Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Enc12 Opcoes Ficha 5 Alberto Caeiro Da Minha Aldeia
Enc12 Opcoes Ficha 5 Alberto Caeiro Da Minha Aldeia
Nota: Exercício elaborado com base na Prova Escrita de Português A, 1999 (1.ª Fase, 1.ª Chamada).
GRAMÁTICA
SOLUÇÕES|SUGESTÕESMETODOLÓGICAS
“Da minha aldeia vejo…” (p. 12)
2. a. Aldeia (“minha aldeia”) – lugar de eleição (na medida em que permite ao sujeito o grau máximo de visibilidade do
“quanto da terra se pode ver do universo”, v. 1); supera o estatuto de povoação diminuta, tornando-se “tão grande como
outra terra qualquer” (v. 2); propicia a abertura para o infinito; Cidade – revela-se limitativa, pois “as grandes casas”
enclausuram o olhar, ocultam-lhe o céu e afastam-no da natureza (vv. 7-8); tem um efeito de fechamento e afasta a vista. b.
Visão como modo de conhecimento privilegiado, que permite percecionar a dimensão física limitada do sujeito (vv. 3-4) e
que determina a configuração do mundo e do próprio ser. c. Uso expressivo do adjetivo (recorrendo ao grau comparativo),
com o intuito de caracterizar a “aldeia” por referência a outros espaços, realçando- -se o nível idêntico de grandeza entre a
aldeia e “outra terra qualquer” (“tão grande”) e minimizando-se a vida na cidade para valorizar a vida na aldeia (“mais
pequena”); conjugação da metáfora com a personificação de “casas” (“fecham”, “Escondem”, “empurram”, “tiram”), para
sublinhar a atrofia do ver como efeito do ambiente citadino. d. Apologia da visão como valor essencial; relação e harmonia
com a natureza; aparente simplicidade do discurso poético, visível na linguagem corrente.
Nota: Tópicos de correção do exercício elaborados com base nos Critérios de Classificação da Prova Escrita de Português A, 1999 (1.ª
Fase, 1.ª chamada).
Gramática
1. a. Coesão assegurada pela presença de conectores que ligam: frases – “Por isso”, v. 2; orações – “como”, v. 2; “Porque”,
vv. 3, 9, 10; “E”, vv. 4, 10; “[mais]… que”, vv. 4-5. b. Reiteração (“aldeia”, “tamanho”, “casa(s)”, “ver”, “tornam-nos”);
substituição por antónimos (“grande”/ ”pequena”) e por holónimos (“aldeia”/”terra”/ ”universo”) e merónimos (“aldeia” /
“casa”, “outeiro”).
2. a. “Porque eu sou do tamanho” – oração subordinada adverbial causal; “do que vejo” – oração subordinada substantiva
relativa. b. “Nas cidades a vida é mais pequena” – oração subordinante; “Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro” –
oração subordinada adverbial comparativa. c. “Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, / Escondem o
horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu” – orações coordenadas copulativas assindéticas.