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Belo Horizonte
2022
Giovanni Luigi Ramos
Isabella Silva Viana
Maria Clara Gomes
Sarah Gabriela Braga Motta
Belo Horizonte
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2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 4
3. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 5
3.1. Objetivo geral ................................................................................................................... 5
3.2. Objetivos específicos ..................................................................................................... 5
4. METODOLOGIA.................................................................................................................... 5
5. CRONOGRAMA .................................................................................................................... 6
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................... 6
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 22
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1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
5
5. CRONOGRAMA
O cronograma da coleta de dados deste trabalho seguirá a seguinte programação,
podendo haver alterações nas datas de acordo com a necessidade e
desenvolvimento deste estudo.
2022 2023
Meses Abr - Jul - Out – Fev - Mai - Ago - Nov -
Etapas Jun Set Dez Abr Jul Out Dez
Escolha do Tema
Revisão Bibliográfica
Elaboração do Projeto
Entrega e Apresentação do
Projeto
Elaboração de Instrumentos
de Coleta de Dados
Aplicação dos Instrumentos
Elaboração da Monografia
Correção de Textos
Entrega da Monografia
Defesa da Monografia
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde o início do ano de 2020, não somente o país, mas o mundo vem adequando
sua realidade ao contexto da pandemia do vírus Sars-CoV-2, que modificou estruturas
sociais, econômicas e também acadêmicas.
Gestores de diversos segmentos educacionais, sejam eles particulares ou
públicos, tiveram que repensar a prática de suas instituições para que fosse realizado,
uma alteração efetiva neste processo de ensino aprendizagem para que ele fosse
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concreto. Dentro dessas mudanças, surgiram várias preocupações e uma delas (além do
principal que é o acesso à internet) seria como se daria o processo de aquisição da língua
escrita, nos setores do ensino infantil e fundamental (até o terceiro ano).
Segundo COLELLO (1999), na passagem da Educação Infantil para o Ensino
Fundamental, o aluno ressignifica sua relação com a instituição de ensino e de forma
particular, sua relação com a língua escrita, mesmo que a aquisição desta, seja um
processo contínuo de aprendizagem.
Durante o ano da pandemia, o processo de alfabetização dessas crianças no
ensino infantil foi interrompido, de forma que estas mesmas crianças tiveram suas
experiências reduzidas no ensino infantil (muitas delas até mesmo anuladas durante
grande parte pelo ensino público). O intuito deste trabalho, é que a partir desta ótica,
consigamos perceber nesta infância prejudicada pelo ensino remoto, a introdução ao
processo de aquisição da língua escrita uma vez que não necessariamente conseguiram
ressignificar essa relação como o descrito anteriormente.
Segundo (Zimmermann & Curtis, 2020 apud Linhares; Enumo, 2020), o que se
sabe até agora é que as crianças pertencem há um grupo menos afetado pelo novo
corona vírus, em comparação aos adultos. Entretanto, a saúde mental das crianças no
contexto da pandemia com o distanciamento social caracteriza – se como ponto de
atenção, pois constitui uma população mais vulnerável.
Logo, no decorrer do texto, as autoras têm como propósito subsidiar reflexões, do ponto
de vista psicológico, sobre os efeitos da pandemia no desenvolvimento das crianças,
abordando aspectos conceituais da Teoria do Caos no desenvolvimento e do estresse
tóxico.
Constata – se que a pandemia/confinamento no lar intensificou os problemas já
existentes no contexto familiar, como a violência tendo impacto prejudicial no
desenvolvimento das crianças, que, por consequência, não estariam frequentando a
escola, considerada por (Bronfenbrenner, 2011 apud Linhares; Enumo, 2020) em sua
Teoria Bioecológica, como um segundo microssistema essencial ao desenvolvimento e
aprendizagem, além das perdas de aprendizagem formal, as crianças estão sendo
privadas da socialização com seus semelhantes, em que ocorre aprendizados
importantes para o desenvolvimento humano.
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Trazendo as definições das palavras chaves do nosso texto e relacionando com
os autores pesquisados os quais embasamos nossa pesquisa, chegamos aos seguintes
conceitos e seus significados para essa aplicação: a alfabetização como um processo de
aquisição do sistema de escrita e letramento; os impactos: se referindo aos impactos
causados pela pandemia de COVID-19 nas crianças de 4 a 7 anos; o termo Pandemia
se tratando da pandemia de COVID-19 que se iniciou em 2019 e em 2020 foi espalhado
mundialmente; a socialização como um processo de interação social que foi prejudicado
pelo isolamento social causado pela pandemia de COVID-19; a Educação Infantil como
os anos escolares iniciais compreendidos neste trabalho por crianças de 4 a 7 anos em
seus respectivos ciclos escolares - Primeiro período até o Primeiro ano do ensino
fundamental; e a Nova Infância como um termo próprio do nosso trabalho onde é utilizado
para retratar a infância atual e suas particularidades trazidas pelas consequências da
pandemia de COVID-19.
No presente artigo, escrito por Rochele Paz Fonseca se posicionando com um olhar
através da neuropsicologia e pela Larissa Valency Enéas apresentando estudos atuais
da medicina, contribuem de forma significativa com interpretações das duas áreas a
respeito do impacto individual e coletivo, socioemocional, cognitivo e de aprendizagem
durante a pandemia. Por meio da análise de diversos documentos as autoras apresentam
3 vertentes respeitando a complexidade do tema. A princípio a discussão permeia – se
sobre o posicionamento de pró - retorno às escolas ou pela manutenção do fechamento,
pontuando pós e contras de forma argumentativa e crítico - analítica.
O distanciamento social devido a pandemia de COVID – 19 levando ao fechamento de
diversas escolas em vários países por aproximadamente oito meses em 2020, visando
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conter a transmissão do SARS – COV - 2³, que acabou acarretando em uma grande
defasagem da aprendizagem presencial, como também da convivência social.
Evidências de saúde física, mental e de aprendizagem
Vertente 1: os indícios até o momento de estudos sobre transmissibilidade e
epidemiologia em crianças e familiares/professores a elas relacionados alicerçam relativa
segurança de que haja menos riscos e mais benefícios
Até o momento, indícios revelam que as taxas de contaminação no ambiente escolar são
baixas e que as crianças possuem menor probabilidade de serem infectadas/transmitir o
vírus comparado aos adultos. Porém, crianças com comorbidades, apesar de pouca
pesquisa sobre os casos, orienta – se a permanência das mesmas em isolamento social.
Ademais, pontua – se que o fechamento das escolas não contribui de forma tão eficaz
para o controle a pandemia pelo fato de ser um local com baixa transmissão do vírus.
Vertente 2: os prejuízos para o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e de
aprendizagem escolar propriamente dita para estudantes já estão sendo fortemente
evidenciados, além das estimativas de impactos geracionais de longo prazo a serem
observados por pelo menos quatro décadas
A saúde mental afeta diretamente na imunidade, e o momento atual traz um olhar mais
atencioso em relação a saúde mental de crianças e adolescentes que estão passando
por longos períodos afastados das escolas, visto que, se encontram em um período
crucial do desenvolvimento. No que diz respeito a aprendizagem, estudos apontam que
o ensino à distância tem menor eficácia em crianças que se encontram na educação
infantil (fase pré - escolar), pois elas se caracterizam pela necessidade do brincar, tendo
um importante papel nessa faixa etária, da pré - leitura, pré - escrita e pré - matemática.
Nesse período o desenvolvimento acontece de forma muito acelerada e interação -
dependente.
As crianças matriculadas no primeiro e segundo ano do ensino fundamental também se
encontram em fase de aquisição e consolidação introdutória da leitura, escrita e da
matemática, necessitando de um estudo dirigido e mediado por meio da motivação e
ludicidade. Já as crianças do terceiro ao quinto ano e os adolescentes do ensino médio
tendem a ser mais propensos a estudar perante a estratégias auto monitorados.
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Dessa forma, é preciso se atentar a qualidade da aprendizagem, visto que, o ensino a
distância possui menor efetividade dentre as crianças, principalmente, nas crianças da
educação infantil e anos iniciais. Portanto, esses meses de afastamento da pré-escola,
significaria um sexto ou mais da sua vida com privação de estimulação da convivência
com seus pares e assistência ao desenvolvimento global do indivíduo. (ENÉAS;
SGANZERLA; FONSECA, 2020)
Logo, a ausência de se estar em uma sala de aula com a presença de um docente, a
falta de contato com os colegas e a diminuição do gasto energético trazem um prejuízo
a saúde emocional e cognitiva, limitando o conhecimento/aprendizagem a recursos
virtuais.
Vertente 3: a saúde mental e o custo de trabalho posterior para pais, professores e
instituições escolares encontram-se em zona de risco
As várias tarefas adicionadas a rotina dos pais devido a pandemia elevaram o risco de
vulnerabilidade de sua saúde mental, aumentando casos de violência doméstica,
ansiedade e de sintomas depressivos associados a autopercepção parental de estresse
maior potencial de abuso infantil.
O que fazer e como voltar caso a decisão coletiva e/ou individual seja pró retorno
às aulas?
Para que as instituições sejam reabertas deve – se desenvolver estratégias seguras e
que ofereça menor risco a comunidades. Mas, isso não quer dizer que tudo voltará como
antes, as medidas de retorno serão tomadas em benefício ao desenvolvimento cognitivo
e saudável do indivíduo e da sociedade, com as devidas restrições: uso de máscaras,
reforçar a higiene, manter suspenso funcionários/professores/estudantes com suspeita
de contaminação, dentre outras medidas.
Os impactos biopsicossociais sofridos pela população infantil durante a pandemia
COVID-19.
O texto trata – se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, partindo de considerações
apontadas por alguns pensadores, como também, por meio de análises de dados.
O novo coronavírus, responsável pela doença da COVID – 19 que possui alta taxa de
transmissão, acarretou toda a população a um isolamento/distanciamento social, com o
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intuito de evitar a disseminação do vírus, levou a suspensão de diversas atividades que
gerem aglomeração, tal como, as atividades escolares.
Os sujeitos que se encontram na fase da infância e adolescência são os que mais sofrem
estímulos do convívio social, à vista disso, foram os mais prejudicados diante desta
situação, tanto nas interações e relações interpessoais quanto em suas potencialidades,
aquisição de novas habilidades e capacidades.
Portanto, o cenário pandêmico provocou várias mudanças no cotidiano desses sujeitos,
como mudança de humor (stress), falta de convivência com seus pares, desamparo,
dentre outros... provocando grande irritabilidade e causando consequências negativas no
quesito biológico, psicológico e social no comportamento infantil. Os impactos
psicossociais atingem também as crianças que possuem transtornos, como, TEA e
TDAH.
As crianças, também, acabam ficando mais expostas as telas, ao sedentarismo e ao
distúrbio de alimentação, que acaba por comprometer ainda mais a saúde das mesmas.
Ademais, relata – se o conflito no relacionamento entre pais e filhos, com a sobrecarga
do cuidador e com o stress infantil.
Percebe – se, então, que apesar das medidas de isolamento social terem sido aplicadas
para conter a propagação do vírus em prol da saúde da população, outras questões foram
desencadeadas, impactando principalmente no desenvolvimento psicomotor e cognitivo
da população infantil. (ALMEIDA; SILVA JR, 2021)
Os efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde mental das crianças
O artigo trata sobre “Os efeitos da pandemia de Covid – 19 na saúde mental das crianças”
sob a perspectiva das crianças, de suas experiencias e das consequências na saúde
mental das mesmas, fundamentado em dados qualitativos por meio da fala das crianças
que participaram de uma entrevista, bem como de um aporte teórico da psicologia sócio-
histórica de Vygotsky, da Educação Crítica de Paulo Freire e da Pedagogia Crítico -
Social de Libâneo.
Foram realizadas entrevistas com crianças que estão cursando os anos iniciais do Ensino
Fundamental em escola pública através do aplicativo WhatsApp, sob acompanhamento
dos responsáveis e seguindo as devidas orientações de isolamento social da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
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A princípio o texto apresenta como ocorre o desenvolvimento humano por meio das
interações e participação das crianças no processo de construção de sua subjetividade.
É necessário que ocorra a interação entre os indivíduos e o ambiente sociocultural, para
que o processo de aprendizagem por intermédio do desenvolvimento humano seja
construído em sua totalidade, pois a partir da troca entre a criança com seus pares,
professores e com o ambiente escolar que o sujeito torna – se consciente do seu agir.
O período escolar possibilita a criança conhecer o mundo para além das disciplinas já
instituídas, a escola permite que a criança aprenda através da socialização. A bagagem
que o sujeito traz de suas experiências vividas contribuirão para o aprendizado escolar
agregando em sua formação social e subjetiva. Essa interação e troca de experiências
fazem com que a criança desenvolva o senso crítico/reflexivo, concebendo uma
percepção do mundo. Porém, por causa da pandemia foi estabelecido um distanciamento
físico, ocasionando o fechamento das escolas e privando as crianças em casa, pois os
adultos ainda encontram maneiras de contornar o confinamento, mas as crianças em sua
maioria não conseguem fazer o mesmo.
As crianças entrevistadas relatam ter discernimento sobre o que é o Coronavírus e sobre
o que está se passando no presente momento. Elas afirmam estar sentindo falta da
escola, de brincar, interagir com os colegas e professores. O brincar é essencial para
estimular a imaginação, aprimorar a criatividade percepção e a motricidade, tal como para
interação do indivíduo com o meio, logo, essa carência do brincar, da brincadeira no dia
a dia, devido ao cancelamento das aulas presenciais alterou completamente a rotina
dessas crianças, ficando evidente então, o quão importante é as aulas presenciais no
cotidiano das crianças.
Para além da falta da rotina antes da pandemia, as crianças relatam acerca do medo da
contaminação, da incerteza, da falta dos familiares, das medidas de proteção, dentre
outros que aflige e os preocupam. E, diante disso, cabe aos pais, que são as pessoas
com quem elas mais estão tendo contato tranquilizar e orientar sobre os acontecimentos.
Com base no que foi levantado, pode – se dizer que a suspensão das aulas é o que mais
tem impactado na vida das crianças, em seguida, a mudança na rotina, a falta do brincar
e da interação social, sendo estes primordiais para um desenvolvimento infantil saudável
e completo. (CARVALHO; DUTRA; SARAIVA, 2020).
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DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: DESAFIOS DA
TRANSIÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Neste ensaio, as autoras propõe discussões acerca da transição das crianças do ensino
infantil para o ensino fundamental em contexto pandêmico. Tendo os pais assumido o
papel de mediadores do processo de ensino aprendizagem, a preocupação maior é no
como e se as crianças terão algum tipo de retrocesso em sua caminhada escolar.
Segundo a análise de Santos e Morais (2020), no contexto da alfabetização o que fará
diferença no processo de transição efetivo dessas crianças para o ensino fundamental é
o planejamento de uma proposta de inclusão educacional que ampare o aluno de forma
que ele tenha sua infância preservada e não se sinta a deriva no processo de ensino
aprendizagem.
No presente artigo escolhido, Silva e Siqueira propõe uma reflexão a respeito dos
desafios do ensino remoto na Educação Infantil no contexto de pandemia, explicitando
estratégias que visam minorar os impactos negativos uma vez que no ensino remoto
existem limitações acerca dos recursos que preservem a qualidade do ensino proposto
pela Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) que pontuam
que as crianças devem ter garantidos o direito ao acesso e a aquisição de diversos
conhecimentos e aprendizagens bem como o direito a , dentre outras coisas, dignidade,
brincadeira e a convivência com outras crianças.
Buscando viabilizar a resolução desta demanda e entender a mesma mais a fundo, tanto
nosso projeto de pesquisa quanto este artigo em questão, demonstram interesse em
desenvolver uma atitude dialógica com diversas áreas que combinadas tratam dessa
questão do processo de ensino aprendizagem bem como a da transição destes alunos
para a Educação infantil.
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REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPOS DE PANDEMIA DO
COVID-19
Esse artigo tem como finalidade refletir a educação infantil nos tempos de pandemia do
covid-19, e a formação continuada dos professores. A autora organiza o artigo em 2
tópicos:
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devido ao covid-19, então será que essa fermentação intelectual também não está
acontecendo nesse momento com os professores?
Para a autora essa formação não pode acontecer sem a inclusão das novas tecnologias,
elas devem fazer parte da formação continuada do professor. Nesse contexto veio esse
novo desafio que foi muito postergado: o uso das novas tecnologias, hoje mais do que
nunca se faz necessário. A nova tecnologia veio para ficar, por isso é necessário que o
docente a domine para garantir a continuidade do trabalho pedagógico pela internet,
garantindo ao educando condições de aprender, mesmo longe da escola.
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Educação infantil em tempos de covid-19
A LDB, não prevê no seu artigo a utilização do sistema de ensino EaD na educação
Infantil, nem em casos emergenciais de pandemia, como faz para com o ensino
Fundamental. Na busca de alternativas para contenção do desemprego, instituições de
ensino em diversos municípios, embora sejam regulamentadas como agências
educacionais e socializadoras que tem por missão promover o saber sistemático, com
ação educativa voltada para o desenvolvimento de capacidades, proporcionam
condições para a aprendizagem nesse contexto, fornecem condições para a produção, e
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transmitem aos seus alunos e alunas o ensino remoto, tanto na rede pública, quanto na
rede privada.
O presente texto tem como objetivo analisar qual a influência que a pandemia da COVID-
19 trouxe para a saúde mental das crianças, além das modificações comportamentais no
âmbito psicossocial do desenvolvimento infantil.
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As crianças estão inseridas em um contexto de vivência em que as redes midiáticas e os
diálogos sociais apresentam como assunto mais predominante o cenário atual da COVID-
19 ao passo que os esforços globais voltam-se para promoção de políticas para
contenção da disseminação do novo coronavírus; Além disso, a vivência pelos infantes
de alterações na rotina de diária marcadas pela permanência nos ambientes domésticos
com suspensão de visitas a espaços físicos como escolas, creches, casa de familiares e
amigos, atividade de lazer e de exercício físico é um fator de risco para a saúde mental
e física nesse momento extraordinário.
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condições de vida adequadas para o desenvolvimento infantil. (DA MATA; DIAS;
SALDANHA, PICANÇO 2020).
Trazendo para o nosso tema, podemos pensar nos impactos gerados com a Pandemia
de COVID-19 no desenvolvimento das crianças, havendo ainda a diferenciação do efeito
em crianças de diferentes classes sociais, escolas e idades.
O resultado que teremos hoje de crianças que não tiveram acesso às aulas onlines, não
possuem segurança alimentar, estão em ambientes sem estrutura para auxiliar no
processo de desenvolvimento infantil dentro do contexto pandêmico.
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“Certamente os estudos empíricos na área da Psicologia serão necessários
para avaliar os impactos a curto, médio e longo prazo. Estudos futuros
prospectivo- longitudinais, e especialmente estudos do coorte de 2020 e
intergeracionais, serão essenciais para entender de forma aprofundada os
impactos em diferentes áreas do desenvolvimento das crianças expostas
ao momento histórico da pandemia do COVID-19. Esta se caracteriza por
ser grande evento estressor que desencadeia caos nos ambientes,
especialmente em famílias vulneráveis cujos nichos desenvolvimentais
previamente já apresentavam nível elevado de adversidades. Nesse
sentido, analisar as variáveis moderadoras, considerando como exemplo
variáveis sociodemográficas, temperamento da criança e dos cuidadores e
saúde mental materna, serão necessárias para entender o efeito diferencial
do evento estressor da pandemia nos desfechos de saúde mental das
crianças. Será necessário avaliar os impactos na saúde física e mental,
associado a uma análise criteriosa do contexto de funcionamento dos
serviços de suporte educacional, de saúde, de assistência social e apoio ao
exercício da cidadania, no momento da pandemia. Finalizando, a epidemia
passará, porém, o desenvolvimento da criança continua e precisa ser
protegido. Portanto, será preciso avaliar os impactos da pandemia no
desenvolvimento das crianças e de medidas preventivas para mitigar os
potenciais efeitos negativos e sequelas no desenvolvimento.”
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7. REFERÊNCIAS
LINHARES, Maria Beatriz Martins; ENUMO, Sônia Regina Fiorim . Reflexões baseadas
na Psicologia sobre efeitos da pandemia COVID-19 no desenvolvimento infantil.
Campinas, 2020. Disponível
em:https://www.scielo.br/j/estpsi/a/CrYD84R5ywKWBqwbRzLzd8C/?lang=pt&format=pd
f. Acesso em: 10 jun. 2021.
22
Barreto ACF, Lima MMP, Rocha DS. Educação infantil em tempos de covid-19. Revista
Latino-Americana de Estudos Científicos V. 01, N.06 Nov./Dez. 2020 Publicação
contínua. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/ipa/article/view/33597 Acesso em: 31
jan. 2022
Mata IRS, Dias LSC, Saldanha CT, Picanço MRA. As implicações da pandemia da
COVID-19 na saúde mental e no comportamento das crianças. Resid Pediatr. 2020;
Disponível em: https://residenciapediatrica.com.br
Fonseca RP, Sganzerla GC, Enéas LV. Fechamento das escolas na pandemia de
Covid-19: impacto socioemocional, cognitivo e de aprendizagem. Debates em
Psiquiatria [Internet]. 1º de dezembro de 2020 [citado 14º de novembro de 2021];10(4):28-
37. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/23
23
Infantil. Rio de Janeiro, 2020. 13 p. Disponível
em: https://www.cp2.g12.br/ojs/index.php/praticasei/article/view/2939. Acesso em: 20
jan. 2022.
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