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Com base no texto: Sá, C. P.

(1993) “Representações sociais: o conceito e o estado


atual da teoria. ” In: M. J. Spink (Org.). Podemos compreender que as Representações
sociais são as crenças, o conhecimento e ideologias que uma sociedade adquire a partir
de suas relações sociais e onde se define uma realidade em comum dentro de um
conjunto social. É por meio das Relações sociais que os indivíduos se identificam com
seu grupo social e adquirem formações socioculturais que os facilitarão a comunicação
no meio em que estão inseridos, além de ser uma forma de identificar determinado
grupo.

Moscovici (1987), foi responsável por desenvolver o conceito de Representação


Social, esse conceito que é muito relevante para a área da Psicanálise, também é
aplicável a todas as outras áreas do conhecimento. Para Moscovici, a Teoria das
Representações Sociais é um meio de explicar os fenômenos sociais, pois apresentam
comportamentos e pensamentos comuns a determinado grupo de indivíduos.

O autor afirma que “a representação toma o lugar da ciência e, por outro, a constitui
(ou reconstitui) a partir das relações sociais envolvidas”. (2001, p.17). Com isso, a
ciência se torna parte da crença dos indivíduos e se torna um elemento cultural e faz
com que o conhecimento cientifico se transforme em conhecimento comum. A partir do
fenômeno das representações sociais o autor evidencia o poder que estas têm de
reconstruir o que é real. Na prática, podemos observar esses conceitos atualmente no
Brasil em específico diante à pandemia da Covid-19 onde a figura de maior autoridade
no país que é o Presidente da República, usou os recursos midiáticos como
pronunciamentos e entrevistas para disseminar inverdades e invalidar regras de
isolamento social, uso de máscaras, medidas de proteção e até mesmo desestimular a
vacinação. Inclusive, em um pronunciamento enquanto mais de 2000 pessoas eram
diagnosticadas com COVID por dia, o presidente definiu a pandemia mundial como
uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”, além de ignorar as regras de distanciamento,
sendo visto várias vezes em aglomerações. Essas atitudes levaram grande parte da
população a invalidar a doença, não cumprindo as recomendações das autoridades de
saúde e agravando ainda mais a situação de crise sanitária no país.

O artigo científico escolhido para dialogar com esse tema, evidência os impactos
que essas atitudes e narrativas do governo Bolsonaro teve frente à pandemia no Brasil.
A pesquisa retrata principalmente o efeito que essa grande influência negativa que o
presidente tem possui sobre a sociedade refletiu também na população idosa, visto que
esta classe possui muito mais comorbidades e ainda maiores riscos de óbito.

Comparado aos demais países, o Brasil se destacou negativamente com a falta de


medidas para o combate a generalização da doença, além dos discursos que
desestimularam os cuidados necessários com a narrativa de que a economia não poderia
parar, mas que no fim não salvou nem as milhares vidas perdidas e nem a economia,
uma vez que, essa também sofreu grandes impactos que se tornaram quase impossíveis
de se ter uma reestruturação.

Com isso, podemos constatar os reflexos do despreparo e da má conduta de um


governo que teve grande responsabilidade pelas enormes perdas na sociedade.

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