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Luiz Eduardo
Medos e Fobias
Perder o medo de dirigir pode ser um grande desafio na sua vida hoje. Mas a boa
notícia é: nós podemos te ajudar a superar esse problema!
A ideia de dirigir pode amedrontar alguém por várias razões, e isso pode limitar alguém
por muitas razões. Dirigir abre possibilidades de emprego, de viagem, de visitas e muito
mais e, com isso, sabemos que pode ser o sonho de muitas pessoas que se veem
travadas por conta do medo.
O que é o Medo?
O medo é uma emoção natural, ou seja, ele existe no ser humano desde o tempo das
cavernas. Ela envolve uma reação universal bioquímica, como, por exemplo, a liberação
de adrenalina, além de uma resposta emocional muito alta.
Essa emoção alerta a você sobre qualquer perigo ou ameaça à sua vida. Este perigo pode
ser tanto psicológico como físico. Algumas doenças mentais, como, por
exemplo, síndrome do pânico, fobias, transtorno de ansiedade social e transtorno de
estresse pós-traumático, também têm o medo como sintoma.
Pode ser o medo de um inseto ou pode ser o medo de altura, por exemplo. Então, nessas
horas, você começa a sentir:
No caso do medo de dirigir, podem começar a surgir imagens na sua cabeça de que você
pode, por exemplo, errar algo, bater o carro, machucar alguém ou machucar a si mesmo.
Ainda assim, o medo tem alguns sintomas que são naturais. Afinal, existe um
desconforto normal que sentimos quando estamos aprendendo algo novo! Por exemplo,
quando você está aprendendo uma nova língua ou uma habilidade nova é natural que
você tenha algum receio de treinar essas habilidades.
Contudo, quando você adiciona esse desafio de algo novo ao medo, você tem a
receitinha do caos. Ou seja, você junto uma dificuldade natural com uma dificuldade
que o seu corpo, naquele momento, está manifestando para você.
Em resumo, o medo vai atrapalhar você a tirar habilitação porque ele não vai querer que
você pratique, pois é exatamente quando você mais sente medo. O medo te faz querer
evitar aquela situação; então, quanto mais você praticar, menos medo você irá sentir.
Adicione a esse quadro toda a dificuldade motora que o medo acaba trazendo. Pense,
quando você está na frente de uma altura que você tem medo, na frente de um inseto ou
de um animal, o que acontece? Você treme.
Então, imagina você tendo que fazer baliza, mexer no volante, mexer no câmbio ou no
freio e ainda estar tremendo. Difícil, né!
A sua mente fica constantemente trazendo para você informações para que você não
sofra um acidente, pois ela tá querendo fazer com que você não se machuque – e isso é
muito louvável. Mas, infelizmente, o resultado prático desse medo é que a gente acaba
não praticando.
Você já deve ter percebido que eu estou falando aqui sobre a síndrome do impostor. Ou
seja, aquela vozinha julgadora que traz um monte de pensamentos, imagens e
julgamentos para você, como:
Sem o enfrentamento, é como se você estivesse o tempo inteiro dentro da sua zona de
conforto. Então, quando você vai dirigir você está dando um passinho – um micropasso
– em direção à sua zona de desconforto.
Quando você enfrenta, você está treinando; e treinando, você aprimora suas
habilidades. No longo e médio prazo, isso faz com que as suas habilidades aumentem e,
por isso, a chance de você se envolver em um acidente diminua.
No entanto, você não precisa enfrentar seu medo de uma vez só. Ao invés disso, você
pode quebrá-lo em micropassos, como por exemplo: entrar no carro sozinho, se
acostumar com o ambiente do carro, ligar o carro, andar um pouco para frente e para
trás com alguém junto – e depois dirigir sozinho -, quem sabe dar uma volta no
quarteirão etc.
2. Respiração diafragmática
Sugerimos que, quando você entrar no veículo para dirigir, antes mesmo de ligar o carro
ou logo quando você ligar, você pratique a respiração diafragmática. Essa prática vai
fazer com que você reduza os sintomas do medo no seu corpo; por consequência
reduzindo o medo na sua mente, já que mente e corpo estão conectados.
Então, agora, precisamos lidar com os pensamentos e julgamentos que surgem o tempo
inteiro – a síndrome do impostor dizendo que você não é um bom motorista. Para isso,
você deve observar essas vozes, apenas como sendo vozes.
Quando a gente toma os nossos pensamentos como verdades absolutas, como regras que
sempre foram verdades e sempre serão verdades, a gente acaba não percebendo que são
apenas pensamentos.
E esses pensamentos não significam a verdade! Você pode até pensar que é um mau
motorista ou um bom motorista, mas isso não vai fazer tanta diferença na hora de você
dirigir.
Luiz Eduardo
Luiz é laureado em Psicologia pela UFRGS e terapeuta Comportamental Contextual,
atuando como professor da Formação em Terapias Comportamentais Contextuais da
Eurekka. É co-fundador da Eurekka, a startup de Psicologia que se tornou a maior rede
de psicoterapia do Brasil. Além de fazer milhares de sessões por mês, a Eurekka
também oferece telemedicina, um clube de assinatura, franquia para Psicólogos e outros
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