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EXAMES PÉLVICOS/SINAIS

Os exames internos são geralmente realizados de maneira mais adequada quando a


mulher está com a bexiga vazia.
(I) Exame vulvar: as anormalidades incluem cistos, outros tumores, mudanças atróficas
ou líquem escleroso.
(II) Inspeção/Palpação uretral
(a) Prolapso da mucosa uretral: prolapso, geralmente circunferencial ou maior, do urotélio
da uretra distal.
(b) Carúncula uretral: eversão menor do urotélio da uretra, geralmente envolvendo a
borda posterior.
(c) Divertículo uretral: a presença de uma bolsa com abertura a partir da uretra. Pode
haver suspeita clínica de divertículo uretral quando há presença de um abaulamento ou
flutuação ao longo da linha uretral ou presença de fluxo uretral durante massagem uretral.
(III) Exame vaginal: exame do comprimento e mobilidade vaginal, presença de cicatrizes
e/ou dor e estrogenização. A localização de qualquer dor vaginal deve ser observada. Está
incluído o achado de qualquer área sensível acima da rota do nervo pudendo (vide dor do
TUI e/ou outras dores pélvicas, neuralgia do pudendo).
(IV) Exame pélvico bimanual: observação de qualquer massa pélvica ou sensibilidade
incomum através do exame vaginal associado à palpação suparpúbica.
(V) Função dos músculos do assoalho pélvico: pode ser definida qualitativamente pelo
tônus em repouso e pela força de uma contração voluntaria ou contração consequente a
um reflexo. Essas contrações são definidas como forte, normal, fraca, ou ausente, ou por
meio de sintomas validados que podem classificados em categorias diferentes. A
contração e o relaxamento voluntário dos músculos do assoalho pélvico podem ser
avaliados por inspeção visual, pela palpação digital (circunferencialmente),
eletromiografia, dinamometria, perineometria ou ultrassonografia. Dentre os fatores a
serem avaliados estão incluídos: força muscular (estática e dinâmica), relaxamento
muscular voluntário (ausente, parcial, completo), resistência muscular (habilidade de
sustentação máxima ou próxima da força máxima), repetibilidade (o número de vezes que
uma contração com força máxima ou próxima do máximo pode ser realizada), duração,
coordenação e deslocamento. Esta avaliação é desejável para documentar os achados de
cada lado do assoalho pélvico separadamente, permitindo a avaliação de qualquer defeito
e assimetria unilateral. O relatório da ICS para padronização da terminologia da função e
disfunção do assoalho pélvico fornece uma descrição mais completa da avaliação da
função dos
músculos do assoalho pélvico, incluindo as seguintes:
(a) Músculos do assoalho pélvico normais: os músculos do assoalho pélvico que podem
contrair e relaxar voluntaria e involuntariamente.
(b) Músculos do assoalho pélvico hiperativos: os músculos do assoalho pélvico que não
relaxam, ou podem contrair mesmo quando o relaxamento é funcionalmente necessário,
por exemplo, durante a micção ou evacuação.
(c) Músculos do assoalho pélvico hipoativos: músculos do assoalho pélvico que não
conseguem contrair voluntariamente quando isto é apropriado.
(d) Músculos do assoalho pélvico não funcionantes: porção dos músculos do assoalho
pélvico em que não há ação palpável.
(VI) Exame para avaliar as lesões dos músculos levantadores (puboretais):os músculos
puboretais podem ser avaliados pela presença de anormalidades maiores através da
palpação de sua inserção na porção inferior do osso púbico. Se o músculo não é palpado,
está ausente nos 2 - 3 cm laterais à uretra (por exemplo, a superfície óssea do púbis pode
ser palpada desprovida do músculo), é provável que haja uma “lesão de avulsão” do
músculo puboretal.
(VII) Exame perineal: quando se solicita à paciente para tossir ou realizar manobra de
Valsalva, o períneo não deve apresentar movimento descendente, o movimento ventral
pode ocorrer por causa das ações de proteção dos músculos do assoalho pélvico.
(a) Elevação perineal: este é o movimento interior (cefálico) da vulva, períneo e ânus.
(b) Descida perineal: esta é o movimento exterior (caudal) da vulva, períneo e ânus.
(VIII) Exame do reto: as observações podem incluir:
(a) Força e tônus do esfíncter anal: avaliação através do exame digital,
classificado como bom ou pobre na ausência de qualquer outra avaliação quantitativa.
(b) Laceração do esfíncter anal: pode ser reconhecida como um “vão” no exame digital
do esfíncter anal.
(c) Confirmação da presença ou ausência de retocele: e se possível, diferenciar de
enterocele. Diagnóstico de corpo perineal deficiente.
(d) Confirmação da presença ou ausência de impactação fecal.
(e) Outras lesões retais: intussepção, fístula retovaginal, ou tumor.
(f) Lesões anais: hemorróidas fissura.
(g) Outras lesões perineais: fístula anocutânea.

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