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Teoria do processo como relação jurídica angular: formulada pelo também alemão
JULIUS WILHELM VON PLANCK, definia que o processo era uma relação jurídica que
ocorria entre as partes e o juiz e nunca somente entre as partes.
Teoria do processo como relação jurídica triangular: desenvolvida pelo alemão ADOLF
WACH, concebia o processo como uma relação jurídica da caráter público, a qual
englobava as relações desenvolvidas entre as partes e o juiz e somente entre as partes.
É a concepção mais adotada no âmbito do processo penal.
5. O processo como situação jurídica
Para JAMES GOLDSCHMIDT, o processo possui um caráter dinâmico que transforma o
direito objetivo (conjunto de normas), o qual é estático, em chances. Essas, são
representadas pelas possibilidades de praticar atos que levem ao reconhecimento do
direito postulado, expectativas de uma sentença favorável e os ônus decorrentes da
postura que visa evitar a derrota no processo.
É justamente essa sequência de diversas situações jurídicas (poderes, ônus, faculdades
e sujeições) que revela a natureza jurídica do processo, ou seja, que o processo é uma
situação jurídica.
6. O processo como procedimento em contraditório
Teoria formulada pelo italiano ELIO FAZZALARI, a qual define o processo como um
procedimento em contraditório entre as partes. Para esse autor, o procedimento é um
conjunto de atos interligados de maneira lógica com um objetivo final. Para cada ato
praticado, deve ser permitida a participação das partes em contraditório. É justamente
essa participação em cada ato do procedimento que torna esse um processo.
No texto, o professor critica essa concepção, pela impossibilidade de se determinar o
início do processo penal condenatório, pois a fase do inquérito policial também admite
contraditório. Ainda, mesmo no processo propriamente dito, é impossível possibilitar
contraditório a todos os atos, haja vista que ele é um elemento acidental, ou seja, pode
ser suprimido em alguns atos (exemplo: motivação per relationem). Dessa forma, há
uma impossibilidade de se definir a natureza jurídica do processo a partir do
contraditório.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
1. Noções introdutórias
A ideia de pressupostos processuais parte da concepção do processo como relação
jurídica. Como todo relação jurídica, possui pressupostos de existência e validade.
2. Pressupostos processuais de constituição ou de existência
São pressupostos de existência: juiz com jurisdição, autor e réu, existência de causa
penal. Ausentes esses pressupostos, não surge um processo, em sentido jurídico e,
qualquer decisão proferida, não possui eficácia. Devem ser analisados e declarados de
ofício pelo juiz, sem necessidade de provocação das partes.
3. Pressupostos processuais de validade
A ausência dos pressupostos processuais de validade afeta a relação jurídica processual,
mas, não acarreta sua inexistência, somente produz uma relação jurídica processual
viciada. Devem ser analisados e declarados de ofício pelo juiz, sem necessidade de
provocação das partes.
3.1. Originalidade da causa
1
BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal. 4.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016. p.787-
788.
O processo penal é uma sucessão de atos, a qual inicia-se com a propositura da ação
(mediante denúncia ou queixa) e se estende até o exercício definito da jurisdição
2
BREDA, Antonio Acir. Efeitos da declaração de nulidade no processo penal. In: MP, n. 9 (1980), p. 171.
Fase Postulatória
Fase Instrutória
2. Procedimentos comuns
2.1. Noções introdutórias
O processo penal éuma sequência lógica de atos, agrupados em fases processuais, as
quais possuem características distintas e possuem finalidades específicas.
2.2. Fases procedimentais
a. Fase Postulatória: momento no qual as partes manifestam sua vontade a fim de obter
um pronunciamento sobre o mérito da causa, ou seja, obter um pronunciamento que
reconheça ou negue o direito de sancionar o autor do fato delituoso; a acusação possui