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CARLOS SOUZA
DANIELLE LACERDA
FABIO BARCELOS JUNIOR
JOSÉ GUILHERME ANDRADE
MÁRZIO SABINO
VITOR OLIVEIRA MARMELLO
VITOR OLIVEIRA SANTOS
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CARLOS SOUZA
DANIELLE LACERDA
FABIO BARCELOS JUNIOR
JOSÉ GUILHERME ANDRADE
MÁRZIO SABINO
VITOR OLIVEIRA MARMELLO
VITOR OLIVEIRA SANTOS
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Introdução 4
Saída de Bloco 4
A Passada 5
Centro de Gravidade 6
Velocidade 7
Forças 8
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O início da prova dá-se com auxílio do bloco, instrumento que impõe uma
postura pouco tradicional ao corpo, mas que visa a melhor utilização da impulsão para
gerar velocidade.
A própria construção dos blocos tradicionais determina que o apoio anterior
deve ser realizado sob um ângulo de 40 -45 graus, enquanto que o posterior se faz
com um ângulo de 60 -85 graus. Calcula-se que nessa posição, o velocista aproveita
apenas parcialmen te as propriedades de elasticidade dos músculos gastrocnêmios no
ato da impulsão, no momento da saída. Sob os ângulos de 45 graus (apoio anterior) e
85 graus (apoio posterior), esses músculos não alcançam sua máxima tensão, porque
o ângulo entre o pé e a p erna é grande, chegando a cerca de 75 -85 graus.
Nas saídas tradicionais, quando o corredor coloca seus pés no bloco, fica
apoiado pela ponta dos dedos, junto à plataforma de apoio, o que faz com que os
calcanhares sobressaiam alguns centímetros sobre os s uportes de apoio do pé. O que
traz conseqüências negativas, porque, ao ouvir o tiro de partida, o corredor tira
rapidamente as mãos do chão e seus pés impulsionam energicamente o corpo para
frente. Mas, como o tronco é mais pesado que os membros ocorre neste momento um
retrocesso do corpo para trás, o qual é suportado pelos pés no bloco de partida. E,
como os calcanhares estão praticamente fora e sem apoio, retrocedem também
justamente com o tronco, provocando um ligeiro atraso na saída do pé, que está
colocado atrás retardando em média 0,44 segundos a realização da primeira passada.
Isto causa também certa divergência no trabalho dos grupos musculares que
asseguram o adiantamento da perna e, conseqüentemente, atrasam a tirada do apoio
das mãos da base de apoio no solo, prejudicando assim o ritmo das passadas, o que
significa uma perda sensível de tempo no resultado final.
Dessa forma, as investigações realizadas pelos treinadores russos, com o
objetivo de encontrar uma postura mais vantajosa dos pés sobr e o bloco de partida,
levaram-nos a reduzir os ângulos de apoio de 40 -45 graus no apoio do pé da frente e
de 60-85 graus no pé de trás, sendo que a oscilação de 5 a 10 graus depende da
mobilidade individual das articulações dos pés.
A elevação dos quadris varia para mais ou menos, de acordo com o tipo de
saída utilizada (baixa, média, longa). Quanto mais próximo for a distância entre os
apoios dos pés, tanto maior será a elevação. Porém, quanto maior for a elevação do
quadril, maior será a extensão do tronc o necessária no início da prova.
As medidas para a colocação dos pés no bloco podem variar para mais o u
menos em torno das medidas apresentadas, isto se deve ao fato de que o corredor
precisa utilizar ou adotar as medidas que lhe permitem maior comodidade sobre o
bloco. Portanto, devem ser realizadas todas as adaptações necessárias para que a
saída seja realmente eficiente.
O uso do bloco direciona o Centro de Gravidade do corpo para frente dos
membros inferiores, de forma que, no momento da largada, o pes o do corpo direciona -
o para uma queda à frente. Somando essa ação à força dada pelo pé de impulsão na
parte da frente do bloco que realiza extensão de coxa e joelho, e o outro membro
inferior projetando -se á frente para realizar o passo em uma potente flexão de coxa,
temos um impulso eficientemente direcionado para velocidade d e deslocamento f rontal
do Centro de Gravidade.
Além dos mecanismos já citados para aumento da velocidade pela atenuação
da aceleração negativa, devemos citar os mecanismos responsáveis pela aceleração
positiva, ou seja, como se dá o ganho de velocidade nas corridas.
A velocidade é tida como o produto da frequência pela amplitude de passada.
Isso significa que aumento da velocidade pode ser feito tanto pelo aumento do
tamanho da passada quanto de sua frequência. No entanto, em algumas situações
estes fatores exercem um efeito entre eles, pois um au mento em um dos fatores leva á
diminuição do outro, podendo resultar em prejuízo da velocidade final.
A corrida de velocidade, em particular os 100 m rasos apresenta 4 fases
bastante características (JONATH,1977): 1) período de reação , na saída de bloco; 2)
fase de aceleração positiva, durante a qual o corredor aumenta a sua velocidade,
através do aumento da frequência e da amplitude da passada, atingindo a velocidade
máxima entre 25 e 50 m, cerca de 6 segundos após a largada (HAY, 1981) ou até
mais tarde (60 m) em caso de corredores de elite (RADFORD, 1990) não sendo
possível aumentá-la após isto; 3) fase de velocidade constante, durante a qual a
aceleração é zero, e a amplitude e a frequência de passadas permanecem constantes;
4) fase de aceleração negativa ou desaceleração ao final da corrida, devida à
deterioração da forma da corrida, em função da falhas na coordenação neuromuscular
e à diminuição de fosfagênio no músculo (MURASE et al., 1976).
Para Seagrave (1996) citado por Nogueir a (2008), o comprimento da passada
ótimo, será de 2,3 vezes o tamanho do membro inferior do atleta. Para o a utor, a
melhoria da frequência do passo poderá ser resultado de vários contributos. A força, a
potência e a flexibilidade têm influência sobre este componente, mas o principal de
todos é a eficácia do sistema neurológico, pois é este que controla os movimentos do
corpo humano. Outro fator que contribui para o comprimento da passada é a rotação
pélvica, a qual começa a ocorrer a partir de 2,7km/h.
Mackala (2007) citada por Nogueira (2008) demo nstrou em estudo que a
evolução da curva de velocidade na prova de 100m tem o contributo essencial da
amplitude da passada, e a frequência põem -se em plano secundário.
Ecker (1996) citado por Nogueira (2008) diz qu e o elemento chave para atingir
a eficiência técnica e otimização da performance passa pela manutenção durante o
mais tempo possível, do comprimento ótimo de passada do atleta.
De acordo com a literatura técnico -desportiva, a frequência de passada nas
corridas de velocidade apresenta-se maior na fase de aceleração, tornando-se
constante na fase de velocidade máxima e diminui na fase final.
Estudo realizado por Pupo a com crianças em corridas de velocidade
constatou que há uma tendência dos sujeitos masculinos obterem a performance final
em função da maior amplitude de passada . Já os sujeitos femininos, a melhor
performance parece ser alcançada pela maior frequência de passada.
Os achados de Willians et al citado por Pupo et al indicam que aumento da
amplitude da passada em uma corrida pode vir a representar uma estratégia
compensatória para a fadiga , contudo, após atingir -se a velocidade máxima, essa
compensação já não é mais possível. Essa perda de freqüência, principalmente nos
últimos metros, não impede a perda ou queda da velocidade, mesmo aumentando a
amplitude da passada. Isso nos leva á uma regra: ³ A diminuição da freqüência é tanto
mais precoce quanto mais cedo o corredor alcançar o ponto elevado da sua
velocidade.´
Outro fator que pode aument ar a velocidade é a maior força muscular, visto
que uma maior força propulsiva gera uma maior fase aérea e um maior deslocamento
horizontal do Centro de Gravidade .
Na corrida ocorrem entre 800 e 2000 contatos do pé com o solo por milha, e o
pé, a perna, a coxa, a pelve e a coluna vertebral absorvem 3 vezes o peso corporal.
As forças incidentes nas articulações envolvidas aumentam na fase de apoio
por conta da sustentação do peso corporal e pela ação muscular, e ficam reduzidas a
praticamente o peso corporal na fase de balanço.
Todas as forças são menores em mulheres por causa da pelve mais ampla,
tornando os abdutores mais efetivos, de modo que estes músculos não precisam de
uma produção de força tão elevada.
Hamill, Joseph. "&%&'%)+,)"&(-'%,$./'", ± 2. ed. ± Barueri,
SP : Manole, 2008
Silva, S. R. D.; Fraga, C. H. W.; Gonçalves, M. #%$ (" #"( " '/&)/"! ,"
'%)+,)"(")!!("/'"!%-&8 - Motriz, v.13 n.3 p.225 -235, jul./set. 2007
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cinematica-da-corrida-e-na-curva-de-velocidade-em-provas-de-50-e-100m-rasos -
acessado em 24/04/11 às 21h49min