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Relatório da aula experimental de Física - Grupo 4

Análise de choques mecânicos elásticos e inelásticos em um trilho de ar

Nomes: Fernando Lopez (05); Giulia Melo (06); Kaiky Takahama (10); Melissa Kassab (16);
Valentina Martins (22)

Turma: 2º ano A

Data da entrega: 02/04/2020


Objetivo
Nosso principal objetivo é determinar o tipo de colisão dos objetos que sobrevoam o trilho
de ar e verificar se elas são perfeitamente elástica ou inelástica. Utilizaremos o coeficiente
elástico para conseguir identificá-las.

Introdução Teórica
Neste experimento analisaremos a teoria dos choques mecânicos de carrinhos em um
trilho de ar. Conheceremos um pouco sobre colisões. Existem 3 tipos. A parcialmente
elástica, onde o módulo de velocidade relativa de afastamento é menor que o módulo da
velocidade de aproximação, conservando a quantidade de movimento, porém sem manter a
energia cinética inicial. A perfeitamente elástica, em que o módulo da velocidade de
aproximação é igual ao módulo da velocidade de afastamento, além da conservação da
quantidade de movimento (Qi=Qf) e a energia cinética permanecerem constantes
(ECi=ECf). E a perfeitamente inelástica, onde a velocidade relativa de afastamento é nula e
não há transformação de energia cinética inicial em energia potencial elástica. Neste
experimento também veremos o que é coeficiente elástico, que também é conhecido como
coeficiente de restauração, que é a diferença das velocidades finais sobre as diferenças
iniciais, quando o coeficiente resulta em 1, é perfeitamente elástica, quando resulta entre 0
e 1 é parcialmente elástica e quando o resultado é 0 dizemos que é inelástica. Já em
relação a conservação da quantidade de movimento, só vale quando as forças externas não
agem no sistema. No caso do nosso experimento, a conservação vale, pois apenas as
forças internas agem no sistema. Tanto no sistema 1 quanto no sistema 2 a energia cinética
total permanece constante.

Procedimento Experimental
Para realização do experimento, um dos importantes equipamentos que utilizamos foram
os carrinhos, os quais colocamos sobre o trilho de ar. Encontramos a massa desses
carrinhos pelo dinamômetro, o qual foi pendurado no anel do mesmo, sendo obtido como
resultado uma massa de 320 gramas. Outro instrumento utilizado foi o trilho de ar. Este foi
projetado com o objetivo de diminuir as forças de atrito, o qual possui uma série de furos de
onde saem jatos de ar, sendo assim possível o deslocamento do corpo sobre ele,
eliminando o contato direto entre as superfícies.
Imagem de dois instrumentos utilizados no experimento, um dos carrinhos e o dinamômetro.

Através de outro instrumento utilizado, o cronômetro do celular, pudemos obter o tempo e


o deslocamento do carrinho e partir dos resultados obtidos, conseguimos também calcular a
velocidade dos mesmos. Primeiramente, cronometramos o movimento do primeiro carrinho
até o encontro com o segundo, inicialmente em repouso. Após o choque, percebeu-se que
além de trocarem de velocidades, o primeiro permanece em repouso e o segundo segue o
movimento, sendo este também cronometrado. Este seria o caso de uma colisão elástica.
Já no segundo caso, cronometramos o primeiro carrinho e, logo após o choque, os dois
movimentam-se juntos, cronometrando também esse movimento. Neste caso seria então,
uma colisão inelástica.
O procedimento pelo qual utilizamos para que o primeiro caso ficasse aproximadamente
elástico foi a colisão entre os anéis dos carrinhos, nos quais sofrem deformações elásticas,
e não plásticas. Ou seja, após o esforço mecânico, o metal volta à forma e às dimensões
originais. Para que o segundo caso fosse inelástico, o procedimento adotado por nós foi
colocar um imã em um dos carrinhos, para que após a colisão, ambos permanecessem
unidos. Nesse caso, desprezamos o atrito contra a trilho de modo que o único fator de
inelasticidade seria mantê-los juntos.
Imagem dos dois carrinhos sobre o trilho de ar em um dos casos do experimento.

Análise dos resultados

Tabela 1 - Valores medidos de deslocamento, tempo médio e velocidades dos


carrinhos A e B durante a colisão elástica.

ΔS (m) Δt (s) VA (m/s) VB (m/s)

Antes da colisão 0,5 1,86 0,27 0

Após a colisão 0,5 1,96 0 0,26

Antes da colisão Após a colisão


𝑄𝑖 = 𝑀𝑎. 𝑉0𝑎 + 𝑀𝑏. 𝑉0𝑏 𝑄𝑓 = 𝑀𝑎. 𝑉𝑎 + 𝑀𝑏. 𝑉𝑏
𝑄𝑖 = 0, 32 𝑘𝑔. 0, 27 𝑚/𝑠 + 0, 32 𝑘𝑔. 0 𝑚/𝑠 𝑄𝑓 = 0, 32 𝑘𝑔. 0 + 0, 32 𝑘𝑔. 0, 26 𝑚/𝑠
𝑄𝑖 = 0, 32 𝑘𝑔. 0, 27𝑚/𝑠 𝑄𝑓 = 0, 32 𝑘𝑔. 0, 26 𝑚/𝑠
𝑄𝑖 ≅ 0, 086 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠 𝑄𝑓 ≅ 0, 083 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠

(𝑀𝑎𝑉𝑖²/2 + 𝑀𝑏𝑉𝑖²) (𝑀𝑎𝑉² + 𝑀𝑏𝑉²)


𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖 = 2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2
(0,32 𝑘𝑔.0,27² 𝑚/𝑠 + 0,32 𝑘𝑔.0) (0,32 𝑘𝑔.0 + 0.32 𝑘𝑔.0,26²)
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖 = 2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2
(0,32 𝑘𝑔.0,07 𝑚/𝑠) (0.32 𝑘𝑔.0,07 𝑚/𝑠)
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖 = 2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2
0,02𝐽
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖 = 0, 02𝐽/2 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖 ≅0, 01𝐽 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 ≅ 0, 01𝐽

(𝐸𝑐𝑓 – 𝐸𝑐𝑖)
Δ𝐸 = 𝐸𝑐𝑖
(0,01𝐽 − 0,01𝐽)
Δ𝐸 = 0,01
Δ𝐸 ≅ 0

Coeficiente elástico:

(|𝑉𝑓−𝑉𝑖|)
𝑒= |𝑉0𝑖−𝑉0𝑓|
(|0,26 𝑚/𝑠 − 0 𝑚/𝑠|)
𝑒= |0,27 𝑚/𝑠 − 0 𝑚/𝑠|
0,26 𝑚/𝑠
𝑒= 0,27 𝑚/𝑠
𝑒 = 0, 96

Estimativa do erro percentual:


(|𝑄𝑓−𝑄𝑖|)
ε= 𝑄𝑖
(0,083𝐾𝑔.𝑚/𝑠 − 0,086𝐾𝑔.𝑚/𝑠)
ε= 0,086𝑘𝑔.𝑚/𝑠

0,003
ε= 0,086
= 0, 03 𝑥 100 = 3%
Caso a margem de erro aceitável seja de 3% ou superior, a colisão pode ser considerada
perfeitamente elástica.

Tabela 2 - Valores medidos de deslocamento, tempo médio e velocidades dos carrinhos


A e B durante a colisão inelástica.

ΔS (m) Δt (s) VA (m/s) VB (m/s)

Antes da colisão 0,5 1,93 0,25 0

Após a colisão 0,5 4,36 0,11 0,11

Antes da colisão Após a colisão


𝑄𝑖 = 𝑀𝑎. 𝑉0𝑎 + 𝑀𝑏. 𝑉0𝑏 𝑄𝑓 = 𝑀𝑎. 𝑉𝑎 + 𝑀𝑏. 𝑉𝑏
𝑄𝑖 = 0, 32 𝑘𝑔. 0, 25 𝑚/𝑠 + 0, 32 𝑘𝑔. 0 𝑚/𝑠
𝑄𝑓 = 0, 32 𝑘𝑔. 0, 11 𝑚/𝑠 + 0, 32 𝑘𝑔. 0, 11 𝑚/𝑠
𝑄𝑖 = 0, 08 + 0 𝑄𝑓 = 0, 035 + 0, 035
𝑄𝑖 = 0, 08 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠 𝑄𝑓 ≅ 0, 07 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠
𝑀.𝑣² 𝑀.𝑉𝑓²
𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑖 𝐴 = 2
𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2

0,32 𝑘𝑔.0,25² 𝑚/𝑠 0,64 𝑘𝑔. 0,11² 𝑚/𝑠


𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑖 𝐴 = 2
𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2
0,32 𝑘𝑔.0,06 𝑚/𝑠 0,64 𝑘𝑔. 0,01 𝑚/𝑠
𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑖 𝐴 = 2
𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑓 = 2
𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑖 𝐴 = 0, 01 𝐽 𝐸 𝑐𝑖𝑛𝑓 = 0, 003 𝐽

(𝐸𝑐𝑓 – 𝐸𝑐𝑖)
Δ𝐸 = 𝐸𝑐𝑖
(0,003 − 0,01)
Δ𝐸 = 0,01
−0,007
Δ𝐸 = 0,01
Δ𝐸 = − 0, 7

Coeficiente elástico:
(|𝑉𝑓−𝑉𝑖|)
𝑒= |𝑉0𝑖−𝑉0𝑓|
(|0,11 𝑚/𝑠 − 0,11 𝑚/𝑠|)
𝑒= |0,25 𝑚/𝑠 − 0 𝑚/𝑠|
0 𝑚/𝑠
𝑒= 0,25 𝑚/𝑠
𝑒= 0

Estimativa do erro percentual:


(|𝑄𝑓−𝑄𝑖|)
ε= 𝑄𝑖
(|0,003 𝑘𝑔.𝑚/𝑠 − 0,01 𝑘𝑔.𝑚/𝑠|)
ε= 0,01 𝑘𝑔.𝑚/𝑠
0,007
ε= 0,01
= 0, 7 𝑥 100 = 70%

O limite aceitável de erro experimental para que seja elástica é 10%, como o erro
experimental é de 70%, certamente a colisão pode ser classificada como inelástica.

Conclusões
As forças dissipativas podem ser desprezadas, pois não há atrito e nem forças
externas, ou seja, não há transformação de energia mecânica para outros tipos de energia.
Na primeira pode-se considerar elástica pois a margem de erro considerável é de 3% ou
menos. Já na segunda, pode-se considerar inelástica, pois a margem de erro considerável é
de 70%, ou seja, está elevada.
Referências bibliográficas

https://www.fis.unb.br/gefis/index.php?option=com_content&view=article&id=260&Ite
mid=403 (data de acesso: 27/03)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Deforma%C3%A7%C3%A3o (data de acesso: 27/03)

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