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Brava Cursos

Municipalização de Trânsito

Marcelo José de Santana

Cipó-Bahia
2019
A

Municipalização do trânsito
Pleiteando o direito de ir e vir que o cidadão possui, e preocupado com tais
circunstâncias, certo é, de extrema necessidade que os municípios organize o
trânsito local, fazendo assim, a municipalização do trânsito. Mediante dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) o trânsito é uma das coisas que mais
matam a população mundial.

Um trânsito mal organizado, por sua vez contribui para que o cidadão viva mal
e também contribui severamente, com o aumento de acidentes trágicos.
Acidente estes que causam severos danos ao cidadão, e inúmeros prejuízos as
cofres públicos.

Sabemos que, a organização do trânsito não é fácil, pois, é que nem sempre
além de todas as regras, temos condutores capacitados qualificados e dotados
de muito bom senso.

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o trânsito


mata mais do que guerras, e do que determinadas doenças. Sem levar em
conta, os prejuízos causados ao meio ambiente.

Para fazer a organização do trânsito não é necessário apenas encher as vias


de placas, sinais e Barreiras. E sim trabalhar com a consciência do cidadão,
usuário do trânsito, seja ele condutor ou pedestre, para quê seja respeitado o
direito de ir e vir de qualquer cidadão, seguindo todas as regras fundamentadas
e tendo como base a lei, que está explícita no código de trânsito brasileiro
(CTB).
O transito
Tendo como base essa discussão, podemos fazer uma pergunta que é de
fundamental importância para o entendimento de todo cidadão. Afinal, o que é
trânsito mesmo?

O trânsito é feito de pessoas, e a partir disto o governo federal, juntamente com


outros órgãos, criam e fazem a organização de trânsito. Baseado nas leis
contidas no código de trânsito brasileiro (CTB).

Tendo como base o artigo 9º do código de trânsito brasileiro (CTB) que diz. O
Presidente da República designará o Ministério, ou órgão da presidência
responsável por coordenar o Sistema Nacional de Trânsito, ao qual, estará
sempre vinculado o Conselho Nacional de Trânsito, subordinado órgão máximo
executivo de trânsito da União.

Sabemos que o trânsito é um direito de todos, e é necessidade vital, portanto, o


trânsito tem que estar em condições seguras para que o cidadão não corra
sérios riscos. Sabendo que é um direito nosso e um dever dos órgãos e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, aos quais cabe adotar as medidas
cabíveis e necessárias para assegurar esse direito.

Para criar um trânsito Seguro, tem que existir uma parceria entre a União, Os
Estados e os Municípios, e cada um deve fazer a sua parte. Em se tratando de
município, não seria em princípio facultativo e sim obrigatório, uma vez que,
está descrita no Artigo 8º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a
determinação que os municípios deverão organizar o trânsito no âmbito
municipal, e criar dentro do mesmo município os órgãos competentes. Dentre
estes órgãos, o município deverá criar Junta Administrativa de Recursos a
Infrações (JARI), mesmo porque, não existe aplicação de pena sem que haja
uma possível forma de recorrer.

Vejo que, existem várias vantagens ao município que se adéqua as normas de


trânsito, fazendo assim a municipalização do mesmo. Além de trazer o trânsito
para onde o cidadão vive, as prefeituras conquistam o direito de encontrar
soluções para os problemas locais de seu trânsito. Assim, contribuindo para a
diminuição de acidentes, mortes e feridos, que repercutirão nos gastos com a
saúde pública estadual ou local.

Em se tratando de municipalização do trânsito, as prefeituras poderão


aumentar as suas receitas fazendo ou implantando o serviço de
estacionamento rotativo regulamentado, criando a zona de estacionamento
azul, verde, ou como queira a lei denominar.

O município também aumentará sua receita, fazendo arrecadação das multas


municipais por infração a legislação de trânsito. Existem várias formas de
bonificação para os municípios, e tudo depende da sua organização, mediante
e de acordo com as leis vigentes em nosso país. Contribuindo, com isso, com a
melhoria da qualidade de vida do Cidadão, pois um trânsito seguro contribui
para a diminuição de acidentes, da poluição sonora e ambiental. E seria
interessante que desde cedo, o poder executivo municipal trabalhasse de
forma mais adequada para que os alunos das escolas municipais aprendam
desde cedo, como funciona e como participar da criação de um trânsito seguro.
Afinal, somos todos usuários do sistema.

Tendo tudo isso como base, ainda não pensamos em outros benefícios. O que
um trânsito organizado trará ao município e a sua população?

Através de toda esta organização, o município terá possibilidade de


profissionalizar os jovens, qualificando e formando técnicos em operação,
administração, fiscalização e planejamento do trânsito, e com isso, fazendo a
criação de novos postos de emprego para a população.

Instrumentos legais de parceria


Falando um pouco sobre os instrumentos legais de parceria. O que são as
determinações legais para celebração de convênios? as obrigações dos
convenientes? os termos de compromisso que estão amparados mediante a lei
descrito no artigo 24º no seu inciso 13 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
que diz:´´ compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos
Municípios, no âmbito de sua circunscrição integrar-se a outros órgãos e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, para fins de arrecadação e
compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas a
unificação do licenciamento, a simplificação e a celeridade das transferências
de veículos, e até mesmo de prontuários dos condutores de uma unidade de
federação para outra``. Ou seja, facilitar e desburocratizar as transferências
veiculares entre os Estados.

Seguindo todos esses critérios, os municípios tendo como obrigação uma vez
que assinou um convênio, cabe à ele fazer o planejamento, regulamentação e
projetos para que o trânsito flua de forma eficiente, promovendo o bom
desenvolvimento da circulação e segurança dos usuários. Caberá também, ao
município criar, regulamentar e projetar vias seguras, para pedestres, pessoas
usando animais ou ciclistas. O município que se adequar a esse sistema e
assinar um convênio para quê a organização do seu trânsito aconteça, deverá
também implantar, manter e operar um sistema eficiente de sinalização,
fazendo com que, os equipamentos de controle viário, tais como: lombadas,
lombadas eletrônicas, detectores de velocidade e outros meios tecnológicos,
não venham deixar de ser usado, por uma simples falta de manutenção.

Caberá também ao município, receber e analisar projetos de edificações


geradoras e atrativas de tráfico de veículos ou de pedestres, definindo assim,
as exigências para que o trânsito aconteça de forma segura. Tudo isso tem
objetivo de reduzir o impacto do trânsito nas mediações dessas edificações,
Vale salientar que, tudo isso está descrito no artigo 93º do Código de Trânsito
Brasileiro (CTB).

Se observarmos o artigo 93º, que vem como uma determinação mais explícita,
mostrando que um projeto de tal forma, não poderá ser aprovado sem que haja
no projeto, área para estacionamento e indicações de acesso adequadas. Tudo
isso, para quê o trânsito funcione de forma rápida e segura, para que, não haja
congestionamentos desnecessários nas vias públicas.

Tendo em vista, que os municípios ao assinar tais convênios, terão obrigação


em fazer a manutenção, a fiscalização e também a aplicação de multas
cabíveis. Vejo, que o município não deverá olhar apenas para os ônus, mas,
deverá também olhar para todo custeio que o cerca. Não discordo da
organização de trânsito no município, mas, pelo que pude perceber são
inúmeros os gastos para fazer, manter e aplicar a municipalização de trânsito
em uma cidade do interior, onde a sua população não passa de 12 mil
habitantes. Acredito que, exista no meio de todo esse sistema organizacional,
uma forma mais simplificada de organizar o trânsito municipal, acredito que, a
simples colocação de placas, sinais viários, indicações de cruzamento,
sinalização de área perigosa e lombadas, fará com que o trânsito aconteça de
forma mais segura.

A importância da engenharia de tráfego para o trânsito


Condutores e pedestres não costumam se preocupar com temas relacionados
ao trânsito, mas, conhecer o papel da engenharia de tráfego é de extrema
importância, e nos auxiliará no entendimento da formação das normas, e
orientações dadas pela legislação que devemos seguir.

As preocupações e os percalços do dia a dia nos mantém tão ocupados que,


geralmente não sobra tempo param se aprofundar, ou tentar entender assuntos
tão importantes. A necessidade de se deslocar nos coloca a utilizarmos
transporte coletivo, a fazer a compra de um veículo, a fazer uso do tráfego
como pedestre, ou mesmo como ciclista. Mas, nem sempre nos remete a
lembrar de e pensar sobre o espaço em que nos inserimos dia a dia.

A fim de entender-mos o que é engenharia de tráfego, necessitamos entender


um pouco sobre a mobilidade urbana. Então, mobilidade urbana é
caracterizada pela forma como a população se desloca dentro de uma área.
Isso é uma questão que deve ser pensada, para o desenvolvimento de fatores
que propiciará à população, um deslocamento rápido e seguro.

Atualmente, em nosso país, fabricam-se mais automóveis do que nascem


pessoas. Parece brincadeira, mas é assunto sério. Cabe a engenharia de
tráfego, a organização de como estes veículos serão inseridos ao trânsito.
Vejamos que, o principal papel da engenharia de tráfego é de planejar como o
deslocamento de veículos e de pessoas deverá acontecer em determinadas
localidades. Contudo, digo que uma mobilidade urbana eficiente dependerá do
planejamento, e controle do tráfego. Que por sua vez, tem como objetivo
promover a organização da circulação de pessoas, de veículos, de ciclistas e
de um modo geral.

A engenharia de tráfego é um importante ramo da área de transportes, e está


prevista no Capítulo 8º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu artigo
91º. Sabe-se que, a engenharia de tráfego é uma área que se dedica
profundamente ao estudo técnico das operações de tráfego para obter o
desenvolvimento, planejando as necessidades de fluxo de vias que possa ser
aplicado no deslocamento. Esse planejamento consiste na ação de
sistematizar o funcionamento do tráfico, de modo que a circulação de veículos,
moto, carro, ônibus, bicicleta ou até mesmo de pessoas, aconteça de maneira
segura ágil e que tenha Total fluidez.

Podemos observar que, em determinados locais esse planejamento não


funciona corretamente, devido há inúmeros veículos circulando. Hoje, em
diversas capitais principalmente, já se fazem rodízios de placas veiculares, a
fim de quê essa tal mobilidade urbana aconteça, e que a engenharia de tráfego
realmente possa desenvolver o seu papel. Como disse em temas anteriores,
que o trânsito deverá ser seguro e funcionar de forma ágil, podemos dizer que
os efeitos negativos de um trânsito interrompido constantemente, poderá afetar
o sistema emocional dos condutores, causando emoções de caráter
desgastante como: estresse, ansiedade, nervosismo, medo ou irritabilidade.
Fazendo com que o condutor se torne totalmente vulnerável a segurança, pois,
veículos paralisados na via, hoje, são totalmente propensos a assaltos ou
outros delitos.

Podemos acreditar a partir disso, que a engenharia de tráfego é de


fundamental importância para o fluxo do trânsito, posso citar como exemplo, a
cidade de São Paulo, uma capital grandiosa, que por certo apresenta ou
apresentaria problemas sem solução. Embora, o trânsito abarrotado de
veículos, de pedestres, de motociclista, ainda acontece com certa fluidez.
Devido as operações, implantações de tecnologias para o controle do tráfego,
realizadas pela companhia de engenharia do tráfego (CET).

Conclui-se que, a engenharia de tráfego, juntamente com a educação e a


fiscalização, é responsável pela sustentação do trânsito. Acredito que de nada
adiantaria uma fiscalização intensa do trânsito, em um local cujos problemas
maiores se encontram em sua engenharia. Assim, como não bastaria a
engenharia de tráfego, para solucionar os problemas da mobilidade urbana.
Todos nós, usuários do sistema de trânsito, temos um papel importantíssimo
dentro deste contexto, cada um deverá fazer o seu papel, colocando-se sempre
no lugar correto, a fim de que o trânsito possa acontecer com qualidade, fluidez
e segurança.

Para mim, trânsito é igual a segurança pública. É um dever de todos e


responsabilidade de todos. Trânsito seguro é vida que segue.

Estatística e segurança no trânsito


De acordo com o código de trânsito brasileiro no artigo 25º, os órgãos e
entidades executivos do Sistema Nacional de Trânsito poderão celebrar
convênio delegando as atividades previstas neste código, com vistas a maior
eficiência e a segurança para os usuários da Via.

De acordo, com a lei número 12587 de 3 de Janeiro de 2012 está descrito no


inciso 4º, que os municípios que não tenham elaborado o plano de mobilidade
urbana, na data da promulgação, 03.01.12 desta lei terão o prazo máximo de 3
anos de sua vigência para elaborá-lo.

Tendo terminado o prazo, ficaram impedidos e receber recursos orçamentários


federais destinados a mobilidade urbana, até que atendam a exigência desta
lei.

O setor de estatísticas nos órgãos de trânsito possui algumas atividades, por


exemplo:

Atender solicitações de diversos setores do órgão como: imprensa, educação


planejamento, etc. É seu papel também, elaborar relatórios, gráficos, fazer
tabelas e outras atividades.

Tem como obrigação atender solicitações feitas por diversos setores do


governo, secretarias, entre outras, e também do público em geral, tais como:
estudantes, pesquisadores, etc.
Existem inúmeras atividades desenvolvidas pelo setor de estatística de trânsito,
que se fosse citá-las todas ia ficar muito extenso e cansativo.

A maior vantagem da integração do município a Sistema Nacional de Trânsito


(SNT),é de arrecadar vidas e reduzir o alto custo que a saúde pública arca,
com a doença.`` violência no trânsito``.

De acordo, com o portal do trânsito brasileiro, temos dados relevantes a seguir.


Vejamos:

Acidentes-Números

193,2 milhões de brasileiros ( estimativa IBGE para julho 2010)

1.400.000 km de estradas, sendo apenas 18% asfaltadas.

60,6 milhões de veículos, desses, mais de 14 milhões possuem mais de 10


anos de uso. (abril/ 2010)

53 milhões de CNH (carteira nacional de habilitação)

Acidentes:

Mundo: 1,2 Milhão 1000 mortes/ano com mais de 50 milhões de feridos (OMS)

Brasil: 45 mil mortes/ano (incluindo óbito após 72 horas do acidente,


oficialmente gira em torno de 40.000 mortes/ano segundo o Ministério da
Saúde).

Mais de 1milhão de acidentes/ano.

Prejuízos materiais em mais de 5 milhões de dólares.

Prejuízos sociais em mais de 5 Bilhões de Dólares.

O governo gasta em média 90.000,00 com vítima não fatal de acidente de


trânsito. Nos casos de morte esse valor sobe para 550.000,00, (segundo dados
do IPEA).

A cada 22 minutos, morre uma pessoa em acidente de trânsito.

A cada 7 minutos acontece um atropelamento.

A cada 57 segundos acontece um acidente de trânsito.


75% dos acidentes são causados pelo homem, 12% por problemas no veículo,
6% por deficiências nas vias e 7% por causas diversas. Se considerarmos
HOMEM-VEIVULO-VIA como causa o homem, são 93%.

75% dos acidentes ocorrem com tempo bom, 68% nas retas e 61% o dia.

Maior parte das vítimas de acidente de trânsito tem menos de 35 anos.

Acidente de trânsito é o segundo maior problema de saúde pública do país,só


perdendo para a desnutrição.

Para cada 10.000 veículos, morrem 7 pessoas no Brasil e1,5 no Japão.

9,3 milhões de veículos (quase 50% da Frota) possuem mais de 10 anos de


uso correspondem por 77% da poluição veicular e 60% dos acidentes com
vítimas.

Gerais
Trânsito - 3ª Causa Mortis do Brasil;

55% de ocupação dos leitos hospitalares;

45 em cada mil consegue concluir o 1º grau em 8 anos;

43% dos jovens até 17 anos tem apenas 2 anos de instrução escolar;

No Brasil, a proporção é de 1 morto para 690 veículos, enquanto na

França é para 3.000, Suíça 3.600, Alemanha 4.200, EUA 5.300, Japão

5.600 e Suécia 6.900;


Nos EUA no ano de 2000 o motorista gastou em média 62 horas parado em
congestionamentos, tendo a cidade de Los Angeles consumido 130 horas
anuais de seus condutores em congestionamentos. Ainda neste mesmo
ano, houve o acréscimo de US$ 68 bilhões gastos a mais em virtude
desses congestionamentos no País.

Brasil

Pouco mais da metade da frota registrada é composta por automóveis,


cerca de 35,1 milhões.
15 milhões de veículos 2 rodas (motocicletas e motonetas. 12,8 e 2,2
milhões respectivamente) já correspondem a pouco mais de 25% da frota
total de veículos

2,1 milhões de caminhões

Goiás em 2008 foi o Estado com maior número de vítimas fatais

(11.812) decorrentes de acidente de trânsito.

A região sudeste é a que possui a maior frota de veículos registrados, 3,51


milhões, enquanto a norte é a menor com 2,5 milhões de veículos
registrados. (Sul 12,6; Nordeste 8,5 e Centro Oeste 5,3 milhões)

São Paulo

São emplacados 150 mil novos veículos por mês.

O Estado possui:

19.467.614 veículos registrados;

6.3000.000 veículos na Capital;

35 % da frota nacional de veículos;

45 pessoas atropeladas por dia na capital;

19 mil atropelados na capital por ano, desses, 862 resultaram em mortes.

Morrem em média, 2 motociclistas por dia na capital

Reportagens da VEJA:
Uma PESQUISA curiosa

Uma pesquisa realizada pela empresa Opinion Research Corporation


International, mostra que 76% dos motoristas confessam ter o mau hábito de
se distrair com outras atividades enquanto dirigem. Os pesquisadores pediram
a 1016 pessoas, que indicassem um ou mais tipos de situação que as fizeram
sofrer um acidente ou, pelo menos, passar um susto no trânsito.

O gráfico revela os resultados


Separando uma briga dos filhos - 26%

Apagando cigarro - 22%

Usando o laptop - 21%

Conversando com um passageiro - 18%

Falando ao celular - 13%

Um estudo realizado nos Estados Unidos revela que as pessoas têm medo de
morrer das causas erradas. O quadro compara as reais causas de morte
prematura com aquelas que, na pesquisa, os entrevistados disseram mais
temer.

Câncer - 30%

Doenças cardíacas - 29%

Acidente de carro - 28%

Cigarro - 25%

Álcool - 18%

Drogas - 17%

Armas de fogo - 15%

Aids - 8%

Principais causas de morte prematura

Cigarro - 37,7%

Obesidade - 28,3%

Álcool - 9,4%

Doenças infecciosas - 8,5%

Armas de fogo - 3,3%

Doenças venéreas - 2,8%

Acidente de carro - 2,4%


Drogas - 1,9%

Uma Boa Reportagem

Jovens e carros: Atração perigosa

Eles são apaixonados por carro, mas estão mais expostos aos acidentes de
trânsito, que matam 25 mil pessoas por ano no Brasil

Ousados, ativos, com desejo de quebrar barreiras e inovar. Os jovens


carregam diversas características, mas fazem parte da cruel realidade dos
acidentes de carro, onde também se tornam personagens principais. Para se
ter uma ideia da situação, 40% dos atendimentos realizados no Hospital Sarah-
Salvador, no ano passado, foram pacientes de 14 a 29 anos, vítimas da
violência do trânsito. No Hospital Sarah-Salvador, da Rede Sarah, que não
realiza atendimentos de emergência, os pacientes são vítimas de algum tipo de
acidente com lesão medular ou cerebral e estão em tratamento de reabilitação.
São muitos adolescentes e adultos jovens que fazem parte do grupo de risco
no trânsito. Segundo o sociólogo Eduardo Biavati, responsável pelo Centro de
Pesquisa de Prevenção da rede, eles estão mais expostos aos acidentes,
levando-se em conta os padrões de comportamento, como a velocidade, a taxa
de utilização do cinto de segurança e hábitos de lazer, que quase sempre
envolvem a bebida alcoólica. “Os acidentes mais graves são com os jovens”,
garante a psicóloga Nereide Tolentino, consultora do Instituto Nacional de
Segurança no Trânsito. Segundo ela, não é exagero dizer que quase 70% dos
acidentes fatais no trânsito envolvem jovens de 18 a 25 anos. Fatores De
acordo com Nereide, dois fatores são fundamentais para traçar esta realidade.
Em primeiro lugar, o fato de a idade ser própria da ousadia, das crenças
pessoais, “de que com ele as coisas não vão acontecer”. O outro aspecto,
segundo ela, é a falta de conhecimento. “O jovem aprende a dirigir mal. Não
está preparado para respostas imediatas”, diz. Ela ressalta que o motorista
novo ousa na direção, no dia-a-dia, mas não está habilitado para emergências.
“Ele não tem nenhum treinamento para situações de emergência. Quando
passa por uma poça de água ou óleo na pista, ele não sabe que não se deve
frear. Não tem esta informação e faz o que vem na mente mais rapidamente”.
O excesso de velocidade e a bebida alcoólica são considerados causas de
acidentes em geral, enquanto são grandes atrativos para os jovens. Segundo
Nereide, estas duas coisas, combinadas ou não, agravam os fatores apontados
acima por ela. O álcool torna o reflexo mais lento e a velocidade faz com que a
situação de emergência esteja mais próxima. Exemplo: um cachorro que
atravessa a rua na frente do carro que está a 80 km/h ocorre em um segundo.
Com o álcool, é possível que a pessoa nem veja o que está ocorrendo.

Turma dentro do carro aumenta risco

A questão do exibicionismo do jovem com o carro não gera, na opinião da


psicóloga, o problema da velocidade. Quanto aos rachas e pegas, estes são
aspectos que, para ela, dependem de outros comportamentos psicológicos.

São pessoas que, se não tivessem o carro, estariam colocando em risco a vida
delas e de outras da mesma forma, com outros instrumentos. Mas a “zoeira”
que é comum dentro do automóvel de um jovem, acompanhado por amigos,
com som em alto volume e tendo na paquera um dos objetivos do passeio,
pode ser apontada como mais um fator que agrava a questão da segurança e
da atenção. Como o padrão de lazer deles é o de nunca sair sozinho, este é
outro aspecto preocupante, segundo Eduardo Biavati. “É o ‘eu e minha turma’.
Então, em um acidente, sempre mais de um vai se machucar”, diz o sociólogo.
A impaciência desta faixa etária também é característica. É comum observar
no tráfego, jovens motoristas “costurando” entre os demais carros, “grudando”
no fundo do carro que está à frente, ultrapassando pela direita ou na
contramão. Nereide observa que os jovens não aceitam freios e limites. “E o
congestionamento é um limite que ele acha que deve suplantar”, diz.

Morte e incapacitação física

Alta velocidade transforma ruas da cidade em rodovias e aumenta a gravidade


dos acidentes De acordo com pesquisa realizada no Hospital Sarah-Salvador,
no ano passado, grande parte dos atendimentos foi de vítimas de trânsito,
tendo como causa a alta velocidade. “A velocidade média do carro onde estava
a vítima era de 80 km/h. Em cerca de 30% dos casos, estava acima dos 100
km/h”, informou o sociólogo Eduardo Biavati. Um aspecto que ele ressalta é
que o tipo de acidente em Salvador tem característica de acidente de rodovia:
um grande número de colisões com capotamento ou capotamento com colisão
em objeto fixo, como poste. Se houver uma batida frontal com o carro a 80
km/h, é preciso levar em consideração que o outro veículo também está em
movimento e, então, é possível imaginar o impacto que isto representa.
Sequelas. De volta aos números que marcam a violência no trânsito
(registrados apenas no Hospital Sarah), mais da metade dos pacientes que
chegaram ao hospital sofreram uma lesão medular e cerebral, “sendo que uma
boa parte, inevitavelmente, vai ter como consequência a incapacitação física”,
segundo Eduardo. “Para cada vítima fatal, 13 sobreviveram com algum tipo de
ferimento, que pode ser desde um machucado no dedo até lesões na medula
ou no cérebro”. De cada 13, quatro sobreviveram com sequela definitiva, algum
tipo de incapacitação. “Se se levar em conta que são 25 mil mortes por ano,
estatística que se repete há 10 anos, 100 mil ficam incapacitados fisicamente”.
Na melhor das hipóteses, ficará dependendo apenas da cadeira de rodas,
segundo Eduardo.

Aulas de como conviver no trânsito

O carro não deve ser visto como uma máquina. É preciso mostrar todos os
aspectos que o automóvel e o trânsito representam, levando-se em conta as
questões de educação e cidadania. Na definição da psicóloga Nereide
Tolentino, o trânsito é um espaço público que as pessoas têm de saber dividir e
conviver. Para ela, o papel da família, quando bem estruturada, que é
realmente um núcleo de desenvolvimento de valores, contribui para a formação
do futuro condutor. Também depende de outras ações. Nereide lembra que o
Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro a implantar a obrigatoriedade
do curso de formação dos motoristas, antes mesmo do novo Código de
Trânsito Brasileiro passar a vigorar. “O percentual de acidentes depois da
implantação do curso é menor, independentemente da faixa etária”, informa a
psicóloga, lembrando que, neste mês, será lançado um projeto de formação no
ensino médio. Escolas A Rede Sarah está realizando um trabalho nas escolas
públicas e particulares, nas cidades onde há os hospitais, incluindo Salvador.
Trata-se da “Super. aula de Trânsito”, destinada aos alunos do 3º ano do
ensino médio (antigo 2º grau), ou seja, aqueles que estão prestes a tornarem-
se ou já são motoristas. As aulas abordam vários tipos de acidentes, que
geram lesões cerebrais e medulares, estando em destaque os de trânsito.
Estima-se que uma média de 30% dos cerca de 212 mil atendimentos no
Hospital Sarah-Salvador, no ano passado, foram de tratamento e reabilitação
de algum trauma gerado em acidente de trânsito. Eduardo Biavati compara que
o gasto da Rede

Sarah para o transporte de cada aluno da escola pública até o local de


realização da “Super. aula” é de R$ 1,50, enquanto o tratamento de
reabilitação de pacientes tetraplégicos pode chegar a mais de R$ 50 mil por
ano. O agendamento das aulas, em Salvador, pode ser feito pelo telefone.

(71) 372 – 3244 fax (71) 372-3240 ou pelo e-mail malu@ssa.sarah.br.

Três vezes mais risco

O risco de acidente com jovens abaixo de 20 anos é três vezes maior do que
com uma pessoa de 35 anos de idade. Além disso, a incidência maior de
acidentes e de casos com perda total, ou seja, maior gravidade ocorre entre os
jovens, principalmente os do sexo masculino. Os dados fazem parte do estudo
estatístico que a Itaú Seguros realizou, analisando o universo dos seus
usuários. Este estudo é tomado como base para os descontos oferecidos no
seguro do carro, de acordo com o perfil do motorista, mas também revela
aspectos sobre a incidência de sinistros, segundo o gerente de Seguro de
Carro da empresa, Fernando Reinhardt. Outros dados, de acordo com o perfil
do cliente, demonstram que as mulheres se envolvem menos em acidentes -
uma diferença, na média, de 10% - do que os homens. Esta diferença aumenta
entre os mais jovens. Ou seja, a incidência de sinistros é ainda maior entre os
jovens do sexo masculino, em relação ao sexo feminino.

A opinião deles

Os jovens também são capazes de identificar as atitudes que levam ao


acidente. No convívio com pessoas da mesma idade ou observando o
comportamento dos motoristas novos, eles notam as infrações ou atos
irresponsáveis cometidos no trânsito. O estudante de direito Emanoel
Fernandes da Cunha, 22 anos, por exemplo, acredita que a
“irresponsabilidade e a falta de consciência de que ali (o carro) pode ser um
instrumento perigoso, que pode matar”, são as causas dos acidentes entre
jovens. Segundo ele, é preciso mais respeito com a vida própria e a outros.
Para o universitário Henrique Magalhães, 23 anos, o motorista jovem pode
estar capacitado e habilitado para dirigir e ter bons reflexos. Mas, quando tem
excesso de confiança, como nas manobras ou ultrapassagens perigosas, põe
tudo a perder. Irresponsabilidade falta de paciência ou prudência, audácia,
querer chegar mais rápido ou bebida alcoólica são as atitudes mais comuns,
apontadas pelo estudante Davi Magalhães Mota, 21 anos. O álcool, combinado
ou não com as drogas, e negligência são causas para a exposição do jovem
aos acidentes, na opinião da Flávia Abreu, 21 anos. O consumo de bebida
alcoólica e velocidade também são apontados pelos estudantes Paulo Roberto
Duarte, 20 anos, e José Leandro Cardoso Brito, 19 anos. “Além da falta de
respeito à vida. Não são todos, mas a maioria. Parece que não têm medo das
consequências, do que pode acontecer”, afirma o estudante de engenharia
elétrica Bruno Rodrigues Quadros, 19 anos.

A partir de tais dados estatísticos e de tais depoimentos conclui que o trânsito


organizado traz mais segurança e que os dados estatísticos servem para
prevenir outros acidentes e que também traz uma ideia de qual público será
alto de palestras educacionais e outras medidas educativas.

Como Instituir o STPP no Âmbito Municipal

Então, para instituir o sistema de transporte público de passageiros ( STPP , o


município deverá cumprir algumas exigências e acho que o trabalho será
intenso, pois pelo que pude entender não acontecerá por acaso. O município
deverá estar enquadrado a diversas regras. Tais regras estará cercado de
convênios com diversos órgãos, deve estar atrelado à municipalização do
trânsito, à criação de diversas secretarias e todo um contexto organizacional. A
criação e implantação do STPP em qualquer município deverá ser enxergado
como o progresso. Embora, creio que isso só será viável a municípios
populosos e extensos.
Os modais de transportes públicos de passageiros
Seguido das vantagens de obter em um município a implantação do STPP,
todo e qualquer meio de transporte que atenda ao público de modo geral
deverá passar por inspeções, avaliações baseadas em diversas regras que
sistema possui. Não é apenas possuir um veículo e dizer que transporta
pessoas. O sistema é complexo e as regras deverão ser seguidas.

Haverá assim a necessidade de criação de órgãos fiscalizadores para que a


coisa aconteça de forma correta.

Os veículos deverão obedecer a critérios, deverão estar alocados ao sistema,


os condutores deverão ser treinados para aquela prestação de serviço.

Temos inúmeros meios de transporte público tais como: ônibus coletivo, ônibus
escolar, Vans escolares, Moto taxis, etc.

Todos deverão ser cadastrados ao sistema para que não sejam pegos em blitz
fiscalizadoras e autuados como transporte clandestino de passageiro.

Encargos e Infrações
A partir dos encargos e infrações que os municípios poderão melhorar os seus
serviços à população, pois acrescerá à sua receita municipal inúmeras verbas.
Pois, com a municipalização do trânsito, o município passará arrecadar pois
firmou convênios com órgãos de trânsito. De fato que, terá inúmeras
obrigações. Mas, contudo, existirá ônus suficiente para cobrir os gastos com
todo o processo de manutenção do sistema.

Existem os prós e os contras, embora o progresso apareça àquele município.


Vejo que funcionaria de forma grandiosa em municípios grandes e populosos,
pois o sistema de arrecadação é bem planejado e esse ônus aparecerá de
todos os lados.
Minuta de projeto
Para que tudo isso possa acontecer, a lei deverá ser extremamente obedecida,
todos os passos deverão estar sob as leis.

Foram citados durante o curso vários minutas de projetos que são:

Lei de Criação da Guarda Civil Municipal

Lei de Criação do Conselho Municipal de Segurança pública

Regulamentação do sistema de Transporte

Memorial Descritivo

Decreto-Ouvidoria

Decreto-Corregedoria

Decreto-GGIM

E vejo que cada uma dessa lei e decretos citados acima, possui cada um a sua
importância e sua utilidade.

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