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Sónar Lisboa
Linhas cruzadas
Chega, finalmente, a Lisboa o festival
que nasceu em Barcelona, em 1994,
juntando música, novas tecnologias
e conversas sobre a contemporaneidade
7 ---------- M Ú S I CA
SÓNAR
PONTOS DE
ENCONTRO
Convém estudar com atenção o programa do
primeiro Sónar Lisboa. Espalhado pela cidade,
este festival vai muito para lá da música e
quer pôr-nos a pensar sobre os nossos tempos
(mas nós damos uma ajudinha na escolha
dos mais aguardados concertos e DJ sets)
— PO R PED RO D IAS D E ALM EI DA
DAN MEDHURST
2022, vai acontecer finalmente em Lisboa. proveniências geográficas.
Entre esta sexta, 8, e domingo, 10, espalha-se Coliseu dos Recreios >
por quatro espaços principais: o Hub Criativo sáb 9, 2h
do Beato (onde há exposições e instalações
e acontece o Sónar +D, com um programa
diurno de conferências sobre temas como
Inteligência Artificial e Algoritmos, Inter- ARCA
secções entre Arte, Ciência, Ecologia e Al- Em 2021, editou não um, não
terações Climáticas, Tecnologias Criativas e dois, não três, mas quatro
Economias Digitais), o Centro de Congressos álbuns, praticamente em
de Lisboa (ex-FIL), o Coliseu dos Recreios e simultâneo. A sua identidade
é difícil de definir, mas,
o Pavilhão Carlos Lopes (estes três espaços muitas vezes comparada
mais dedicados à programação musical, com com Björk (com quem
o Carlos Lopes a ter também uma ocupação colaborou), esta artista
diurna). de origem venezuelana é
Tudo começou com um email enviado uma das mais estimulantes
e influentes na cena
para Barcelona por João Menezes, em janeiro
atual das fronteiras entre
de 2020. Ainda não o sabia, mas o momento pop, eletrónica e (muita)
era péssimo, com uma pandemia mesmo a experimentação. A sua
chegar… Mesmo assim, o processo fez o seu atuação é uma das mais
caminho e vai concretizar-se, mais de dois esperadas deste Sónar, até
anos depois, na primeira edição do Sónar porque com Arca (aliás,
Alejandro; aliás, Alejandra)
Lisboa (há um acordo para que se repita nos nunca se sabe bem o que
próximos quatro anos). João trabalhou na esperar...
reabilitação dos bairros do Intendente e da Pavilhão Carlos Lopes
Mouraria, que foi uma das imagens de marca > 8 abr, 00h15
da presidência de António Costa na Câma-
D.R.
DMITRY ROLLINS
é a mulher mais bem-sucedida no universo da música techno.
Centro de Congressos de Lisboa > sáb 9, 4h30
DENGUE DENGUE
DENGUE
Por detrás das máscaras estão Felipe
Salmon e Rafael Pereira, uma dupla
sediada em Lima, no Peru. Dedicam-se
tanto à música como ao design. Nas
suas atuações, misturam-se ritmos
latino-americanos e psicadelismo;
vão da cúmbia ao dub ou da salsa
ao techno enquanto o diablo esfrega
um olho… Os seus dois discos mais
recentes, em que é mais claro o
interesse da dupla pelas raízes da
música do seu país (com claros ecos
africanos), têm a marca da lisboeta
Enchufada, a editora fundada em
2006 por Branko e Kalaf Ângelo (dois
ex-Buraka Som Sistema). A identidade
do Sónar, um festival que aposta em
noites longas, estará bem presente
aqui: os Dengue Dengue Dengue
HENDRIK KUSSIN
começam o seu espetáculo às 4h45,
convidando a danças hipnóticas pela
madrugada fora...
Pavilhão Carlos Lopes > sáb 9, 4h45
MARTA PINA
D.R.
NÍDIA EU.CLIDES
Os programadores do Sónar Lisboa tiveram a preocupação de se Nasceu em Cabo Verde, em 1996, mas cresceu em Portugal, sempre
sintonizar com o que se vai fazendo em Portugal, e isso é claro com uma paixão pela música. Depois de ter tocado com a banda
em vários momentos. Um dos projetos que mais os entusiasmou senegalesa Daara J Family e com Mayra Andrade, nos últimos anos
foi a editora Príncipe. E dentro desta música de dança eletrónica, tem-se afirmado como autor das suas próprias canções, em que os
sempre com um pé nos ritmos africanos, um dos nomes que se ecos da música do seu arquipélago se misturam com referências
têm destacado nos últimos anos é o de Nídia, de uma família com contemporâneas e uma eletrónica subtil e elegante. A atuação no
origens na Guiné-Bissau mas hoje uma verdadeira cidadã do Sónar acontece no momento em que se aguarda o seu álbum de
mundo, com atuações, e colaborações, um pouco por todo o lado. estreia, o que só aguça ainda mais a curiosidade.
Pavilhão Carlos Lopes > sex 8, 23h05 Pavilhão Carlos Lopes > dom 10, 17h
Fora
2h30.
das 20h30 às 22h30. ——Féri
—— Férias
Durante a visita, da Páscoa
percorre-se toda a
área exterior destes OCEANÁRIO
jardins do século XVII, DE LISBOA
com canteiros de buxo A partir desta
exuberantes e uma segunda, 11, o
importante coleção de Oceanário de Lisboa
azulejos, com destaque retoma o programa
para a fonte central, o Férias Debaixo de
lago dos cavaleiros, a Água. Até 18 deste
gruta-parnaso e a casa mês, as crianças
do fresco (reservas: dos 4 aos 12 anos
T. 21 778 2023). Os vão descobrir com
bilhetes custam 7 as lontras-marinhas
euros (acresce €3 com quem é o mais
audioguia). comilão e, com o
peixe-picasso, vão
revelar as cores que
—— Exposição inspiraram grandes
obras de arte, entre
MUSEU DO outras atividades,
CARAMULO
D.R.
como observação
Ricardo Santos, de animais,
O que há —— Livraria segundo o New York
Times, compradas
designer gráfico e
um apaixonado pelo
artes plásticas e
investigação (€40/dia,
GUIMARÃES
Westway Lab
De regresso ao habitat natural
O festival regressa ao formato presencial
com mais de 20 concertos em diversos
espaços emblemáticos de Guimarães GUARDA, SETÚBAL,
PORTALEGRE E ÍLHAVO
D
epois de duas edições atí- Taqbir também fazem parte do cartaz
picas, sem público presen- do primeiro dia. No sábado, duran- A cantautora norte-americana
te, o Westway LAB volta a te a tarde, haverá o habitual rotei- vem apresentar Alluvion,
Guimarães para transfor- ro urbano ao som da música, nos álbum de “dor pessoal e
mar a cidade numa capital da música, já tradicionais City Showcases, que coletiva sobre a perda
com um vasto cartaz que além de este ano contam com as atuações humana e do nosso mundo
mais de duas dezenas de concertos de Angélica Salvi (Museu de Alber- natural”, feito no início da
contará também com a apresenta- to Sampaio), Jorge da Rocha e Tiago pandemia em parceria com
ção de projetos de criação próprios Sousa (Convívio Associação Cultu- o produtor Anton Patzner.
e algumas conferências direcionadas ral), y.azz x b-mywingz e St. James A artista californiana teve
para os profissionais da indústria Park ( Oub’Lá), Siricaia e Trees Up concertos agendados em
musical. A programação musical terá North (Ramada 1930) e Misia Fur- Portugal relativos ao álbum
como epicentro o Centro Cultural tak (São Mamede CAE). Pela noite, a anterior, Immanent Fire, mas
Vila Flor (CCVF), onde existirão três ação regressa ao CCVF, num variado foram cancelados, pelo que
palcos (Palco, Pátio e Box), a que serão com Noiserv, as releituras da é de esperar que alguns
se juntam ainda cinco localizações música tradicional de A Cantadei- desses temas sejam também
emblemáticas do centro urbano de ra e do projeto Bandua, o novo folk incluídos no alinhamento.
Guimarães. O arranque, nesta sexta, estónio das Duo Ruut, o Surma Trio
8, à noite, cabe aos Sensible Soccers, e, para acabar em grande, o ensemb- Teatro Municipal da Guarda > 7
que apresentam o disco Manoel, le do baterista e produtor Fred, que abr, qui 21h30 > Casa da Cultura
de Setúbal > 8 abr, sex 21h30
dedicado a Manoel de Oliveira, em vem apresentar o último trabalho em > CAE de Portalegre > 9 abr,
formato cine-concerto. Seguem-se nome próprio, Series Vol.1 – Madlib, sáb 21h30 > Teatro Vista Alegre,
outros nomes nacionais como Rui no qual jazz e hip-hop caminham Ílhavo > 10 abr, dom 16h
Reininho, Fumo Ninja, Club Makum- lado a lado. — Miguel Judas
ba (novo projeto de Tó Trips) e Bateu
Matou; a cantora, compositora, atriz Centro Cultural Vila Flor > Av. Afonso
e artista visual maiorquina de sangue Henriques, 701, Guimarães > T. 253 424 700 PORTO
macedónio e andaluz Maika Mako- > 8-9 abr, sex-sáb 21h30, 15h e 21h30 > €15
vski ou a banda punk marroquina a €25 (passe)
Bodega
Em nome + La Paloma
de Oliveira
O concerto dos A parceria entre a SON
Sensible Soccers Estrella Galicia e o M.OU.CO
inclui a projeção dos vai prolongar-se até julho,
filmes Douro, Faina
sempre com uma noite mensal
Fluvial e O Pintor
e a Cidade dedicada “a alguma da mais
interessante e inovadora
música contemporânea”. Os
primeiros a subirem ao palco
do novo espaço portuense
para este renovado ciclo
são os nova-iorquinos pós-
punk Bodega, que vêm
acompanhados da noise-pop
dos madrilenos La Paloma para
uma noite de rock à antiga.
VERA MARMELO
Lápis azul
Os censores
cortavam tudo o
que perturbasse
o respeito, e
“passaram-se”
particularmente
com José Vilhena
A
lgumas frases podem ser lidas ainda podia escrever Zeca Afonso, escrevia-se Osnofa
do lado de fora, na montra do edifício Acez, e Karl Marx era Carlos Marques”, exem-
que durante tantos anos foi a sede do plifica, “mas o que pusesse em causa a hierar-
jornal Diário de Notícias. E é assim que quia do País... Tudo o que perturbava a hierar-
se apanham os desprevenidos que passam pelo quia e o respeito fazia tocar as tais campainhas.”
número 266 da Avenida da Liberdade, perto do É por essa razão que os censores são parti-
Marquês de Pombal, quase como no tempo da cularmente violentos com autores como José
outra senhora se apanhava quem punha em cau- Vilhena, acredita Pacheco Pereira. “O despacho
sa a relação com as autoridades. que temos na exposição é um despacho furio-
São “frases relevantes”, nota José Pacheco so; percebemos que os censores passam-se. É o
Pereira, o homem que está à frente do Arquivo melhor exemplo desta Censura do respeitinho.”
Ephemera e por detrás da exposição Proibi- Livros e os despachos sobre eles, cortes da
do por Inconveniente. Frases que demonstram Censura nos periódicos, a Censura na publici-
como a Censura, em Portugal, era para lá da dade, nos filmes e nas músicas – há de tudo um
política. “Entre a Oposição havia a tese de que a pouco nesta exposição comissariada por Júlia
Censura eram uns coronéis pouco cultos, mas Leitão de Barros e Carlos Simões Nuno e inseri-
eles tinham campainhas na cabeça que toca- da no Festival Abril em Lisboa. Material mais do
vam sobretudo quando era algo inconveniente”, que o suficiente para se perceber que se cortava
lembra o historiador, ele próprio censurado em sistematicamente tudo o que gerasse comoção.
várias ocasiões. “A Censura era de tudo o que “Era uma espécie de campânula sobre o País”,
punha em causa as relações com as autoridades, compara Pacheco Pereira. “A ideia era de um
fosse o que fosse.” país que não se emocionava.” — Rosa Ruela
Tudo o que representava desrespeito, na
verdade. “Isso os censores faziam muito bem. Edifício Diário de Notícias > Av. Liberdade, 266, Lisboa
Era fácil enganá-los no plano político – não se > até 27 abr, seg-dom 11h-18h > grátis
LISBOA COIMBRA
A
cenografia. Pelos palcos do
intensidade, a pujança, o des- No nível de cima, sobre fundo branco, Abril Dança em Coimbra vão
controlo dos ritmos africa- destacam-se vários tubos dos tripés, passar ainda Soulèvement,
nos, misturados com mo- finos, alguns bancos, alguns instru- de Tatiana Julien (dia 20);
vimentos contemporâneos, mentos de percussão – quais pequenas Pantera, de Clara Andermatt
são organizados e amestrados numa flores metálicas a emergir na tela de (dia 22); e, em antestreia,
espécie de caixa de música com figu- um teatro de sombras. As personagens Portrait of a Dancer as
rinhas mecânicas que dançam como parecem araras, a cirandar pelo espaço Velvet, de Hugo Calhim e
se fossem personagens de um filme de sem rumo. Junto à boca de cena, pas- Joana von Mayer Trindade
Jacques Tati. O que torna os espetá- sam os músicos, na obscuridade, a tocar (dia 28), entre outros. — J.L.
culos da coreógrafa Marlene Monteiro trompete. Vem depois o silêncio, ouve-
Freitas quase irrespiráveis – e também -se apenas um murmurar ao longe. Teatro Académico Gil Vicente
geniais. Estreado neste mesmo Teatro As personagens começam então a e Convento São Francisco
> T. 239 855 636 > até 30 abr
Nacional D. Maria II em 2017, Bacan- movimentar-se como se fossem seres > €6 a €10
tes, Prelúdio Para uma Purga sobe, programados, marionetas sem vonta-
de novo, ao palco da Sala Garrett nos de própria – movimentos repetidos,
próximos dias 13 e 14. cadenciados. Neste trabalho da co-
Baseada na tragédia de Eurípides As reógrafa cabo-verdiana e portuguesa,
Bacantes, que conta a história do jovem premiada na Bienal de Veneza de 2018,
Dionísio a quem é recusada a condição o poder dos contrastes é essencial: es-
de divindade pelo facto de não acredita- sas marionetas começam a descarrilar,
rem que a sua mãe engravidou de Zeus a descontrolar-se. A fusão de sonori-
(ele jura, por isso, vingança sobre Tebas dades, do jazz às mornas, de Ravel a
munido de um exército de bacantes), Stravinsky, funciona como gatilho que
esta coreografia começa com sons de apela à revolta, ao delírio e à transmu-
apitos como música de fundo, a dar a tação. — Cláudia Marques Santos
toada. Duas tiras amarelas atravessam
o soalho negro de um lado ao outro; Teatro Nacional D. Maria II > Pç. D. Pedro IV,
como se fossem passadeiras – de linha Lisboa > T. 21 325 0800 > 13-14 abr, qua-qui
de montagem, de processo, de trabalho. 19h > €9-€16
F
uma frieza generalizada do
lee, a primeira longa de ani- vel violência, com ecos nas atuais si- ambiente e do espaço em
mação do dinamarquês Jonas tuações dos refugiados – não tanto os volta, dominados por uma
Poher Rasmussen, realiza- da onda ucraniana (que não sofreram moralidade intransigente e
dor habituado a trabalhar em este tipo de pressão religiosa e social), caduca que não permite um
imagem real, alcançou o feito raro de mas da vaga do Médio Oriente e, con- desenvolvimento psíquico
acumular duas nomeações para os cretamente, da Síria. caloroso.
Oscars: melhor filme de animação e O caminho percorrido por Amin No imaginário português,
melhor filme estrangeiro. Na verdade, foi violento e tortuoso, com mortes quando falamos nos ambientes
ainda poderia concorrer à categoria de e muita corrupção. Incluiu uma pas- austeros dos internatos,
melhor documentário, pois é também sagem miserável pela Rússia, onde os vem-nos logo à memória
disso que se trata. polícias inspiram mais receio do que Manhã Submersa, filme de
O filme envereda pelo estilo bio- os ladrões, e pelos negócios sem fron- Lauro António a partir do
gráfico e diarístico, contando a his- teiras com os traficantes de pessoas, romance, muito autobiográfico,
tória de um refugiado. É um registo que sujeitam os migrantes a condições de Vergílio Ferreira. Em
comum no cinema de animação e infra-humanas de vida, acenando com Quando Neva na Anatólia, há
em novelas gráficas, que tem como a miragem de uma futura libertação. elementos próximos, mas o
referência mais popular e marcan- Não sendo totalmente inovadora, paradigma da austeridade é
te Persépolis, da iraniana Marjane Flee é uma animação para adultos que elevado a um novo patamar,
Satrapi. Em Persépolis juntava-se consegue furar os circuitos e pre- revelando um pensamento de
à frágil condição de refugiado do conceitos de género. Esteticamente índole militar que confunde
Médio Oriente, o tema da condição é muito interessante, propondo uma amor com disciplina.
feminina num país em que os direi- linguagem mais livre que se liber- O ambiente sobressai, mas,
tos das mulheres são atropelados; em ta dos estilos estereotipados e algo à boa maneira turca, o
Flee o mesmo acontece, mas devido estagnados da Disney/Pixar. Não será filme foca-se num episódio
à homossexualidade da personagem. o melhor filme que passou no festival concreto, particularmente
Como é dito no filme, o afegão Amin é Monstra (onde se estreou em Por- grave e frio, de uma criança em
gay num país em que a homossexuali- tugal), mas é seguramente das mais risco de vida por hipotermia.
dade oficialmente não existe, ao ponto interessantes animações a chegar à Mas no meio do drama e da
de nem sequer haver uma palavra exibição comercial nas salas portu- bruteza Karahan encontra
para a designar. guesas. — Manuel Halpern espaço para deliciosos
A história de Amin, namorado do detalhes naturalistas, por vezes
realizador, passa por uma inacreditá- De Jonas Poher Rasmussen > 89 min até caricatos, só ao alcance de
um cinema com vida dentro.
Apesar da sua carreira ainda
ser curta, Ferit Karahan faz jus
à tradição de grande cinema
turco, na linha de Nuri Bilge
Ceylan, entre outros. Um
realizador que, acreditamos,
‘Flee’ ainda vai dar muito que falar.
Documentário em
M.H.
forma de animação,
este filme revela
a violência na vida De Ferit Karahan, com Samet
dos refugiados Yildiz, Ekin Koç, Mahir Ipek,
que chegam Melih Selcuk > 85 min
à Europa
D.R.
Especial Documentários:
Para Além da Música
De ouvidos bem abertos
Ícones musicais, histórias de bastidores e sonoridades
diferentes em seis documentários para ver às sextas
no TVCine Edition
Sonho americano
O documentário
de Spike Lee,
David Byrne’s
American Utopia,
em volta do último
disco e da série
de concertos do
líder dos Talking
Heads, integra
o ciclo
D.R.
S
e há indústria rica em diversidade é, abr) ouve-se a partir do olhar de Vasco Viana e
seguramente, a da música. Os séculos Rita Maia. Vencedor do prémio IndieMusic no
avançam e a música reinventa-se, atuali- IndieLisboa de 2019, trata-se de uma incur-
za-se, volta atrás para andar para a fren- são aos subúrbios de Lisboa através da vida de
te. Tudo isso se faz com os artistas consagrados, músicos de diferentes gerações e origens, de
mas também com os emergentes, criadores de Angola a São Tomé, de Cabo Verde à Guiné-Bis-
novos estilos. Estes seis documentários, que o sau, com complexas lutas de identidade.
canal TVCine Edition vai exibir, são também Nem a pandemia parou o antigo líder dos
obras de outra arte, o cinema. Talking Heads, numa aclamada parceria com o
A abrir, Oscar Peterson: Black + White (8 abr) realizador Spike Lee. David Byrne’s American
apresenta o virtuoso pianista de jazz canadiano Utopia (6 mai), vencedor de dois Emmy, acom-
(1925-2007), num “docu-concerto”, de Barry panha o espetáculo da Broadway que surgiu
Avrich, estreado no Festival Internacional de depois de um álbum e de uma tournée. Além das
Cinema de Toronto de 2021. A realizadora So- atuações, com 11 músicos, cantores e dançari-
phie Cunningham centra Look Away (15 abr) na nos de todo o mundo, há breves monólogos que
indústria do rock e em como esta permitiu uma permitem a David Byrne falar de temas sociopo-
cultura de assédio e de abusos sexuais, apresen- líticos. Por fim, a merecida homenagem, assinada
tando alegações contra Steven Tyler, dos Aeros- por Frank Marshall, ao trio britânico dos irmãos
mith, e Axl Rose, dos Guns N’ Roses. Gibb em Bee Gees: How Can You Mend a Broken
Em português, o realizador Bruno de Almei- Heart (13 mai). A ascensão, as dificuldades e o
da (Cabaret Maxime) constrói Fado Cama- êxito de uma carreira com mais de mil canções,
né (22 abr), a partir de entrevistas do fadista, 20 delas premiadas com Emmy. Mais revival
em que fala da eterna procura de “aprender a é difícil. — Sónia Calheiros
sentir”, mas também aqui regista a gravação do
álbum Sempre de Mim. A Batida de Lisboa (29 TVCine Edition > 8 abr-13 mai, sex 22h
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7 ---------- D I SCO S
Amélias
Amélia Muge
LISBOA
Encanto
Vegetariano com todos
O novo restaurante de José Avillez, no Chiado,
tem apenas um menu de degustação que combina
legumes, folhas, sementes, flores, frutos e queijos
“Além de
GRUPO JOSEAVILLEZ
muito diversos,
os vegetais
são muito
interessantes em
termos de sabor,
de textura e de
C
possibilidades
om os ponteiros do relógio a marcarem amendoim satay com paprika e limão, que sur- de preparação e
as 19h30, a sala começa a encher-se de preende pela aparência e pelo sabor. Também de combinação”,
comensais de várias idades e nacionali- o peixinho da horta com romanesco, o feijão diz José Avillez
dades. No Encanto, serve-se um único com abacate, leite de tigre e flores, e o momen-
menu de degustação vegetariano composto por to Ouro, preparado
parado com húmus e servido num
12 momentos (€95, sem bebidas). A decoração do cesto, merecem
em elogios que ecoam no restau-
Studio Astolfi pode ainda remeter para o anterior rante, aberto no dia 16 de março. Ao longo do
ocupante (chamava-se Canto o restaurante de jantar vão desfilando
sfilando sugestões que combinam
José Avillez e juntava sala de espetáculos, com legumes, folhas,
has, sementes, algas, cogumelos,
curadoria da fadista Ana Moura e do músico An- flores, frutos, ovos e queijos, em diferentes tex-
tónio Zambujo), mas este é um novo capítulo que turas, cores e temperaturas. Para acompanhar,
se abre, agora com outros protagonistas à mesa. há dois pairing
ng de vinhos, a maioria biodinâ-
“Já há muitos anos que passámos a in- micos (€45/5 vinhos, €65/8 vinhos), bem como
cluir pratos vegetarianos nas cartas dos nos- cervejas artesanais
sanais e kombuchas.
sos restaurantes, a procura é cada vez maior. No Encanto,o, elogia-se o trabalho de peque-
Além de muito diversos, os vegetais são muito nos produtoreses locais ou de proximidade e dá-se
interessantes em termos de sabor, de textura palco aos produtos
dutos sazonais. “Há uma tendência
e de possibilidades de preparação e de combi- de aproximação ão crescente ao mundo vegetal que,
nação”, diz José Avillez. Mais fácil de saborear sem dúvida, vem para ficar”, afirma Avillez. Aliás,
do que de explicar, até para não comprome- basta olhar à nossa volta. — Sandra Pinto
ter o efeito-surpresa, diga-se que o menu tem
início com cinco snacks. Primeiro, chega o aipo os, 10, Lisboa > T. 21 162 6310 > ter-sáb
Lg. de São Carlos,
com tonburi (chamado “caviar de terra”) e o 19h-22h30 > menu
enu €95 (12 momentos, sem bebidas)
POR
Manuel
Gonçalves
da Silva
comer&beber@visao.pt
Como sempre,
como nunca
Mudou a imagem, mas não
o espírito dos vinhos Churchill’s;
o Esporão Colheita mostra a habitual
compostura, e o Lacrau Rosé
continua atrativo e polivalente
P
ara assinalar a entrada na quinta década, a
Churchill’s – empresa criada pelo enólogo
Johnny Graham, em 1981 – apresentou os
vinhos do Porto e do Douro com nova ima-
gem, em que se conjuga uma estética “irreverente e
original” com os conceitos de beleza e de minima-
lismo. No caso dos vinhos do Douro, a renovação
incluiu também uma mudança de nome: o Chur-
chill’s Estate passou a ser Grafite. Subjacente a estas GRAFITE ESPORÃO LACRAU
novidades, está a filosofia de intervenção mínima e CHURCHILL’S COLHEITA TOURIGA-
de respeito pelo terroir, a qual inspira os vinhos da ESTATE REGIONAL -NACIONAL
Churchill’s, nomeadamente os Grafite que aca- DOURO ALENTEJANO DOURO
bam de chegar ao mercado. Damos como exemplo BRANCO TINTO ROSÉ
o vinho branco Grafite 2020, que honra, com a 2020 2020 2021
frescura, elegância e firmeza, a terra que o produz.
(Nota: Johnny representa a sexta geração da família Duas das melhores Vinho biológico, Exclusivamente
que fundou a empresa Graham’s, em 1820, e que a castas brancas do de um lote de de uvas da casta
vendeu à Symington, em 1970; não obstante, a sua Douro, Rabigato castas com Touriga-Nacional
vida profissional esteve sempre ligada ao vinho do e Viosinho, de fermentação com fermentação
Porto. Em 1981, ele e a mulher, Caroline Churchill, vinhas em modo conjunta, seguida em cuba de inox,
decidiram criar a própria empresa de vinho do Por- de produção de estágio de seis em que estagiou
to; não podendo chamar-lhe Graham’s, optaram sustentável. meses em cubas até janeiro deste
por Churchill’s, e tudo correu muito bem, até hoje. O aspeto é de betão. Tem ano. Apresenta cor
Johnny é uma figura carismática do Douro e dele brilhante, a cor é aspeto límpido, de salmão, nítida e
aqui falaremos, um dia destes.) de um amarelo- cor rubi de média com brilho, aroma
Certificadas em modo de produção biológica, as dourado muito intensidade, fino, com boas
vinhas da Herdade do Esporão distribuem-se por suave, o aroma aroma jovem a notas de frutos
uma área imensa, com grande variedade de castas. fino e contido, fruta madura e a vermelhos e
É daí que vem o Esporão Colheita Tinto 2020, feito com delicadas alguma especiaria, um toque floral,
à base de Touriga-Nacional, Aragonez, Touriga- notas de fruta e paladar fresco, e paladar jovem
-Franca, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet e sobre fundo saboroso e e muito seco,
outras castas, que lhe dão uma pureza, uma inten- mineral. O paladar intenso, com com final guloso
sidade de fruta e um equilíbrio assinaláveis. revela-se firme, presença e refrescante.
Regresso ao Douro e ao encontro de mais um tenso e guloso, prolongada e
vinho apelativo: Lacrau Rosé 2021. Tanto se presta com a acidez a muito agradável €5,50
para aperitivo como para acompanhar, porque, ressaltar num final na boca.
sendo jovem, leve e fresco, também apresenta muito apelativo.
volume, intensidade e estrutura em tão bom equi- €10
líbrio que não se dá pelos 13,5% vol. de álcool. €13,50
PORTO
Tokkotai
Alta-cozinha japonesa
Mais do que uma viagem, uma lição de gastronomia
do Japão, em que se cruza tradição com criatividade
A
inda o trânsito segue apressado para se bar, nas jarras de vidro da sala wine cellar e
sair da cidade, junto ao Palácio da Bolsa, nos biombos artísticos, criados por Francisco
e já a Rua do Comércio do Porto começa Laranjo para a sala byõbu. Uma luz suave entra
a movimentar-se. O sol ilumina o pas- pelas portas que se abrem para o pátio interior
seio estreito, mas é a imagem de um eclipse solar, com esplanada – e que, em breve, fará a ligação
ao lado de uma das portas, que procuramos. entre este e outro restaurante, o Tokko, mais
Quando se entra no restaurante Tokkotai, aberto descontraído e a funcionar apenas ao almoço.
há poucos dias, o olhar fixa-se no balcão com No Tokkotai, trabalha-se o produto da época,
livros, novos e antigos, e na cerâmica elegante. como o polvo, a lula e o carapau, além do ma-
Foi este edifício, com caráter vincado a granito, risco, maioritariamente proveniente da costa
decorado por Paulo Lobo e parcialmente sub- portuguesa, em nigiris tradicionais, flamejados,
terrâneo, o escolhido para concretizar um sonho trufados ou com foie gras e líchia (€10 a €18/2
antigo: abrir um restaurante japonês de aborda- unidades). Já no sashimi brilha o atum Bluefin
gem criativa, em que não se deixa de respeitar a (ou atum-rabilho, a espécie mais cara e mais
tradição, como há de explicar Hélder Moura, um apreciada pelos japoneses), o pargo e a vieira (€12
dos sócios. a €20/2 unidades). A finalizar, prove-se o bonsai
No Tokkotai, não há combinados nem menus de chocolate e algodão-doce (€10) ou a banana
de degustação. O desfile de iguarias à la carte, assada com crocante de avelã (€8). Nesta cozi-
servido como um ritual delicado, procura des- nha, desprovida de excessos, valoriza-se o rigor
pertar sensações logo na abertura, com opções e exalta-se a frescura de cada ingrediente. E isso
como tártaro de atum (€16), rock shrimp (€15) nota-se em cada prato. — Susana Silva Oliveira
ou ceviche desconstruído de peixe branco,
polvo e camarão (€22). Antes de chegar o sushi, R. do Comércio do Porto, 144, Porto > 91 303 7171
reparamos nas garrafas de saqué alinhadas no > seg-qui 19h30-24h, sex-sáb 19h30-2h
Sem excessos
No Tokkotai,
aberto há poucos
dias na Baixa do
Porto, exalta-se a
frescura do peixe
e do marisco,
oriundo, em
grande parte, da
costa portuguesa
LOUIE THAIN
FESTIVAL DO PÃO DE LÓ
DE FELGUEIRAS
Páscoa doce
O pão de ló de Margaride é
o anfitrião deste festival que
costuma anteceder a Páscoa e
que regressa, neste sábado e
domingo, dias 9 e 10, à Praça
Dr. Machado de Matos, em
Felgueiras, após dois anos de
LUCÍLIA MONTEIRO
interregno devido à pandemia.
Desta vez, e além da Mostra
de Doces Internacionais (com
participações de Angola,
Argentina, Brasil, Índia, França,
Polónia e Venezuela), a festa
Língua de vitela vai contar com uma dezena de
outras versões e cozeduras de
Miudeza só de nome, que esta carne tem pão de ló, como os de Ovar,
muito sabor, assim saibamos cozinhá-la Arouca, Vizela (conhecido
como bolinhol) e Vila Nova de
Famalicão (com merengue por
cima). As cavacas são outro
bolo típico de Felgueiras, mas
POR Lavar a língua com sal marinho. o pão de ló de Margaride
Vasco estará em destaque – o de
Coelho Numa panela, em fogo médio, colocar o fabrico mais antigo (1730)
azeite e a cebola picada. Deixar a refogar. pertence à casa Leonor Rosa
Santos da Silva e ainda é feito de
Chefe de cozinha dos
restaurantes Euskalduna Quando a cebola estiver dourada, acres- forma tradicional, com ovos
Studio e Semea, no Porto
centar a malagueta sem as sementes, o alho, o (muitos), açúcar e farinha, e
louro e uma pitada de sal. Deixar a aromatizar cozido em formas de barro
por mais uns minutos e adicionar o tomate nos fornos a lenha. Leve e fofo,
INGREDIENTES (2 PESSOAS) cortado em cubos. Quando tudo estiver bem continua a ser vendido dentro
confecionado, refrescar com vinho tinto. de uma caixa octogonal, em
— 1 língua de vitela que estão incluídos uma folha
com 1 kg Adicionar a língua de vitela e juntar água, com a história da casa e um
— 2 cebolas grandes por forma a que a língua fique submersa. napperon de papel – como
picadas (350g) Retificar o sal. Deixar a cozinhar durante antigamente. — F.A.
— 1 malagueta quatro horas, em lume baixo.
— 3 dentes de alho Pç. Dr. Machado de Matos,
laminados Quando cozida, retirar a língua e fazer Felgueiras > 9-10 abr, sáb
10h-23h, dom 10h-20h > grátis
— 1 folha de louro um golpe superficial, na horizontal, para
— 2 tomates cortados facilitar a remoção da pele.
em cubos (250g)
— 300 ml de vinho Triturar o caldo e deixar a ferver até se
tinto obter um molho.
— pickles q.b.
— cebolinho q.b. Laminar a língua e colocá-la no molho.
— 100 ml de azeite Servir com pickles e cebolinho picado, e
— sal marinho q.b. acompanhar, a gosto, com arroz ou puré
de batata.
LISBOA
MiniGolf Lisboa
Tacadas certeiras
Além de um circuito de 18 buracos,
há mesas de snooker e de air hockey, matraquilhos
e um bar com cocktails coloridos
Brilhar no escuro
No primeiro andar,
a sala é mais
escura, com cores
fluorescentes,
aumentando
o nível de
dificuldade
LUÍS BARRA
N
o número 8 da Calçada Ferragial, há mais nove pistas, desta vez inspiradas em
perto do Cais do Sodré, onde an- personagens como a Pantera Cor de Rosa e no
tes funcionou a loja-atelier da dupla filme Alice no País das Maravilhas. O circuito
de designers de moda Storytailors, tem a duração média de 1h/1h30, para duas a
existe, desde janeiro, um circuito de minigol- três pessoas, aumentando consoante o número
fe indoor. A ideia, explicam os proprietários, de participantes. Os adultos pagam €14, e as
o espanhol Pedro Julio e o inglês Lee Allen, crianças, entre os 3 e os 13 anos, 12 euros. De
era trazer para Lisboa “um conceito ainda não segunda a quinta-feira, há um preço especial
muito explorado” e assim abrir mais um local para os residentes em Portugal (adultos €7,
de diversão, tanto diurno como noturno e para crianças €6).
todas as idades. O MiniGolf está aberto todos os dias, entre
Com quase 500 metros quadrados, dividi- as 12h30 e as 11 da noite. Além das pistas de
dos em dois andares, o MiniGolf Lisboa tem minigolfe, existe também a possibilidade de
18 pistas. A dificuldade vai aumentando – e jogar snooker e matraquilhos, provar um dos
a diversão, também. No piso térreo, encon- cocktails, também eles com uma apresentação
tram-se nove pistas temáticas inspiradas em colorida, como o Crazy Golf Cocktail (€8), ou
Lisboa, com elementos alusivos à cidade, desde fazer uma festa de anos. A diversão está pro-
a Ponte 25 de Abril à vizinha Rua Cor de Rosa. metida, antes ou depois do lanche e de cantar
Numa das paredes, destaca-se um mural feito os parabéns. — Carlota Costa Pinto
por artistas portugueses convidados.
Subindo ao primeiro andar, o ambiente Cç. do Ferragial, 8, Lisboa > T. 92 667 4272 > seg-dom
muda. A sala é escura, com cores fluorescentes 12h30-23h > seg-qui €7, €6 (menores de 13 anos),
que brilham sob as luzes ultravioleta e onde sex-dom €14, €12 (crianças)
Rita Santos
São Paulo, pretende “manter
Para Rita Santos, o montado esse espírito de encontro, de
alentejano é um sistema apresentação de produtos
Proprietária da loja e bar de vinhos Comida Independente florestal, pastoril e agrícola novos e da época pelos
e fundadora do Mercado de Produtores, 49 anos integrado, ao nível do melhor próprios produtores e por
que se faz no mundo. “A cozinheiros convidados”.
regeneração dos solos, a
utilização da água, a criação
de animais em regime —— Litoral
extensivo, tudo isto é feito alentejano
na Herdade de São Luís, de
Francisco Alves, um sítio lindo COMPORTA
que me leva à infância e à “É a praia da minha juventude,
contemplação.” e é lá que vamos abrir em
junho uma segunda loja da
DOZERO CULTURA VIVA Comida Independente, nos
CERCAL DO ALENTEJO Brejos da Carregueira de
Raquel e Rosa, proprietárias Cima. Será mais um desafio,
de Dozero Cultura Viva, pesquisar e reunir pequenos
abraçaram um modo de vida produtores locais.” Com este
rural no Cercal do Alentejo. projeto, diz Rita, “aspiro a um
“Criam as cabras que dão mundo mais inclusivo, onde
o leite para o queijo, e é a nos possamos relacionar com
Raquel quem amassa e coze a terra e as coisas simples”.
o pão com isco de massa
—— Filhos
“A Comporta
ANTÓNIO E CAROLINA
é a praia da minha Adora fazer programas com
juventude, e é os filhos, António, de 13 anos,
lá que vamos e Carolina, de 16. “Além de
serem muito conscientes das
abrir em junho questões que me movem,
uma segunda são muito divertidos. Vimos
loja da Comida juntos o filme Don’t Look Up.
Achámo-lo um bocadinho
Independente, histriónico, mas a caricatura
nos Brejos da relativa às alterações
climáticas é brutal.”
Carregueira
de Cima” — Sandra Pinto
PALAVRAS CRUZADAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
> > HORI ZON TAIS > > 1. Arvoredo frutífero. Bebida doce e
aromática que tem por base a aguardente ou o álcool. // 2.
Grito agudo das aves, quando embravecidas. Mulher que cria
1
uma criança, amamentando-a ou não. // 3. Sexta nota da escala
musical. Atirar com força. // 4. Grande arca com gavetões. Que tem 2
sentido apurado de raciocínio ou de compreensão. // 5. Esguelha.
Movimento violento e vibratório em diversas direções. // 6. Grande 3
quantidade de coisas ou e pessoas. Ter os sons exigidos pela rima.
// 7. Valor intrínseco ou estimativo. // 8. Género de oleáceas de flores 4
aromáticas. Brinquedo de criança. // 9. A pessoa que instrui, que
escreve obras de ensino. Fiança, quando prestada, em forma própria,
na letra de câmbio, livrança ou cheque. // 10. Jornada. Que deixa
5
dúvidas ou ambiguidades. // 11. Contr. da prep. “a” com o art. def.
“os”. Para enxotar (galinhas ou outras aves) (interj.). Cheiro agradável. 6
> > VERTICAIS >> 1. Vocábulo. Período de tempo que vai desde
a meia-noite até à meia-noite seguinte. // 2. Tolo, ingénuo (gír.). 7
Entendido. // 3. Terceira nota da escala musical. O m. q. cervídeos.
// 4. Volume de ilustrações elucidativas de um texto ou de uma 8
© Agência Feriaque
área do conhecimento. Fila. // 5. Género de mamíferos cetáceos a
que pertencem a toninha e o golfinho. Suco leitoso segregado por
alguns vegetais. // 6. Pai do bisavô ou da bisavó. // 7. Fitas enlaçadas. 9
// 8. Efígie. Cheio até à borda. // 9. Folha ou agulha do pinheiro.
Curral de ovelhas. // 10. Sofrimento. Abro ou revolvo (a terra) com 10
enxada ou sacho. // 11. Deixar disponíveis para venda novos artigos
de produtos entretanto vendidos num estabelecimento comercial. 11
Mérito.
SUDOKU QUIZ
— FÁ C I L — PO R PED RO D IAS D E ALM EI DA
4 3
estar no Mundial de Futebol do o Museu Nacional de Arte
Qatar2022? Antiga, em Lisboa?
A. Irão A. 1884
6 1 9 5
B. Coreia do Sul B. 1897
C. Itália C. 1912
4 6 A. Marc Chagall
B. Paul Cézanne
C. Joan Miró
B. Madalena
C. Horta
3 8 4 7 9 1
5 2
6
> > QUI Z > > 1. C // 2. A // 3. C // 4. A // 5. A // 6. A // 7. A // 8. A // 9. C // 10. A 1 5 2 6 3 8
9 4
7
7 6 9 4 5 2
3 8
1
2 3 8 9 4 7
6 1
5
// 6. Trisavô. // 7. Laçaria. // 8. Imagem, Raso. // 9. Caruma, Ovil. // 10. Dor, Cavo. // 11. Repor, Valor. 4 7 6 5 1 3
2 9
8
SOLUÇÕES >> VERT ICAIS >> 1. Palavra, Dia. // 2. Otário, Lido. // 3. Mi, Cérvidas. // 4. Atlas, Ala. // 5. Roaz, Látex. 9 1 5 8 2 6
4 7
3
// 6. Ror, Rimar. // 7. Valia. // 8. Lilás, Roca. // 9. Didata, Aval. // 10. Ida, Evasivo. // 11. Aos, Xô, Olor. 8 9 1 2 6 5
7 3
4
>> HORIZON TAIS >> 1. Pomar, Licor. // 2. Atito, Ama. // 3. Lá, Lançar. // 4. Arcaz, Agudo. // 5. Viés, Tremor. 5 4 7 3 8 1 9 6
2
6 2 3 1 7 8 4 9 5