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PER SPEC T I VA S | 1 |
Agência Europeia
para a Segurança
e Saúde no Trabalho
PT
PER SPEC T I VA S | 1 |
EuAgência Europeia
u para a Segurança
a e Saúde no Trabalho
Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho
Perspectivas 1 – Novos riscos emergentes para segurança e saúde no trabalho
Tradução efectuada pelo Centro de Tradução (CdT, Luxemburgo), com base num original inglês
Há muito mais informação sobre a União Europeia disponível na Internet, acessível através do servidor Europa
(http://europa.eu).
Tradução efectuada pelo Centro de Tradução (CdT, Luxemburgo), com base num original inglês.
Printed in Belgium
Prefácio 5
Introdução 7
Idade 7
PERSPEC TIVA S | 1 |
NOVOS
N OV
VOS RISCOS EMERGENTES
PARA A SEGURANÇA E A SAÚDE NO TRABALHO
O B S E R VATÓ R I O EU R O PEU D O S R I S CO S
Riscos químicos nas PME 9
Nanotecnologias 15
Doenças profissionais 16
Estrutura profissional 18
Pandemias 18
Acidentes de trabalho 20
Jovens trabalhadores 22
3
PER SPEC TIVAS 1 | Novos riscos emergentes para a segurança e saúde no trabalho
PREFÁCIO
No âmbito da estratégia comunitária de Segurança e
Saúde no trabalho (2002-2006), a Agência Europeia para
a Segurança e Saúde no Trabalho foi convidada a criar
um observatório dos riscos para ajudar a «antecipar os
novos riscos emergentes», a fim de desenvolver uma
«verdadeira cultura de prevenção de riscos».
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15 - 24 anos 25 - 54 anos 55 - 64 anos 15 - 64 anos
A taxa de emprego é mais elevada para os A repartição por categoria profissional do grupo
trabalhadores com idades entre os 25 e os 54 anos etário dos 25 aos 54 anos resulta num quadro quase
DOS
(homens 85,4%, mulheres 68,9%), seguidos dos idêntico ao anterior (25,6, 21,1, 21,9 e 18,6 milhões,
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Em 2005, as categorias profissionais mais comuns na No que se refere aos regimes de trabalho, os
população da UE-25 entre os 15 e os 64 anos de idade números de pessoas em situação de trabalho parcial
eram Técnicos e profissionais de nível intermédio e temporário tendem a agregar-se nos grupos etários
(31,5 milhões), Artesãos e trabalhadores similares da base e do topo da pirâmide. As percentagens mais
(27,5 milhões), Especialistas (26,3 milhões) e Pessoal dos altas de trabalhadores em regime de trabalho a tempo
serviços (26 milhões). No seu conjunto, estes grupos parcial correspondem ao início e ao fim da vida activa
profissionais empregavam cerca de 111 milhões (de um das pessoas (em 2005, 26% de trabalhadores com 15 a
8 total de 193,8 milhões) de trabalhadores. 24 anos e 20% de trabalhadores com 50 a 64 anos
PER SPEC TIVAS 1 | Novos riscos emergentes para a segurança e saúde no trabalho
foram classificados como trabalhadores a tempo Não raro, os trabalhadores das PME expostos a
parcial). No mesmo ano, cerca de 40% dos agentes químicos sofrem diversos efeitos na sua
trabalhadores com idades entre os 15 e 24 anos saúde. Além disso, as PME têm normalmente menos
tinham empregos a termo certo, contra cerca de 12% recursos do que as grandes empresas para fazer uma
dos trabalhadores com 25 a 49 anos e 6% dos gestão adequada dos riscos. Acresce ainda que muitas
trabalhadores com 50 a 64 anos. destas PME têm direitos e meios limitados, no que
respeita ao acesso à informação sobre os químicos dos
Nas próximas décadas, a população produtos que compram e utilizam.
economicamente activa da Europa contará com mais
trabalhadores de idade igual ou superior a 50 anos,
Alguns Estados-Membros (não todos)
com a correspondente redução da proporção de
desenvolveram modelos simplificados de avaliação e
jovens.
controlo da exposição aos riscos químicos.
Este padrão etário em mutação tornará mais
importante do que nunca concentrar esforços na Por profissão, o maior risco de acidentes de
redução do risco dos acidentes de trabalho e na trabalho causados por substâncias perigosas pertence
melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores, em à produção, nas suas várias formas, na qual ocorrem
especial a dos mais velhos. A redução das taxas de 37,8% destes acidentes. Cerca de 10,5% destes
acidentes e de doenças profissionais aliada a acidentes dão-se na actividade da construção de
programas de reabilitação eficazes, contribuirá para novos edifícios, 10% na limpeza de instalações e
manter a saúde dos trabalhadores europeus. maquinaria e 7% nos trabalhos de manutenção.
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2000 2005
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Fonte: Inquérito Europeu sobre as Condições de Trabalho (ESWC), 2000, e UE-27 – ESWC, 2005
2000 2005
11% 10% 1 15% 10%
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16% 2-9
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10% 100-500
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28%
26%
O número crescente de micro-empresas e PME tem Na UE-27, calcula-se que haja 60 milhões de
especial significado do ponto de vista da segurança e trabalhadores – 30% da força de trabalho – expostos
saúde no trabalho. As EEAT (Estatísticas Europeias de ao ruído.
Acidentes de Trabalho) indicam que a taxa de
A exposição ao ruído é comum na Agricultura, nas
incidência de acidentes de trabalho é maior nas PME
Indústrias extractiva e transformadora e na Construção
do que em empresas com mais de 250 trabalhadores.
Civil, sectores que afectam mais de 35% dos
trabalhadores. Os sectores que registam os maiores
O gráficos acima representados mostram a níveis de distúrbios da audição relacionados com o
distribuição da força dos trabalhadores por sector e trabalho são as Indústrias extractiva e transformadora,
por dimensão das empresas. a Construção e os Transportes e comunicações. São os
Figura 4: Percentagem de trabalhadores expostos ao ruído no local de trabalho, pelo menos um quarto do tempo
Transportes e comunicações
Intermediação financeira
Actividades imobiliárias e serviços
prestados às empresas
Administração pública e defesa
Educação 2005
Saúde 2000
Mulheres
1995
Homens
Total
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%
operários que apresentam a taxa mais elevada de reconhecimento. Em 2005, a diferença entre os
problemas de audição. Por trabalhar com processos e Estados-Membros era bastante evidente: 5,9% dos
DOS
máquinas com altos níveis de ruído, esta categoria de trabalhadores da UE-15 queixavam-se de
O B S E R VAT Ó R I O E U R O P E U
trabalhadores está bastante mais exposta ao ruído. problemas de audição, contra 13,5% nos 10 novos
Estados-Membros e 9,7% na Bulgária e na Roménia.
As recentes tendências do emprego indicam uma ■ Os maiores números de casos registam-se nos
diminuição em dois sectores de muito alta exposição
grupos etários dos 40 aos 54 anos e dos 55 aos
ao ruído: as Indústrias extractiva e transformadora e a
60 anos.
Agricultura.
Mas o ruído não é o único factor de stresse no local
No entanto, nos últimos anos, verificou-se um
de trabalho passível de ter impacto na audição dos
crescimento acentuado da proporção de trabalhadores
trabalhadores. Aliada ao ruído, a vibração poderá ter
expostos no sector da Construção Civil. Mas muitos
um efeito sinergético negativo no sistema auditivo.
outros trabalhadores são igualmente afectados pelo
ruído, e em sectores que, normalmente, não são tidos Certos agentes químicos, definidos como
como muitos ruidosos, tais como a educação, os ototóxicos, causam danos no sistema auditivo. Entre
centros de chamadas e o entretenimento. os presentes nos ambientes industriais estão os
solventes, o monóxido de carbono e o ácido
Os homens estão cerca de duas vezes mais
cianídrico.
expostos ao ruído no local de trabalho do que as
mulheres e são afectados por mais do dobro de A perda auditiva causada pelo ruído foi registada,
problemas de audição. em 2001, como a quarta doença profissional mais
Porém, as mulheres constituem a maioria da força frequente na UE-12. Catorze milhões de trabalhadores
de trabalho do sector dos serviços, no qual o ruído da UE-27, ou 7% do total, acreditam que o seu
começa a ser um problema. trabalho afecta a sua saúde sob a forma de distúrbios
auditivos, sendo a taxa de incidência dos distúrbios da
Nos 10 novos Estados-Membros (NEM) da UE, os audição de 11,5 casos por cada 100 000 trabalhadores.
trabalhadores parecem estar mais expostos ao ruído
do que na UE-15. Em 2005, 38,8% dos trabalhadores Os efeitos do ruído não se limitam aos danos na
dos 10 NEM afirmaram estar expostos ao ruído, contra audição, podendo induzir também um aumento da
28,7% na UE-15 e 28% na Bulgária e na Roménia. fadiga e do stresse, perturbações do sono e até
problemas cardiovasculares. No local de trabalho, um
A idade não é um factor diferenciador significativo dos efeitos mais potencialmente negativos do ruído
em matéria de exposição ao ruído, sendo as variações de reside no facto de este se sobrepor aos avisos sonoros
exposição entre os vários grupos etários muito ligeiras. e prejudicar a comunicação, potenciando assim o risco
de acidentes de trabalho.
A Directiva 2003/10/CE, de 6 de Fevereiro de 2003,
relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde
em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos
devidos aos agentes físicos (ruído), dispõe sobre os EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO
limites de exposição ao ruído, a avaliação dos riscos, o
controlo do ruído no local de trabalho, a utilização de
ULTRAVIOLETA
protectores auriculares individuais, a informação a
prestar aos trabalhadores e a vigilância da saúde.
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Fonte: CARIEX, Eurostat
surge em primeiro lugar nas exposições a outros Os trabalhadores destas áreas de actividade têm de
agentes cancerígenos. observar limites de exposição e controlos técnicos e
administrativos, utilizar equipamento de protecção
De acordo com um relatório da Organização individual e realizar exames médicos. Estas medidas são
Mundial da Saúde, na Europa, em 2000, entre as aplicáveis a dentistas, fisioterapeutas, litógrafos, limpa-
doenças imputáveis à radiação UV, havia mais de chaminés, pilotos e controladores de tráfego aéreo,
2 milhões de casos de cancro que não o melanoma comandantes portuários, pintores, trabalhadores da
(carcinomas de células escamosas e basais) e mais de indústria da transformação de alimentos e soldadores.
67 000 casos de melanoma maligno.
Importa atentar na natureza cumulativa da
Os trabalhadores mais expostos à radiação UV exposição à radiação UV e no possível aumento da
pertencem aos sectores da Agricultura e caça e da sensibilidade das pessoas expostas, bem como na
Construção. utilização frequente e crescente de tecnologias
baseadas na radiação UV.
Os trabalhadores em risco são, não só os que
trabalham no exterior, estando por isso expostos à Estima-se que, na UE, o número de trabalhadores
radiação UV natural (radiação solar), mas também os expostos à radiação UV artificial ande à volta dos
que o fazem em interiores, expostos à radiação gerada 1,2 milhões, o equivalente a cerca de 0,65% da força
por fontes artificiais. de trabalho total.
Pessoal administrativo
Forças armadas
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%
Estas tecnologias são tidas como potencialmente estrutura profissional da UE permanecerem inalteradas,
benéficas nos mais diversos domínios, mas existem em 2104, deverá haver quase seis milhões de pessoas a
DOS
também preocupações quanto aos seus possíveis trabalhar no sector das nanotecnologias europeu.
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Mulheres
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▲ ● Doenças neurológicas
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Homens
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● -esqueléticas
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◆ ■ ◆ Doenças respiratórias
■
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◆ ▲ Doenças da pele
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▲ ▲ ▲
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2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: EODS
Em 2005, as doenças mais registadas foram a ■ As mulheres jovens ocupam cada vez mais
tenossinovite da mão ou do pulso (inflamação dos níveis profissionais superiores.
DOS
ESTRUTURA PROFISSIONAL
PANDEMIAS
N ormalmente, as mudanças no conjunto da
estrutura profissional não ocorrem
rapidamente. Embora as mudanças se processem A s doenças infecciosas constituem uma ameaça
para a saúde pública em todo o mundo,
lentamente e as profissões se distribuam independentemente do grau de desenvolvimento
diferentemente entre homens e mulheres, é possível socioeconómico de cada país. A emergência de
18 descortinar algumas tendências recentes na UE: novas doenças e o regresso de doenças antigas são
PER SPEC TIVAS 1 | Novos riscos emergentes para a segurança e saúde no trabalho
favorecidos por factores de ordem social, várias fontes, durante o surto da síndrome respiratória
tecnológica e ambiental. aguda grave (SARS), 21% a 57 % dos casos registados
atingiram trabalhadores do sector da saúde. Os
O combate às doenças infecciosas emergentes e à empregadores do sector da saúde têm o dever ético
ameaça de pandemias torna necessário um elevado recíproco de (e são obrigados por lei a) informar,
grau de antecipação e prontidão no âmbito quer da proteger e apoiar os profissionais de saúde, o que
saúde no trabalho quer da saúde pública. passa pela aplicação de programas de gestão e
avaliação de riscos originados por doenças infecciosas
Uma pandemia pode ser definida como:
profissionais. Esta protecção dos trabalhadores do
■ uma epidemia (um surto) de uma doença sector da saúde deve ser integrada no combate às
infecciosa, infecções nosocomiais (ou hospitalares).
■ um agente que infecte um grande número de
pessoas, Os aspectos mais importantes da segurança dos
trabalhadores em situações de pandemia são:
■ um agente que ocorra numa vasta área
geográfica. ■ Num contexto de ameaça de pandemia é
necessário insistir na inclusão de medidas
Esta definição tem implícito um alto nível de
adequadas de protecção respiratória no grupo
gravidade.
das medidas de prevenção. Os dispositivos
Uma doença infecciosa que surja em qualquer descartáveis de protecção respiratória com filtro
parte do mundo deve ser examinada de forma para partículas (FFP1, FFP2, FFP3) protegem os
sistemática no que respeita aos riscos profissionais, em utilizadores contra agentes infecciosos
especial se houver a ameaça de uma pandemia. transmitidos pelo ar e contra gotículas e
pulverizações.
O exame da cadeia epidemiológica (ou de ■ A protecção deve estender-se aos trabalhadores
transmissão) é um instrumento interessante e em viagem, não só para os proteger mas
essencial para avaliar os riscos biológicos no local de também para prevenir a propagação da doença
trabalho. para uma área não afectada por um viajante
contaminado.
O primeiro passo consiste em identificar o ou os
■ Em caso de suspeita de exposição, os
reservatórios do agente infeccioso, depois o modo ou
trabalhadores devem ser devidamente
modos como sai do(s) mesmo(s) e as possíveis vias de
informados sobre os locais a evitar, conselhos de
transmissão, e, por fim, por onde entra no hospedeiro,
higiene e alimentação, a necessidade de lavar as
neste caso, o trabalhador no seu local de trabalho.
mãos e precauções sanitárias.
Pode adoptar-se a mesma abordagem para definir
medidas de prevenção, de preferência actuando
■ No caso de uma pandemia que atinja animais,
directamente sobre o reservatório para reduzir o risco os trabalhadores em contacto com os animais
logo na fonte. Caso isso não seja possível, importa devem ser informados sobre os riscos e as
interromper a cadeia de transmissão o mais a medidas de protecção à sua disposição assim
montante possível. que houver confirmação, ou apenas suspeita, da
transmissão de animais para seres humanos. Os
Esta abordagem permite encontrar respostas para grupos de trabalhadores mais visados são os
as principais questões em matéria de riscos criadores de gado, os trabalhadores de serviços
profissionais: Onde? Quem? Quando? Como? Estes de transporte, os trabalhadores dos matadouros
factos permitem definir e tomar medidas de e os veterinários. Convirá definir medidas de
prevenção, que devem adaptar-se à evolução da prevenção para reduzir a probabilidade de a
ameaça. Se o conhecimento sobre a via ou vias de doença em causa levar ao despovoamento dos
transmissão for insuficiente, deve ser aplicado o efectivos de gado.
princípio da precaução.
No caso do VIH /SIDA e de outros agentes
Em situações de pandemia, a protecção dos patogénicos transmitidos pelo sangue, as análises
trabalhadores do sector da saúde é, do ponto de vista têm evidenciado que não existe risco de transmissão na
da segurança e saúde no trabalho e da saúde pública, maior parte dos locais de trabalho. Dada a possibilidade
altamente prioritária. Estes trabalhadores ficam de exposição acidental a sangue contaminado, o risco
expostos a altos riscos durante epidemias virulentas de profissional de transmissão situa-se maioritariamente no
doenças infecciosas. Por exemplo, de acordo com sector dos cuidados de saúde. 19
Graças à identificação do vírus (VIH) e à profissionais e medidas de prevenção (tais como
RISCOS
foi possível definir e tomar medidas mais adequadas respiratória adequados), bem como a preparação das
O B S E R VAT Ó R I O E U R O P E U
Tabela 1: Variações das taxas de incidência de acidentes de trabalho graves e mortais em relação a 1998 = 100 (UE-15 e UE-25)
Acidentes graves
Acidentes mortais
Figura 8: Distribuição de alguns factores de risco ligados ao stresse relacionado com o trabalho
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Em 2005, observou-se uma redução dos níveis de Alguma da investigação realizada indica que as
stresse nos números da UE-27. Contudo, a redução da categorias profissionais mais afectadas pelo stresse
DOS
exposição ao stresse foi registada sobretudo nos países são a dos membros de entidades legisladoras, quadros
O B S E R VAT Ó R I O E U R O P E U
da UE-15 (20,2%), sendo que os novos Estados- superiores da administração pública, dirigentes e
Membros continuavam a denotar altos níveis de quadros superiores de empresa e a dos Especialistas.
exposição, acima dos 30%. Uma classificação diferente das profissões indicou que
os trabalhadores manuais mais qualificados, como os
Nos 15 Estados-Membros da UE pré-2004, estima- agricultores e trabalhadores agrícolas qualificados, são
se que os custos do stresse no local de trabalho e dos os mais afectados pelos riscos psicossociais.
problemas de saúde mental dele decorrentes
correspondam a 3 a 4% do produto nacional bruto, A OMS prevê que os níveis de depressão e stresse
ascendendo anualmente a 265 mil milhões de euros. aumentarão drasticamente com a disseminação das
Os estudos efectuados apontam para que os custos do novas tecnologias e a aceleração da globalização. De
stresse relacionado com o trabalho para as empresas e igual modo, a OMS antevê que o envelhecimento da
os governos dos países em causa rondem os população da UE, ao alterar as proporções de pessoas
20 000 milhões de euros, e isto só em custos de activas e reformadas, vai aumentar não só a idade
absentismo e problemas de saúde. média da população activa como também a carga de
trabalho do gradualmente decrescente número de
Entre os factores de risco associados ao stresse trabalhadores, contribuindo assim para o
relacionado com o trabalho estão: desenvolvimento do stresse.
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Os números nacionais revelam que os jovens são, Em 2005, 25,7% dos jovens trabalhadores (mais 4,7%
normalmente, trabalhadores com baixos salários. Além face a 2000) trabalhavam a tempo parcial. Os
disso, têm menos acesso às regalias sociais do que a trabalhadores a tempo parcial apresentam as seguintes
população activa no seu todo. características: ambiente de trabalho com condições
mais favoráveis, tempo de trabalho inferior ao horário
Há mais homens jovens do que mulheres jovens a de trabalho normal (durante a tarde, noite ou fim-de-
trabalhar, cabendo a maior proporção de jovens semana), menor controlo sobre o horário, trabalho
trabalhadores ao sector da Hotelaria e Restauração menos qualificado, menos formação, trabalho nos
(22,7%), seguido do Comércio (16,3%). As profissões sectores da acção social e da Hotelaria e Restauração,
mais habituais entre os jovens inserem-se nas trabalho em funções ligadas a serviços e vendas.
categorias do Pessoal dos serviços, Vendedores, Forças
Alguns factos a salientar sobre os jovens
armadas e Trabalhadores não qualificados. Estas
trabalhadores:
profissões tendem a estar substancialmente ligadas ao
trabalho temporário ou sazonal, a más condições de ■ Os jovens trabalhadores estão mais expostos aos
trabalho e a trabalhos fisicamente exigentes. 37,5% seguintes factores de risco físico: ruído,
dos jovens trabalhadores têm emprego a termo certo, vibrações, calor/frio e manuseamento de
contra cerca de 12% do conjunto da força de trabalho. substâncias perigosas.
As pessoas empregadas com base em contratos ■ Os jovens trabalhadores dos sectores da
temporários têm menos acesso à formação e à Hotelaria e Restauração e da Construção Civil
participação no desenvolvimento de competências a incorrem no risco de exposição a altos níveis de
longo prazo do que as pessoas com contratos de ruído, enquanto que os operadores de centros
trabalho permanente. de chamadas/contacto correm o risco de sofrer
lesões por choque acústico.
Os trabalhadores temporários têm também o ■ Os jovens trabalhadores têm também mais
trabalho menos controlado em termos de ordenação probabilidades de experimentar vibrações de
de tarefas, ritmo de trabalho e métodos de trabalho. baixa frequência em todo o corpo, por exemplo,
Enfrentam também menos exigências profissionais e durante a condução de veículos todo-o-terreno
estão menos informados sobre os riscos no trabalho. ou sobre pisos irregulares, ou movimentos 23
RISCOS
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Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho
Perspectivas 1 – Novos riscos emergentes para a segurança e saúde no trabalho
Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias
2009 — 24 pp. — 21 x 29.7 cm
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Comunidades Europeias estão disponíveis nos nossos agentes de vendas espalhados pelo
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TE-81-08-475-PT-N
h t t p : / / o s h a . e u r o p a . e u
T r a b a l h o
Agência Europeia
E u r o p e i a
para a Segurança
e Saúde no Trabalho