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Simbologia de Blimunda
O facto de Blimunda ter um poder epiritual faz dela a única
pessoa capaz de aceder ao mundo não material. É considerada
uma mulher do futuro, que vive ao lado do marido e juntamente
com ele toma decisões. É apelidado de Sete-Luas por causa do
seu poder, visto conseguir ver “às escuras” e também por corrigir
os erros de Baltasar durante a construção da passarola sem que
ele se aperceba.
Características de Baltasar
Foi abnadonado pelo exército durante a guerra assim que
perdeu a mão esquerda. É um homem simples, fiel, terno e que
aceita a vida que lhe oferecem com a resignação dos humildes.
Participa na construção do convento e da passarola. Morre
queimado num auto de fé. É vitima do poder militar, político,
religioso e social.
Simbologia de Baltasar
Simboliza os homens do povo. É comparada a Deus pelo padre
Bartolomeu Lourenço, dado não ter a mão esquerda. Simboliza
os homens do povo, que trabalham como escravos e nunca são
recompensados. A sua morte na fogueira simboliza o regresso as
trevas. É apelidado de Sete-Sóis, visto que tal como o Sol deve
vencer os guardiões da noite, também Baltasar terá de vencer a
Inquisição, a credulidade popular e as forças espirituais
retrogradas.
Simbologia do casal
A sua ligação especial comprova-se pelo facto de serem
apelidados de sol (dia) e lua (noite), pois estes são
complementares, o que remete também para a atração ente o
universo humano e o divino. A sua relação não está de acordo
com os padrões da época, uma vez que ambos vivem com o
mesmos direitos.
Valor simbólico do amor
O amor vivido entre Baltasar e Blimunda é caracterizado como
sendo um amor verdadeiro e eterno, encerrando para além de
uma componente carnal, uma forte componente espiritual.
De facto, o casal prioriza a intimidade e o prazer, vivendo um
amor sem regras, natural e instintivo, sem a pressão para a
procriação como os restantes casais da época e marcado pelo
desinteresse pelo casamento e regras religiosas.
Além disso, a complementaridade Sol/Lua evidencia a
alternancia do mundo, numa clara acepção de essencia
dicotómica que une os opostos, nomeadamente, o universo
divino e humano. Desta forma, a componente espiritual do casal
é algo evidente, pelo que assistimos mais do que a um encontro
de corpos, a um encontro de almas.