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PETIÇÃO INICIAL DE DIVÓRCIO SEM CONSENTIMENTO DE UM DOS CÔNJUGES

Exmº Senhor

Juiz de Direito

do Tribunal Judicial de ….

Sandra Cristina …, casada, empregada fabril, titular do Cartão de Cidadão com


o nº …, contribuinte fiscal nº …, residente em …

Vem propor Acção de Divórcio Sem Consentimento de Um dos Cônjuges


contra

Bruno Filipe …, casado, electricista, titular do Cartão de Cidadão com o nº …,


contribuinte fiscal nº …, residente em …

O que faz nos termos e com os seguintes fundamentos:

Autora e Réu contraíram casamento civil no dia 8 de Maio de 2008, sem


precedência de convenção antenupcial, pelo que vigora entre ambos o regime da
comunhão de adquiridos – Cfr. certidão do assento de casamento que se junta como
Doc. nº 1 e cujo teor se dá por integralmente reproduzido.

Na constância do casamento nasceu, em 1 de Setembro de 2009, a filha de


ambos, Ana Rita … – cfr. a certidão do assento de nascimento que se junta como
Doc. nº 2 tido como integrado.

No dia 12 de Dezembro de 2010 o Réu abandonou a casa de morada de


família, encontrando-se, desde 1 de Fevereiro de 2011, a viver em condições análogas
às dos cônjuges com outra senhora.

Desde o dia 12 de Dezembro de 2010 Autora e Réu não mais viveram em


comunhão de leito, mesa e habitação.

Cessando, assim, qualquer comunhão de vida entre ambos.

Acresce que os problemas conjugais surgiram a partir do ano de 2009, em


consequência de o Reú ter contraído, antes do casamento, diversas dívidas.

Razão pela qual era a Autora que, com o seu salário, tinha que fazer face a
todas as despesas do agregado familiar, bem como assegurar o pagamento das
dívidas do Réu, porquanto este deixou de trabalhar.

Vendo-se a Autora forçada a recorrer à ajuda de familiares e amigos para


custear as mais básicas necessidades do agregado familiar, e bem assim proceder ao
pagamento das dívidas contraídas pelo Réu.

Tal factualidade, aliada à circunstância de o Reú não querer trabalhar,


originava inúmeras discussões entre o casal.

10º

Tais discussões geraram na Autora um constante mal-estar e angústia,


provocando um desgaste irremediável na relação conjugal.

11º

Foi na sequência de mais uma discussão que, no dia 12 de Dezembro de


2010, o Réu abandonou a casa de morada de família.

12º

A Autora não tem intenção de manter o vínculo matrimonial ou de restabelecer


a vida em comum, uma vez que a actuação do Réu originou a ruptura definitiva do
casamento.

13º

Tal constitui fundamento de divórcio, nos termos do disposto no artº 1781º, al.
d), do Código Civil.
Termos em que, se Requer a V.Exª que se digne
decretar o divórcio entre Autora e Réu com
fundamento na al. d) do artº 1781º do Código Civil.

Mais se Requer que, julgada procedente, por


provada, a presente acção, seja o Réu condenado
em custas, procuradoria e demais encargos
legais.

Para tanto, Requer a V.Exª que se digne mandar


citar o Réu para a Tentativa de Conciliação a que
alude o artº 1774º do Código Civil, seguindo-se os
demais termos até final.

Prova testemunhal:

- Ana Maria …, residente em …;

- Maria Fernandina …, residente em ….

Valor: € 30.000,01 (Trinta mil euros e um cêntimo)

Junta: Procuração forense, 2 documentos, e deferimento de apoio judiciário na


modalidade de dispensa do pagamento da taxa de justiça e demais encargos com o
processo.

A Advogada

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