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Por que veganos e vegetarianos

têm maior risco de demência


Carne e ovo fornecem substâncias
protetoras do cérebro contra doenças
neurodegenerativas, como colina, ômega-
3 e vitamina B12

Por Redação - Atualizado em 4 nov 2019, 17h53 -


Publicado em 4 nov 2019, 17h25

Manter uma alimentação saudável em nível moderado ajuda a


reduzir o risco de depressão em até 30% Thinkstock/VEJA/VEJA

O número de veganos e alguns tipos


vegetarianos que não consomem alimentos de
origem animal, como carne, ovos e leite, tem
crescido drasticamente. Pois um especialista
surpreendeu ao mostrar que esse tipo de dieta leva
a um risco maior risco de demência e outros
problemas de saúde mental.

Isso porque carne, peixes e ovos fornecem ao


corpo substâncias químicas importantes na
proteção do cérebro. Sem elas, portanto, o
organismo está menos protegido. “Famosos
aparecem o tempo todo falando sobre como a
carne vermelha não é saudável, mas na verdade
ela é uma grande fonte da energia que o cérebro
necessita”, comentou Max Lugavere, pesquisador e
autor do livro Genius Foods (Comida de Gênios, em
tradução livre), ao jornal The Telegraph.

O consumo de carne ainda fornece altas doses de


ferro, que exerce papel importante na saúde
cerebral.

As consequências

Uma pesquisa descobriu que mulheres que não


consomem as quantidade recomendada de carne
vermelha por semana (até 500 gramas) estão mais
propensas a serem diagnosticadas com transtorno
de humor, como depressão e ansiedade. Esses
resultados também podem ser aplicados aos
homens.

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A importância do ovo

Um dos principais alimentos a impactar na saúde


do cérebro é o ovo. Ele contém colina, uma
vitamina do complexo B, que pode diminuir o risco
de demência em 28%. “A colina é realmente
importante e está concentrada em produtos de
origem animal: uma gema de ovo tem cerca de 25%
da necessidade diária. Essa substância pode ser
encontrada em vegetais, mas em quantidades
muito menores”, disse.

O alerta em relação ao ovo também serve para


pessoas que comem apenas a clara dos ovos.

Estudos tem reportado que os vegetarianos


restritos também apresentam menores
concentrações nos tecidos de ômega-3 e vitamina
B12 o que pode aumentar o risco para a depressão.

Outras fontes nutricionais

O pesquisador recomendou o consumo de


abacates, amêndoas, azeite extra-virgem e
vegetais crucíferos, como brócolis, couve-flor,
rabanete, além de chocolate amargo e cogumelos,
para garantir os nutrientes necessários para a boa
saúde do cérebro. Outra dica é se exercitar
regularmente.

Ele ainda destacou que é possível melhorar a saúde


cerebral de pessoas que não comem carne com
suplementação. “Estudos mostram que veganos e
vegetarianos que tomam suplemento a base de
creatina apresentam melhores resultados de
memória”, explicou.

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