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Avaliação E-learning

Informações sobre a P1

Curso: Direito Turma: DT03AN Turno: Noturno


Disciplina: Processo de Conhecimento I Data: 15/10/2020 Prova: P1
Professor: Paulo Renato Mendes.
Aluno(a): LUAN VITOR MIRANDA DA COSTA

1. Instruções para Avaliação:


ABERTURA
19 horas
Disponibilização das questões no ambiente virtual de aprendizagem pelo professor (Google Classroom)
19h 05 min.
Contextualização
O professor estará presente na Plataforma ZOOM para iniciar a realização da avaliação, contextualizará as questões
problema e as habilidades e competências a serem alcançadas.
A prova terá peso total de: até 10 pontos.
Problemas de conexão e/ou tecnológicos, sempre que possível, deverão ser comunicados imediatamente ao
professor ou tutor pelo meio a que tiver acesso no momento.
APLICAÇÃO DA PROVA
19h 10 min. às 21h 40 min.
Realização da Avaliação:
As respostas deverão ser fundamentadas e primar pela clareza, coesão, coerência. Esses elementos serão
considerados na atribuição da pontuação de cada questão.
O professor deverá estar presente como anfitrião da sala na Plataforma Zoom, enquanto durar a avaliação, para
sanar quaisquer dúvidas e conferir Ata de Presença no Google Classroom.
FECHAMENTO
21h 50 min.
Encerramento/Envio das respostas
O professor deverá informar a turma a finalização do tempo de realização da prova.
A prova deverá ser enviada respondida na Plataforma Google Classroom ao fim do horário da disciplina,
excetuando-se os casos previamente sinalizados a coordenação de curso ou professor (Google Classroom).

Após a Prova:
O professor deverá fornecer feedback avaliativo, até 01 (uma) semana após a realização da prova, no Google
Classroom, sobre desempenho dos alunos, e lançar as notas no sistema acadêmico, até 48 horas após o feedback,
exceto nas provas substitutivas e finais.

2. Objetivos da Aprendizagem/Habilidades e Competências Avaliadas


Interpretação, identificação e aplicação do Direito; Capacidade para desenvolver técnicas de raciocínio e de
argumentação jurídicos com objetivo de propor soluções e decidir questões no âmbito do Direito; Capacidade de
desenvolver a cultura do diálogo e o uso de meios consensuais de solução de conflitos; Leitura, compreensão e
elaboração de textos, atos e documentos jurídicos, de caráter negocial ou processual, bem como a devida utilização
das normas técnico-jurídicas; Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes
do direito; Percepção sistemática e reflexão crítica do processo civil brasileiro.

Revisão: 02 Data: 03.06.2020


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3. Questões

Q1. Guilherme ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais em desfavor de Daniel e, em sua petição
inicial, informou que não possuía interesse em participar da audiência de conciliação prevista no Art. 334 do CPC,
contudo, o magistrado marcou a audiência, citou o réu e intimou as partes para a tentativa de autocomposição.
Considerando o caso narrado, explique de forma fundamentada se o juiz agiu corretamente ao designar a audiência
de conciliação. Além disso, discorra sobre as hipóteses previstas no CPC para que essa audiência não seja realizada.
(Valor: 2,5)

Considerando que apenas Guilherme demonstrou não ter interesse em participar da


audiência de conciliação, o juiz agiu corretamente em marcar este procedimento. Ainda que
Guilherme tenha agido de forma correta e informado em sua petição inicial acerca do seu
desinteresse em participar da audiência de conciliação, Daniel não se manifestou. É o que diz o
artigo 334, § 5º: o autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e
o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da
data da audiência. Portanto, faz-se obrigatória que ambas as partes se manifestem de forma
expressa acerca da vontade de participar desta audiência. É o que diz o artigo 334, § 6º: havendo
litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os
litisconsortes. Importante mencionar que caso Guilherme não compareça à audiência, será
responsabilizado, como informa o artigo 334, § 8º: o não comparecimento injustificado do autor
ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será
sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa, revertida em favor da União ou do Estado. Apesar disso, existem algumas decisões de que
a multa sancionatória não deve ser aplicada às partes caso estas mencionem previamente acerca
do desinteresse em participar da audiência de conciliação.
Quanto às hipóteses prevista no CPC para que a audiência de conciliação não seja
realizada, são definidas duas de acordo com o artigo 334, § 4º: a audiência não será realizada: I -
se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II -
quando não se admitir a autocomposição. Quanto ao inciso II, importante mencionar que existem
lides que que não admitem a negociação entre as partes.

Q2. Maurício ajuizou ação contra Juliano e não quantificou o pedido de indenização por danos morais, uma vez que
o seu valor poderia ser arbitrado pelo juiz na sentença, uma vez que esse requerimento se enquadra nas opções de
pedidos implícitos. Nesse caso, ao receber a inicial o juiz deveria indeferir a petição, visto que a falta de pedido
certo e determinado é hipótese de vício insanável? Ao justificar a sua resposta, explique de forma fundamentada o
que são pedidos implícitos. (Valor: 2,5)

O caso em tela não é vício insanável, portanto, não foi correto o indeferimento da ação.
De fato, consta no CPC no artigo 292: o valor da causa constará da petição inicial ou da
reconvenção e será: V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor
pretendido. O artigo 319, V complementa ao dizer que a petição inicial indicará o valor da causa.
Todavia, tal falta pode ser sanada através de emenda à exordial, de modo que sejam sanados os
defeitos da petição inicial.
O artigo 320 diz que a petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação. Maurício terá, então, um prazo para solucionar tal problema, como versa o
artigo 321: o juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e
320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completado.

Revisão: 02 Data: 03.06.2020


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Quanto aos pedidos implícitos, entende-se como aqueles que não foram destacados
expressamente na petição inicial ou na reconvenção. Encontra-se no CPC a admissão destes
pedidos implícitos, como se percebe no artigo 322, § 2º: a interpretação do pedido considerará o
conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. Este princípio é uma excessão ao
princípio da congruência ou da adstrição, que é aquele que versa acerca da necessidade do juiz
decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença de forma
extra, ultra ou infra petita.
Dentre os pedidos implícitos, pode se citar:
- as prestações periódicas, de acordo com o artigo 323 do CPC: Na ação que tiver por
objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas
no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação,
enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de
consigná-las;
- os consectuários legais (juros e correção monetária), que encontra fundamento legal no
artigo 322, §1º: compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de
sucumbência, inclusive os honorários advocatícios;
- os honorários e custos, que encontram base legal no artigo 322, §1º, acima mencionado,
e no artigo 85, §18: caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos
honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança;
- prestações de trato sucessivo.

03. Allana, ré em uma ação judicial movida em seu desfavor por Erica, buscando dificultar a sua citação, se ocultou
nas vezes em que o oficial de justiça foi até sua residência lhe entregar o mandado. Ao perceber a tentativa de
ocultação, que medida poderia ser adotada pelo oficial de justiça a fim de conseguir a citaçao do réu? Explique qual
modalidade de citação pode ser realizada e quais os seus requisitos. (Valor: 2,5)

Diante da ocultação de Allana, o oficial de justiça poderá agir de acordo com o artigo 252:
quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou
residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da
família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a
citação, na hora que designar. Como consta no comando da questão, Allana se ocultou NAS
VEZES, logo, mais de 1 (uma) vez, sendo possível, então, a aplicação do artigo mencionado
anteriormente. O artigo 253 complementa ao dizer que no dia e na hora designados, o oficial de
justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do
citando a fim de realizar a diligência.
Tal modalidade seria, portanto, de uma citação por hora certa. Para tanto, deve se estar
atento aos comandos do artigo 253 do CPC. De acordo com o §1º, caso o citando não estiver
presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a
citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
O §2º complementa ao dizer que a citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da
família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da
família ou o vizinho se recusar a receber o mandado. Uma vez feita, §3º instrui que da certidão da
ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho,
conforme o caso, declarando-lhe o nome.
Importante mencionar que o §4º diz que o oficial de justiça fará constar do mandado a
advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia. E, enfim, feita a citação com
hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de
10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência, como consta no artigo 254 do CPC.

Revisão: 02 Data: 03.06.2020


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04. Renato foi intimado para praticar determinado ato processual no prazo de 10 dias. A sua intimação foi
publicada no Diário de Justiça no dia 03 de outubro. Indique o termo final para a prática do ato processual, utilize o
calendário abaixo e explique de forma fundamentada como se deu a contagem do prazo. (Valor: 2,5)

Calendário
DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB
01 02 03 04 I 05 06
FERIADO
07 08 II 09 III 10 IV 11 12 V 13
FERIADO
14 15 VI 16 VII 17 VIII 18 IX 19 20
Expediente forense até às 13:00 FERIADO
21 22 X 23 24 25 26 27
28 29 30 31

De acordo com a instrução do artigo 219 do CPC, na contagem de prazo em dias,


estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Sendo assim, os sábados,
domingos e feriados não devem ser contados no prazo. O mesmo pode-se afirmar quanto aos dias
que não houver expediente forense, como comanda o artigo 216. Já o artigo 224 diz que salvo
disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento. Importante mencionar os parágrafos que complementam o artigo 224: § 1º Os dias
do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se
coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora
normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica; § 2º Considera-se como data de
publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça
eletrônico; § 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Por fim, quanto ao início da contagem, o artigo 231, VII, diz que salvo disposição em sentido
diverso, considera-se dia do começo do prazo a data de publicação, quando a intimação se der
pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico.
Portanto, a data final é no dia 22 de outubro, como apresentado no calendário a contagem
dos dias.

Revisão: 02 Data: 03.06.2020

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