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ANA PAULA SANCHES ABDON LACERDA

CAMILA VITÓRIA NASCIMENTO MARQUES

ITALO KAUAN RIBEIRO DIAS

LUCAS

WESLYANE MONTE OLIVEIRA FERRO

A VISÃO DE DWORKIN E O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA

BELÉM - PARÁ

2021
ANA PAULA SANCHES ABDON LACERDA

CAMILA VITÓRIA NASCIMENTO MARQUES

ITALO KAUAN RIBEIRO DIAS

LUCAS

WESLYANE MONTE OLIVEIRA FERRO

A VISÃO DE DWORKIN E O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA

Pesquisa acadêmica apresentada à disciplina


de Introdução ao Estudo do Direito II, do
Curso de Bacharelado em Direito do Centro
Universitário do Estado do Pará – CESUPA;
sob avaliação do Prof.ª Victor Sales Pinheiro,
como requisito necessário para avaliação
parcial.

BELÉM - PARÁ

2021

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1- INSUFICIÊNCIA DO POSITIVISMO E UTILITARISMO

2- CASOS FÁCEIS E DIFÍCEIS

Para Dworkin o sistema jurídico jamais poderia ser discricionário, visto


que para ele o direito baseia-se muito mais em princípios morais do que em
regras jurídicas. Desta maneira, os direitos individuais não são regidos apenas
por regras mas também por princípios. Assim sendo, os princípios buscam
resguardar um direito, seja individual ou de um grupo determinado, enquanto
os políticos visam um objetivo de toda uma sociedade, ou seja, o coletivo,
tendo por finalismo pré-determinado.

Neste sentido, o conceito de casos fáceis e difíceis para Dworkin


corresponde na aplicação das normas jurídicas e sua interpretação pelos
magistrados. Desta maneira, os casos fáceis seriam aplicados as normas
jurídicas indubitavelmente, uma vez que estas seriam consideradas claras, e o
ordenamento jurídico poderia fornecer uma resposta concreta que não é
discutida. No que tange aos casos difíceis, para a resolução dos conflitos os
magistrados recorreriam aos princípios, em especial a justiça, a equidade e
moralidade, utilizando-se assim das fontes do direito, nas hipóteses em que o
direito positivo não oferecer solução, ou seja, lacunas jurídicas, bem como
quando a solução apresentada não for condizente com os modelos de justiça
socialmente aceitos pela sociedade.

Nesta perspectiva o caso dos exploradores de caverna endossa tais


questionamentos, visto que cinco exploradores ficam presos em uma caverna,
e após dias de espera, decidem em conjunto assassinar um deles para que os
outros pudessem se alimentar da carne e sobreviver. No julgamento dos
sobreviventes pelo homicídio de seu colega, os magistrados julgadores relatam
sua interpretação do caso pelas normas de acordo com a corrente filosófica em
que acredita, haja vista a complexidade do caso e a falta de norma reguladora
diante de tais circunstâncias.

O presidente do júri, o juiz Truepenny segue a corrente do positivismo,


desta maneira, contrariar a lei seria inadmissível, devendo tais homens serem
condenados pelo homicídio de seu colega, apesar de reconhecer a
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peculiaridade do caso e acreditar que o chefe do poder executivo poderia lhes
conceder clemência, vez que a lei poderia não ser perfeitamente adequada ao
caso concreto, devido a sua complexidade.

Em discordância com o presidente do júri, o juiz Foster entende que a


lei dever ser cumprida, porém relata que essa situação não se aplica a
jurisdição da lei positivada, e sim da lei natural, defendendo o estado de
natureza humana, ou seja, a lei vigente perde sua validade por falta de eficácia
ao se deparar com a complexidade do caso. Desta maneira, o caso não pode
ser julgado por leis externas à caverna, ou seja, pelas leis positivadas, assim
defendendo a absolvição dos réus.

O terceiro juiz a julgar o caso, Tatting, J. se declara incapaz de tomar


qualquer decisão sobre o caso devido a seus princípios morais, desta forma,
abdica seu voto.

Keen, J. o quarto juiz do caso, defende que os princípios morais não


devem reger suas decisões como magistrado, posto que isto é papel das leis
do país, seguindo a corrente positivista, relata que a interpretação das normas
pelos juízes geram dúvida e caos. Desta maneira, ele condena os réus pelo
homicídio de seu colega.

O último juiz a julgar os sobreviventes/réus, Handy,J, acredita que


pessoas são governadas por outras pessoas, e não por palavras positivadas ou
teorias abstratas, desta maneira, entende que a opinião pública tem mais valor,
sendo assim, como a população era favorável ao a absolver os réus, assim ele
havia decidido pela absolvição.

Destarte, fazendo um paralelo entre a concepção de Dworkin, com o


caso dos exploradores de caverna, resta evidente que a conexão entre direito,
moral e política faz-se necessária, vez que nem sempre a solução para uma
situação complexa estará concreta na legislação vigente no ordenamento
jurídico, desta maneira reunir fontes do direito com as normas jurídicas podem
auxiliar para o desdobramento de resolução mais justa e humana.

3- REGRAS E PRINCÍPIOS

4- DIREITO COMO INTEGRIDADE

5- ROMANCE EM CADEIRA
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6- JUÍZ HÉRCULES

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