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O autor afirma que “a representação toma o lugar da ciência e, por outro, a constitui
(ou reconstitui) a partir das relações sociais envolvidas”. (2001, p.17). Com isso, a
ciência se torna parte da crença dos indivíduos e se torna um elemento cultural e faz
com que o conhecimento cientifico se transforme em conhecimento comum. A partir do
fenômeno das representações sociais o autor evidencia o poder que estas têm de
reconstruir o que é real. Na prática, podemos observar esses conceitos atualmente no
Brasil em específico diante à pandemia da Covid-19 onde a figura de maior autoridade
no país que é o Presidente da República, usou os recursos midiáticos como
pronunciamentos e entrevistas para disseminar inverdades e invalidar regras de
isolamento social, uso de máscaras, medidas de proteção e até mesmo desestimular a
vacinação. Inclusive, em um pronunciamento enquanto mais de 2000 pessoas eram
diagnosticadas com COVID por dia, o presidente definiu a pandemia mundial como
uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”, além de ignorar as regras de distanciamento,
sendo visto várias vezes em aglomerações. Essas atitudes levaram grande parte da
população a invalidar a doença, não cumprindo as recomendações das autoridades de
saúde e agravando ainda mais a situação de crise sanitária no país.
O artigo científico escolhido para dialogar com esse tema, evidência os impactos
que essas atitudes e narrativas do governo Bolsonaro teve frente à pandemia no Brasil.
A pesquisa retrata principalmente o efeito que essa grande influência negativa que o
presidente tem possui sobre a sociedade refletiu também na população idosa, visto que
esta classe possui muito mais comorbidades e ainda maiores riscos de óbito.