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DIURÉTICOS PARA HAS

Diuréticos
São drogas seguras, de baixo custo, amplamente utilizadas, que apresentam melhor efeito
em negros e idosos. Além disso, são recomendadas como primeira escolha para
monoterapia ou associação com outra categoria de drogas e podem ter benefício adicional
na insuficiência cardíaca congestiva e na insuficiência renal crônica. Os efeitos colaterais
mais comuns são hiperuricemia, hiperglicemia, aumento de LDL, rash cutâneo,
hipocalemia e impotência. Drogas que pertencem a tal grupo são a hidroclorotiazida, a
droga de escolha desse grupo, e a clortalidona.
São divididos, de acordo com sua forma de ação, em osmóticos, inibidores da anidrase
carbônica, tiazídicos, diuréticos de alça e poupadores de potássio. O principal diurético
osmótico é o manitol, utilizado para controle de crise aguda de glaucoma e hipertensão
intracraniana.
Aumenta a diurese pelo efeito osmótico no sistema tubular renal e, por fazer aumentar a
volemia, é contraindicado na congestão pulmonar. Não é utilizado para controle da
hipertensão arterial.
O principal inibidor de anidrase carbônica é a acetazolamida, para controle de glaucoma,
alcalose metabólica e edema periférico discreto. Tem o efeito colateral de poder
desencadear acidose metabólica e litíase renal e aumenta a diurese pelo bloqueio
enzimático da anidrase carbônica.
Os diuréticos tiazídicos são a principal classe terapêutica diurética para controle de
hipertensão arterial. Fazem parte dessa classe a clorotiazida, hidroclorotiazida,
meticlotiazida, bendroflumetiazida, ciclopentiazida, clortalidona, indapamida e
metolazona. A ação é diurética por diminuírem a reabsorção luminal ativa de Na+ e Cl-
no túbulo contorneado distal, determinando perda significativa de K+, além de
produzirem efeitos extrarrenais, como vasodilatação periférica. Além disso, têm efeitos
colaterais, como desencadear hiperglicemia, aumento de LDL e triglicérides, alcalose
metabólica hipocalêmica e impotência sexual.
Os diuréticos de alça, como furosemida, bumetanida, ácido etacrínico e torasemida,
atuam no segmento espesso da alça ascendente de Henle, inibindo o transporte de NaCl
para fora do túbulo, reduzindo o gradiente de pressão osmótica entre o interstício e o
túbulo renal, bem como a reabsorção de água.
Promovem venodilatação, útil nos casos de congestão pulmonar, e podem ser usados para
controle de insuficiência cardíaca congestiva, edema agudo pulmonar (furosemida),
hipertensão arterial, edema periférico, ascite, hipercalcemia e hipercalemia. Os efeitos
colaterais são hipocalemia, hipocalcemia e hipomagnesemia, alcalose metabólica
hipocalêmica e ototoxicidade quando utilizados em altas doses (principalmente o ácido
etacrínico). Além disso, apresentam sinergismo com diuréticos tiazídicos.
Os diuréticos poupadores de potássio, como amilorida e triantereno, atuam sobre os
túbulos e ductos coletores, inibindo a reabsorção de Na+ (inibidores dos canais de Na+)
e diminuindo a excreção de K+. O início de ação é lento e progressivo, mas sua atuação
diurética é limitada. São utilizados em associação com outros diuréticos espoliadores de
K+, como furosemida, e como terapia adjuvante para diabetes insipidus determinado por
intoxicação por lítio. Podem determinar hipercalemia, náuseas ou vômitos.
Os diuréticos antagonistas do receptor de aldosterona têm a espironolactona como
principal representante. Promovem ação diurética limitada por competição pelos
receptores intracelulares de aldosterona nas células do túbulo distal terminal, promovendo
inibição da retenção de Na+ e redução da secreção de K+, e têm início de ação lento,
levando vários dias para determinar efeito diurético. Dependem da presença da ação da
aldosterona endógena para atuar e são utilizados em adjuvância para controle de edema
periférico, hipertensão arterial (associado a diurético espoliador de K+),
hiperaldosteronismo primário (adenoma, hiperplasia suprarrenal), hiperaldosteronismo
secundário (insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, ascite) e cirrose hepática (diurético
de escolha).

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