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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Autor: Andressa Cristina da Silva
Matrícula: 170006018
E-mail: andy131030@gmail.com

Processos de Fabricação
Estudo Dirigido III: Materiais para ferramentas –
classificação e aplicações
1. Explique por que dureza e tenacidade são as principais características
exigidas dos materiais de ferramentas de usinagem? Por que a associação de
ambas é o grande desafio para os fabricantes? Dê exemplos de como isso tem
sido resolvido?
Essas características são importantes pois quando vamos utilizar uma ferramenta para
cortar um determinado tipo de material precisamos que essa ferramenta tenha uma certa
dureza, onde a dureza vai definir a capacidade de penetrar um outro material, logo um
material será mais duro que o outro quando maior for a sua capacidade de penetrar o outro
material, ou seja, de romper a sua camada e precisamos da tenacidade pois ela define a
capacidade do material de sofrer impacto sem produzir trincas, e quando unimos essas
duas característica temos uma ferramenta com um alto poder de rompimento e com alta
capacidade de sofrer impacto.
Mas visto que dureza e tenacidade são duas coisas que naturalmente não andam juntas,
isso se torna um grande desafio pois elas possuem peculiaridades quando colocadas em
um mesmo material, ou seja, um material que geralmente é mais duro ele é menos tenaz
e vice-versa. Mas para resolver esse problema, a indústria busca aumentar a capacidade
de um sem perder a do outro por meio de surgimento de novos materiais e ligas estruturais
feitos a partir do controle, como por exemplo de: composições químicas, tamanho do
grão, processo de fabricação e tratamentos térmicos.
2. Como os fatores abaixo influenciam a escolha do material da ferramenta?
a. Material a ser usinado.
A importância de se pensar no tipo de material que vai ser usinado é o que vai determinar,
ou melhor, vai ser o primeiro elemento que vai dar o direcionamento para qual tipo de
ferramenta que iremos utilizar. Duas características importantes que devemos observar
ao determinar o material: resistência de cisalhamento que é a capacidade do material de
deslizar entre dois planos cristalinos no próprio material, logo, quanto maior a resistência
ao cisalhamento o material oferece mais difícil é dele ser usinado e quando menor mais
fácil esse material é de ser usinado. Já o segundo é a dureza e ou tenacidade do material
que já foi explicado na questão acima.
b. Processo de usinagem.
O processo de usinagem em si é importante visto que é nele que vai acontecer todo o
procedimento de fabricação, desde o arrancamento do material formando os cavacos até
o acabamento da peça. Onde nesse momento também vamos definir o tipo e a geometria
do tipo de corte que será aplicado na peça.
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c. Custo do material da ferramenta.


O custo da ferramenta influencia pois devemos analisar devido ao que foi pedido se
vamos querer focar no maior tempo de vida útil da ferramenta e ou maior produção de
modo que seja analisado a relação custo-benefício de acordo com o projeto.
d. Desbaste / Acabamento.
Quando falamos de desbaste estamos falando do tratamento inicial com o material, ou
seja, temos a peça em seu estado mais bruto e estamos buscando deixá-la de uma forma
mais próxima da forma final utilizando assim elevados avanços na profundidade da peça
com altas velocidades, e como não estamos gerando as superfícies definitas não temos
tanta preocupação com a geometria da peça, e na escolha da ferramenta temos que
privilegiar a tenacidade. Já quando chegamos no momento do acabamento nos
preocupamos com a precisão geométrica da peça de modo que quando falamos da
ferramenta vamos ter que priorizar mais a dureza do que a tenacidade.
3. Qual a importância da estabilidade química como característica da
ferramenta?
A importância da estabilidade química se dá ao fato de que ela determina que a peça tenha
uma menor afinidade química com o material da peça de modo que perda em escala
atômica menos material no processo de fabricação da peça. A ferramenta precisa de uma
estabilidade as reações químicas, pois caso ela tenha muita afinidade química com o
material que ela está penetrando, devido as altas velocidades e a altas temperaturas ela
começa a se deteriorar ao longo do seu uso por reações químicas, ou seja, por difusão,
por isso a importância de a ferramenta ter uma estabilidade química, pois isso evitará o
desgaste por difusão.
4. Por que o desenvolvimento das ferramentas de aço-rápido representou o 1º
grande salto das ferramentas? E no caso do metal duro como o 2º grande
salto?
O aço rápido representou o primeiro grande salto nas ferramentas devido a uma nova
velocidade no corte, ou seja, dando impulso na evolução das ferramentas de corte, esse
aço rápido é uma liga com uma mistura de vários metais como tungstênico, molibdênio,
crono, vanádio, cobalto e nióbio.
O segundo grande salto no desenvolvimento das ferramentas de corte foi o metal duro,
pois o processo de fabricação passou a ser metalurgia do pó e não só apenas uma
ferramenta fundida no molde, onde as ferramentas passaram a ser desenvolvidas a partir
de partículas duras e finas de carbonetos, assim ele era sintetizado. Fugindo assim do aço
e buscando uma categoria de ferramentas mais duras, com uma mais versatilidade.
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5. Qual a particularidade das ferramentas de coronite? Por quê?


A particularidade das ferramentas de coronite é que esse tipo de ferramenta foi criado
pela empresa Sandvik com o intuito de atender um nicho específico de clientes no
mercado, o nicho de cliente de máquinas CNC do tipo fresas de topo, que são aquelas
brocas que retirar material das peças por meio do movimento na vertical fazendo assim
uma escultura muito mais precisa, elas se parecem muito com brocas, porém possuem um
alcance maior pois cortam na ponta e nas laterais também. E naquela época crescia a
procura por ferramentas de fresas de topos, mas as mais comuns do mercado não tinham
uma boa duração pois não havia uma boa relação entre tenacidade e dureza, e a coronite
conseguiu chegar em uma mistura na qual ela tinha uma boa tenacidade e com um nível
de dureza alto, e isso aumentou a qualidade com a vida útil da broca, resistência e a
acabamento da superfície usinada.
6. Quando se justifica a utilização de ferramentas de materiais ultraduros
(PCD/CBN)? Qual a principal restrição para a utilização de PCD? Por quê?
Os materiais ultraduros estão no topo de ferramentas com o grau de dureza alto, e são
bastante utilizados para acabamentos altamente produtivos, não serve para qualquer tipo
de acabamento devido ao alto custo da ferramenta. O custo de se usar PCD/CBN pode
chegar a ser até 150x maior do que o valor de uma ferramenta em metal duro, logo o seu
uso só se justifica quando se tem um grande aumento na produtividade da peça cujo custo
final de mercado vai compensar essa utilização.
O diamante policristalino (PCD) é produzido a partir de substâncias como o grafite ou do
carbono natural, e ele é geralmente é utilizado como uma camada de revestimento em
uma pastilha de metal duro, a limitação do PCD é o corte de materiais muito ferrosos, ou
seja, aços com alto teor de ferro causam um grande problema de difusão química nesse
material, visto que ferro e carbono possuem uma grande afinidade química.

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