves” quantos
forem os algarismos do período, acrescido de tantos “zeros” quantos forem os algarismos do ante-
período. Se a dízima possuir parte inteira, ela deve ser incluída à frente dessa fração, formando um
número misto.
Exemplo 1 : Calcular a geratriz de 0,03666...

Exemplo 2 : Calcular a geratriz de 1,4(30)


Exemplo 3 : Calcular a geratriz de 2,14272727...

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Em problemas e expressões, toda dízima periódica deve ser convertida em sua fração geratriz e
somente aí serem efetuadas as operações necessárias.

Exercícios Propostos :
I – Determine a natureza de cada uma das frações quando convertidas em números decimais. Se a
resposta for uma decimal exata, determine o número de casa decimais e se for uma dízima periódica
composta determine o número de casa decimais do ante-período.

01) 02) 03)

04) 05) 06)

07) 08) 09)

10) 11) 12)

13 – Determine todos os valores possíveis de para que a fração se converta


numa decimal exata com três casas decimais.

14 – Determine os valores naturais de m e p para a fração se


converta numa decimal exata com 4 ordens decimais e tenha o maior valor possível.

15 – Que relação deve haver entre a e b de modo que a fração seja a geratriz de uma
dízima periódica simples.

16 – Determine o valor mínimo da soma dos naturais de modo que a fração


se converta numa dízima periódica composta com 2 algarismos na parte não periódica.
II – Calcule as geratrizes das dízimas periódicas :
17) 0,555... 18) 1,030303...

19) 2,(36) 20) 0,003003003...

21) 1,(09) 22) 2,027027027...


23) 5,018018018... 24) 0,0666...

25) 1,04727272... 26) 2,06818181...

27) 1,32(4) 28) 1,291666...

29) 1,05(3) 30) 3,61666...

III – Calcule o valor das expressões abaixo :

31) 32 – 0,(15) – ( 0,333...)2 =


Respostas dos Exercícios
01) D.E. – 3 casas 02) D.P.S.

03) D.P.C. – 2 casas 04) D.P.S.

05) D.P.S. 06) D.P.C. – 3 casas

07) D.P.C. – 3 casas 08) D.E. – 5 casas

09) D.E. – 2 casas 10) D.P.C. – 2 casas

11) D.E. – n casas se n p


12) D.E. – 3 casas

D.E. – p casas se p n

13)

14)

15)

16)
17) 18)

19) 20)

21) 22)

23) 24)

25)

26)

27) 28)

29) 30)

32)

31) Zero

Veja também:
NÚMEROS DECIMAIS:

História

Os números decimais têm origem nas frações decimais. Por exemplo, a fração equivale à fração

que equivale ao número decimal .


Stevin, engenheiro e matemático holandês, em 1585 elaborou um método para efetuar operações
por meio de números inteiros, sem o uso de frações, no qual ordenava os números naturais sobre os
algarismos do numerador, o que indicava a posição a ser ocupada pela vírgula no numeral decimal.

A representação proveniente de frações decimais recebia um traço no numerador indicando o


número de zeros existentes no denominador.

Em 1617 a notação introduzida por Stevin foi adaptada por John Napier, matemático escocês, que
sugeriu o uso de um ponto ou de uma vírgula para separar a parte inteira da parte decimal.
Durante muito tempo os números decimais foram empregados apenas para cálculos astronômicos
em virtude da precisão proporcionada. Esses números simplificaram muito os cálculos e passaram a
ser usados com mais ênfase após a criação do sistema métrico decimal.

Casa decimal
É a posição que um algarismo ocupa após a vírgula em um número decimal.
• Exemplo:
O número decimal 12,34563 tem 5 casas decimais. Observe que no exemplo acima existem 5
algarismos após a vírgula, são eles: o 3, o 4, o 5, o 6, e o 3 novamente.

Nomenclatura
Valor Nome Quantidade de casas decimais
10-1 Décimo 1
10-2 Centésimo 2
10-3 Milésimo 3
10-4 Décimo de milésimo 4
10-5 Centésimo de milésimo 5
10-6 Milionésimo 6
10-7 Décimo de milionésimo 7
10-8 Centésimo de milionésimo 8
10-9 Bilionésimo 9
10-10 Décimo de bilionésimo 10
10-11 Centésimo de bilionésimo 11
10-12 Trilionésimo 12
10-13 Décimo de trilionésimo 13
10-14 Centésimo de trilionésimo 14
10-15 Quatrilhonésimo 15
10-16 Décimo de quatrilhonésimo 16
10-17 Centésimo de quatrilhonésimo 17
10-18 Quintilhonésimo 18
10-19 Décimo de quintilhonésimo 19
10-20 Centésimo de quintilhonésimo 20
Exemplos de decimais
• 0,9
• 0,05
• 0,81
• 0,56
• 0,797
• 0,6786
• 0,78776
• 1,5766786856
• 21,22255555121111

Decimais infinitos
Também podem ser chamados de dízima periódica, caso apresentem repetição, ou números
irracionais
• 1,7575647856487543785348738745374...
• 2,2222222222222222222222222222222...
• 5366576,7558967589675895634896687...
• 67,687764986357348963894439864386...
• 2,4832483248324832483248324832483...

Operações
Adição e subtração
Quando se adiciona um número decimal com outro número decimal, a regra deve ser "Número
inteiro abaixo de número inteiro, vírgula abaixo de vírgula e casa decimal abaixo de casa decimal."
Ex:
1,556
0,30+
——————
1,856
Agora, repare que a regra acima está sendo obedecida, mas não existe nenhum número na ordem
dos milésimos, para se calcular com o "6". Quando não se tem a (s) casa (s) decimal (is) para se
calcular a adição (ou subtração) se adiciona zero, ou repete o valor a ser calculado (no caso, 6).

Multiplicação e divisão

Pela regra prática


Quando se multiplica um número decimal por 10, 100, 1000, ou qualquer outra potência de 10, a
vírgula anda uma casa decimal para a direita, de acordo com o número de zeros no multiplicando.
Isso é chamado de "regra prática".
Ex: 0,56 X 100 = 56
12,00 X 100 = 1200
350,33 X 10 = 3503,3
Do mesmo jeito é a divisão por qualquer potência de 10, só que dessa vez a vírgula anda uma casa
decimal para a esquerda.
Ex: 1200000 ÷ 100000 = 12
5,55 ÷ 10 = 0,555
3. SISTEMA MÉTRICO DECIMAL, MEDIDAS DE TEMPO E DE ÂNGULO:

* Definição
O SISTEMA MÉTRICO DECIMAL é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil
tendo como unidade fundamental de medida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando
padronizar as formas de medição.
Deste os tempos passados os povos criavam seu método próprio de unidades de medidas. Cada um,
desta forma, tinha seus próprios métodos de medição.
Com o comércio crescente e em expansão na época, ficava cada vez mais complicado operar com
tamanha diversidade de sistemas de medidas e a troca de informações entre os povos era confusa.
Assim foi necessário que se adotasse um “sistema padrão” de medidas em suas respectivas
grandezas.
Então no ano de 1971, um grupo de representantes de diversos países reuniu-se para discutir a
forma de adotar um sistema de medidas único que facilitasse a troca de informações entre os povos.
Foi desenvolvido o sistema métrico decimal.
* O metro
O termo “metro” é oriundo da palavra grega “métron” e tem como significado “o que mede”.
Estabeleceu-se no princípio que a medida do “metro” seria a décima milionésima parte da distância
entre o Pólo Norte e Equador, medida pelo meridiano que passa pela cidade francesa de Paris. O
metro padrão foi criado no de 1799 e hoje é baseado no espaço percorrido pela luz no vácuo em um
determinado período de tempo.
* As primeiras medições
No mundo atual, temos os mais diversos meios e instrumentos que permitem ao homem moderno
medir comprimentos. Porém nem sempre foi desta forma, há 3.000 anos, quando não se existia os
recursos atuais, como o homem fazia para efetuar medidas de comprimentos?
Esta necessidade de medir espaços é tão antiga quanto à necessidade de contar. Quando o homem
começou a construir suas habitações e desenvolver sua agricultura e outros meios de sobrevivência
e desenvolvimento econômico, que se fazia necessário medir espaços, então houve ai a necessidade
de se medir espaços.
Desta forma, para medir espaços o homem antigo, tinha como base seu próprio corpo, por isto que
surgiram: polegadas, a braça, o passo, o palmo. Algumas destas medidas ainda são usadas até hoje,
como é o caso da polegada.
Há algum tempo, o povo egípcio usava como padrão para comprimento, o “cúbito”, que é a
distância do cotovelo a ponta do dedo médio.
Como as pessoas, é claro, tem tamanhos diferentes, o “cúbito” variava de uma pessoa para outra,
fazendo com que houvesse muita divergência nos resultados finais de medidas.
Então, vendo este problema de variação de medidas, o povo egípcio resolveu adotar uma outra
forma de medir o “cúbito”, passaram então ao invés de usar seu próprio corpo, a usarem uma barra
de pedra como o mesmo comprimento, assim deu-se origem então o “cúbito padrão”.
Como era impossível realizar medições em extensões grandes, o povo egípcio então começou a usar
cordas, para medir grandes áreas. Tinham nós que eram igualmente colocados em espaços iguais, e
o intervalo entre estes nós, poderia medir “x” cúbitos fixos. Desta forma de medição com cordas,
originou-se o que chamamos hoje de “trena”.
* Múltiplos e submúltiplos do Metro
Como o metro é a unidade fundamental do comprimento, existem evidentemente os seus
respectivos múltiplos e submúltiplos.
Os nomes pré-fixos destes múltiplos e submúltiplos são: quilo, hecto, deca, centi e mili.
Veja o quadro:

Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes áreas/distâncias, enquanto os
submúltiplos para realizar medição em pequenas distâncias.
No caso de haver necessidade de fazer medições milimétricas, onde a precisão é fundamental,
podem-se utilizar as seguintes medições:

No caso de haver necessidade de fazer medições astronômicas, pode-se utilizar a seguinte medição:

Ano-Luz é a distância percorrida pela luz em um ano.


* Nomes e funções de algumas medidas

* Leitura das Medidas de comprimento


Podemos efetuar a leitura corretas das medidas de comprimento com auxilio de um quadro chamado
“quadro de unidades”.
Exemplo: Leia 16,072 m
Após ter colocado os respectivos valores dentro das unidades equivalentes, lê-se a parte inteira
acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal com a unidade de
medida o último algarismo.

Veja outros exemplos de leitura:


8,05 km = Lê-se assim: “Oito quilômetros e cinco decâmetros”
72,207 dam = Lê-se assim: “Setenta e dois decâmetros e duzentos e sete centímetros”
0,004 m = Lê-se assim: “quatro milímetros”
* Transformar unidades
Este é um item que é muito pedido em grande parte de concursos que exigem matemática, e é
justamente onde muitas pessoas que estudam este tema tem comprometido seus resultados.
Observe a tabela abaixo:

Agora observe os exemplos de transformações


1) Transforme 17,475hm em m

Para transformar hm (hectômetro) em m (metro) - observe que são duas casas à direita -
multiplicamos por 100, ou seja, (10 x 10).
17,475 x 100 = 1747,50
Ou seja
17,475 hm é = 1747,50m
2) Transforme 2,462 dam em cm
Para transformar dam (Decâmetro) em cm (Centímetro) – observe que são três casas à direita –
multiplicamos por 1000, ou seja, (10 x 10 x 10).
2,462 x 1000 = 2462
Ou seja
2,462dam é = 2462cm
3) Transforme 186,8m em dam.

Para transformar m (metro) em dam (decâmetro) – observe que é uma casa à esquerda – dividimos
por 10.
186,8 ÷ 10 = 18,68
Ou seja
186,8m é = 18,68dam
4) Transforme 864m em km.

Para transformar m (metro) em km (Kilômetro) – observe que são três casas à esquerda – dividimos
por 1000.
864 ÷ 1000 = 0,864
Ou seja
864m é = 0,864km
Obs. Os quadros das medidas foram colocados em cada operação repetidamente, de propósito, para
que haja uma fixação, pois é fundamental conhecer “decoradamente” estas posições.
Medidas de tempo
Introdução

É comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo:

Qual a duração dessa partida de futebol?

Qual o tempo dessa viagem?

Qual a duração desse curso?

Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?

Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de tempo.

A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.

Segundo

O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas passagens do Sol sobre um
dado meridiano dá origem ao dia solar.

O segundo (s) é o tempo equivalente a do dia solar médio.

As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal.

Múltiplos e Submúltiplos do Segundo

Quadro de unidades

Múltiplos

minutos hora dia


min h d
60 s 60 min = 3.600 s 24 h = 1.440 min = 86.400s
São submúltiplos do segundo:

• décimo de segundo

• centésimo de segundo

• milésimo de segundo

Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h 40 min. Pois o sistema de medidas de tempo não é decimal.

Observe:
Medidas de tempo
Outras importantes unidades de medida:

mês (comercial) = 30 dias

ano (comercial) = 360 dias

ano (normal) = 365 dias e 6 horas

ano (bissexto) = 366 dias

semana = 7 dias

quinzena = 15 dias

bimestre = 2 meses

trimestre = 3 meses

quadrimestre = 4 meses

semestre = 6 meses

biênio = 2 anos

lustro ou qüinqüênio = 5 anos

década = 10 anos

século = 100 anos

milênio = 1.000 anos

MEDIDAS DE ÂNGULOS:

Ângulos
Observe agora dois casos em que as semi-retas de mesma origem estão contidas na mesma reta. Nesses casos, formam-se
também ângulos.

• As semi-retas coincidem. Temos aí o ângulo nulo e o ângulo de uma volta.


• As semi-retas não coincidem. Temos aí dois ângulos rasos ou de meia-volta.

Podemos, então, estabelecer que:

Ângulo é a região do plano limitada por duas semi-retas que têm a mesma origem.
MEDIDA DE UM ÂNGULO

A medida de um ângulo é dada pela medida de sua abertura. A unidade padrão de medida de um ângulo é o grau, cujo símbolo é
º.

Tomando um ângulo raso ou de meia-volta e dividindo-o em 180 partes iguais, determinamos 180 ângulos de mesma medida.
Cada um desses ângulos representa um ângulo de 1º grau (1º).

Para medir ângulos utilizamos um instrumento denominado transferidor. O transferidor já vem graduado com divisões de 1º em
1º. Existem dois tipos de transferidor: Transferidor de 180º e de 360º.

O grau compreende os submúltiplos:


• O minuto corresponde a do grau. Indica-se um minuto por 1'.

1º=60'

• O segundo corresponde a do minuto. Indica-se um segundo por 1''.

1'=60''
Logo, podemos concluir que:

1º = 60'.60 = 3.600''

Quando um ângulo é medido em graus, minutos e segundos, estamos utilizando o sistema sexagesimal.

4. RAZÃO , PROPORÇÃO, PORCENTAGEM, DIVISÃO PROPORCIONAL:

RAZÃO:
Razão ou rácio é a divisão ou relação entre duas grandezas. Razão de um número a para um
número b, sendo b, diferente de zero, é o quociente de a por b.
a : b ou a / b

O número a é chamado de antecedente e o b de consequente.


Assim, o conceito de razão nos permite fazer comparações de grandeza entre dois números. Por
exemplo, para saber quantas vezes o número 100 é maior do que o número 2 (ou em outras
palavras, qual a razão entre 100 e 2), procedemos da seguinte forma:
100 : 2 = 50

Portanto, o número 100 é 50 vezes maior do que o número 2. A razão é a relação entre duas
grandezas que já estão relacionadas, é uma divisão entre dois valores, um exemplo é a razão entre
um perímetro e a medida de uma lado de um triângulo, a razão seria o perímetro dividido pela
medida do lado.

Razão de duas grandezas


A razão de duas ou mais grandezas de mesma espécie é o quociente dos números que expressam as
suas medidas racionais, consideradas na mesma unidade. Grandezas são características dos objetos
possíveis de serem comparadas e cujas medidas podem ser adicionadas, subtraídas ou divididas uma
pela outra. razão vem do latim ratio e envolve a ideia de relação de Euclides(matemático Grego)

Exemplo
O peso de Alberto é 80 kg e o de Valmir é de 60.000 g. Qual a razão entre seus pesos?
Devemos transformar primeiro as grandezas na mesma unidade de medida: 60.000 g = 60 kg
Assim, 80/60 = 4/3 e, portanto, a proporção entre as igualdades é de 3/5
RAZÃO E PROPORÇÃO – RESUMO ESPECIAL:
Razões
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois
números A e B, denotada por:
A

B
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4 porque:
12
=4
3
e a razão entre 3 e 6 é 0,5 pois:
3
= 0,5
6
A razão também pode ser expressa na forma de divisão entre duas grandezas de
algum sistema de medidas. Por exemplo, para preparar uma bebida na forma de suco,
normalmente adicionamos A litros de suco concentrado com B litros de água. A
relação entre a quantidade de litros de suco concentrado e de água é um número real
expresso como uma fração ou razão (que não tem unidade), é a razão:
A
= A/B
B
Exemplo: Tomemos a situação apresentada na tabela abaixo.
Líquido Situação1 Situação2 Situação3 Situação4
Suco puro 3 6 8 30
Água 8 16 32 80
Suco pronto 11 22 40 110
Na Situação1, para cada 3 litros de suco puro coloca-se 8 litros de água, perfazendo o
total de 11 litros de suco pronto.
Na Situação2, para cada 6 litros de suco puro coloca-se 16 litros de água, perfazendo
o total de 24 litros de suco pronto.
Exemplo: Em uma partida de basquete um jogador faz 20 arremessos e acerta 10.
Podemos avaliar o aproveitamento desse jogador, dividindo o número de arremessos
que ele acertou pelo total de arremessos, o que significa que o jogador acertou 1 para
cada dois arremessos, o que também pode ser pensado como o acerto de 0,5 para cada
arremesso.
10 : 20 = 1 : 2 = 0,5

Proporções
Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre A/B e C/D é a
igualdade:
A C
=
B D
Notas históricas: A palavra proporção vem do latim proportione e significa uma
relação entre as partes de uma grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões.
No século XV, o matemático árabe Al-Kassadi empregou o símbolo "..." para indicar
as proporções e em 1.537, o italiano Niccola Fontana, conhecido por Tartaglia,
escreveu uma proporção na forma
6:3::8:4.
Regiomontanus foi um dos matemáticos italianos que mais divulgou o emprego das
proporções durante o período do Renascimento.

Propriedade fundamental das proporções


Numa proporção:
A C
=
B D
os números A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os
meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto
é:
A·D=B·C
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:
3 = 6
4 8
Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja em proporção com
4/6.
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:
x 4
=
3 6
Para obter X=2.

Razões e Proporções de Segmentos


Consideremos dois segmentos AB e CD, cujas medidas são dadas, respectivamente,
por 2cm e 4cm.
A________B, C ______________ D
Comparando os segmentos AB e CD, estabelecemos uma razão entre as suas
medidas.
m(AB) 2
=
m(CD) 4
Podemos também afirmar que AB está para CD na razão de 1 para 2 ou que CD está
para AB na razão de 2 para 1.

Polígonos Semelhantes
Dois polígonos são semelhantes se têm ângulos correspondentes congruentes e os
lados correspondentes proporcionais.
Exemplo: Sejam os triângulos ABC e RST.

Observamos que os ângulos correspondentes possuem as mesmas medidas, denotadas


aqui por, A~R, B~S, C~T e os lados correspondentes são proporcionais.
AB/RS=5/(2,5)=2 BC/ST=4/2=2 AC/RT=3/(1,5)=2

Afirmamos que os polígonos (triângulos) ABC e RST são semelhantes e indicamos


isto por :
ABC ~ DEF

Figuras Semelhantes
Duas figuras são semelhantes quando elas têm a mesma forma com medidas
correspondentes congruentes, ou seja, quando uma é uma ampliação ou redução da
outra. Isto significa que existe uma proporção constante entre elas sem ocorrência de
deformação. A figura final e a figura original são chamadas figuras semelhantes.
As figuras geométricas são semelhantes quando existe uma igualdade entre as razões
dos segmentos que ocupam as correspondentes posições relativas nas figuras.
Exemplo: Nos triângulos

observamos que os ângulos correspondentes possuem a mesma medida, ou seja, A=R,


B=S e C=T e os lados correspondentes são proporcionais.
AB/RS = BC/ST = CA/TR = 2
Assim, os triângulos ABC e DEF são semelhantes e indicamos por:
ABC ~ DEF
Exemplo: O mapa do Brasil está em duas escalas diferentes.

Os dois mapas possuem a mesma forma mas têm tamanhos diferentes. O mapa verde
é uma ampliação do mapa amarelo ou o mapa amarelo é uma redução do mapa verde.

Aplicações práticas das razões


Existem algumas razões especiais muito utilizadas em nosso cotidiano, entre as quais:
velocidade média, escala, densidade demográfica e densidade de um corpo.
1. Velocidade Média: A "velocidade média", em geral, é uma grandeza obtida
pela razão entre uma distância percorrida (expressa em quilômetros ou metros)
e um tempo por ele gasto (expresso em horas, minutos ou segundos).
vmédia = distância percorrida / tempo gasto

Exemplo: Suponhamos que um carro de Fórmula MAT percorreu 328Km em


2h. Qual foi a velocidade média do veículo nesse percurso?

A partir dos dados do problema, teremos:


vmédia = 328 Km / 2h = 164 Km/h
o que significa que a velocidade média do veículo durante a corrida foi de 164
Km/h, ou seja, para cada hora percorrida o carro se deslocou 164 Km.
2. Escala: Uma das aplicações da razão entre duas grandezas se encontra na
escala de redução ou escala de ampliação, conhecidas simplesmente como
escala. Chamamos de escala de um desenho à razão entre o comprimento
considerado no desenho e o comprimento real correspondente, ambos medidos
na mesma unidade.
escala = comprimento no desenho / comprimento real
Usamos escala quando queremos representar um esboço gráfico de objetos
como móveis, plantas de uma casa ou de uma cidade, fachadas de prédios,
mapas, maquetes, etc.
Exemplo: Observemos as figuras dos barcos:

Base menor barco azul/Base menor barco vermelho = 2/4


Base maior barco azul/Base maior barco vermelho = 4/8
Altura do barco azul/Altura do barco vermelho = 3/6
O barco vermelho é uma ampliação do barco azul, pois as dimensões do barco
vermelho são 2 vezes maiores do que as dimensões do barco azul, ou seja, os
lados correspondentes foram reduzidos à metade na mesma proporção.
3. Densidade Demográfica: O cálculo da densidade demográfica, também
chamada de população relativa de uma região é considerada uma aplicação de
razão entre duas grandezas. Ela expressa a razão entre o numero de habitantes e
a área ocupada em uma certa região.
Exemplo: Em um jogo de vôlei há 6 jogadores para cada time, o que significa
6 jogadores em cada lado da quadra. Se, por algum motivo, ocorre a expulsão
de 1 jogador de um time, sendo que não pode haver substituição, observa-se
que sobra mais espaço vazio para ser ocupado pelo time que tem um jogador
expulso. Neste caso, afirmamos que a densidade demográfica é menor na
quadra que tem um jogador expulso e maior na outra quadra.
Exemplo: Um estado brasileiro ocupa a área de 200.000 Km². De acordo com
o censo realizado, o estado tem uma população aproximada de 12.000.000
habitantes. Assim:
dens.demográfica=12.000.000 habitantes/200.000 Km²
densidade demográfica = 60 habitantes/ Km2
Isto significa que para cada 1 Km2existem aproximadamente 60 habitantes.
4. Densidade de um Corpo: Densidade de um corpo é mais uma aplicação de
razão entre duas grandezas. Assim, a densidade (volumétrica) de um corpo é a
razão entre a massa desse corpo, medida em Kg ou gramas e o seu volume,
medido em m³, dm³ ou qualquer outra unidade de volume.
Exemplo: Se uma estátua de bronze possui uma densidade volumétrica de 8,75
kg/dm³ então para cada dm³ há uma massa de 8,75 kg.
Curiosidade:Devido à existência de densidades diferentes, observamos que ao
colocarmos corpos diferentes em um recipiente com água, alguns afundam e
outros flutuam.

Uma bolinha de isopor flutuará na água enquanto que uma de chumbo, de


mesmo volume afundará. Isso ocorre porque a densidade do chumbo é maior
que a densidade do isopor. Algumas substâncias e suas densidades estão na
tabela abaixo:
Substância Densidade [g/cm³]
madeira 0,5
gasolina 0,7
álcool 0,8
alumínio 2,7
ferro 7,8
mercúrio 13,6
5. Pi: Uma razão muito famosa: Os egípcios trabalhavam muito com certas
razões e descobriram a razão entre o comprimento de uma circunferência e seu
diâmetro. Este é um fato fundamental pois esta razão é a mesma para toda
circunferência. O nome desta razão é Pi e seu valor é aproximadamente:
Pi = 3,1415926535
Exemplo: Se C é o comprimento da circunferência e D a medida do diâmetro
da circunferência, temos uma razão notável:
C / D = Pi = 3,14159265358979323846264338327950...
significando que
C = Pi . D
Exemplo: Se a medida do raio de uma circunferência tem 1,5cm então o
perímetro da circunferência é igual a 9,43cm.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS “RAZÃO E PROPORÇÃO”

1) Dois números somados totalizam 510. Sabe-se que um deles está para 8, assim como o outro está
para 9. Quais são os dois números?
Chamemos o primeiro número de a e o outro número de b. Do enunciado, tiramos que a está para 8,
assim como b está para 9. Utilizando-nos da terceira propriedade das proporções temos:

Sabemos que a e b somados resultam em 510, assim como a adição de 8 a 9 resulta em 17.
Substituindo estes valores na proporção teremos:

Portanto:

Chegamos então que os dois números são 240 e 270.

2) Um número a somado a um outro número b totaliza 216. a está para 12, assim como b está para
15. Qual o valor de a e de b?
Recorrendo à terceira propriedade das proporções montamos a seguinte proporção:

Sabemos que a soma de a com b é igual a 216, assim como também sabemos que 12 mais 15
totaliza 27. Substituindo tais valores teremos:

Portanto:

R= Os dois números são 96 e 120.

3) Um número a subtraído de um outro número b resulta em 54. a está para 13, assim como b está
para 7. Qual o valor de a e de b?
Recorremos à terceira propriedade das proporções para montarmos a seguinte proporção:

Sabemos que a diferença entre a e b é igual a 54, e sabemos também que 13 menos 7 dá 6.
Substituindo tais valores teremos:

Portanto:

R= Os dois números são 117 e 63.

4) A diferença entre dois números é igual a 52. O maior deles está para 23, assim como o menor
está para 19. Quais são os números?
Vamos chamar o número maior de a e o menor de b. Do enunciado, a está para 23, assim como b
está para 19. Ao utilizarmos a terceira propriedade das proporções temos:

Sabemos que a menos b é igual a 52, assim como 23 menos 19 é igual a 4. Ao substituirmos estes
valores na proporção teremos:

Portanto:

R= Chegamos então que os dois números são 299 e 247.

5) A idade de Pedro está para a idade de Paulo, assim como 5 está para 6. Quantos anos tem Pedro e
Paulo sabendo-se que as duas idades somadas totalizam 55 anos?
Identifiquemos a idade de Pedro por a e a idade de Paulo por b. A partir do enunciado, temos que a
está para b, assim como 5 está para 6. Utilizando-nos da segunda propriedade das proporções
temos:

Sabemos que a soma a e b resulta em 55, assim como 5 mais 6 resulta em 11. Substituindo estes
valores na proporção temos:

Para calcularmos o valor de a temos:

Portanto:
R= Pedro tem 25 anos e Paulo tem 30 anos.
PORCENTAGEM:
Porcentagem
Praticamente todos os dias, observamos nos meios de comunicação, expressões
matemáticas relacionadas com porcentagem. O termo por cento é proveniente do
Latim per centum e quer dizer por cem. Toda razão da forma a/b na qual o
denominador b=100, é chamada taxa de porcentagem ou simplesmente porcentagem
ou ainda percentagem.
Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais obras de aritmética de
autores italianos do século XV. O símbolo % surgiu como uma abreviatura da palavra
cento utilizada nas operações mercantis.
Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto significa que em cada
100 unidades de algo, tomaremos 10 unidades. 10% de 80 pode ser obtido como o
produto de 10% por 80, isto é:
Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 = 8
Em geral, para indicar um índice de M por cento, escrevemos M% e para calcular M
% de um número N, realizamos o produto:
Produto = M%.N = M.N / 100
Exemplos:
1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão
etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número
par? uantas fichas têm a etiqueta com número ímpar?
Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13
Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com número par e 12 fichas com
número ímpar.
2. Num torneio de basquete, uma determinada seleção disputou 4 partidas na
primeira fase e venceu 3. Qual a porcentagem de vitórias obtida por essa
seleção nessa fase?
Vamos indicar por X% o número que representa essa porcentagem. Esse
problema pode ser expresso da seguinte forma:
X% de 4 = 3
Assim:
(X/100).4 = 3
4X/100 = 3
4X = 300
X = 75

Na primeira fase a porcentagem de vitórias foi de 75%.


3. Numa indústria há 255 empregadas. Esse número corresponde a 42,5% do total
de empregados da indústria. Quantas pessoas trabalham nesse local? Quantos
homens trabalham nessa indústria?
Vamos indicar por X o número total de empregados dessa indústria. Esse
problema pode ser representado por:
42,5% de X = 255
Assim:
42,5%.X = 255
42,5 / 100.X = 255
42,5.X / 100 = 255
42,5.X = 25500
425.X = 255000
X = 255000/425 = 600

Nessa indústria trabalham 600 pessoas, sendo que há 345 homens.


4. Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço
marcado na etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria, qual o preço
original dessa mercadoria?
Seja X o preço original da mercadoria. Se obtive 8% de desconto sobre o preço
da etiqueta, o preço que paguei representa 100%-8%=92% do preço original e
isto significa que
92% de X = 690
logo
92%.X = 690
92/100.X = 690
92.X / 100 = 690
92.X = 69000
X = 69000 / 92 = 750

O preço original da mercadoria era de R$ 750,00.

DIVISÃO PROPORCIONAL:
Divisão em duas partes diretamente proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a p e
q, montamos um sistema com duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma
das partes seja A+B=M, mas
A B
=
p q
A solução segue das propriedades das proporções:
A = B = A+B = M = K
p q p+q p+q
O valor de K é que proporciona a solução pois:
A=KpeB=Kq
Exemplo: Para decompor o número 100 em duas partes A e B diretamente
proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de modo que A+B=100, cuja solução
segue de:
A B A+B 100
= = = = 20
2 3 5 5
Segue que A=40 e B=60.
Exemplo: Determinar números A e B diretamente proporcionais a 8 e 3, sabendo-se
que a diferença entre eles é 60. Para resolver este problema basta tomar A-B=60 e
escrever:
A B A-B 60
= = = =12
8 3 5 5
Segue que A=96 e B=36.

Divisão em várias partes diretamente proporcionais


Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a
p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as
somas X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.
X1 X2 Xn
= = ... =
p1 p2 pn
A solução segue das propriedades das proporções:
X1 X2 Xn X1+X2+...+Xn M
= =...= = = =K
p1 p2 pn p1+p2+...+pn P
Exemplo: Para decompor o número 120 em três partes A, B e C diretamente
proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas
tal que A+B+C=120 e 2+4+6=P. Assim:
A B C A+B+C 120
= = = = =10
2 4 6 P 12
logo A=20, B=40 e C=60.
Exemplo: Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, de
modo que 2A+3B-4C=120.
A solução segue das propriedades das proporções:
A B C 2A+3B-4C 120
= = = = = – 15
2 4 6 2×2+3×4-4×6 -8
logo A=-30, B=-60 e C=-90. Também existem proporções com números
negativos! :-)

Divisão em duas partes inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B inversamente proporcionais a p e
q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais
a 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q.
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas incógnitas tal que A+B=M.
Desse modo:
A B A+B M M.p.q
= = = = =K
1/p 1/q 1/p+1/q 1/p+1/q p+q
O valor de K proporciona a solução pois: A=K/p e B=K/q.
Exemplo: Para decompor o número 120 em duas partes A e B inversamente
proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema tal que A+B=120, de modo que:
A B A+B 120 120.2.3
= = = = = 144
1/2 1/3 1/2+1/3 5/6 5
Assim A=72 e B=48.
Exemplo: Determinar números A e B inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se
que a diferença entre eles é 10. Para resolver este problema, tomamos A-B=10.
Assim:
A B A-B 10
= = = = 240
1/6 1/8 1/6-1/8 1/24
Assim A=40 e B=30.

Divisão em várias partes inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inversamente proporcionais
a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume que X1+X2+...+
Xn=M e além disso
X1 X2 Xn
= = ... =
1/p1 1/p2 1/pn
cuja solução segue das propriedades das proporções:
X1 X2 Xn X1+X2+...+Xn M
= =...= = =
1/p1 1/p2 1/pn 1/p1+1/p2+...+1/pn 1/p1+1/p2+...+1/pn
Exemplo: Para decompor o número 220 em três partes A, B e C inversamente
proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas,
de modo que A+B+C=220. Desse modo:
A B C A+B+C 220
= = = = = 240
1/2 1/4 1/6 1/2+1/4+1/6 11/12
A solução é A=120, B=60 e C=40.
Exemplo: Para obter números A, B e C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, de
modo que 2A+3B-4C=10, devemos montar as proporções:
A B C 2A+3B-4C 10 120
= = = = =
1/2 1/4 1/6 2/2+3/4-4/6 13/12 13
logo A=60/13, B=30/13 e C=20/13.
Existem proporções com números fracionários! :-)

Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a c e d
e inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas
partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta montar um sistema com
duas equações e duas incógnitas de forma que A+B=M e além disso:
A+B M
A B M.p.q
= = = = =K
c/p+d/ c/p+d/
c/p d/q c.q+p.d
q q
O valor de K proporciona a solução pois: A=Kc/p e B=Kd/q.
Exemplo: Para decompor o número 58 em duas partes A e B diretamente
proporcionais a 2 e 3, e, inversamente proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as
proporções:
A = B = A+B = 58 = 70
2/5 3/7 2/5+3/7 29/35
Assim A=(2/5).70=28 e B=(3/7).70=30.
Exemplo: Para obter números A e B diretamente proporcionais a 4 e 3 e
inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 21. Para
resolver este problema basta escrever que A-B=21 resolver as proporções:
A B A-B 21
= = = = 72
4/6 3/8 4/6-3/8 7/24
Assim A=(4/6).72=48 e B=(3/8).72=27.

Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a
p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este
número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ...,
pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que X1+X2+...+Xn=M e
além disso
X1 X2 Xn
= =...=
p1/q1 p2/q2 pn/qn
A solução segue das propriedades das proporções:
X1 X2 Xn X1+X2+...+Xn
= =...= =
p1/q1 p2/q2 pn/qn p1/q1+p2/q2+...+pn/qn
Exemplo: Para decompor o número 115 em três partes A, B e C diretamente
proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um
sistema com 3 equações e 3 incógnitas de forma de A+B+C=115 e tal que:
A B C A+B+C 115
= = = = = 100
1/4 2/5 3/6 1/4+2/5+3/6 23/20
logo A=(1/4)100=25, B=(2/5)100=40 e C=(3/6)100=50.
Exemplo: Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 1, 10 e 2 e
inversamente proporcionais a 2, 4 e 5, de modo que 2A+3B-4C=10.
A montagem do problema fica na forma:
A = B = C = 2A+3B-4C = 10 = 100
1/2 10/4 2/5 2/2+30/4-8/5 69/10 69
A solução é A=50/69, B=250/69 e C=40/69.

Regra de Sociedade
Regra de sociedade é um procedimento matemático que indica a forma de
distribuição de um resultado (lucro ou prejuizo) de uma sociedade, sendo que os
membros poderão participar com capitais distintos e também em tempos distintos. Os
capitais dos membros participantes são indicados por: C1, C2, ..., Cn e os respectivos
tempos de participação deste capitais da sociedade por t1, t2, ..., tn.
Definiremos o peso pk (k=1,2,...,n) de cada participante como o produto:
pk = Ck tk
e indicaremos o capital total como a soma dos capitais participantes:
C = C1 + C2 + ... + Cn
A Regra de Sociedade é uma aplicação imediata do caso de decomposição de um
valor M diretamente proporcional aos pesos p1, p2, ..., pn.
Exemplo: Ocorreu a formação de uma sociedade por três pessoas A, B e C, sendo
que A entrou com um capital de R$50.000,00 e nela permaneceu por 40 meses, B
entrou com um capital de R$60.000,00 e nela permaneceu por 30 meses e C entrou
com um capital de R$30.000,00 e nela permaneceu por 40 meses. Se o resultado (que
pode ser um lucro ou um prejuizo) da empresa após um certo período posterior, foi de
R$25.000,00, quanto deverá receber (ou pagar) cada sócio?
Os pesos de cada sócio serão indicados em milhares para não termos muitos zeros nas
expressões dos pesos. Desse modo:
p1=50x40=2000; p2=60x30=1800; p3=30x40=1200
A montagem do problema estabelece que A+B+C=25000 e além disso:
A B C
= =
2000 1800 1200
A solução segue das propriedades das proporções:
A B C A+B+C 25000
= = = = =5
2000 1800 1200 5000 5000
A participação de cada sócio é X=5(2000)=10000, Y=5(1800)=9000 e
Z=5(1200)=6000.
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

REGRAS DE TRÊS SIMPLES:


Regra de três simples

Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam
quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor
a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e


mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.

2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos:

1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor
movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se
essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?

Solução: montando a tabela:

Área (m2) Energia (Wh)


1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no
mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação
temos:

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.


2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um
determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a
velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:

Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400 3
480 x
Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no
sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a
equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse


5 camisetas do mesmo tipo e preço?

Solução: montando a tabela:

Camisetas Preço (R$)


3 120
5 x
Observe que: Aumentando o número de camisetas, o preço aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são diretamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a
equação temos:
Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.

4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra
em 20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo
essa equipe fará o mesmo trabalho?

Solução: montando a tabela:

Horas por dia Prazo para término (dias)


8 20
5 x
Observe que: Diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para
término aumenta.
Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a
equação temos:

Regra de três simples direta


Uma regra de três simples direta é uma forma de relacionar grandezas diretamente
proporcionais.
Para resolver problemas, tomaremos duas grandezas diretamente proporcionais X e Y
e outras duas grandezas W e Z também diretamente proporcionais, de forma que
tenham a mesma constante de proporcionalidade K.
X W
=K e =K
Y Z
assim
X W
=
Y Z
Exemplo: Na extremidade de uma mola (teórica!) colocada verticalmente, foi
pendurado um corpo com a massa de 10Kg e verificamos que ocorreu um
deslocamento no comprimento da mola de 54cm. Se colocarmos um corpo com 15Kg
de massa na extremidade dessa mola, qual será o deslocamento no comprimento da
mola? (Kg=quilograma e cm=centímetro).
Representaremos pela letra X a medida procurada. De acordo com os dados do
problema, temos:
Massa do corpo (Kg) Deslocamento da mola (cm)
10 54
15 X
As grandezas envolvidas: massa e deslocamento, são diretamente proporcionais.
Conhecidos três dos valores no problema, podemos obter o quarto valor X, e, pelos
dados da tabela, podemos montar a proporção:
10 54
=
15 X
Observamos que os números 10 e 15 aparecem na mesma ordem que apareceram na
tabela e os números 54 e X também aparecem na mesma ordem direta que
apareceram na tabela anterior e desse modo 10·X=15·54, logo 10X=810, assim X=81
e o deslocamento da mola será de 81cm.

Regra de três simples inversa


Uma regra de três simples inversa é uma forma de relacionar grandezas inversamente
proporcionais para obter uma proporção.
Na resolução de problemas, consideremos duas grandezas inversamente
proporcionais A e B e outras duas grandezas também inversamente proporcionais C e
D de forma que tenham a mesma constante de proporcionalidade K.
A·B=K e C·D=K
segue que
A·B=C·D
logo
A D
=
C B
Exemplo: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um corredor imprimindo a
velocidade média de 180 Km/h fez um certo percurso em 20s. Se a sua velocidade
média fosse de 200 Km/h, qual seria o tempo gasto no mesmo percurso?
(Km/h=quilômetro por hora, s=segundo). Representaremos o tempo procurado pela
letra T. De acordo com os dados do problema, temos:
Velocidade (Km/h) Tempo (s)
180 20
200 T
Relacionamos grandezas inversamente proporcionais: velocidade e tempo em um
mesmo espaço percorrido. Conhecidos três valores, podemos obter um quarto valor T.
180 = T
200 20
Os números 180 e 200 aparecem na mesma ordem que apareceram na tabela,
enquanto que os números 20 e T aparecem na ordem inversa da ordem que
apareceram na tabela acima.
Assim 180.20=200.X, donde segue que 200X=3600 e assim X=3600/200=18. Se a
velocidade do corredor for de 200 Km/h ele gastará 18s para realizar o mesmo
percurso.

Regra de três composta


Regra de três composta é um processo de relacionamento de grandezas diretamente
proporcionais, inversamente proporcionais ou uma mistura dessas situações.
O método funcional para resolver um problema dessa ordem é montar uma tabela
com duas linhas, sendo que a primeira linha indica as grandezas relativas à primeira
situação enquanto que a segunda linha indica os valores conhecidos da segunda
situação.
Se A1, B1, C1, D1, E1, ... são os valores associados às grandezas para uma primeira
situação e A2, B2, C2, D2, E2, ... são os valores associados às grandezas para uma
segunda situação, montamos a tabela abaixo lembrando que estamos interessados em
obter o valor numérico para uma das grandezas, digamos Z2 se conhecemos o
correspondente valor numérico Z1 e todas as medidas das outras grandezas.
Situação Grandeza 1 Grandeza 2 Grandeza 3 Grandeza 4 Grandeza 5 Grand... Grandeza ?
Situação 1 A1 B1 C1 D1 E1 … Z1
Situação 2 A2 B2 C2 D2 E2 … Z2
Quando todas as grandezas são diretamente proporcionais à grandeza Z, resolvemos a
proporção:
Z1 A1 · B1 · C1 · D1 · E1 · F1 …
=
Z2 A2 · B2 · C2 · D2 · E2 · F2 …
Quando todas as grandezas são diretamente proporcionais à grandeza Z, exceto a
segunda grandeza (com a letra B, por exemplo) que é inversamente proporcional à
grandeza Z, resolvemos a proporção com B1 trocada de posição com B2:
Z1 A1 · B2 · C1 · D1 · E1 · F1 …
=
Z2 A2 · B1 · C2 · D2 · E2 · F2 …
As grandezas que forem diretamente proporcionais à grandeza Z são indicadas na
mesma ordem (direta) que aparecem na tabela enquanto que as grandezas que forem
inversamente proporcionais à grandeza Z aparecerão na ordem inversa daquela que
apareceram na tabela.
Por exemplo, se temos cinco grandezas envolvidas: A, B, C, D e Z, sendo a primeira
A e a terceira C diretamente proporcionais à grandeza Z e as outras duas B e D
inversamente proporcionais à grandeza Z, deveremos resolver a proporção:
Z1 A1 · B2 · C1 · D2
=
Z2 A2 · B1 · C2 · D1
Observação: O problema difícil é analisar de um ponto de vista lógico quais
grandezas são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais. Como é
muito difícil realizar esta análise de um ponto de vista geral, apresentaremos alguns
exemplos para entender o funcionamento da situação.
Exemplos:
1. Funcionando durante 6 dias, 5 máquinas produziram 400 peças de uma
mercadoria. Quantas peças dessa mesma mercadoria serão produzidas por 7
máquinas iguais às primeiras, se essas máquinas funcionarem durante 9 dias?
Vamos representar o número de peças pela letra X. De acordo com os dados do
problema, vamos organizar a tabela:
No. de máquinas (A) No. de dias (B) No. de peças (C)
5 6 400
7 9 X
A grandeza Número de peças (C) servirá de referência para as outras
grandezas. Analisaremos se as grandezas Número de máquinas (A) e Número
de dias (B) são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais à
grandeza C que representa o Número de peças. Tal análise deve ser feita de
uma forma independente para cada par de grandezas.
Vamos considerar as grandezas Número de peças e Número de máquinas.
Devemos fazer uso de lógica para constatar que se tivermos mais máquinas
operando produziremos mais peças e se tivermos menos máquinas operando
produziremos menos peças. Assim temos que estas duas grandezas são
diretamente proporcionais.
Vamos agora considerar as grandezas Número de peças e Número de dias.
Novamente devemos usar a lógica para constatar que se tivermos maior
número de dias produziremos maior número de peças e se tivermos menor
número de dias produziremos menor número de peças. Assim temos que estas
duas grandezas também são diretamente proporcionais.
Concluímos que todas as grandezas envolvidas são diretamente proporcionais,
logo, basta resolver a proporção:
400 5×6
=
x 7×9
que pode ser posta na forma
400 30
=
x 63
Resolvendo a proporção, obtemos X=840, assim, se as 7 máquinas
funcionarem durante 9 dias serão produzidas 840 peças.
2. Um motociclista, rodando 4h por dia, percorre em média 200 Km em 2 dias.
Em quantos dias esse motociclista irá percorrer 500 Km, se rodar 5 h por dia?
(h=hora, Km=quilômetro).
Vamos representar o número de dias procurado pela letra X. De acordo com os
dados do problema, vamos organizar a tabela:
Quilômetros (A) Horas por dia (B) No. de dias (C)
200 4 2
500 5 X
A grandeza Número de dias (C) é a que servirá como referência para as outras
grandezas. Analisaremos se as grandezas Quilômetros (A) e Horas por dia (B)
são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais à grandeza C que
representa o Número de dias. Tal análise deve ser feita de uma forma
independente para cada par de grandezas.
Consideremos as grandezas Número de dias e Quilômetros. Usaremos a lógica
para constatar que se rodarmos maior número de dias, percorreremos maior
quilometragem e se rodarmos menor número de dias percorreremos menor
quilometragem. Assim temos que estas duas grandezas são diretamente
proporcionais.
Na outra análise, vamos agora considerar as grandezas Número de dias e Horas
por dia. Verificar que para realizar o mesmo percurso, se tivermos maior
número de dias utilizaremos menor número de horas por dia e se tivermos
menor número de dias necessitaremos maior número de horas para p mesmo
percurso. Logo, estas duas grandezas são inversamente proporcionais e desse
modo:
2 200×5
=
X 500×4
que pode ser posta como
2 1000
=
X 2000
Resolvendo esta proporção, obtemos X=4, significando que para percorrer 500
Km, rodando 5 h por dia, o motociclista levará 4 dias.
AREAS COM FIGURAS PLANAS
O estudo da área de figuras planas está ligado aos conceitos relacionados à Geometria Euclidiana,
que surgiu na Grécia antiga embasada no estudo do ponto, da reta e do plano. No mundo em que
vivemos, existem inúmeras formas planas existentes, que são construídas a partir dos elementos
básicos citados anteriormente. Desde a antiguidade, o homem necessitou determinar a medida da
superfície de áreas, com o objetivo voltado para a plantação e a construção de moradias. Dessa
forma, ele observou uma melhor organização na ocupação do terreno.
Atualmente, o processo de expansão ocupacional utiliza os mesmos princípios criados nos séculos
anteriores. A diferença é que hoje as medidas são padronizadas de acordo com o Sistema
Internacional de Medidas. Dentre as medidas de área existentes temos:

km²: quilômetro quadrado


hm²: hectômetro quadrado
dam²: decâmetro quadrado
m²: metro quadrado
dm²: decímetro quadrado
cm²: centímetro quadrado
mm²: milímetro quadrado

Uma área com 1 km² equivale a uma região quadrada com lados medindo 1 km e para as outras
medidas segue-se o mesmo raciocínio. De acordo com o Sistema de Medidas, a unidade padrão para
a representação de áreas é o m² (metro quadrado). Utiliza–se o km² em situações relacionadas à
medição de áreas de cidades, estados, países, continentes, etc.

Na Geometria, as formas mais conhecidas são: triângulo, quadrado, retângulo, paralelogramo,


losango, trapézio e círculo. Todas essas formas possuem fórmulas matemáticas para o cálculo da
medida de suas superfícies. Para o cálculo de área envolvendo as figuras mais complexas
desenvolvemos cálculos matemáticos específicos entre outras técnicas.

Nesta seção iremos abordar o cálculo da superfície das principais formas planas existentes,
relacionando a figura com sua fórmula matemática.
ESTUDANDO AS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS:
SÃO ELAS:

ÁREAS DAS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS

2.1. Área do retângulo


2.2. Área do quadrado
2.3. Área do paralelogramo
2.4. Área do triângulo
2.5. Área do losango
2.6. Área do trapézio
2.7. Área do círculo

2.1. Área do retângulo


base X altura
(b.h)

2.2. Área do quadrado


base X altura
(b.h)

2.3. Área do paralelogramo


base X altura
(b.h)

2.4. Área do triângulo


(base X altura) / 2
(b.h)/2

2.5. Área do losango


(diagonal 1 X diagonal 2) / 2
(d¹.d²)/2

2.6. Área do trapézio


(base menor + base maior) X altura / 2
(b1+b2).h/2

2.7. Área do círculo


Pi x Raio²
pi.r²

Triângulo e região triangular


No desenho abaixo, o triângulo ABC é a reunião dos segmentos de reta AB, BC e AC.
A reunião de todos os pontos localizados no triângulo e também dentro do triângulo é
chamada uma região triangular. A região triangular ABC é limitada pelo triângulo
ABC. Os pontos dos lados do triângulo ABC bem como os pontos do interior do
triângulo ABC são pontos da região triangular.
Triângulo ABC Região triangular ABC

Duas ou mais regiões triangulares não são sobrepostas, se a interseção é vazia, é um


ponto ou é um segmento de reta. Cada uma das regiões planas abaixo é a reunião de
três regiões triangulares não sobrepostas.

O conceito de região poligonal


Uma região poligonal é a reunião de um número finito de regiões triangulares não-
sobrepostas e coplanares (estão no mesmo plano). Na gravura abaixo, apresentamos
quatro regiões poligonais. Observe que uma região triangular é por si mesmo uma
região poligonal e além disso uma região poligonal pode conter "buracos".

Uma região poligonal pode ser decomposta em várias regiões triangulares e isto pode
ser feito de várias maneiras

Duas ou mais regiões poligonais são não-sobrepostas quando a interseção de duas


regiões quaisquer, é vazia, é um conjunto finito de pontos, é um segmento de reta ou
é um conjunto finito de pontos e um segmento de reta.

O estudo de área de regiões poligonais depende de alguns conceitos primitivos:


1. A cada região poligonal corresponde um único número real positivo chamado
área.
2. Se dois triângulos são congruentes então as regiões limitadas por eles possuem
a mesma área.
3. Se uma região poligonal é a reunião de n regiões poligonais não-sobrepostas
então sua área é a soma das áreas das n-regiões.
Observação: Para facilitar o estudo de regiões poligonais, adotaremos as seguintes
práticas:
a. Os desenhos de regiões poligonais serão sombreadas apenas quando houver
possibilidade de confusão entre o polígono e a região.
b. Usaremos expressões como a área do triângulo ABC e a área do retângulo
RSTU no lugar de expressões como a área da região triangular ABC e a área
da região limitada pelo retângulo RSTU.
Exemplo: A área da figura poligonal ABCDEFX pode ser obtida pela decomposição
da região poligonal em regiões triangulares.
Após isto, realizamos as somas dessas áreas triangulares.
Área(ABCDEFX)=área(XAB)+área(XBC)+...+área(XEF)

Unidade de área
Para a unidade de medida de área, traçamos um quadrado cujo lado tem uma unidade
de comprimento.

Esta unidade pode ser o metro, o centímetro, o quilômetro, etc.

Área do Retângulo
A figura ao lado mostra o retângulo ABCD, que mede 3 unidades de comprimento e 2
unidades de altura. O segmento horizontal que passa no meio do retângulo e os
segmentos verticais, dividem o retângulo em seis quadrados tendo cada um 1 unidade
de área.

A área do retângulo ABCD é a soma das áreas destes seis quadrados. O número de
unidades de área do retângulo coincide com o obtido pelo produto do número de
unidades do comprimento da base AB pelo número de unidades da altura BC.
O lado do retângulo pode ser visto como a base e o lado adjacente como a altura,
assim, a área A do retângulo é o produto da medida da base b pela medida da altura h.
A=b×h

Área do quadrado
Um quadrado é um caso particular de retângulo cuja medida da base é igual à medida
da altura. A área do quadrado pode ser obtida pelo produto da medida da base por si
mesma.
Esta é a razão pela qual a segunda potência do número x, indicada por x², tem o nome
de quadrado de x e a área A do quadrado é obtida pelo quadrado da medida do lado x.
A = x²
Exemplo: Obter a área do retângulo cujo comprimento da base é 8 unidades e o
comprimento da altura é 5 unidades.
A = b×h
A = (8u)x(5u) = 40u²

No cálculo de áreas em situações reais, usamos medidas de comprimento em função


de alguma certa unidade como: metro, centímetro, quilômetro, etc...

Exemplo: Para calcular a área de um retângulo com 2 m de altura e 120 cm de base,


podemos expressar a área em metros quadrados ou qualquer outra unidade de área.
1. Transformando as medidas em metros
Como h=2m e b=120cm=1,20m, a área será obtida através de:
A = b×h
A = (1,20m)×(2m) = 2,40m²

2. Transformando as medidas em centímetros


Como h=2m=200cm e b=120cm, a área do retângulo será dada por:
A = b×h
A = (120cm)×(200cm) = 24000cm²

Área do Paralelogramo
Combinando os processos para obtenção de áreas de triângulos congruentes com
aqueles de áreas de retângulos podemos obter a área do paralelogramo.
Qualquer lado do paralelogramo pode ser tomado como sua base e a altura
correspondente é o segmento perpendicular à reta que contém a base até o ponto onde
esta reta intercepta o lado oposto do paralelogramo.
No paralelogramo ABCD abaixo à esquerda, os segmentos verticais tracejados são
congruentes e qualquer um deles pode representar a altura do paralelogramo em
relação à base AB.

No paralelogramo RSTV acima à direita, os dois segmentos tracejados são


congruentes e qualquer um deles pode representar a altura do paralelogramo em
relação à base RV.
A área A do paralelogramo é obtida pelo produto da medida da base b pela medida da
altura h, isto é, A=b×h.Demonstração da fórmula
Área do Triângulo
A área de um triângulo é a metade do produto da medida da base pela medida da
altura, isto é, A=b.h/2. Demonstração da fórmula

Exemplo: Mostraremos que a área do triângulo equilátero cujo lado mede s é dada
por A=s²R[3]/2, onde R[z] denota a raiz quadrada de z>0. Realmente, com o Teorema
de Pitágoras, escrevemos h²=s²-(s/2)² para obter h²=(3/4)s² garantindo que h=R[3]s/2.

Como a área de um triângulo é dada por A=b.h/2, então segue que:


A = s × R[3] s/2 = ½ R[3] s²

Observação: Triângulos com bases congruentes e alturas congruentes possuem a


mesma área.

Comparação de áreas entre triângulos semelhantes


Conhecendo-se a razão entre medidas correspondentes quaisquer de dois triângulos
semelhantes, é possível obter a razão entre as áreas desses triângulos.

Propriedade: A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é igual ao


quadrado da razão entre os comprimentos de quaisquer dois lados correspondentes.
Área de ABC a² b² c²
= = =
Área de RST r² s² t²

Área do losango
O losango é um paralelogramo e a sua área é também igual ao produto do
comprimento da medida da base pela medida da altura.

A área do losango é o semi-produto das medidas das diagonais, isto é, A=(d1×d2)/2.


Demonstração da fórmula

Área do trapézio
Em um trapézio existe uma base menor de medida b1, uma base maior de medida b2
e uma altura com medida h.

A área A do trapézio é o produto da média aritmética entre as medidas das bases pela
medida da altura, isto é, A=(b1+b2).h/2.

Polígonos regulares
Um polígono regular é aquele que possui todos os lados congruentes e todos os
ângulos congruentes. Existem duas circunferências associadas a um polígono regular.

Circunferência circunscrita: Em um polígono regular com n lados, podemos


construir uma circunferência circunscrita (por fora), que é uma circunferência que
passa em todos os vértices do polígono e que contém o polígono em seu interior.

Circunferência inscrita: Em um polígono regular com n lados, podemos colocar


uma circunferência inscrita (por dentro), isto é, uma circunferência que passa
tangenciando todos os lados do polígono e que está contida no polígono.

Elementos de um polígono regular


1. Centro do polígono é o centro comum às circunferências inscrita e
circunscrita.
2. Raio da circunferência circunscrita é a distância do centro do polígono até
um dos vértices.
3. Raio da circunferência inscrita é o apótema do polígono, isto é, a distância
do centro do polígono ao ponto médio de um dos lados.
4. Ângulo central é o ângulo cujo vértice é o centro do polígono e cujos lados
contém vértices consecutivos do polígono.

Apótema: OM, Apótema: OX,


Raios: OA,OF Raios: OR,OT
Ângulo central: AOF Ângulo central: ROT
5. Medida do ângulo central de um polígono com n lados é dada por 360/n
graus. Por exemplo, o ângulo central de um hexágono regular mede 60 graus e
o ângulo central de um pentágono regular mede 360/5=72 graus.

Áreas de polígonos regulares


Traçando segmentos de reta ligando o centro do polígono regular a cada um dos
vértices desse polígono de n-lados, iremos decompor este polígono em n triângulos
congruentes.

Assim, a fórmula para o cálculo da área da região poligonal regular será dada pela
metade do produto da medida do apótema a pelo perímetro P, isto é:
A = a × Perímetro / 2
Demonstração da fórmula

Comparando áreas entre polígonos semelhantes


Apresentamos abaixo dois pentágonos irregulares semelhantes. Dos vértices
correspondentes A e L traçamos diagonais decompondo cada pentágono em três
triângulos.

Os pares de triângulos correspondentes ABC e LMN, parecem semelhantes, o que


pode ser verificado diretamente através da medição de seus ângulos com um
transferidor. Assumiremos que tal propriedade seja válida para polígonos semelhantes
com n lados.

Observação: Se dois polígonos são semelhantes, eles podem ser decompostos no


mesmo número de triângulos e cada triângulo é semelhante ao triângulo que ocupa a
posição correspondente no outro polígono.

Este fato e o teorema sobre razão entre áreas de triângulos semelhantes são usados
para demonstrar o seguinte teorema sobre áreas de polígonos semelhantes.

Teorema: A razão entre áreas de dois polígonos semelhantes é igual ao quadrado da


razão entre os comprimentos de quaisquer dois lados correspondentes.
Área de ABCDE... s² t²
= =
Área de A'B'C'D'E'... (s')² (t')²

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DO 1º E 2º GRAU:

Equações de 1° e 2° graus
Equação do 1º Grau:
Introdução às equações de primeiro grau
Para resolver um problema matemático, quase sempre devemos transformar uma
sentença apresentada com palavras em uma sentença que esteja escrita em linguagem
matemática. Esta é a parte mais importante e talvez seja a mais difícil da Matemática.
Sentença com palavras Sentença matemática

2 melancias + 2Kg = 14Kg 2 x + 2 = 14


Normalmente aparecem letras conhecidas como variáveis ou incógnitas. A partir
daqui, a Matemática se posiciona perante diferentes situações e será necessário
conhecer o valor de algo desconhecido, que é o objetivo do estudo de equações.

Equações do primeiro grau em 1 variável


Trabalharemos com uma situação real e dela tiraremos algumas informações
importantes. Observe a balança:

A balança está equilibrada. No prato esquerdo há um "peso" de 2Kg e duas melancias


com "pesos" iguais. No prato direito há um "peso" de 14Kg. Quanto pesa cada
melancia?
2 melancias + 2Kg = 14Kg
Usaremos uma letra qualquer, por exemplo x, para simbolizar o peso de cada
melancia. Assim, a equação poderá ser escrita, do ponto de vista matemático, como:
2x + 2 = 14
Este é um exemplo simples de uma equação contendo uma variável, mas que é
extremamente útil e aparece na maioria das situações reais. Valorize este exemplo
simples.
Podemos ver que toda equação tem:
 Uma ou mais letras indicando valores desconhecidos, que são denominadas
variáveis ou incognitas;
 Um sinal de igualdade, denotado por =.
 Uma expressão à esquerda da igualdade, denominada primeiro membro ou
membro da esquerda;
 Uma expressão à direita da igualdade, denominada segundo membro ou
membro da direita.
No link Expressões Algébricas, estudamos várias situações contendo variáveis. A
letra x é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa desconhecida e
equação tem o prefixo equa que provém do Latim e significa igual.
2x+2 = 14
1o. membro sinal de igualdade 2o. membro
As expressões do primeiro e segundo membro da equação são os termos da equação.
Para resolver essa equação, utilizamos o seguinte processo para obter o valor de x.
2x + 2 = 14 Equação original
2x + 2 - 2 = 14 - 2 Subtraímos 2 dos dois membros
2x = 12 Dividimos por 2 os dois membros
x=6 Solução
Observação: Quando adicionamos (ou subtraímos) valores iguais em ambos os
membros da equação, ela permanece em equilíbrio. Da mesma forma, se
multiplicamos ou dividimos ambos os membros da equação por um valor não nulo, a
equação permanece em equilíbrio. Este processo nos permite resolver uma equação,
ou seja, permite obter as raízes da equação.
Exemplos:
1. A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada
um deles, sabendo-se que André é 4 anos mais novo do que Carlos.
Solução: Primeiro passamos o problema para a linguagem matemática. Vamos
tomar a letra c para a idade de Carlos e a letra a para a idade de André, logo
a=c-4. Assim:
c + a = 22
c + (c - 4) = 22
2c - 4 = 22
2c - 4 + 4 = 22 + 4
2c = 26
c = 13

Resposta: Carlos tem 13 anos e André tem 13-4=9 anos.


2. A população de uma cidade A é o triplo da população da cidade B. Se as duas
cidades juntas têm uma população de 100.000 habitantes, quantos habitantes
tem a cidade B?
Solução: Identificaremos a população da cidade A com a letra a e a população
da cidade com a letra b. Assumiremos que a=3b. Dessa forma, poderemos
escrever:
a + b = 100.000
3b + b = 100.000
4b = 100.000
b = 25.000

Resposta: Como a=3b, então a população de A corresponde a:


a=3×25.000=75.000 habitantes.
3. Uma casa com 260m2 de área construída possui 3 quartos de mesmo tamanho.
Qual é a área de cada quarto, se as outras dependências da casa ocupam
140m2?
Solução: Tomaremos a área de cada dormitório com letra x.
3x + 140 = 260
3x = 260 -140
3x = 120
x = 40

Resposta: Cada quarto tem 40m2.


Exercícios: Resolver as equações
1. 2x + 4 = 10
2. 5k - 12 = 20
3. 2y + 15 - y = 22
4. 9h - 2 = 16 + 2h

Desigualdades do primeiro grau em 1 variável


Relacionadas com as equações de primeiro grau, existem as desigualdades de
primeiro grau, (também denominadas inequações) que são expressões matemáticas
em que os termos estão ligados por um dos quatro sinais:
< menor
> maior
< menor ou igual
> maior ou igual
Nas desigualdades, o objetivo é obter um conjunto de todas os possíveis valores que
pode(m) assumir uma ou mais incógnitas na equação proposta.
Exemplo: Determinar todos os números inteiros positivos para os quais vale a
desigualdade:
2x + 2 < 14
Para resolver esta desigualdade, seguiremos os seguintes passos:
Passo 1 2x + 2 < 14 Escrever a equação original
Passo 2 2x + 2 - 2 < 14 - 2 Subtrair o número 2 dos dois membros
Passo 3 2x < 12 Dividir pelo número 2 ambos os membros
Passo 4 x<6 Solução
Concluímos que o conjunto solução é formado por todos os números inteiros
positivos menores do que 6:
S = {1, 2, 3, 4, 5}
Exemplo: Para obter todos os números pares positivos que satisfazem à desigualdade
2x + 2 < 14
obteremos o conjunto solução:
S = {2, 4}
Observação: Se há mais do que um sinal de desigualdade na expressão, temos várias
desigualdades "disfarçadas" em uma.
Exemplo: Para determinar todos os números inteiros positivos para os quais valem as
(duas) desigualdades:
12 < 2x + 2 < 20
poderemos seguir o seguinte processo:
12 < 2x + 2 < 20 Equação original
12 - 2 < 2x + 2 - 2 < 20 - 2 Subtraímos 2 de todos os membros
10 < 2x < 18 Dividimos por 2 todos os membros
5 < x < 9 Solução
O conjunto solução é:
S = {6, 7, 8, 9}
Exemplo: Para obter todos os números inteiros negativos que satisfazem às (duas)
desigualdades
12 < 2x + 2 < 20
obteremos apenas o conjunto vazio, como solução, isto é:
S=Ø={}

Desigualdades do primeiro grau em 2 variáveis


Uma situação comum em aplicações é aquela em que temos uma desigualdade
envolvendo uma equação com 2 ou mais incógnitas. Estudaremos aqui apenas o caso
em aparecem 2 incógnitas x e y. Uma forma geral típica, pode ser:
ax+by<c
onde a, b e c são valores dados.
Exemplo: Para obter todos os pares ordenados de números reais para os quais:
2x + 3y > 0
observamos que o conjunto solução contém os pares:
(0,0), (1,0), (0,1), (-1,1), (1,-1), ...
Há infinitos pares ordenados de números reais satisfazendo a esta desigualdade, o que
torna impossível exibir todas as soluções. Para remediar isto, utilizaremos um
processo geométrico que permitirá obter uma solução geométrica satisfatória.
Processo geométrico:
(1) Traçamos a reta 2x+3y=0;
(2) Escolhemos um par ordenado, como (1,1), fora da reta;
(3) Se (1,1) satisfaz à desigualdade 2x+3y>0, colorimos a região que contém este
ponto, caso contrário, colorimos a região que está do outro lado da reta.
(4) A região colorida é o conjunto solução para a desigualdade.
Sistemas linear de equações do primeiro grau
Uma equação do primeiro grau, é aquela em que todas as incógnitas estão elevadas à
potência 1. Este tipo de equação poderá ter mais do que uma incógnita.
Um sistema de equações do primeiro grau em duas incógnitas x e y, é um conjunto
formado por duas equações do primeiro nessas duas incógnitas.
Exemplo: Seja o sistema de duas equações:
2 x + 3 y = 38
3 x - 2 y = 18
Resolver este sistema de equações é o mesmo que obter os valores de x e de y que
satisfazem simultaneamente a ambas as equações.
x=10 e y=6 são as soluções deste sistema e denotamos esta resposta como um par
ordenado de números reais:
S = { (10,6) }

Método de substituição para resolver este sistema


Entre muitos outros, o método da substituição, consiste na idéia básica de isolar o
valor algébrico de uma das variáveis, por exemplo x, e, aplicar o resultado à outra
equação.
Para entender o método, consideremos o sistema:
2 x + 3 y = 38
3 x - 2 y = 18
Para extrair o valor de x na primeira equação, usaremos o seguinte processo:
2x + 3y = 38 Primeira equação
2x + 3y - 3y = 38 - 3y Subtraímos 3y de ambos os membros
2x = 38 - 3y Dividimos ambos os membros por 2
x = 19 - (3y/2) Este é o valor de x em função de y
Substituímos aqora o valor de x na segunda equação 3x-2y=18:
3x - 2y = 18 Segunda equação
3(19 - (3y/2)) - 2y = 18 Após substituir x, eliminamos os parênteses
57 - 9y/2 - 2y = 18 multiplicamos os termos por 2
114 - 9y - 4y = 36 reduzimos os termos semelhantes
114 - 13y = 36 separamos variáveis e números
114 - 36 = 13y simplificamos a equação
78 = 13y mudamos a posição dos dois membros
13 y = 78 dividimos ambos os membros por 6
y=6 Valor obtido para y
Substituindo y=6 na equação x=19-(3y/2), obtemos:
x = 19 - (3×6/2) = 19 - 18/2 = 19-9 = 10
Exercício: Determinar a solução do sistema:
x+y=2
x-y=0
Cada equação do sistema acima pode ser visto como reta no plano cartesiano.
Construa as duas retas no plano e verifique que, neste caso, a solução é um par
ordenado que pertence à interseção das duas retas.

Relação entre sistemas lineares e retas no plano


No contexto que estamos trabalhando aqui, cada equação da forma ax+by=c,
representa uma reta no plano cartesiano. Um sistema com duas equações de primeiro
grau em 2 incógnitas sempre pode ser interpretado como um conjunto de duas retas
localizadas no plano cartesiano.
Reta 1: ax + by = c
Reta 2: dx + ey = f
Há três modos de construir retas no plano: retas concorrentes, retas paralelas e retas
coincidentes.

Se o sistema é formado por duas equações que são retas no plano cartesiano, temos a
ocorrência de:
Retas concorrentes: quando o sistema admite uma única solução que é um par
ordenado localizado na interseção das duas retas;
Retas paralelas: quando o não admite solução, pois um ponto não pode estar
localizado em duas retas paralelas;
Retas coincidentes: quando o admite uma infinidade de soluções pois as retas estão
sobrepostas.
Exemplos das três situações
Tipos de retasSistema
x+y=2
Concorrentes
x-y=0
x+y=2
Paralelas
x+y=4
x+y=2
Coincidentes
2x + 2y = 4
Problemas com sistemas de equações:
1. A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada
um deles, sabendo-se que André é 4 anos mais novo do que Carlos.
Solução: A idade de André será tomada com a letra A e a idade de Carlos com a
letra C. O sistema de equações será:
C + A = 22
C - A = 4

Resposta: C = 13 e A = 9
2. A população de uma cidade A é o triplo da população da cidade B. Se as duas
cidades juntas têm uma população de 100.000 habitantes, quantos habitantes
tem a cidade B?
Solucão: Identificando a população da cidade A com a letra A e a população da
cidade B com B, o sistema de equações será:
A + B = 100000
A = 3B

Resposta: A = 75000, B= 25000.


3. Uma casa com 260m2 de área construída tem 3 dormitórios de mesmo
tamanho. Qual é a área de cada dormitório se as outras dependências da casa
ocupam 140m2?
Solução: Identificaremos a área de cada dormitório com a letra D e a área das
outras dependências com a letra O. Assim, o sistema será:
3D + O = 260
O = 140

Resposta: D = 40
Desigualdades com 2 Equações em 2 variáveis
Outra situação bastante comum é aquela em que existe uma desigualdade com 2
equações em 2 ou mais incógnitas. Estudaremos aqui apenas o caso em aparecem 2
equações e 2 incógnitas x e y. Uma forma geral pode ter a seguinte forma típica:
ax+by<c
dx+ey>f
onde as constantes: a, b, c, d, e, f; são conhecidas.
Exemplo: Determinar todos os pares ordenados de números reais para os quais:
2x + 3y > 6
5x + 2y < 20
Há infinitos pares ordenados de números reais satisfazendo a esta desigualdade, o que
torna impossível exibir todas as soluções. Para remediar isto, utilizaremos um
processo geométrico que permitirá obter uma solução geométrica satisfatória.
Processo geométrico:
(1) Traçar a reta 2x+3y=6 (em vermelho);
(2) Escolher um ponto fora da reta, como o par (2,2) e observar que ele satisfaz à
primeira desigualdade;
(3) Devemos colorir o semi-plano contendo o ponto (2,2) (em verde);
(4) Traçar a reta 5x+2y=20 (em azul);
(5) Escolher um ponto fora da reta, por exemplo, o próprio par já usado antes (2,2)
(não é necessário que seja o mesmo) e observamos que ele satisfaz à segunda
desigualdade;
(6) Colorir o semi-plano contendo o ponto (2,2), inclusive a própria reta. (cor azul)
(7) Construir a interseção (em vermelho) das duas regiões coloridas.
(8) Esta interseção é o conjunto solução para o sistema com as duas desigualdades.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU:

Antes de estudar sobre equação do segundo grau entenda a sequência:


Introdução às equações algébricas
Equações algébricas são equações nas quais a incógnita x está sujeita a operações
algébricas como: adição, subtração, multiplicação, divisão e radiciação.
Exemplos:
1. a x + b = 0
2. a x² + bx + c = 0
3. a x4 + b x² + c = 0
Uma equação algébrica está em sua forma canônica, quando ela pode ser escrita
como:
ao xn + a1 xn-1 + ... + an-1 x1 + an = 0
onde n é um número inteiro positivo (número natural). O maior expoente da incógnita
em uma equação algébrica é denominado o grau da equação e o coeficiente do termo
de mais alto grau é denominado coeficiente do termo dominante.
Exemplo: A equação 4x²+3x+2=0 tem o grau 2 e o coeficiente do termo dominante é
4. Neste caso, dizemos que esta é uma equação do segundo grau.

A fórmula quadrática de Sridhara (Bhaskara)


Mostraremos na sequência como o matemático Sridhara, obteve a Fórmula
(conhecida como sendo) de Bhaskara, que é a fórmula geral para a resolução de
equações do segundo grau. Um fato curioso é que a Fórmula de Bhaskara não foi
descoberta por ele mas pelo matemático hindu Sridhara, pelo menos um século antes
da publicação de Bhaskara, fato reconhecido pelo próprio Bhaskara, embora o
material construído pelo pioneiro não tenha chegado até nós.
O fundamento usado para obter esta fórmula foi buscar uma forma de reduzir a
equação do segundo grau a uma do primeiro grau, através da extração de raízes
quadradas de ambos os membros da mesma.
Seja a equação:
a x² + b x + c = 0
com a não nulo e dividindo todos os coeficientes por a, temos:
x² + (b/a) x + c/a = 0
Passando o termo constante para o segundo membro, teremos:
x² + (b/a) x = -c/a
Prosseguindo, faremos com que o lado esquerdo da equação seja um quadrado
perfeito e para isto somaremos o quadrado de b/2a a ambos os membros da equação
para obter:
x² + (b/a) x + (b/2a)² = -c/a + (b/2a)²
Simplificando ambos os lados da equação, obteremos:
[x+(b/2a)]2 = (b² - 4ac) / 4a²
Notação: Usaremos a notação R[x] para representar a raiz quadrada de x>0. R[5]
representará a raiz quadrada de 5. Esta notação está sendo introduzida aqui para fazer
com que a página seja carregada mais rapidamente, pois a linguagem HTML ainda
não permite apresentar notações matemáticas na Internet de uma forma fácil.
Extraindo a raiz quadrada de cada membro da equação e lembrando que a raiz
quadrada de todo número real não negativo é também não negativa, obteremos duas
respostas para a nossa equação:
x + (b/2a) = + R[(b²-4ac) / 4a²]
ou
x + (b/2a) = - R[(b²-4ac) / 4a²]
que alguns, por preguiça ou descuido, escrevem:

contendo um sinal ± que é lido como mais ou menos. Lembramos que este sinal ± não
tem qualquer significado em Matemática.
Como estamos procurando duas raízes para a equação do segundo grau, deveremos
sempre escrever:
x' = -b/2a + R[b²-4ac] /2a
ou
x" = -b/2a - R[b²-4ac] /2a
A fórmula de Bhaskara ainda pode ser escrita como:

onde D (às vezes usamos a letra maiúscula "delta" do alfabeto grego) é o


discriminante da equação do segundo grau, definido por:
D = b² - 4ac

Equação do segundo grau


Uma equação do segundo grau na incógnita x é da forma:
a x² + b x + c = 0
onde os números reais a, b e c são os coeficientes da equação, sendo que a deve ser
diferente de zero. Essa equação é também chamada de equação quadrática, pois o
termo de maior grau está elevado ao quadrado.

Equação Completa do segundo grau


Uma equação do segundo grau é completa, se todos os coeficientes a, b e c são
diferentes de zero.
Exemplos:
1. 2 x² + 7x + 5 = 0
2. 3 x² + x + 2 = 0

Equação incompleta do segundo grau


Uma equação do segundo grau é incompleta se b=0 ou c=0 ou b=c=0. Na equação
incompleta o coeficiente a é diferente de zero.
Exemplos:
1. 4 x² + 6x = 0
2. 3 x² + 9 = 0
3. 2 x² = 0

Resolução de equações incompletas do 2o. grau


Equações do tipo ax²=0: Basta dividir toda a equação por a para obter:
x² = 0
significando que a equação possui duas raízes iguais a zero.
Equações do tipo ax²+c=0: Novamente dividimos toda a equação por a e passamos o
termo constante para o segundo membro para obter:
x² = -c/a
Se -c/a for negativo, não existe solução no conjunto dos números reais.
Se -c/a for positivo, a equação terá duas raízes com o mesmo valor absoluto (módulo)
mas de sinais contrários.
Equações do tipo ax²+bx=0: Neste caso, fatoramos a equação para obter:
x (ax + b) = 0
e a equação terá duas raízes:
x' = 0 ou x" = -b/a

Exemplos gerais
1. 4x²=0 tem duas raízes nulas.
2. 4x²-8=0 tem duas raízes: x'=R[2], x"= -R[2]
3. 4x²+5=0 não tem raízes reais.
4. 4x²-12x=0 tem duas raízes reais: x'=3, x"=0
Exercícios: Resolver as equações incompletas do segundo grau.
1. x² + 6x = 0
2. 2 x² = 0
3. 3 x² + 7 = 0
4. 2 x² + 5 = 0
5. 10 x² = 0
6. 9 x² - 18 = 0

Resolução de equações completas do 2o. grau


Como vimos, uma equação do tipo: ax²+bx+c=0, é uma equação completa do
segundo grau e para resolvê-la basta usar a fórmula quadrática (atribuída a Bhaskara),
que pode ser escrita na forma:

onde D=b²-4ac é o discriminante da equação.


Para esse discriminante D há três possíveis situações:
1. Se D<0, não há solução real, pois não existe raiz quadrada real de número
negativo.
2. Se D=0, há duas soluções iguais:
x' = x" = -b / 2a
3. Se D>0, há duas soluções reais e diferentes:
x' = (-b + R[D])/2a
x" = (-b - R[D])/2a
Exemplos: Preencher a tabela com os coeficientes e o discriminante de cada equação
do segundo grau, analisando os tipos de raízes da equação.
Equação a b c Delta Tipos de raízes
x²-6x+8=0 1 -6 8 4 reais e diferentes
x²-10x+25=0
x²+2x+7=0
x²+2x+1=0
x²+2x=0
O uso da fórmula de Bhaskara
Você pode realizar o Cálculo das Raízes da Equação do segundo grau com a entrada
dos coeficientes a, b e c em um formulário, mesmo no caso em que D é negativo, o
que força a existência de raízes complexas conjugadas. Para estudar estas raízes,
visite o nosso link Números Complexos.
Mostraremos agora como usar a fórmula de Bhaskara para resolver a equação:
x² - 5 x + 6 = 0
1. Identificar os coeficientes: a=1, b= -5, c=6
2. Escrever o discriminante D = b²-4ac.
3. Calcular D=(-5)²-4×1×6=25-24=1
4. Escrever a fórmula de Bhaskara:

5. Substituir os valores dos coeficientes a, b e c na fórmula:


x' = (1/2)(5+R[1]) = (5+1)/2 = 3
x" = (1/2)(5-R[1]) = (5-1)/2 = 2

Exercícios
1. Calcular o discriminante de cada equação e analisar as raízes em cada caso:
a. x² + 9 x + 8 = 0
b. 9 x² - 24 x + 16 = 0
c. x² - 2 x + 4 = 0
d. 3 x² - 15 x + 12 = 0
e. 10 x² + 72 x - 64 = 0
2. Resolver as equações:
a. x² + 6 x + 9 = 0
b. 3 x² - x + 3 = 0
c. 2 x² - 2 x - 12 = 0
d. 3 x² - 10 x + 3 = 0

Equações fracionárias do segundo grau


São equações do segundo grau com a incógnita aparecendo no denominador.
Exemplos:
1. 3/(x² - 4) + 1/(x - 3) = 0
2. 3/(x²-4)+1/(x-2)=0
Para resolver este tipo de equação, primeiramente devemos eliminar os valores de x
que anulam os denominadores, uma vez que tais valores não servirão para as raízes
da equação, pois não existe fração com denominador igual a 0. Na sequência
extraímos o mínimo múltiplo comum de todos os termos dos denominadores das
frações, se houver necessidade.
1. Consideremos o primeiro exemplo:
3/(x² - 4) + 1/(x - 3) = 0
x deve ser diferente de 3, diferente de 2 e diferente de -2, assim podemos obter
o mínimo múltiplo comum entre os termos como:
MMC(x) = (x² - 4)(x - 3)
Reduzindo as frações ao mesmo denominador que deverá ser MMC(x),
teremos:
[3(x-3) + 1(x²-4)] / (x²-4)(x-3) = 0
o que significa que o numerador deverá ser:
3(x - 3) + 1(x² - 4) = 0
que desenvolvido nos dá:
x2 + 3x - 13 = 0
que é uma equação do segundo grau que pode ser resolvida pela fórmula de
Bhaskara. Não existirão números reais satisfazendo esta equação.
2. Consideremos agora o segundo exemplo:
(x+3)/(2x-1)=2x/(x+4)
O mínimo múltiplo comum entre 2x-1 e x+4 é MMC=(2x-1)(x-4) (o produto
entre estes fatores) e MMC somente se anulará se x=1/2 ou x= -4.
Multiplicando os termos da equação pelo MMC, teremos uma sequência de
expressões como:
(x+3)(x+4)=2x(2x-1)
x² + 7x + 12 = 4x² - 2x
-3x² + 9x + 12 = 0
3x² - 9x - 12 = 0
x² - 3x - 4 = 0
(x-4)(x+1) = 0

Solução: x'=4 ou x"= -1


3. Estudemos outro exemplo:
3/(x²-4)+1/(x-2)=0
O mínimo múltiplo comum é MMC=x²-4=(x-2)(x+2) e este MMC somente se
anulará se x=2 ou x= -2. Multiplicando os termos da equação pelo MMC,
obteremos:
3 + (x+2)=0
cuja solução é x= -5
Exercícios: Resolver as equações do segundo grau fracionárias:
1. x + 6/x = -7
2. (x+2)/(x+1) = 2x/(x-4)
3. (2-x)/x + 1/x² = 3/x
4. (x+2)/(x-2) + (x-2)/(x+2) = 1

Equações bi-quadradas
São equações do 4o. grau na incógnita x, da forma geral:
a x4 + b x² + c = 0
Na verdade, esta é uma equação que pode ser escrita como uma equação do segundo
grau através da substituição:
y = x²
para gerar
a y² + b y + c = 0
Aplicamos a fórmula quadrática para resolver esta última equação e obter as soluções
y' e y" e o procedimento final deve ser mais cuidadoso, uma vez que
x² = y' ou x² = y"
e se y' ou y" for negativo, as soluções não existirão para x.
Exemplos:
1. Para resolver x4-13x²+36=0, tomamos y=x², para obter y²-13y+36=0, cujas
raízes são y'=4 ou y"=9, assim:
x² = 4 ou x² = 9
o que garante que o conjunto solução é:
S = { 2, -2, 3, -3}
2. Para resolver x4-5x²-36=0, tomamos y=x², para obter y²-5y-36=0, cujas raízes
são y'= -4 ou y"=9 e desse modo:
x² = -4 ou x² = 9
o que garante que o conjunto solução é:
S = {3, -3}
3. Se tomarmos y=x² na equação x4+13x²+36=0, obteremos y²+13y+36=0, cujas
raízes são y'= -4 ou y"= -9 e dessa forma:
x² = -4 ou x² = -9
o que garante que o conjunto solução é vazio.

Sugestão de video para equação do 2ºGrau: Atenção =>necessita de internet:


http://www.youtube.com/watch?v=3qs463FeXlo PRIMEIRO VIDEO!
http://www.youtube.com/watch?v=IAFxM391knY SEGUNDO VIDEO!
INEQUAÇÕES DO 1º E 2º GRAU:

INEQUAÇÕES DE 1º GRAU:

* Definição
Em sua definição mais simples e compreensível, pode ser definida como toda e qualquer sentença
da matemática que é aberta por um sinal de desigualdade.

Sendo que: a e b, são números reais e diferentes de zero (a e b ≠ 0), respectivamente.


Exemplos:
2x – 8 > 0 4x + 9 ≥ 0
3x – 9 < 0 5x + 1 ≤ 0
3
* O que representa os sinais das inequações

* Observações gerais sobre Inequações


Observando as condições de vida da população do Brasil, obviamente encontraremos um grande
mar de desequilíbrio. Estas desigualdades podem ser encontradas em diversas áreas, mais a que
mais de destacam são social e econômica.
Veja alguns exemplos de desigualdades:
» Salarial: enquanto muitos brasileiros estão com faixas de salários baixas que mal podem se
sustentar, alguns outros tem seus salários altos.
» Habitação: muitos brasileiros têm casas boas em bairros e cidades nobres, outros não têm
condições de ter sua casa própria.
» Moradia: As pessoas que vivem nas ruas aumentam cada vez mais com o passar dos anos.
» Alimentação: Cerca de 40% da população que vive em ambiente rural, no campo, vive em
situação precária.
Se pudéssemos pesar estas diferenças apresentadas acima em uma balança, veríamos com mais
clareza as grandes desigualdades.
O que isto tem haver com as Inequações? Como já informado anteriormente, as inequações são
representadas por desigualdades matemáticas.
* Solução de inequações do 1º grau
Nas equações do primeiro grau que estejam na forma ax + b > 0, tem-se o objetivo de se apurar um
conjunto de todas e quaisquer possíveis valores que possam assumir uma ou mais variável que
estejam envolvidas nas equações proposta no problema.
Acompanhe:
Determine todos os possíveis números inteiros positivos para os quais satisfaça a inequação:
3x + 5 < 17
Veja os seguintes passos para solução:

Após fazer os devidos cálculos da inequação acima, pode-se concluir que a solução apresentada é
formada por todos os números inteiros positivos menores que o número 4.
S = {1, 2, 3,}
* Exemplos de fixação de conteúdo
a) 2 -4x ≥ x + 17
Solução:

b) 3(x + 4) < 4(2 –x)


Solução:
c) Quais os valores de X que tornam a inequação -2x +4 > 0 verdadeira?
Solução:

O número 2 não é a solução da inequação dada, mais sim qualquer valor menor que 2.
Verifique a solução:
Para x = 1
-2x +4 > 0
-2.(1) +4 > 0
-2 + 4 > 0
2 > 0 ( verdadeiro )
Observe, então, que o valor de X menor que 2 é a solução para inequação.
* Propriedades da inequação do 1º grau
Quando uma equação do 1º grau é resolvida, são usados os recursos matemáticos tais como: somar
ou diminuir um valor igual aos dos componentes da equação ou multiplicar e dividir os membros
componentes da equação por um mesmo valor.
Será que é possível usar estes mesmo recursos de soluções das equações para resolver as inequações
do primeiro grau ?
Analise os exemplos:
Inequação
5>3
Recurso:
5 > 3 ( somar o valor 2 )
5+2>3+2
7 > 5 (continua sendo uma inequação verdadeira)
Inequação
5>3
Recurso:
5 > 3 (subtrair 1)
5-1 > 3 -1
4 > 2 (continua sendo uma inequação verdadeira)
Desta forma, é possível concluir que de acordo com as propriedades das equações de primeiro grau,
podemos usar os mesmos recursos matemáticos de somar ou subtrair um mesmo valor aos membros
da inequação do primeiro grau.
Analise os exemplos:
Inequação
5>3
Recurso:
5 > 3 (multiplicar pelo valor positivo 2)
5 x (+2) > 3 x (+2)
10 > 6 (continua sendo uma inequação verdadeira)
Inequação
5>2
Recurso:
5 > 2 (multiplicar pelo valor negativo -2)
(-2).5 > 2.(-2)
-10 > -4 (a inequação não é verdadeira)
Para que a inequação acima se torne verdadeira é preciso inverter o sinal.
-10 < -4 (agora a inequação é verdadeira)
Portanto, é preciso ter o máximo de cuidado ao utilizar o recurso matemático de (multiplicar ou
dividir por um mesmo valor os componentes da inequação) para resolver uma inequação do
primeiro grau. Caso este valor seja um número negativo, o sinal da desigualdade (inequação) deve
ser invertido.
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU:

As inequações são expressões matemáticas que utilizam na sua formatação, os seguintes sinais de
desigualdades:

>: maior que


<: menor que
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual
≠: diferente

As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de Bháskara. O resultado deve ser
comparado ao sinal da inequação, com o objetivo de formular o conjunto solução.

Exemplo 1

Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 <>.


S = {x Є R / –7/3 < x < –1}

Exemplo 2

Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0.

S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2}

Exemplo 3

Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.


S = {x Є R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}

Exemplo 4

Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0.

S = {x Є R / x <> 3}
Uma inequação será identificada como modular se dentro do módulo tiver uma expressão com uma
ou mais incógnitas, veja alguns exemplos de inequações modulares:

|x| > 5

|x| < 5

|x – 3| ≥ 2

Ao resolvermos uma inequação modular buscamos encontrar os possíveis valores que a incógnita
deverá assumir, obedecendo às regras resolutivas de uma inequação e as condições de existência
de um módulo.

Condição de existência de um módulo, considerando k um número real positivo:

Se |x| < k então, – k < x < k

Se |x| > k então, x < – k ou x > k

Para compreender melhor a resolução de inequações modulares veja os exemplos abaixo:

Exemplo 1

|x| ≤ 6

Utilizando a seguinte definição: se |x| < k então, – k < x < k, temos que:

–6≤x≤6

S = {x Є R / – 6 ≤ x ≤ 6}

Exemplo 2

|x – 7| <>

Utilizando a seguinte definição: se |x| < k então, – k < x < k, temos que:

–2<x–7<2
–2+7<x<2+7
5 <>

S = {x Є R / 5 <>

Exemplo 3

|x² – 5x | > 6
Precisamos verificar as duas condições:

|x| > k então, x < – k ou x > k

|x| < k então, – k < x < k

Fazendo |x| > k então, x < – k ou x > k


x² – 5x > 6
x² – 5x – 6 > 0
Aplicando Bháskara temos:
x’ = 6
x” = –1

Pela propriedade:
x>6
x < –1

Fazendo |x| < k então, – k < x < k


x² – 5x < – 6
x² – 5x + 6 < 0
Aplicando Bháskara temos:
x’ = 3
x” = 2

Pela propriedade:
x>2
x<3

S = {x Є R / x < –1 ou 2 <> 6}.


SISTEMAS DE EQUAÇÃO:

Sistema linear
Os sistemas de equações consistem em ferramentas importantes na Matemática, eles são utilizados
para determinar os valores de x e y nas equações com duas variáveis. A resolução dos sistemas
consiste em estabelecer uma relação entre as equações e aplicar técnicas de resolução. Os métodos
usados na resolução de um sistema são: substituição e adição. Exemplos de sistemas de equações:
Método da Substituição

O método da substituição consiste em trabalhar qualquer equação do sistema de forma a isolar uma
das incógnitas, substituindo o valor isolado na outra equação. Observe passo a passo a resolução do
sistema a seguir:

Nesse caso, vamos escolher a 2º equação e isolar a incógnita x.

x – y = –3
x = –3 + y

Agora, substituímos o valor de x por –3 + y na 1º equação.

2x + 3y = 19
2*(–3 + y) + 3y = 19
–6 + 2y + 3y = 19
2y + 3y = 19 + 6
5y = 25
y=5

Para finalizar, calculamos o valor de x utilizando a seguinte equação:

x = –3 + y
x = –3 + 5
x=2

Portanto, a solução do sistema é x = 2 e y = 5, isto é, o par ordenado (2,5)

Método da Adição

O método da adição deve ser utilizado nos sistemas em que existe a oportunidade de zerar uma das
incógnitas. Observe a resolução do sistema a seguir:
1º passo: somamos as equações, eliminando uma das incógnitas e determinando o valor da outra
incógnita.

Calculado o valor de x, basta escolher uma das equações e substituir o valor de x por 11.

x + y = 10
y = 10 – x
y = 10 – 11
y = –1

A solução do sistema é o par ordenado (11, –1).

10. JUROS SIMPLES:

JUROS SIMPLES:
Juro é toda compensação em dinheiro que se paga ou se recebe pela quantia em
dinheiro que se empresta ou que é emprestada em função de uma taxa e do tempo.
Quando falamos em juros, devemos considerar:
1. O dinheiro que se empresta ou que se pede emprestado é chamado de capital.
2. A taxa de porcentagem que se paga ou se recebe pelo aluguel do dinheiro é
denominada taxa de juros.
3. O tempo deve sempre ser indicado na mesma unidade a que está submetida a
taxa, e em caso contrário, deve-se realizar a conversão para que tanto a taxa
como a unidade de tempo estejam compatíveis, isto é, estejam na mesma
unidade.
4. O total pago no final do empréstimo, que corresponde ao capital mais os juros,
é denominado montante.
Para calcular os juros simples j de um capital C, durante t períodos com a taxa de i%
ao período, basta usar a fórmula:
j= C·i·t
100
Exemplos:
1. O preço à vista de um aparelho é de R$ 450,00. A loja oferece este aparelho
para pagamento em 5 prestações mensais e iguais porém, o preço passa a ser de
R$ 652,00. Sabendo-se que a diferença entre o preço à prazo e o preço à vista é
devida aos juros cobrados pela loja nesse período, qual é a taxa mensal de juros
cobrada por essa loja?
A diferença entre os preços dados pela loja é:
652,00 - 450,00 = 202,50
A quantia mensal que deve ser paga de juros é:
202,50 / 5 = 40,50
Se X% é a taxa mensal de juros, então esse problema pode ser resolvido da
seguinte forma:
X% de 450,00 = 40,50
X/100.450,00 = 40,50
450 X / 100 = 40,50
450 X = 4050
X = 4050 / 450
X = 9

A taxa de juros é de 9% ao mês.


2. Uma aplicação feita durante 2 meses a uma taxa de 3% ao mês, rendeu R$
1.920,00 de juro. Qual foi o capital aplicado?
O capital que a aplicaçao rendeu mensalmente de juros foi de:
1920,00/2=960,00. Se o capital aplicado é indicado por C, esse problema pode
ser expresso por:
3% de C = 960,00
3/100 C = 960,00
3 C / 100 = 960,00
3 C = 96000
C = 96000/3 = 32000,00

O capital aplicado foi de R$ 32.000,00.


10. SEQUÊNCIA NUMÉRICA:

Você sabe o que é uma sequência numérica?


Costumamos dizer que é a parte mais fácil da matemática.
Observe:
O diário do professor é composto pelos nomes de seus alunos, esses nomes obedecem a uma ordem
(são escritos em ordem alfabética), essa lista de nomes (diário) é considerada uma seqüência.
Os dias do mês são dispostos no calendário obedecendo a certa ordem que também é um tipo de
seqüência.

Esses e vários outros exemplos de seqüência estão presentes em nosso cotidiano. Observando-os
podemos definir seqüência como:

Seqüência é todo conjunto ou grupo no qual os seus elementos estão escritos em uma
determinada ordem.

No estudo da matemática estudamos um tipo de seqüência, a seqüência numérica. Essa seqüência


que estudamos em matemática é composta por números que estão dispostos em uma determinada
ordem pré-estabelecida.

Ao representarmos uma seqüência numérica devemos colocar seus elementos entre parênteses. Veja
alguns exemplos de seqüências numéricas:

• (2, 4, 6, 8, 10, 12, ... ) é uma seqüência de números pares positivos.


• (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11...) é uma seqüência de números naturais.
• (10, 20, 30, 40, 50...) é uma seqüência de números múltiplos de 10.
• (10, 15, 20, 30) é uma seqüência de números múltiplos de 5, maiores que cinco e menores que 35.

Essas seqüências são separadas em dois tipos:


• Seqüência finita é uma seqüência numérica na qual os elementos têm fim, como por exemplo, a
seqüência dos números múltiplos de 5 maiores que 5 e menores que 35.
• Seqüência infinita é uma seqüência que não possui fim, ou seja, seus elementos seguem ao
infinito, por exemplo: a seqüência dos números naturais.

Em uma seqüencia numérica qualquer, o primeiro termo é representado por a1, o segundo termo é
a2, o terceiro a3 e assim por diante. Em uma seqüência numérica finita desconhecida, o último
elemento é representado por an. A letra n determina o número de elementos da seqüência.

(a1, a2, a3, a4, ... , an, ... ) seqüência infinita.

(a1, a2, a3, a4, ... , an) seqüência finita.

Para obtermos os elementos de uma seqüência é preciso ter uma lei de formação da seqüência. Por
exemplo:

Determine os cinco primeiros elementos de uma seqüência tal que an = 10n + 1, n N*

a1 = 101 + 1 = 10 + 1 = 11
a2 = 102 + 1 = 100 + 1 = 101
a3 = 103 + 1 = 1000 + 1 = 1001
a4 = 104 + 1 = 10000 + 1 = 10001
a5 = 105 + 1 = 100000 + 1 = 100001

Portanto, a seqüência será (11, 101, 1001, 10001, 100001).

11. FUNÇÕES E GRÁFICOS:


INRODUÇÃO
Os conceitos de função, como as noções de espaço e geometria, passaram por evoluções
acentuadas. Percebemos bem esse fato ao atentar para os vários refinamentos desse processo
evolutivo que acompanham os progressos escolares, desde os cursos mais elementares da escola
média até aos mais avançados e sofisticados de pós-graduação.
A história do termo função é um exemplo interessante da tendência dos matemáticos de
generalizar e ampliar os conceitos. A palavra função, na sua forma latina equivalente, parece ter
sido introduzida por Gottfrield Wilhelm Von Leibniz (1646 – 1716) em 1694, inicialmente para
expressar qualquer quantidade associada a uma curva, como por exemplo, as coordenadas de uma
curva, a inclinação de uma curva e o raio da curvatura. Por volta de 1718, Johann I. Bernoulli (1667
– 1748) havia chegado a considerar função como uma expressão qualquer formada de uma variável
e algumas constantes; pouco tempo depois Leonhard Euler (1707 – 1783) considerou uma função
como uma equação ou fórmula envolvendo variáveis e constantes. Esta última idéia corresponde ao
conceito de função que a maioria dos alunos dos cursos elementares de matemática tem. O conceito
de Euler se manteve inalterado até que Joseph Fourier (1768 – 1830) foi levado a considerar, em
suas pesquisas sobre a propagação do calor, as chamadas séries trigonométricas, envolvendo uma
forma de relação mais geral entre as variáveis. Na tentativa de dar uma definição de função
suficientemente ampla, a ponto de englobar essa forma de relação, Lejeune Dirichlet (1805 – 1859)
chegou à seguinte formulação: Uma variável é um símbolo que representa qualquer um dos
elementos de um conjunto de números; se duas variáveis x e y estão relacionadas de maneira que,
sempre que se atribui um valor a x, corresponde automaticamente, por alguma lei ou regra, um
valor a y, então se diz que y é uma função de x, ou simbolicamente, y = f(x). Os valores possíveis
que x (variável independente) pode assumir constituem o campo de valores da função. Por outro
lado, a teoria dos conjuntos propiciou ampliar o conceito de função de maneira a abranger relações
entre dois conjuntos de elementos quaisquer, sejam esses elementos números ou qualquer outra
coisa.
O conceito de função permeia grande parte da matemática, representando deste modo, um
guia natural e efetivo para a seleção e desenvolvimento do material de textos de matemática. Assim,
torna-se inquestionável que, o quanto antes nos familiarizarmos com o conceito de função, melhor
será a nossa formação matemática.
PRÉ-REQUISITOS
Para bom desenvolvimento do processo é importante que os alunos estejam seguros quanto à
marcação de pontos no plano cartesiano, saibam estabelecer informalmente o conceito de função, de
variável independente e variável dependente, além da manipulação algébrica a numérica com
números reais. Faz-se necessário também que o aluno saiba como se comporta uma fração quando
variamos o numerador ou denominador, permanecendo com um deles constante. É importante
deixar o aluno a vontade no uso de seus conhecimentos com vistas a otimizar seu rendimento na
obtenção do esboço dos gráficos. Cabe ao professor apresentar, da forma que melhor lhe convier, o
conteúdo básico referentes a cada um dos tópicos abordados, antecipadamente, orientar o aluno
quanto à aplicação de seus conhecimentos.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
Iniciaremos por funções cujo gráfico é uma reta no plano cartesiano e que podem ser
representadas pela equação y = a.x + b ou f(x) = a.x + b.
Escolhendo como padrão a forma y = x ou f(x) = x, observamos que é de uma função crescente
passando na origem, cujo gráfico está representado abaixo:
Y y=x

É fácil observar que neste caso os sinais de x e y são iguais e o gráfico localizado nos quadrantes
de ordem ímpar. Por outro lado, observamos que o gráfico da função representada por y = – x é simétrico
em relação aos quadrantes de ordem par, onde está localizada.
y=-x Y

A partir desses dois gráficos construímos os demais, fazendo translações e rebatimentos em torno
dos eixos das abscissas e ordenadas, de acordo com os zeros de cada função.
Y
Por exemplo:
a) y = x – 3 y=x-3

X
y=-x+3 Y
b) y = – ( x – 3 )

Mostramos aos alunos que funções do tipo

x
y = 2x, y = – 3x e y = sofrem apenas alteração na inclinação, acentuando dessa forma o seu
2
crescimento ou decrescimento, mantendo as demais características. A partir dessas funções, apresentamos
aos alunos, de acordo com o sinal do coeficiente de x, as noções de proporcionalidade direta e inversa.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS SOBRE A MATÉRIA:

QUESTÃO 01

A função contínua y = f ( x ) está definida no intervalo [ - 4 , 8 ] por

sendo a e b números reais.


CALCULE os valores de a e b e ESBOCE o gráfico da função dada no plano
cartesiano representado na figura abaixo

SOLUÇÃO:

lim f(x) = lim f(x) ⇒ 6 = b


x → 0- x → 0+
lim f(x) = lim f(x) ⇒ 4a + b = -2 ⇒ 4a = - 8 ⇒ a = -2
x → 4- x → 4+
 x + 6, se − 4 ≤ x ≤ 0

f ( x ) =  − 2 x + 6, se 0 < x < 4
 2 x − 10, se 4 ≤ x ≤ 8

QUESTÃO 02

Os números reais 3, a e b são, nessa ordem, termos consecutivos de uma progressão


aritmética cuja razão é positiva. Por sua vez, os números reais a, b e 8 são, também
nessa ordem, termos consecutivos de uma progressão geométrica.
DETERMINE a e b.

SOLUÇÃO:

I) b – a = a – 3 , (a>3)
⇒ b = 2a – 3

8 b
II) = ⇒ b2 = 8a
b a

De I e II temos:
( 2a - 3 )2 = 8a ⇒ 4a2 -12a +9 = 8a ⇒ 4a2 -20a +9 = 0
9
a=
2

De I : b= 2a -3 = 9 - 3 ⇒ b = 6

QUESTÃO 03

Observe a figura.

Nessa figura, os segmentos BC e DE são paralelos.


Sendo A 1 e A 2 as áreas dos triângulos ABC e BCD, respectivamente, sabe-se que-se
A1 5
que =
A2 3
A3
Considerando A 3 a área do triângulo DCE, CALCULE o valor de
A2
SOLUÇÃO:

A1

A2
A3

A1 5 5
= ⇒ A1 = A (1)
A2 3 3 2

Suponhamos A3 = K ⇒ A3 = K.A2 (2)


A2

A DE
∆CDE e ∆BCD têm mesma altura, distância entre DE e BC, logo A = BC = K
3

2
2
A + A + A  DE 
∆ADE ~ ∆ABC, logo, 1 2 3 =   = K2 ⇒
3 A3 (3)
A1 BC 
1+ + = K 2
5 A1
Substituindo (1) e (2) em (3):
3 KA2 2
1+ + = K
5 5
A
3 2
A3 8
8 3K K= =
+ = K 2 ⇒ 5K 2 − 3K − 8 = 0 ⇒ A2 5
5 5

QUESTÃO 04

Por três pontos não-colineares do plano complexo, z 1 , z 2 e z 3 , passa uma única


circunferência.
Sabe-se que um ponto z está sobre essa circunferência se, e somente se,
for um número real.

Seja C a única circunferência que passa pelos pontos


z 1 = 1, z 2 = -3i e z 3 = -7 + 4i do plano complexo.
Assim sendo, DETERMINE todos os pontos do plano complexo cuja parte real é
igual a -1 e que estão sobre a circunferência C.

SOLUÇÃO
Z1 = 1 ⇒ Z1 = 1
Z 2 = − 3i ⇒ Z 2 = 3i
Z 3 = − 7 + 4i ⇒ Z 3 = − 7 − 4i
Seja Z = − 1 + Ki ⇒ Z = − 1 − Ki
( Z 2 − Z 3 ) = 3i + 7 + 4i = 7 + 7i = 7(1 + i )
( Z 1 − Z 3 ) = 1 + 7 − 4i = 8 − 4i = 4(2 − i )
( Z 1 − Z ) = 1 + 1 + Ki = 2 + ki
( Z 2 − Z ) = − 3i + 1 − ki = 1 − (3 + k )i
Substituindo na condição dada temos :
7(1 + i ) 4( 2 − i )(2 + ki )[1 − (3 + k )i ] é um número real
Efetuando as operações indicadas :
[
28 3k 2 + 10k + 12 + (k 2 − 16)i ] é real ⇒ k 2 − 16 = 0
 k= 4

⇒  ou Assim os pontos do plano complexo são
 k = − 4
Z= -1+4i ou Z= -1-4i

QUESTÃO 05

Um fabricante gastava R$ 40,00 na produção de cada unidade de uma mercadoria,


que ele vendia por R$ 100,00. Sobre o preço de venda, o fabricante pagava 40% de
imposto. Devido a problemas com os preços das matérias-primas, o custo de
fabricação teve um aumento de 60%.
Então, para evitar uma queda acentuada na produção, o Governo resolveu diminuir a
alíquota do imposto para 30% do preço de venda, e o fabricante concordou em
diminuir o seu percentual de lucro, de 50% para 40%.

CALCULE o novo preço de venda dessa mercadoria.

SOLUÇÃO:

 Custo = R$ 40,00

Em cada unidade temos que  Venda = R$ 100,00
 Im posto = R$ 40,00

 Venda = x
 Custo = 40.1,6 = 64

Com os problemas de matéria prima temos que 
 Im posto = 0,30 x
 Lucro = 0,4.64 = 25,60

Mas: Venda = Custo + imposto + lucro


x = 64 + 0,3x + 25,60 ⇒ x = 128

O novo preço de venda é R$ 128,00

QUESTÃO 06

Observe a figura.
Nessa figura, a reta r determina uma corda AB, de comprimento 4 6 , na
circunferência de equação x2 - 18x + y2 -16y + 96 = 0. Além disso, a reta r faz com o
3
eixo x um ângulo θ tal que tg θ = e intercepta o eixo y em um ponto de ordenada
4
positiva.
DETERMINE a equação da reta r.

SOLUÇÃO:

3
A equação da reta r é : y = x + k ( k > 0 ) ⇒ 3x - 4y + 4k = 0
4

O centro da circunferência é C( 9 , 8 ) e o raio R = AC = 7.


Seja CM a distância de C a r.
AB
AM =
2
⇒ AM = 2 6

Pelo Teorema de Pitágoras temos que : ( CM )2= ( AC )2 - ( AM )2

⇒ CM = 5
3.9 − 4.8 + 4 K
A distância de C a r é : CM = = 5
32 + (− 4) 2
 15
 4 K − 5 = 25 ⇒ K = 2

| 4K - 5 | = 25 ⇒  ou
 4 K − 5 = − 25 ⇒ K = − 5

15
Como k> 0 temos então que k =
2

A equação de r é 3x -4y + 30 = 0
QUESTÃO 07

Considere o sistema

DETERMINE o valor de a para que o sistema tenha solução.


Usando esse valor de a, RESOLVA o sistema.

SOLUÇÃO:

Escalonando a matriz do sistema:

1 1 1 8
2 4 3 a
3 7 9 25
4 6 5 36

1 1 1 8
0 -2 -1 16-a 2L1-L2
0 -4 -6 -1 3L1-L3
0 -2 -1 -4 4L1-L4

1 1 1 8
0 -2 -1 16-a
0 0 4 33-2a 2L2-L3
0 0 0 20-a L2 -L4
O sistema é possível se e somente se 20 - a = 0 ⇒ a = 20

Eliminando-se a última equação, temos o sistema:

 7
z= −
 x+ y+ z = 8  4
 23
 − 2y − z = − 4 ⇒  y=
 8
 4z = − 7 
 55
 x=
 8

QUESTÃO 08

Um reservatório é abastecido por duas torneiras, A e B. A torneira A, sozinha,


enche o reservatório em 20 horas. A torneira B, sozinha, enche o mesmo
reservatório em 18 horas.

Às duas horas da manhã, estando esse reservatório vazio, as duas torneiras são
abertas. Depois de 4 horas e 30 minutos, a torneira B é fechada e a torneira A
continua a abastecer o reservatório.

DETERMINE a hora exata em que esse reservatório estará cheio.

SOLUÇÃO:

Seja x a capacidade do reservatório. Em 4,5 horas, as duas torneiras despejam


4,5 4,5 19
no reservatório, x+ x= x
20 18 40
21
Faltam, para encher o reservatório , x.
40
Para a torneira A, temos a seguinte regra de três:

x_____________20 hs

21
x ____________ t ⇒ t = 10, 5 hs
40
O tempo gasto foi de 4,5hs + 10,5 hs = 15 hs

O reservatório estará totalmente cheio às 17 horas.

QUESTÃO 09

A seção transversal de um túnel tem a forma de um arco de parábola, com 10


m de largura na base e altura máxima de 6 m, que ocorre acima do ponto
médio da base. De cada lado, são reservados 1,5 m para passagem de
pedestres, e o restante é dividido em duas pistas para veículos.

As autoridades só permitem que um veículo passe por esse túnel caso tenha
uma altura de, no máximo, 30 cm a menos que a altura mínima do túnel sobre
as pistas para veículos.
CALCULE a altura máxima que um veículo pode ter para que sua passagem
pelo túnel seja permitida.

SOLUÇÃO:

Associemos a curvatura do túnel a uma parábola no plano cartesiano com


vértice no eixo y. Temos a figura abaixo com os valores em metros.
A função é do tipo y = ax2+ 6, com a < 0.
Como 5 é raiz, temos que :
6
0 = 25a + 6 ⇒ a = −
25
6 2
A função é, portanto, y = − x + 6
25
Para x = 3,5 ou x = -3,5 temos y igual a: y = -2,94 + 6 = 3,06
⇒ y = 3,06m.
Como deve haver uma folga de 0,3 m, a altura máxima pedida do veículo será
2, 76m.

2,76m

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