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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA BORGES DE MEDEIROS

O EXPRESSIONISMO

Trabalho de Vinícius Rabuske, Julio Cesar, Kelly Mello

E Samyra Oliveira apresentado ao(s)

Professor(es) Michele do curso de Artes

da Instituição E.E.E.B. Borges de Medeiros.

ENCRUZILHADA DO SUL

2021
O Expressionismo é um movimento artístico de vanguarda ocorrido no início
do século XX, no contexto que envolveu a Primeira Guerra Mundial. Em
oposição ao impressionismo, esse movimento é caracterizado pela
irracionalidade e pelo individualismo, além de apresentar uma visão pessimista
da realidade, de forma a realizar uma deturpação do real.
O movimento Expressionista exerceu influência sobre várias formas de
manifestação artística. No entanto, a sua relação com a pintura é a mais
marcante e original, até pela sua oposição ao impressionismo.
Na Europa, seu principal representante é Edvard Munch, com sua famosa obra
O Grito. No Brasil, pintores modernistas, como Candido Portinari e Tarsila do
Amaral, também produziram obras com influência expressionista. Já na
literatura, nomes como Thomas Mann e Mário de Andrade escreveram obras
com traços expressionistas.

 Contexto histórico e origem do Expressionismo


O início do século XX foi marcado pelo uso de inovações tecnológicas como o
telefone, o automóvel e o avião. Um novo mundo, caracterizado pela tecnologia
e pela velocidade, era apresentado à população. Portanto, era uma época de
incertezas, caracterizada pelo questionamento de verdades até então
consideradas inquestionáveis, sugerindo que o novo século era um mar de
possibilidades.
Nesse contexto, surgiram as vanguardas europeias, isto é, movimentos que
questionavam os valores acadêmicos até então defendidos na arte. Cada um
desses movimentos pretendia trazer uma nova perspectiva artística, um jeito
novo de se fazer arte, em oposição àquele considerado tradicional. Entre eles,
estava o Expressionismo, nascido na Alemanha, em 1910, porém influenciado
também pelos eventos da Primeira Guerra Mundial.

 Características do Expressionismo

 Focaliza o lado obscuro da humanidade;


 É antipositivista, pois defende o irracionalismo;
 Valoriza a intuição em vez da razão;
 Expressa uma percepção individual da realidade;
 Valoriza a subjetividade em vez da objetividade;
 Tem caráter pessimista e trata de temas como a solidão;
 Realiza a distorção da realidade;
 Defende a liberdade individual;
 Procura mostrar a miséria da espécie humana;
 Valoriza o aspecto metafísico.
 Principais artistas do expressionismo
O expressionismo exerceu influência sobre vários autores, em diversas áreas
artísticas, tais como:
 Arquitetura:
 Bruno Taut (1880-1938): Pavilhão de vidro (1914).
 Erich Mendelsohn (1887-1953): Complexo Woga (1926-1931).
 Fritz Höger (1877-1949): Chilehaus (1922-1924).

 Escultura:
 Ernst Barlach (1870-1938): Tenham piedade! (1919).
 Wilhelm Lehmbruck (1881-1919): Mulher ajoelhada (1911).

 Pintura:
 Edvard Munch (1863-1944): O grito (1893)
 Käthe Kollwitz (1867-1945): A viúva I (1921).

 Literatura:
 Thomas Mann (1875-1955): Doutor Fausto (1947).
 James Joyce (1882-1941): Ulysses (1922).

 Cinema:
 Robert Wiene (1873-1938): O gabinete do Dr. Caligari (1920).
 Fritz Lang (1890-1976): Metrópolis (1927).
 Friedrich Wilhelm Murnau (1888-1931): Nosferatu (1922).

 Expressionismo no Brasil
A pintura do modernismo brasileiro sofreu influência das vanguardas europeias.
É possível verificar traços desses movimentos em várias obras, incluindo, entre
eles, o expressionismo. Como exemplo, podemos apontar:
 Candido Portinari (1903-1962): Retirantes (1944).
 Di Cavalcanti (1897-1976): Amigos (1921).
 Ismael Nery (1900-1934): Retrato de Murilo Mendes (1922).
 Lasar Segall (1889-1957): Autorretrato I (1911).
 Tarsila do Amaral (1886-1973): Retrato de Oswald de Andrade (1922).
Quanto à literatura brasileira, alguns críticos apontam características desse
movimento em algumas obras da literatura modernista brasileira (e até mesmo
da pré-modernista), cujos autores teriam sofrido influências do expressionismo.
Como exemplo, é possível citar:
 Graciliano Ramos (1892-1953): Angústia (1936);
 Augusto do Anjos (1884-1914): Eu (1912);
 Mário de Andrade (1893-1945): Amar, verbo intransitivo (1927).

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