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VIBRAÇÃO DE TURBOMÁQUINAS: AS ENGRENAGENS TAMBÉM DOBRAM!

Rogério Ribeiro Tacques


CENPES/PDP/TMEC
engenheiro de equipamentos pleno
tacques@cenpes.petrobras.com.br
BR70 – 8126207

Ricardo Marcos Evangelho Bastos Marcelo Silva Valois de Souza


UN-BC/ATP-AB/TBM CENPES/PDP/TMEC
consultor técnico técnico de inspeção de equipamentos e
ricbastos@petrobras.com.br instalações I
KMPE – 8614597 marcelovalois@petrobras.com.br
B06Y – 8124677
Aluizio Gomes Leixas
E&P-SERV/US-AP/OTBM
técnico de manutenção II André Vinícios Bonaldo
aleixas@petrobras.com.br CENPES
FMCR – 8614173 in memorian

SUMÁRIO
O objetivo deste artigo é mostrar um caso estudado de vibração em alta freqüência incomum
em caixas multiplicadoras.
Um conjunto de turbocompressores era desligado por vibração alta nas suas caixas
multiplicadoras já desde o início das suas operações.
A investigação do problema, através de medições, análises e estudo, incluindo testes em
oficina, nos levou à identificação da origem da causa das paradas dos turbocompressores.
O fabricante tentou contornar o problema, e uma análise crítica às suas conclusões é feita.
Uma proposta de solução do problema é apresentada, como também o resultado do estudo de
sua viabilidade técnica. Este estudo foi feito através de simulação experimental, com resultados
bastante interessantes.

1) INTRODUÇÃO
O dicionário Aurélio define “dobrar” como: “V. t. i. Soar (o sino) dando volta sobre o eixo (o
que ger. é sinal de morte)”.
No presente trabalho é apresentado um caso vivenciado e estudado de uma engrenagem que
se comporta como um sino dentro da definição acima exposta, o que explica o título do mesmo.
A caixa multiplicadora de um turbocompressor “dobrava”, levando à paralisação da máquina
por vibração alta e interrompendo o processo de compressão de gás.
O sentido de “sinal de morte” apontado pelo dicionário do Aurélio pode ser visto como “a
morte da caixa multiplicadora”, i. e., a quebra da caixa multiplicadora devido à sua operação em
uma condição de ressonância.

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2) PROBLEMA RECLAMADO
O problema reclamado foi a paralisação dos turbocompressores da plataforma de produção P-
33, devido à vibração alta, na faixa de alta freqüência, das caixas multiplicadoras. Para contornar
temporariamente o problema os limites de vibração, destinados à proteção da máquina, foram
elevados. Este procedimento não se mostrou eficaz, pois a máquina continuou sendo desligada
por vibração alta.
Pacotes de compressão idênticos existem também na plataforma de produção P35. Existem 2
TC’s na P-33 e 3 TC’s na P-35.
A equipe de operação dos turbocompressores relatou que o TC era desligado (shutdown)
repentinamente devido à vibração alta. Verificamos também que entre as ocorrências de
shutdown havia crescimentos súbitos dos níveis de vibração.
No gráfico de tendência
de vibração mostrado
abaixo, podemos verificar as
subidas repentinas da
vibração da caixa
multiplicadora, monitoradas
através do acelerômetro
residente, próximo ao eixo
de baixa velocidade (coroa).
No início dos trabalhos
de medição o TCA/P33
apresentava 2732 horas de
operação e o TCA/P35 2710
horas de operação.

3) AQUECIMENTO
TEÓRICO
Uma das etapas do procedimento para a preparação de uma medição (investigação) de
vibração é o que chamamos de “aquecimento teórico”.
A variedade e complexidade dos componentes mecânicos de uma turbomáquina a tornam uma
máquina de “comportamento dinâmico” bastante complexo e variado. Assim, antes da
investigação de vibração, torna-se mister um aquecimento teórico focando o problema
reclamado. Este aquecimento teórico será um fator preponderante no sucesso do trabalho de
investigação do problema. Vale lembrar que vibração não é intuitiva, baseia-se fortemente em
conceitos matemáticos.
No presente caso, o aquecimento se concentra, por exemplo, em rever detalhes da dinâmica de
engrenamento e como um eventual defeito irá elevar e modular o sinal de vibração em alta
freqüência.

4) DADOS DA MÁQUINA
O pacote do turbocompressor é formado por:
- Turbina Solar Mars
- Caixa Multiplicadora:
- BHS CINCINNATI

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- type AD 31,5H
- 9054 kW
- pinhão = 14839 RPM (40 dentes)
- coroa = 8131 RPM (73 dentes)
- relação = 1:1,825
- Compressores de Baixa e Alta Pressão MAN GHH Borsig

5) INSTRUMENTAÇÃO
A caixa multiplicadora tem para cada eixo (de baixa e alta velocidades) dois sensores de
proximidade e um acelerômetro, todos residentes. Os acelerômetros estão posicionados
verticalmente sobre os mancais nos lados acoplados da caixa multiplicadora.
Para os acelerômetros os limites de vibração estabelecidos inicialmente eram: alarme= 11,2 G
e shutdown= 18,6 G, delay= 5 s. Devido ao problema reclamado estes limites foram elevados
pelo pessoal de operação para: shutdown= 20 G, delay= 20 s. Delay, neste caso, é tempo de
espera para a máquina ser derrubada por vibração.
A nossa campanha de medição foi executada utilizando os acelerômetros residentes e os
acelerômetros próprios. O processamento dos sinais de vibração foi feito no analisador dinâmico
de sinais HP3561A da Hewlett Packard. Foram utilizados outros equipamentos tais como: a)
coletor de dados DAIU da Bently Nevada; b) analisador de espectro HP3560A da Hewlett
Packard; c) notebooks COMPAQ e TOSHIBA; d) software ADRE for Windows; e) osciloscópio
Tektronix; f) gravador FM de sinais RTP550A da Kyowa, e; i) martelo instrumentado para
impactos da PCB.
Nos testes de impacto foram utilizados acelerômetros especiais para alta freqüência e o
martelo de impacto instrumentado BK8202 da Brüel & Kjaer, sendo os seus sinais processados
pelo analisador dinâmico de sinais Agilent 35670A.
Inicialmente esta caixa era monitorada em velocidade de vibração, sendo posteriormente
substituída por aceleração, por solicitação da Petrobras.

6) CAMPANHAS DE MEDIÇÃO
Em agosto de 1999 estivemos embarcados na P-33 para a nossa primeira campanha de
medição. Posteriormente em maio de 2000 retornamos a P-33 e a P-35 para medição e
acompanhamento dos trabalhos de medição do consultor técnico contratado pelo fabricante, para
a verificação própria das nossas conclusões.

Foram realizados vários testes nos turbocompressores para a investigação do comportamento


dinâmico anormal das caixas multiplicadoras. Os resultados são apresentados em amplitudes
zero-a-pico (0-p) em aceleração (G0-p).
Foram realizados também testes de impacto no pinhão e coroa de reserva da caixa
multiplicadora na oficina do EP-SERV/US-AP/OTBM.

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7) ANÁLISE
Os testes revelaram que a dinâmica de engrenamento era normal.
Foi verificado que, na condição de
rotação compressor 104.7 % (15395 RPM)
operação mostrada ao lado, a caixa
multiplicadora do TCB de P-33 operava em rotação PT 89.1 %
torno de “duas condições de ressonância”, rotação GG 100.4 %
motivo que a levava a níveis altos de vibração. pressão Sucção 735 kPag
pressão Descarga 17500 kPag
Existe uma freqüência natural em 10180 Hz anti surges todas fechadas
e outra próxima em 10255 Hz. São condições
horas de operação 1250 horas
naturais de vibração com baixo fator de
amortecimento, que por conseguinte apresentam curvas de repostas (picos) bastante esbeltas. Na
figura abaixo temos a curva de resposta (curva bode) da caixa multiplicadora medida no
acelerômetro colocado sobre os eixos de alta e baixa velocidade. Nestes podem ser observados a
resposta da caixa, nas condições de ressonância já declaradas, excitadas pela freqüência de
engrenamento.
Nesta condição
operacional a caixa
multiplicadora apresentava
pequenas variações de
rotação, o que acarretava
numa variação da freqüência
de engrenamento (indicada
na curva bode), variação esta
observada na faixa entre
10110 Hz e 10350 Hz
(15165 RPM e 15525 RPM
do compressor). Durante
esta variação a freqüência de
engrenamento ora coincide
com uma ou outra
freqüência natural citada,
entrando momentaneamente em ressonância. Devido às esbeltezas dos picos o nível de vibração,
na ressonância, crescia rapidamente, chegando a derrubar o TC.
Os níveis de vibração
acelerômetro acelerômetro
para a condição de
Freqüência de Engrenamento eixo baixa eixo alta
operação citada são
velocidade velocidade
estáveis e se
comportaram segundo a 10180 Hz 4g 22 g
tabela ao lado. 10225 Hz 7g 16 g
fora das freqüências acima ≈1 g ≈1 g

Testes idênticos realizados nas outras máquinas de P-33 e P35 confirmam a condição de
ressonância, conforme pode ser visto na tabela abaixo.
1a. freqüência natural encontrada 2a. freqüência natural encontrada
TCA/P33 10180 Hz 10267 Hz
TCB/P33 10180 Hz 10255 Hz
TCA/P35 10178 Hz 10255 Hz

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8) ORIGEM DA CONDIÇÃO DE RESSONÂNCIA
Foram realizados testes de impacto na carcaça, no
pinhão e na coroa da caixa multiplicadora e na estrutura
ao redor para a identificação da origem da condição de
ressonância, condição esta que leva a caixa
multiplicadora aos níveis altos de vibração.
Os testes no campo revelaram que a condição de
ressonância ocorria no pinhão.
O refinamento dos testes na oficina de
turbomáquinas confirmou o pinhão como a origem da
ressonância.
Os testes de impacto foram realizados no pinhão e coroa sobressalente, levando-se em
consideração vários tipos de apoio.
Os resultados das
freqüências naturais do
pinhão e da coroa
apoiados conforme
figura acima estão
mostrados na figura ao
lado.
A diferença entre as
freqüências naturais
obtidas no pinhão com a
máquina operando e no
teste de impacto se deve
as condições de
contorno, i. e., condições
de apoio.
A ação do filme de
óleo do mancal em operação influencia na rigidez e no amortecimento do apoio.
Para tanto foram realizados testes com a variação da pressão e da temperatura do óleo
lubrificante da caixa multiplicadora, correspondendo isto à variação da rigidez do mancal. Foram
estas as seguintes as freqüências naturais encontradas em operação.
pressão temperatura 10. freqüência 20. freqüência
(Kgf/cm2) (0C) natural encontrada natural encontrada
1,35 46 10165 Hz 10252 Hz
1,55 46 10167 Hz 10257 Hz
1,60 36 10180 Hz 10267 Hz
parado parado 10687 Hz 11437 Hz teste de impacto
Pela tabela pode ser observado que a freqüência natural do pinhão varia em função da rigidez.

Dos testes realizados na oficina podemos concluir que esta condição de ressonância
corresponde a um modo de vibração do pinhão como um “sino”.

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9) CONCLUSÃO
De toda a investigação sobre o problema reclamado podemos concluir que:
a) As dinâmicas do engrenamento das caixas são consideradas normais e com níveis baixos de
vibração. Isto caracteriza ausência de problemas (defeitos) mecânicos nas engrenagens.
b) Existem duas condições de ressonância do pinhão excitadas pela freqüência de engrenamento,
com níveis altos de vibração. Isto caracteriza um comportamento dinâmico anormal.
c) Os níveis altos de vibração indicados no painel não caracterizam um defeito em evolução, e
sim o efeito da condição de ressonância de um componente da caixa multiplicadora (pinhão),
excitado pela freqüência de engrenamento, caracterizando assim um problema de projeto.

10) CONCLUSÃO DO FABRICANTE


O fabricante, através das conclusões do seu Site Report No. 2231, Order No. 516687, de 30 de
junho de 2000, declara que “... are showing a certain sensitivity at a frequency around 10,2 kHz
that is excited by the gear mesh frequency ...”. Esta “certa sensibilidade” é na verdade uma
condição de ressonância.
O fabricante explica a origem da causa dizendo, “... indicates that impacts originating from
external load and/or speed changes are present.”, e mais adiante complementa dizendo, “The
load changes cause that the load flanks will loose their contact or that the rear flank will come
into contact. This phenomena results into impacts that are exciting all natural frequencies of the
shaft , the casing, and even aceleration transducers itself”.
Os nossos principais comentários sobre as conclusões do fabricante são:
a) Na verdade, para o problema reclamado, não está ocorrendo aceleração e desaceleração no TC
a ponto de provocar perda de contato nos dentes das engrenagens (inversão de contato). O que
está ocorrendo é uma pequena variação de rotação devido ao sistema de controle do TC. Em
outras palavras o que ocorre é uma “flutuação da rotação”.
b) Não há impactos nos dentes causados pela flutuação da rotação (inversão de contato). Se
assim fosse, o nível alto de vibração (alarme ou trip) ocorreria em qualquer rotação quando
ocorresse esta flutuação, causado pelos supostos impactos. Na verdade, estes alarmes ou trips
ocorrem em rotações (freqüências) bem definidas, excitadas por forças dinâmicas (não impactos)
na freqüência de engrenamento (vibração forçada).
c) A freqüência natural identificada por nós é bem definida. É o pinhão vibrando na sua
freqüência natural de sino, e não o eixo, a carcaça e o acelerômetro, como declarado. Todo
acelerômetro está sujeito à vibração em ressonância, mas o sistema de monitoração possui filtro
para cortar este fenômeno.

11) SEVERIDADE DO PROBLEMA RECLAMADO


Os argumentos que nos levam a classificar o problema reclamado como severo são os
seguintes:
a) Mesmo não tendo vivência específica neste tipo de comportamento dinâmico (sino), podemos
afirmar, com segurança, que este é um comportamento dinâmico bastante anormal. A condição
de ressonância amplificará as tensões cíclicas sobre o pinhão, e com grande risco de fadiga.
b) Os testes mostraram um fator de amplificação dinâmico de aproximadamente 20 vezes quando
da passagem pela ressonância (vibração de sino). Qualquer defeito que venha a se manifestar na

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freqüência de engrenamento terá, forçosamente, a sua resposta (vibração) muito amplificada
devido à condição de ressonância.
c) Quando na flutuação de rotação
a caixa multiplicadora “pára” em
uma das condições de ressonância
o nível de vibração se eleva
demasiadamente. Num dos testes
registramos vibração com nível
de 170 G0-p. A título de avaliação
algumas literaturas sugerem os
seguintes limites: a) 4 - 8 G0-p é considerado um nível típico; b) 40 - 50 G0-p pode ser
considerado um nível alto.
d) O fabricante sugere o nível de alarme = 23 G e trip = 35 G baseados em seu padrão que,
segundo ele, é derivado da norma ISO 8579-2.
O critério ISO 8579-2 “Determination of mechanical vibrations of gear units during
acceptance testing”, específico para caixas de engrenagens, é aplicável para testes de aceitação
na fábrica ou em outros locais sob concordância das partes. O fato de ser aplicável na fabrica
deixa implícito que a instalação é sobre um bloco de fundação. No caso estudado a caixa está
sobre uma estrutura flexível com baixa inércia.

12) COMENTÁRIO
Os sinais de vibração provenientes dos acelerômetros da caixa multiplicadora eram
inicialmente convertidos para velocidade (mm/s0-p) e monitorados no display do painel. A
PETROBRAS através do OTBM corretamente solicitou que estes pontos de vibração passassem
a ser mostrados em aceleração (G0-p), já que este é o parâmetro mais adequado à medição de
vibração em altas freqüências, e adotado na quase totalidade das máquinas que tem
monitoramento de alta freqüência em caixas de engrenagens.
A conversão do limite original em velocidade para aceleração na freqüência de engrenamento,
demonstra a falta de critério especifico por parte do fabricante para os níveis de alarme e shut-
down para o problema reclamado. Vide a tabela abaixo.
Níveis originais
Níveis originais do Níveis fornecidos pelo
convertidos p/ aceleração
Níveis: fabricante fabricante em aceleração
(FE = 10263 Hz)
Alarm 7 mm/s0-p 46 g0-p 23 g0-p
Stop 11 mm/s0-p 72 g0-p 35 g0-p

Da tabela acima podemos concluir que, para o problema reclamado, a caixa multiplicadora em
velocidade não estava bem protegida, pois aceitava níveis bem maiores.

13) RECOMENDAÇÕES
Neste caso existem duas maneiras para se evitar esta condição de ressonância:
a) alterando-se a freqüência da força de excitação, i. e., alterando a freqüência de engrenamento.
Isto pode ser obtido com a diminuição da rotação. A esbelteza do pico na curva de ressonância
garante que a diminuição de rotação será pequena.

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b) alterando-se a freqüência natural de vibração de “sino” do pinhão. A alteração da massa
através da diminuição é a opção mais factível de ser implementada no pinhão.
A primeira opção acarreta na perda de produção e foi adotada como solução provisória. A
segunda acarreta em um ajuste mecânico no pinhão.

14) PROPOSTA DE SOLUÇÃO


Com a finalidade de alterar a freqüência natural de “sino”, através da redução de massa do
pinhão, a seguinte proposta técnica foi apresentada.
a) através de um modelo matemático, por exemplo elementos finitos, podemos otimizar uma
furação do pinhão. Vale lembrar que furar um modelo matemático tem baixo custo.
b) testar experimentalmente a solução (furação) escolhida em um protótipo de características
físicas semelhantes.
c) levar ao fabricante a solução para sua apreciação sob o ponto de vista da transmissão de torque
(esforços mecânicos).
d) implementar a solução no pinhão e testá-la experimentalmente.
e) verificar a eficácia da solução com o pinhão modificado instalado e operando.

15) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA


Utilizando um cilindro maciço de aço inoxidável de dimensões próximas a do pinhão,
resolvemos realizar um estudo experimental de viabilidade técnica de proposta de solução do
problema, i. e., a redução da massa do pinhão.
Este teste tem como finalidade verificar como as freqüências naturais variam com a redução
de massa conseguida através de furos
axiais no cilindro maciço.
Foi realizado um conjunto de 6 furos,
com diâmetros crescentes a cada teste,
correspondendo cada diâmetro a um
percentual de redução de massa do
cilindro.
Para determinação das freqüências
naturais foram realizados testes de
impacto com martelo instrumentado no
Laboratório de Análise de
Comportamento Dinâmico e Vibração
do CENPES/PDP/TMEC, conforme
foto ao lado.
Sobre a qualidade destes testes
podemos afirmar que: a) a repetibilidade dos resultados foi excelente; b) as primeiras freqüências
naturais do cilindro e do pinhão são bem próximas mostrando a boa coerência dinâmica entre os
dois. Isto serve como um bom indicativo da validade da comparação realizada.

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Os resultados dos testes estão mostrados no gráfico abaixo. Nele pode ser observado como as
freqüências naturais, referentes aos 1o e 2o modos de vibração natural do pinhão como um sino,
variam com
a redução 15 0 0 0

de massa do freqüência natural


cilindro. 14 0 0 0

13 0 0 0

12 0 0 0
modo #1
modo #2
110 0 0

10 0 0 0
00

50
89

88

0
9000

5
85

50
82
8000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

redução (%)

Os resultados, desta forma, demonstram a viabilidade da solução proposta.


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