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Ufc D 6703 Manual
Ufc D 6703 Manual
Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
Módulo: 6703 – Economia portuguesa em contexto
Internacional
Duração: 25 h
Formador: Sérgio Morais
2019
Form62 PR3/ B-1
MANUAL DE FORMAÇÃO
UFCD : 6703- Economia portuguesa em contexto
internacional
Formadora : Sérgio Morais
Form62 PR3/ B-1
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 5
Objetivos ....................................................................................................................................... 5
Benefícios e condições de utilização do manual: .......................................................................... 5
Integração Económica ................................................................................................................... 6
Noção de integração económica ............................................................................................... 6
Vantagens da integração económica ........................................................................................ 6
Formas de integração económica ................................................................................................. 7
Sistema de preferências aduaneiras ......................................................................................... 7
Zona de Comércio Livre ............................................................................................................. 7
União Aduaneira ........................................................................................................................ 7
Mercado Comum ....................................................................................................................... 8
União Económica ....................................................................................................................... 8
Integração Económica Total ...................................................................................................... 8
O processo de integração na Europa ............................................................................................ 9
O Ato Único ................................................................................................................................. 10
Objetivos ................................................................................................................................. 10
Vantagens (previstas) da criação do Mercado Único .............................................................. 11
Custos e desafios da criação do Mercado Único ..................................................................... 11
O Tratado de Maastricht ou Tratado da União Europeia ........................................................ 12
A União Política ....................................................................................................................... 12
A União Económica e Monetária (UEM ................................................................................... 12
Critérios de convergência nominal .......................................................................................... 13
A Zona Euro ............................................................................................................................. 14
Desafios da União Europeia na atualidade .............................................................................. 14
Tratado de Nice ....................................................................................................................... 15
Tratado de Lisboa .................................................................................................................... 15
Agenda 2000 ........................................................................................................................... 15
Processo de adesão ................................................................................................................. 16
Form62 PR3/ B-1
Form62 PR3/ B-1
Introdução
Pretende-se analisar as perspetivas da economia portuguesa, no quadro da economia
internacional, procurando-se atender às questões com que se defronta a economia europeia, à
evolução previsível das Novas Economias Emergentes, ao conjunto dos fatores explicativos da
competição empresarial (tendo-se, nomeadamente, em linha de conta as vantagens
competitivas dinâmicas) e o que se convencionou designar de distância / proximidade cultural
e psicológica entre Portugal e diferentes regiões do Mundo.
Objetivos
Foi elaborado pela formadora Ana Paula Velez e o mesmo não poderá ser reproduzido sem
autorização do mesmo e respetiva entidade formadora.
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Integração Económica
Noção de integração económica
Consiste num processo de abolição das barreiras comerciais entre dois ou mais mercados
nacionais (países), anteriormente separados e de dimensões unitárias consideradas pouco
adequadas, unem-se para formar um só mercado, de dimensão mais adequada e com
características próprias.
Vantagens da integração económica
• Uma maior eficiência na afetação dos recursos de cada economia;
• Uma maior possibilidade de alcançar o pleno emprego dos fatores de produção;
• Uma maior possibilidade de garantir o crescimento económico;
• Um aumento da produção devido à divisão do trabalho e à especialização efetuada;
• Uma maior circulação da inovação e dos avanços tecnológicos.
Integração económica formal: quando esta é definida formalmente através do estabelecimento
de acordos entre dois ou mais países.
Integração económica informal: quando dois ou mais países estreitam as relações comerciais
entre si, sem que tenha sido estabelecido qualquer acordo escrito entre as partes.
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União Aduaneira
Nesta forma de integração, para além da abolição das barreiras aduaneiras e restrições
quantitativas à transação de produtos no interior da área, como na Zona de Comércio Livre, os
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países membros ficam ainda obrigados à aplicação da mesma pauta tarifária no que respeita ao
comércio com países terceiros. (CEE – Comunidade Europeia Económica e BENELUX).
Mercado Comum
Constitui uma forma de integração mais profunda do que a união aduaneira, pois para além das
características desta, não existem restrições à livre circulação de capitais, pessoas e serviços.
Este estabelecimento da livre circulação de bens, pessoas e capitais entre os membros de um
mercado comum implica a adoção de políticas comuns, de forma a harmonizar os vários espaços
económicos e sociais e a minimiar os impactos da livre circulação. (Mercado Único criado pelo
Ato Único Europeu em 1987).
União Económica
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de ação. Esta forma de integração introduz ainda uma moeda única para o espaço económico.
(a União Europeia é o exemplo que mais se aproxima deste caso).
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Objetivos da CEE:
• Criação de uma união aduaneira
• Construção de um mercado comum
• Adoção de políticas comuns
• Instituição de um Banco Europeu de Investimentos
Nos anos 70 as economias dos países-membros começas a dar alguns sinais de abrandamento e
de crise, devido a fatores como:
• Crise petrolífera que atingiu fortemente a Europa, dada a sua dependência energética;
• Intensificação da concorrência mundial, em particular dos países do Sudoeste Asiático;
• Pouca flexibilidade do mercado de trabalho dos países-membros;
• Menor capacidade de resposta às alterações da conjuntura internacional.
O Ato Único
Com vista a relançar e aprofundar o processo de integração, e num cenário mundial de
recuperação económica e aumento da concorrência internacional, é criado o Ato Único Europeu
(entrou em vigor em 1987 com a revisão do Tratado de Roma).
Objetivos
• Concretização da criação de um mercado único, abolição de todas as barreiras físicas,
técnicas e fiscais existentes entre os Estados-membros de forma a instituir o Mercado
Único Europeu em 1993, prevendo-se a livre circulação de mercadorias, pessoas,
serviços e capitais;
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A União Política
No âmbito da União Política são estabelecidos os seguintes objetivos:
• Criação de uma Política Externa e de Segurança Comum (PESC);
• Reforço de cooperação nos domínios da Justiça e Assuntos Internos;
• Instauração de uma cidadania europeia;
• Construção de uma Europa social;
• Novos campos de ação comunitária;
• Reforço da legitimidade democrática.
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monetária e a adoção de uma moeda única em todo o espaço da comunidade. Foi então
adotado um plano para a concretização da UEM, composto por 3 etapas:
• 1ª Etapa: iniciava-se em 1990 e caracterizava-se pela adoção pela coordenação de
políticas económicas e monetárias tendentes à livre circulação de capitas e a atribuição
de fundos estruturais para corrigir os desequilíbrios estruturais.
• 2ª Etapa: iniciava-se 4 anos depois (1994) e envolvia a criação do Instituto Monetário
Europeu (IME), que visava a coordenação das políticas económicas e monetárias, a
garantia de estabilidade dos preços e a preparação para o nascimento do Banco Central
Europeu (BCE). Nesta fase foram também definidos os países aptos a passar à 3ª etapa
da UEM, os quais deveriam cumprir todos os critérios de convergência nominal.
• 3ª Etapa: deveria ter início em 1998 e marca a entrada em funcionamento da UEM, é
criada a moeda única e o BCE que substituiria o Instituto Monetário Europeu, passando
a ser responsável pela política monetária.
• As moedas nacionais seriam então substituídas pelo euro, a circulação do euro como
moeda física veio então a acontecer em janeiro de 2002.
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A Zona Euro
É o espaço comum europeu onde circula a mesma moeda – o euro. É constituída atualmente
por 17 países, que utilizam o Euro como moeda nacional e que estão sujeitos às políticas cambial
e monetária determinadas pelo BCE.
As alterações ocorridas nas últimas décadas têm provocado profundas alterações em todo o
mundo: a globalização, o desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação
e o desmoronamento do bloco de Leste após a queda do Muro de Berlim.
Por um lado, com a abertura do bloco de Leste, a nova vaga de alargamentos tem causado
diversos problemas e exigido vário reestruturações. Para além do processo de alargamento, tem
vindo a colocar-se também o aprofundamento, não só como resposta inevitável ao
alargamento, mas também ao próprio evoluir da UE a formas cada vez mais exigentes, o que
implica um funcionamento mais democrático e mias próximo do cidadão.
Coloca-se a questão da OPERACIONAL do funcionamento das instituições da União Europeia,
estas dificuldades derivaram principalmente do grande aumento do nº de Estados-membros.
Com 27 países, cada vez menos se têm vindo a tomar decisões com a exigência de unanimidade
de votos, passando apenas a ser necessária uma maioria qualificada.
Há também a questão da DEMOCRÁTICA que está relacionada com o princípio da igualdade dos
Estados-membros, o qual é posto em causa devido à diferente dimensão dos países membros e
do nº de pessoas que os compõem, havendo países mais populosos do que outros.
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Tentativas de solucionar estas questões:
Tratado de Nice
É assinado em 2001 (entrando em vigor em 2003) e teve como objetivo preparar a reforma das
instituições para os alargamentos aos países do Leste e do Sul da Europa, ocorridos em 2004 e
2007. Teve como objetivo a preparação das estruturas e do funcionamento da UE, de forma a
adaptar-se a um nº mais alargado de membros, sem perder a eficiência e a democraticidade.
Tratado de Lisboa
Assinado em 2007, e em vigor a partir de 2009, teve como objetivo modificar o Tratado da EU
e o Tratado de Roma, dotando a UE de personalidade jurídica que lhe confere o poder necessário
para assinar acordos a nível internacional. Neste Tratado, na tentativa de resolver os problemas
que se colocavam à EU, fui incluída uma dupla maioria, na tomada de decisões, exigindo a
participação de um nº mínimo de Estados e, simultaneamente, um nº mínimo de cidadãos.
Agenda 2000
Constituiu um programa de ação sobre as questões de operacidade das duas últimas vagas de
alargamentos (2004 e 2007), pois a adesão de mais 12 membros implicava um conjunto de
reestruturações quer no funcionamento das instituições e nas políticas comunitárias, quer em
termos de ajudas financeiras.
Alargamentos:
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Processo de adesão
Para prosseguirem o seu processo de adesão até à fase de assinatura final do Tratado de Adesão,
os países tiveram que cumprir um conjunto de critérios, conhecidos como Critérios de
Copenhaga. Estes estabelecem então os princípios que os países candidatos têm de adotar para
que possam constituir-se como membros de pleno direito.
Vantagens do alargamento
• Aumento do nº de consumidores (de cerca de 370 milhões para cerca de 490 milhões);
• Reforço do crescimento económico e criação de novos empregos, tanto nos novos
países como na UE;
• Melhoria da qualidade de vida da população devido aos esforços na defesa do
ambiente, criminalidade, tráfico de droga, etc.;
• Reforço do papel da EU e aumento da sua área de influência no plano internacional,
como a segurança externa e a defesa;
• Reforço da paz, da estabilidade e da prosperidade na Europa, o que contribui para a
segurança de todas as populações;
• Reforço das jovens democracias implantadas nos PECO (Países da Europa Central e
Oriental), após a sua descolagem do bloco de leste.
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Desafios do alargamento
Em primeiro lugar, o alargamento de uma união a 15 para 27 membros aumentou a superfície
geográfica e a população, no entanto, as disparidades regionais também aumentaram, uma vez
que grande parte dos novos Estados-membros integra as regiões mais pobres da Europa, com
rendimentos inferiores à média europeia. Para responder a este desafio é necessário proceder
ao reajustamento das políticas da União e dos fundos estruturais.
Em segundo lugar, o alargamento exige que as instituições se adaptem a este aumento do nº de
membros e que criem mecanismos operacionais de funcionamento com base na democracia o
que irá implicar a reforma das instituições da União.
Os novos membros da UE são, na sua maioria, países que estão a fazer ainda o processo de
transição para a economia de mercado e a reestruturar as suas economias, tendo por isso
necessidades em todas as áreas económicas e sociais ainda muito significativas.
É por isso, necessário modernizar as indústrias, equipar os países com redes de transportes
eficazes e eficientes, reforçar a defesa do ambiente, modernizar a agricultura, apostar na
formação dos recursos humanos, combater as desigualdades socias entre as zonas rurais e
urbanas e combater o desemprego e exclusão social.
É portanto preciso dotar as populações destes países das mesmas oportunidades e níveis de
bem-estar que das restantes populações da UE usufruem. Para que isto aconteça é importante
reforçar os fundos estruturais de apoio à agricultura com vista a apoiar a modernização e
reestruturação que estes países estão a efetuar neste setor, o que implica reajustamentos na
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PAC (Política Agrícola Comum). É também necessário reajustar todas as políticas estruturais e
de desenvolvimento regional:
• Fundos estruturais: visam auxiliar os países mais carenciados ao nível do
desenvolvimento regional (FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional) e dos problemas relacionados com o emprego (FSE – Fundo Social
Europeu);
• Fundo de Coesão: criado especificamente para promover a coesão económica
e social de todos os países, fazendo com que os seus níveis de desenvolvimento
se aproximem cada vez mais.
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Comércio Internacional
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O Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada país deva se especializar na produção
daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo
relativamente menor), por outro lado este país deverá importar aqueles bens cuja produção
implicar um custo relativamente maior.
Os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo custo for comparativamente
menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais países exportadores.
Dois países mantendo relações econômicas entre si, entram em jogo duas moedas, exigindo que
se fixe a relação de troca entre ambas.
A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
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Oferta de Divisas
Realizada tanto pelo os exportadores (recebem moeda estrangeira em contrapartida de suas
vendas).
Através da entrada de capitais financeiros internacionais.
Preço da divisa estrangeira está alto, ou que a moeda nacional está desvalorizada.
Desvalorização Cambial = Aumento da Taxa de Câmbio
Maior número de reais por unidade de moeda estrangeira.
Valorização Cambial = Moeda Nacional Mais Forte
Paga-se menos reais por dólar, por exemplo, tem-se uma queda na taxa de câmbio.
Importação
Importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um
produto ou um serviço, do exterior para o país de referência. O procedimento deve ser efetuado
via nacionalização do produto ou serviço, que ocorre a partir de procedimentos
burocracia/burocráticos ligados à Receita do país de destino, bem como da alfândega, durante
o descarregamento e entrega, que pode se dar por via transporte aéreo/aérea, transporte
marítimo/marítima, transporte rodoviário/rodoviária ou transporte ferroviário/ferroviária.
Quando mais de um tipo de transporte é utilizado para entrega, chamamos de transporte
multimodal.
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Exportação
Exportação é a saída de bens, produtos e serviços além das fronteiras do país de origem. Esta
operação pode envolver pagamento (cobertura cambial), como venda de produtos, ou não,
como nas doações.
Exportação Indireta
A exportação pode ser caracterizada como 'direta' e 'indireta'. A exportação direta ocorre
quando a própria empresa faz a exportação, sem utilização de intermediários no processo de
introdução do produto no mercado
alvo.
Exportação indireta trata-se de uma alternativa disponível para empresas que desejam iniciar
seu processo de internacionalização, porém não possuem experiência suficiente para fazê-lo de
forma independente.
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Conclusão
No fim deste módulo os formandos devem conhecer as vantagens que estão subjacentes à
entrada de Portugal na União Europeia, em todos os domínios.
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Bibliografia
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