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AGRONEGÓCIOS

Silene Maria Prates Barreto


Médica Veterinária, MSc.
FUNORTE

SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS

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Sistemas Agroindustriais

 O Agronegócio como um sistema

 Estrutura dos Sistemas Agroindustriais

 Cadeias produtivas

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Agronegócios como Sistema

Relação entre setores de uma organização.

Relação entre 2 ou mais organizações

investigando através de perspectivas


buscando conhecer vantagens e restrições
possíveis decorrentes dessas interações.

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Sistema

 Ilustra interdependência entre partes para


compor um todo mais amplo.

 O ambiente econômico e social do agronegócio


está cada vez mais complexo e diversificado.

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Sistema Agroindustrial
Estruturas de Coordenação

Mercados
Mercados Futuros
Programas Governamentais
Cooperativas
Join Ventures
Integração: contratual
vertical
Agências de estatísticas
Tradings
Firmas Individuais
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Infra estrutura e Serviço

Trabalho
Crédito
Transporte
Energia
Tecnologia
Propaganda
Armazenagem
Outros serviços
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Produtor
Matéria-Prima

Fornecedor

Produtor

Processador

Varejista
Industrial Institucional
Consumidor

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Abordagem Sistêmica

Não pode olhar só para um elo da cadeia.

A abordagem sistêmica Stoner e Freeman


(1999) permite que os gestores, bem como os
demais profissionais envolvidos em qualquer
modalidade do empreendimento, vejam uma
organização como um todo e como parte de
um sistema maior, que é o seu ambiente
externo.
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Globalização e Integração de
mercados
 olhar para o mercado interno e externo.
-Rússia
-Chechênia

*** mercado de carnes.

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 Para Neves (2003) as empresas que atuam em
sistemas agroindustriais que estão expostas à
competição global não conseguem atingir todo
o mercado de maneira eficiente.
 Em função:
Diferentes características dos diversos mercados

Relacionados às preferências de seus


consumidores.

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Sinergia

 O sistema é dinâmico.

 Ocorre interação cooperativa entre as


diferentes partes tornando seus resultados
melhores do que a soma dos resultados
obtidos individualmente.

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Tradicional

(Agricultura, pecuária, extrativismo)

transformado

Agronegócios

(diversificado, moderno e complexo)

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Propriedade Rural

Organizações Industriais

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Conotação profissional dado ao termo
agronegócios é responsável por uma mudança
de paradigmas sem precedentes no meio rural e
admite referências sobre novas modalidades de
empreendimentos.

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Revolução no cenário rural

 Essa revolução tem três facetas:

uma bem evidente, que é a tecnológica,e outras


duas pouco mensuráveis, a gerencial e a de
modelo.

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Revolução tecnológica

 Se caracteriza pelo uso do que há de mais evidente em


matéria de inovação para o campo:

 tratores, máquinas e implementos, colheitadeiras de


última geração
 cultivo mínimo, plantio direto, variedades novas,
 fórmulas diferentes de fertilizantes e defensivos,
 transferência de embriões,
 agricultura de precisão,
 uso crescente da biotecnologia, o que equipara nossos
produtores aos melhores do mundo.
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Revolução gerencial
 É ainda mais importante:

 Administração comercial, financeira, fiscal e tributária são


essenciais para o resultado positivo dos agricultores.
 A gestão de recursos humanos e a gestão ambiental,
também.
 A informação em tempo real e confiável é um instrumento
básico para o moderno agricultor, para o gerente
contemporâneo.

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Revolução gerencial

Assim, a propriedade rural toma uma


importância fundamental, onde o empresario
rural deve usar os conceitos mais modernos
de economia, administração, comercialização e
finanças para se ajustar às iminentes e
rápidas mudanças de mercado.

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Revolução de modelo

 Mas, sem dúvida, a grande mudança está no


modelo. Não é mais possível, ou não será no
curto prazo, fazer renda no campo vendendo
matéria prima para compradores tradicionais.

 Por mais que se tenha incorporado tecnologia, o


mercado já não sustenta a renda rural para o
produtor que não agrega valor à sua produção.

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Revolução de modelo

 Esta revolução é a que exige o conceito de cadeia


produtiva de agregação de valor às produções primárias.

 Os mecanismos clássicos para isto estão à disposição dos


produtores:
 cooperativismo, associativismo, parcerias, alianças
estratégicas, marketing,propaganda, industrialização,
diferenciação e, todos outros fatores existentes e ainda
não explorados adequadamente, e que também
precisam ser modernizados.

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 Há sem dúvida também um problema cultural
emperrando avanços concretos na direção do
agronegócio, embora o conceito já esteja disseminado e
entendido.

 É a velha esperanças de que o governo resolva a questão


da renda com algum tipo de intervenção. Já não há mais
esta chance.

 As diversas cadeias produtivas precisam se articular para


resolver seus dramas para oferecer ao consumidor
produtos de qualidade a preços compatíveis com a
sustentabilidade das atividades produtivas.

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CONCEITOS BÁSICOS – ORIGENS
E DEFINIÇÕES DE
AGRONEGÓCIOS

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Agronegócio

“ É a soma total das operações de produção e


distribuição de suprimentos agrícolas, das
operações de produção nas unidades agrícolas,
do armazenamento, processamento e
distribuição dos produtos agrícolas e itens
produzidos a partir deles".

(Davis e Goldberg, 1957)

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 Segundo esses autores, a agricultura já não
poderia ser abordada de maneira indissociada
dos outros agentes responsáveis por todas as
atividades que garantiriam a produção,
transformação, distribuição e consumo de
alimentos.

 Eles consideravam as atividades agrícolas como


fazendo parte de urna extensa rede de agentes
econômicos que iam desde a produção de
insumos,transformação industrial até
armazenagem e distribuição de produtos
agrícolas e derivados.
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As instituições e organizações do
agronegócios podem ser enquadradas em
três categorias majoritárias:

 Na primeira, estão as operacionais, tais como os


produtores, processadores, distribuidores, que
manipulam e impulsionam o produto fisicamente através
do sistema.

 Na segunda, figuram as que geram e transmitem energia


no estágio inicial do sistema. Aqui aparecem as empresas
de suprimentos de insumos e fatores de produção, os
agentes financeiros, os centros de pesquisa e
experimentação, entidades de fomento e assistência
técnica e outras.
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 Por último, situam-se os mecanismos
coordenadores, como o governo, contratos
comerciais, mercados futuros, sindicatos,
associações e outros, que regulamentam a
interação e a integração dos diferentes
segmentos do sistema.

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Estrutura dos Sistemas

 Antes da porteira – insumos

 Dentro da porteira - todas as atividades


produtivas: agrícolas e pecuária.

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 Depois da porteira:

 Indústria da transformação
 Canais de comercialização
 Logística
 Serviços: turismo, consultoria, laboratórios
 Atividades complementares: animais de
trabalho, veículos e ferramentas.

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Níveis de Comercialização
 Nível 1: produtores rurais
 Nível 2: intermediários (primários, secundários, terciários,
etc.)
 Nível 3: agroindústrias, mercados dos produtores e
concentradores;
 Nível 4: representantes, distribuidores e vendedores;
 Nível 5: atacadistas, centrais de abastecimento, bolsas de
mercadorias, cédula de produtor rural, governos, internet,
etc.;
 Nível 6: supermercados, pontos-de-venda, feiras livres e
exportação;
 Nível 7: consumidores;
 Nível 8: importação.
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Cadeias Produtivas

 As atividades econômicas desenvolvidas no


âmbito do agronegócio tendem a compor
sequências de operações e obedecem a
certas lógicas preexistentes.

 Uma cadeia de produção representa uma


sequência de atividades necessárias para a
transformação de um insumo básico em um
produto final destinado aos consumidores.
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 Cadeia de operações: Sucessões de operações
encadeadas a partir de aspectos técnicos.

 Cadeia de Comércio: Conjunto de atividades


comerciais e financeiras estabelecidas ao longo
do processo, desde fornecedor de insumos até a
venda do produto final aos clientes.

 Cadeia de Valor: É um arranjo de atividades


econômicas nas quais podemos mensurar e
registrar o valor dos meios de produção.

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Cadeia de Produção

Produção de Matéria Prima

Industrialização

Comercialização
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Objetivo de Sistematizar a
Cadeia
 Efetuar a descrição de toda a cadeia;
 Reconhecer o papel da tecnologia na
estruturação da cadeia;
 Organizar estudos de integração;
 Analisar as políticas voltadas para o
agronegócio;
 Compreender a matriz de insumo-produto
para cada um dos produtos;
 Analisar as estratégias das firmas e
associações. 33
Planejamento Estratégico

Deve ser capaz de harmonizar as intenções


estratégicas de cada participante de uma
cadeia produtiva para o aumento da
eficiência e eficácia, apontando as seguintes
etapas deste processo:

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 Sensibilização e participação dos participantes;
 Definição da missão da cadeia;
 Definição dos objetivos gerais da cadeia e de
cada um dos participantes;
 Segmentação da área de atuação da cadeia;
 Diagnóstico estratégico;
 Quantificação dos objetivos específicos;
 Definição das estratégias possíveis;
 Escolha da estratégia a ser implantada;
 Implementação da estratégia;
 Acompanhamento e controle dos resultados;
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Preocupação

Elaboração e implementação de diversas estratégias,

Em busca de respostas mais precisas sobre suas


características, suas potencialidades, suas
limitações e suas oportunidades

Competitividade
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Integrações produtivas

Exigências de mercados: Elevar os padrões de


qualidade e produtividade

Implicando em arranjos complexos e


interdependentes.

Agregar competências
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Redes de Cooperação
 Combinar competências e utilizar Know how de outras
empresas;
 Dividir ônus de pesquisas tecnológicas, compartilhando o
desenvolvimento e o conhecimento adquiridos;
 Partilhar riscos e custos de explorar novas oportunidades,
realizando experiências em conjunto;
 Oferecer uma linha de produtos de qualidade superior e mais
diversificada;
 Exercer uma pressão maior no mercado, aumentando a força
competitiva em benefício do cliente;
 Compartilhar recursos, principalmente os subutilizados;
 Fortalecer o poder de compra;
 Obter maior força para poder atuar no mercado internacional;

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Integrações Horizontais

Se dão em níveis semelhantes entre agentes,


que atuam em uma mesma cadeia, em
cadeias distintas, compartilhando
tecnologias, habilidades e infra-estrutura
para proporcionar benefícios mútuos obtidos
através de vantagens comparativas.

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Benefícios

 Compartilhamento de assistência técnica;


 Alternativas comerciais para produtos e
serviços;
 Geração de rendas adicionais;
 Maior especialização de competências;

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Integrações Verticais

 Se dão em níveis diferentes de uma mesma


cadeia, compartilhando informações,
tecnologias,habilidades e infra-estrutura que
permitem padrões de qualidade e
especificações definidas.

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Benefícios

 Assegurar suprimentos futuros;


 Garantir padrões de qualidade;
 Reduzir custos e desperdícios;
 Baixar o nível dos estoques;
 Promover a permuta de experiências;
 Maximizar a curva de aprendizagem.

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 Caracterizadas em função da posição da
empresa responsável pela integração na cadeia
de produção.

 Frente:
empresa integradora + empresa que
adquire seus produtos.

 Trás: empresa integradora + fornecedoras de


insumos.

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Alguma pergunta ?

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SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS

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Divergência de Nomenclatura
Batalha e Silva (2001)

 Sistema Agroindustrial (SAI)

 Complexo Agroindustrial

 Cadeia de Produção Agroindustrial

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Sistema Agroindustrial
(SAI)
Complexo
Cadeia Agroindustrial
de Produção
Agroindustrial

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Sistema Agroindustrial (SAI)
 Conjunto de atividades que concorrem para a
produção de insumos até a obtenção do
produto final,
Ele não
Independe
está associadodo anível de sofisticação
nenhuma utilizado, ou
matéria-prima agropecuária
produto final específico.
base tecnológica ou processo de
transformações aos quais tenham sido
submetidos.
 Abrange todos os fatores que atuam no
contexto.
Os objetivos do sistema são as suas metas.
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Complexo Agroindustrial
(CA)

Arranjo produtivo que surge a partir de uma


Adeterminada
formação de um complexo agro-industrial
matéria-prima de exige a
base,
participação de um conjunto de cadeias de
tomando diferentes processos industriais, de
produção, cada uma delas associada a um produto
beneficiamento
ou e comerciais alternativos até
família de produtos.
se transformar em produtos finais.
Retira da agricultura a sua centralidade como unidade de
análise e reitera a explicação dos processos econômicos,
sociais e políticos,

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Cadeias de Produção
Agroindustrial
Uma cadeia de produção é definida a partir da
É um arranjo de
identificação produtivo que,produto
determinado diferentemente
final. de
um complexo agroindustrial, possui um
Após esta identificação, cabe ir encadeando, de
produto
jusante a como referência
montante, base
as várias para identificar
operações técnicas,
os inúmeros
comerciais encadeamentos
e logísticas, necessárias a suaentre os
produção.
agentes econômicos responsáveis pelas
operações técnicas, comerciais e logísticas.

Fluxo de troca, situado de montante a justante,


entre fornecedores e clientes.
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 Para Araujo (2005) o agronegócio envolve as
mais diversas funções:

 Suprimentos a produção agropecuária


 Produção agropecuária
 Transformação
 Acondicionamento
 Armazenamento
 Distribuição
 Consumo
 Serviços complementares
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Referências:

 DAVIS, J. H., GOLDBERG, R. A. A concept of


agribusiness. Division of research. Graduate School of
Business Administration. Boston: Harvard University,
1957.

 2 GOLDBERG, R. A. Agribusiness coordination: a systems


approach to the wheat soybean and Florida orange
economies. Division of research. Graduate Sebool of
Business Administration. Boston Harvard University,
1968.

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OBRIGADA !
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