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curso livre

AUTISMO EM
PERSPECTIVA

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E.03
AUTISMO NA
PERSPECTIVA
DA EDUCAÇÃO

Organização Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica Autora


UNIASSELVI e Revisão
Ana Clarisse Alencar Prof.ª Francieli Stano Nislândia Santos
Barbosa Prof. Hermínio Kloch Torres UNIASSELVI Evangelista

Apoio
Núcleo de Apoio Psicopedagógico – NUAP
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade – NIA
3
1
INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS Prezado, chegamos à Etapa 3 do “Curso Livre Autismo em Perspectiva”,
PARA AUTISTAS esperamos que esteja gostando. Nesta Etapa do curso, discutiremos sobre
algumas políticas e alguns marcos legais nacionais e internacionais que

3
ORIENTAÇÕES
abrangem, protegem e/ou asseguram direitos às pessoas com Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA).
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E A partir do conhecimento de documentos legais que norteiam nossas
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA práticas, discutiremos também sobre algumas práticas e intervenções comumente
utilizadas no tratamento dos sintomas de TEA e suas comorbidades. Nesta etapa,

4
A IMPORTÂNCIA
enfatizaremos a importância de práticas baseadas em evidências.

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Com a compreensão de políticas e práticas baseadas em evidências,
discutiremos também sobre a importância da interdisciplinaridade entre áreas

5
ORIENTAÇÕES
e disciplinas de conhecimento para diagnóstico, avaliação, intervenção e/ou
acompanhamento de pessoas com TEA. Por último, abordaremos brevemente
SOBRE AUTISMO NA sobre características e qualidade de vida do autismo na adolescência e na vida
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA adulta.

REFERÊNCIAS
4
1
INTRODUÇÃO
2 POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA
2 AUTISTAS
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), ancorado no Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-V (2014), trata-se de
3
ORIENTAÇÕES
um transtorno global de desenvolvimento que funciona como um guarda-
PRÁTICAS AO chuva para alguns transtornos, entre eles o autismo. Assim, como critérios de
PROCESSO
DE ENSINO E diagnósticos, aponta-se para os déficits na reciprocidade socioemocional, nos
APRENDIZAGEM DE comportamentos comunicativos não verbais usados para a interação social e
PESSOAS COM TEA
déficit para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Neste tópico,
abordaremos sobre algumas políticas voltadas para a educação e relacionaremos
4
A IMPORTÂNCIA
estes marcos com as possibilidades para casos de Transtorno do Espectro Autista.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Considera-se que pessoas com TEA possuem necessidades educacionais
especiais devido a especificidades e singularidades no que diz respeito às
5
ORIENTAÇÕES
condições clínicas, comportamentais, cognitivas, de linguagem e de adaptação
SOBRE AUTISMO NA social que as pessoas com TEA podem apresentar. É possível, a depender do caso,
ADOLESCÊNCIA E que precisem de adaptações curriculares e estratégias de manejo específicas.
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
5
1
INTRODUÇÃO
Deste modo, pensamos que, com políticas, direcionamentos e capacitação para a
inserção da pessoa com TEA no ambiente escolar, atendendo as suas necessidades
2 educacionais, é possível propiciar maior qualidade de vida individual e familiar,
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS além de inserção no social e no mercado de trabalho (KHOURY et al., 2014 ).
PARA AUTISTAS Por isso, dentre outros fatores, é relevante que seja discutido sobre o TEA no
âmbito da educação, tanto em termos legais e políticos, como também no sentido

3
ORIENTAÇÕES
científico e filosófico.

PRÁTICAS AO
PROCESSO Os marcos legais que apontam para o direito à educação estão preconizados
DE ENSINO E em documentos oficiais em nível internacional e nacional. Em termos
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA internacionais, a Declaração Mundial sobre Educação Para Todos, aprovada pela
Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia, de 5 a 9

4
A IMPORTÂNCIA
de março de 1990, por exemplo, é um documento que preconiza que qualquer
pessoa portadora de deficiência* tem direito de expressar opiniões, desejos
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR ou insatisfações com relação à educação que recebe. De forma similar, a família
também tem o direito inerente de ser consultada sobre as propostas de educação

5
ORIENTAÇÕES
e quais as formas mais apropriadas às necessidades e aspirações de suas filhas
e filhos.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
6
1
INTRODUÇÃO

2 dicas
POLÍTICAS Vamos falar sobre o termo pessoa portadora de deficiência*. Em 1990, usava-se
EDUCACIONAIS este termo, porém, para Romeu Kazumi Sassaki (consultor de inclusão social, educação
PARA AUTISTAS inclusiva e inclusão laboral, Presidente da Associação Nacional do Emprego Apoiado –
Anea), conforme demonstrou no texto “Como chamar as pessoas que têm deficiência?”,
publicado em 12/03/2014, na página da Diversa – educação inclusiva na prática, o verbo
3
ORIENTAÇÕES
“portar” como substantivo ou o adjetivo “portador” não se aplicam a uma condição inata
ou adquirida que faz parte da pessoa. Por exemplo, não dizemos que certa pessoa é
PRÁTICAS AO portadora de olhos verdes ou pele morena. Uma pessoa só pode portar algo de modo
PROCESSO deliberado ou casual. Por exemplo, uma pessoa pode portar um guarda-chuva se houver
DE ENSINO E necessidade e deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou se assim decidir. Não se
APRENDIZAGEM DE pode fazer isso com uma deficiência, é claro.
PESSOAS COM TEA
A quase totalidade dos documentos, a seguir mencionados, foi escrita e aprovada por
organizações de pessoas com deficiência que nos debates para a elaboração do texto da

4
A IMPORTÂNCIA
Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência chegaram ao consenso quanto
a adotar a expressão “pessoas com deficiência” em todas as suas manifestações orais ou
escritas.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Para saber mais, acesse o texto na íntegra: https://diversa.org.br/artigos/como-chamar-
pessoas-que-tem-deficiencia/.

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA Vamos continuar!
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
7
1
INTRODUÇÃO
Também indo por este viés, a Declaração de Salamanca, promulgada
em 1994, na Espanha, discorre sobre a inclusão de crianças portadoras de
2 necessidades especiais educacionais no âmbito das escolas regulares. Esta
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS declaração é um marco, pois reafirma a vertente da escolarização inclusiva e
PARA AUTISTAS apoia o desenvolvimento da educação especial como parte integrante de todos
os programas educacionais.

3
ORIENTAÇÕES O viés de educação especial tratado na Declaração de Salamanca postula
PRÁTICAS AO
PROCESSO sobre o fato de todas as crianças possuírem características, habilidades e
DE ENSINO E necessidades únicas de aprendizagem. Neste sentido, os sistemas educacionais
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA deveriam levar em conta a vasta diversidade e, portanto, diferentes necessidades
no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. Com isto, todas as

4
A IMPORTÂNCIA
crianças, independentemente de suas necessidades educacionais, devem estar
inclusas no sistema regular de ensino.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
Ainda nesta perspectiva, além do acesso ao ensino regular, também

5
ORIENTAÇÕES
se postula para uma pedagogia centrada na criança, em vista de atender às
necessidades específicas de cada caso. Este caminho de inclusão e adaptação
SOBRE AUTISMO NA de todos na escola regular constitui um meio eficaz para combater atitudes
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA discriminatórias e tendo, assim, maiores eixos acolhedores. Este modelo implica

REFERÊNCIAS
8
1
INTRODUÇÃO
princípios os quais todas as crianças podem se beneficiar ao assumir que lidar
com pessoas diferentes, em vários níveis, faz parte do social assim como o
2 respeito necessário às diferenças.
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS A Declaração de Salamanca, assim, levanta a bandeira para uma
pedagogia centrada na criança, pois percebe, nessa vertente, o fortalecimento

3
ORIENTAÇÕES
das esperanças e a consequente redução das taxas de desistência e repetência
escolar. Além disso, uma perspectiva centrada na criança também oferece
PRÁTICAS AO
PROCESSO princípios de respeito e dignidade a todos os seres humanos a partir, justamente,
DE ENSINO E de uma mudança de perspectiva social, onde a sociedade percebe e ressalta as
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA diferenças ao invés de inabilitar e oferecer mais foco aos impedimentos do que
aos potenciais de determinadas pessoas.

4
A IMPORTÂNCIA Neste sentido, uma escola inclusiva é aquela na qual as crianças aprendem
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR juntas, independente das dificuldades inerentes a elas. Isso significa um grande
desafio no ramo educacional, visto que se preconiza que a escola se adapte

5
ORIENTAÇÕES
às crianças, seja através de currículos apropriados, seja através de mudanças
na estrutura ou nos arranjos organizacionais. Portanto, não se pretende que
SOBRE AUTISMO NA as crianças se adaptem ao ambiente, mas sim que o ambiente ofereça meios
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA facilitadores e respeito às peculiaridades de cada criança. Assim, crianças

REFERÊNCIAS
9
1
INTRODUÇÃO
com necessidades educacionais especiais têm o direito de receber suporte
extrarrequerido para assegurar uma educação mais efetiva.
2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS Na esfera nacional, a nossa Constituição Federal de 1988 considera a
PARA AUTISTAS educação, juntamente à saúde, alimentação, trabalho, moradia, entre outros,
como direitos sociais do povo e dever do Estado. O Estatuto da Criança e do

3
ORIENTAÇÕES
Adolescente (ECA) também preconiza, com absoluta prioridade, a inserção de
crianças e adolescentes nas escolas visando tanto o desenvolvimento enquanto
PRÁTICAS AO
PROCESSO pessoa quanto cidadão e tendo qualificação para o trabalho. A Educação, assim, é
DE ENSINO E responsabilidade da família, da comunidade geral e do Estado. O ECA estabelece,
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA também, igualdade nas condições de acesso e permanência e direito de ser
respeitado.

4
A IMPORTÂNCIA O ECA está em acordo com documentos oficiais de cunho internacional,
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR como a Declaração Universal de Direitos do Homem, de 1948, e a Convenção
Internacional dos Direitos da Criança (CDC), de 1989. A Declaração Universal de

5
ORIENTAÇÕES
Direitos do Homem já proclamava fortemente o direito de todas as crianças à
educação, a partir de uma perceptiva de protecionista. Com o advento da CDC,
SOBRE AUTISMO NA passa a ser assegurado às crianças não apenas o direito de proteção, mas também
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA o direito de participação e voz na sociedade (ROSEMBERG, 2010).

REFERÊNCIAS
10
1
INTRODUÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, em
seu art. 59, trata dos sistemas de ensino que assegura aos educandos com
2 necessidades especiais, quais sejam:
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
PARA AUTISTAS para atender às suas necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o

3
nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar
ORIENTAÇÕES para os superdotados;
PRÁTICAS AO III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
PROCESSO para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
DE ENSINO E capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
APRENDIZAGEM DE IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
PESSOAS COM TEA
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os

4
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Assim, na LDB 9394/96 está preconizado o atendimento às crianças
que até então não recebiam a devida atenção, como a adaptação de currículo,
5
ORIENTAÇÕES
métodos, técnicas e/ou infraestrutura e o acompanhamento à pessoa com
necessidade educacional especial. Ainda, esta abertura de demanda para
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E população com necessidades especiais está dentro da norma regular, com oferta
VIDA ADULTA
e acesso gratuito em toda a rede pública de ensino.

REFERÊNCIAS
11
1
INTRODUÇÃO
Em 2003 foi implementado o “Programa Educação Inclusiva: direito à
diversidade” com o intuito de “disseminar a política de educação inclusiva nos
2 municípios brasileiros e apoiar a formação de gestores e educadores para efetivar
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS a transformação dos sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos
PARA AUTISTAS (BRASIL, 2006, p. 1). De acordo com Caiado e Laplane (2009), o programa tem
como ações previstas a implementação de sala com recursos funcionais e

3
ORIENTAÇÕES
formar e acompanhar os docentes para o desenvolvimento de uma educação na
perspectiva inclusiva. Com isto, as práticas de educação inclusa são ampliadas
PRÁTICAS AO
PROCESSO para a formação de professores e em busca de uma maior compreensão de
DE ENSINO E inclusão e integração dos atores envolvidos.
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação,

4
A IMPORTÂNCIA
promulgada em 2008, tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos
com deficiência – entre elas o TEA. Esta política busca garantir o acesso ao
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos diversos
níveis de ensino do Brasil, com transversalidade desde a educação infantil até a

5
ORIENTAÇÕES
educação superior; também busca garantir a oferta de atendimento de educação
especializada, formação de professoras e, caso necessário, atendimento
SOBRE AUTISMO NA educacional especializado; em consonância com a Convenção de 2006, também
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA busca a garantia de acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliárias,
na comunicações e nas informações (BRASIL, 2008).
REFERÊNCIAS
12
1
INTRODUÇÃO
A Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, divulgada em
Nova York, em 2006 e promulgada no Brasil a partir do Decreto nº 6.949 em
2 julho de 2009, é considerada um marco por definir e direcionar o modelo de
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS implementação que aponta para falhas atitudinais, estruturais e culturais que
PARA AUTISTAS podem criar obstáculos que dificultam a integração da pessoa com deficiência em
sociedade (GUARESCHI, 2016). Desta forma, a Convenção estabelece o conceito

3
ORIENTAÇÕES
de deficiência e alguns meios pelos quais a sociedade pode propiciar novas
formas de acessibilidade, além de estabelecer princípios como não discriminação,
PRÁTICAS AO
PROCESSO participação plena e efetiva na sociedade, igualdade de oportunidades (BRASIL,
DE ENSINO E 2007). Assim, esta declaração abarca diversas formas de deficiência, como física,
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA mental, sensorial ou múltipla – nisto também se encaixa o TEA. Essa convenção
serviu como base e direção para outras políticas e leis instituídas no Brasil

4
A IMPORTÂNCIA
posteriormente.

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR A Lei Ordinária Federal nº 12.764, de 7 de dezembro de 2012, institui a
Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro

5
ORIENTAÇÕES
Autista (TEA). Essa lei é denominada “Lei Berenice Piana” em homenagem à mãe
que luta pelos direitos das pessoas com autismo e institui para todos os efeitos
SOBRE AUTISMO NA legais que o autismo é considerado uma deficiência. O Art. 3º desta lei trata dos
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA direitos conferidos à pessoa com transtorno do espectro autista, quais sejam:

REFERÊNCIAS
13
1
INTRODUÇÃO
a) vida digna, integridade física e moral, livre desenvolvimento da
personalidade, segurança e lazer;

2 b) proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;


c) acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas
POLÍTICAS necessidades de saúde, incluindo o diagnóstico precoce, ainda que não
EDUCACIONAIS definitivo, o atendimento multiprofissional, a nutrição adequada e a terapia
PARA AUTISTAS nutricional, os medicamentos e as informações que auxiliem no diagnóstico e
no tratamento;
d) acesso à educação e ao ensino profissionalizante;

3
ORIENTAÇÕES
e) acesso à moradia, inclusive à residência protegida;
f) acesso ao mercado de trabalho; e,
d) acesso à previdência social e à assistência social.
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE Em 2015 foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
PESSOAS COM TEA Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), nº 13.146, de 6 de julho, a LBI,
no qual fica incumbido ao poder público promover acesso e igualdade às pessoas
4
A IMPORTÂNCIA
com deficiência. No âmbito da educação, a LBI ressalta como função e poder
do Estado “assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR avaliar” o sistema educacional voltado para pessoas com deficiência em diversos
âmbitos, desde a promoção de acesso ao desenvolvimento e implementação
5
ORIENTAÇÕES
de recursos pedagógicos e técnicos. A LBI ressalta que essas medidas são
válidas para todas as modalidades de ensino, com meios para infraestrutura e
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E capacitação de pessoal e que também deve ser posta em práticas medidas para a
VIDA ADULTA permanência destas pessoas no âmbito educacional. Para Santos e Vieira (2017),

REFERÊNCIAS
14
1
INTRODUÇÃO
tanto a LBI (2015) como a Lei Berenice Piana (2012) ressaltam a importância de
políticas que busquem a integralidade de pessoas com deficiência.
2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS A Lei nº 13.861, de 18 de julho de 2019, vigora que nos censos
PARA AUTISTAS demográficos realizados a partir de 2019, serão inclusos as especificidades
inerentes ao transtorno do espectro autista, em consonância com o § 2º do art.

3
ORIENTAÇÕES
1º da Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012.

PRÁTICAS AO
FIGURA 3 – ESCALA DE OBSERVAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DO AUTISMO
PROCESSO
DE ENSINO E DOCUMENTO LEGAL ANO/LOCAL O QUE PROMULGA
APRENDIZAGEM DE (para educação e/ou TEA)
PESSOAS COM TEA
Constituição Federal 1988, Brasil Educação a todas as pessoas como um direito social e
dever do Estado.

4
Estatuto da Criança e do 1990, Brasil Inserção, com absoluta prioridade, de crianças
Adolescente e adolescentes nas escolas visando tanto o
A IMPORTÂNCIA desenvolvimento enquanto pessoa como cidadão e
DO TRABALHO tendo qualificação para o trabalho.
INTERDISCIPLINAR Declaração Mundial sobre 1990, Tailândia Qualquer pessoa portadora de deficiência tem direito
Educação Para Todos de expressar opiniões, desejos ou insatisfações em
relação à educação que recebe.

5
ORIENTAÇÕES
Declaração de Salamanca 1994, Espanha Inclusão de crianças portadoras de necessidades
especiais educacionais no âmbito das escolas
regulares.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
15
1
INTRODUÇÃO
Lei de Diretrizes e bases da 1994, Brasil O atendimento às crianças que até então não
Educação Nacional recebiam o devido atendimento, como a adaptação

2 de currículo, métodos, técnicas e/ou infraestrutura


e o acompanhado da pessoa com necessidade
POLÍTICAS educacional especial.
EDUCACIONAIS Programa Educação 2003, Brasil Disseminar a política de educação inclusiva nos
Inclusiva: direito à municípios brasileiros e apoiar a formação de gestores
PARA AUTISTAS diversidade e educadores para efetivar a transformação dos
sistemas educacionais em sistemas educacionais
inclusivos.
3
ORIENTAÇÕES
Convenção sobre o
Direito das Pessoas com
2007, Estados
Unidos
Promover, proteger e assegurar o exercício pleno e
equitativo de todos os direitos humanos e liberdades
PRÁTICAS AO Deficiência fundamentais por todas as pessoas com deficiência e
PROCESSO promover o respeito pela sua dignidade inerente.  
DE ENSINO E Política Nacional de 2012, Brasil Institui para todos os efeitos legais que o autismo é
APRENDIZAGEM DE Proteção dos Direitos da considerado uma deficiência. Também discorre sobre
PESSOAS COM TEA Pessoa com Transtorno do os direitos das pessoas com TEA.
Espectro Autista (TEA)
Política Nacional de 2008, Brasil Assegurar a inclusão escolar de alunos com

4
A IMPORTÂNCIA
Educação Especial na
Perspectiva de Educação
Inclusiva
deficiência – entre elas o TEA. Esta política busca
garantir o acesso ao ensino regular, com participação,
aprendizagem e continuidade nos diversos níveis de
DO TRABALHO ensino do Brasil.
INTERDISCIPLINAR Lei Brasileira de Inclusão 2015, Brasil Destinada a assegurar e a promover, em condições de
da Pessoa com Deficiência igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando a

5
ORIENTAÇÕES
CENSO 2020 2019, Brasil
sua inclusão social e cidadania.
Inclusão as especificidades inerentes ao transtorno
do espectro autista nos censos demográficos (CENSO,
SOBRE AUTISMO NA FONTE: <www.nzcer.org.nz>. Acesso em: 2 mar. 2020.
2020).
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA FONTE: A autora

REFERÊNCIAS
16
1
INTRODUÇÃO
Descrição da imagem: quadro síntese dos documentos sobre a educação que se aplicam ao
autismo. As colunas estão separadas em “documento”, “ano\local” onde o documento foi
2 promulgado e “o que promulga”

POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
A partir dos documentos aqui mencionados, consideramos que o
PARA AUTISTAS
reconhecimento do TEA e conhecimento dos tópicos legais que abrangem a
educação e a cidadania desta população consiste em compreender que mudanças
3
ORIENTAÇÕES na esfera política, internacional ou nacional, e mudanças de cunho social que
PRÁTICAS AO ocorrem em grande escala, podem afetar vidas de forma individual. Isto serve,
PROCESSO
DE ENSINO E ademais, para que atuemos, na esfera educacional, também de forma politizada,
APRENDIZAGEM DE consciente dos direitos existentes e da luta que houve para conquistá-los.
PESSOAS COM TEA

4
FIGURA 1 – REPRESENTAÇÃO DA PESSOA COM TEA A PARTIR DA DIFERENÇA, NÃO DO DÉFICIT

A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E FONTE: Tramantino (1980, p. 6)
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
17
1
INTRODUÇÃO
Descrição da imagem: uma charge dividida em três cenas em que um garoto diz a alguém
“eu não “sofro” de autismo”, tudo bem que eu vejo as coisas de uma forma um pouco
2 diferente, mas eu sofro é do preconceito dos outros”. Nas três cenas, aparece o garoto, com
uma camisa branca e um short azul olhando para cima, indicando que conversa com alguém,
POLÍTICAS provavelmente um adulto. Deste interlocutor aparece apenas os pés e as pernas.
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3 ORIENTAÇÕES PRÁTICAS
3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
AO PROCESSO DE ENSINO E
PROCESSO
DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE PESSOAS COM TEA
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
Agora que vimos sobre alguns marcos legais e políticos com relação à

4
A IMPORTÂNCIA
educação e direito social que se aplicam às pessoas com TEA, veremos neste
tópico sobre algumas intervenções aplicáveis na esfera educacional ou fora dela.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
Recapitulando, o autismo, como anteriormente mencionado, é um

5
ORIENTAÇÕES
transtorno global de desenvolvimento. Suas causas são incertas, embora haja
evidências de influências genéticas. O diagnóstico é clínico, com base em
SOBRE AUTISMO NA comportamentos. Postula-se sobre adaptação e alteridade mais do que uma
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA busca para a cura para o TEA. Neste cenário, as propostas de intervenção são
múltiplas e apontam para diferentes estratégias e manejos.
REFERÊNCIAS
18
1
INTRODUÇÃO
Nunes e Schmidt (2009) comentam, em tom quase jocoso, que quando
não há cura, as propostas de tratamento são inúmeras e volumosas. No entanto,
2 os autores discutem também que das intervenções que são de fato realizadas,
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS estima-se que cada pessoa com TEA pode ser exposta a cerca de 15 tratamentos
PARA AUTISTAS (NUNES; SCHMIDT, 2009). Isto tem um custo emocional, psicológico e também
financeiro para estas famílias.

3
ORIENTAÇÕES Tendo este cenário em vista e com o intuito de maiores validades,
PRÁTICAS AO
PROCESSO confianças e fidedignidades das propostas de intervenção que são apresentadas
DE ENSINO E para casos de TEA, foram estabelecidas como norteadoras mais confiáveis
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA aquelas práticas que sejam baseadas em evidências (PBE). Práticas baseadas
em evidências são aquelas realizadas com rigor e parcimônia científicas, e que

4
A IMPORTÂNCIA
oferecem métodos que possam ser replicáveis. Geralmente, essas pesquisas
e práticas são divulgadas em revistas científicas com revisão de pares. Essas
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR práticas são reconhecidas pelas áreas de Psicologia e Medicina e pela American
Psychiatric Association (APA) (NUNES; SCHMIDT, 2009).

5
ORIENTAÇÕES As práticas realizadas com base em evidências apontam para o fato
SOBRE AUTISMO NA de as crianças com TEA, em muitos casos, não aprenderem pelos métodos de
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
19
1
INTRODUÇÃO
ensino tradicionais devido ao foco da atenção diferenciada, a dificuldade em
responder a instruções completas, em manter e focar a atenção em diferentes
2 tipos de estímulo simultaneamente (KHOURY et al., 2014). As PBE, em grande
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS parte, são realizadas em ambientes laboratoriais, com variáveis e estímulos
PARA AUTISTAS mais controlados. No caso da escola, com maiores bojos de imprevisibilidades, a
transposição de PBE pode se tornar dificultada, em alguns casos.

3
ORIENTAÇÕES
FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO DE HIPERFOCO DA PESSOA COM TEA
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR

Fonte: (Tramonte, 1980, p.36)


5
ORIENTAÇÕES Descrição da imagem: uma charge onde mostra dois personagens pintando um quadro. Os
SOBRE AUTISMO NA dois estão olhando para uma mesa com uma jarra e algumas frutas. O personagem do lado
ADOLESCÊNCIA E esquerdo, um cachorro, pinta todos os elementos. O personagem do lado direito, um garoto
VIDA ADULTA com TEA, pinta apenas o rosto que aparece na jarra sobre a mesa.

REFERÊNCIAS
20
1
INTRODUÇÃO
Neste cenário, a Análise Aplicada do Comportamento (Applied Behavior
Analys – ABA) tem ganhado destaque e contribuído expressivamente com a melhora
2 de problemas de aprendizagem e comportamento de pessoas com TEA. Em um
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS Guia de Orientação a Professores, patrocinado pelo Centro de Aperfeiçoamento
PARA AUTISTAS de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Khoury et al. (2014) apontam que os dois
princípios básicos da Análise Aplicada ao Comportamento são:

3
ORIENTAÇÕES Entender comportamentos como uma relação entre eventos: o comportamento
PRÁTICAS AO propriamente dito e os eventos ambientais denominados de estímulos
PROCESSO antecedentes (que antecedem o comportamento) e eventos consequentes
DE ENSINO E (que seguem o comportamento e que mantêm uma relação funcional com o
APRENDIZAGEM DE comportamento).
PESSOAS COM TEA Para que ocorra a modificação de comportamento é necessário que haja
intervenção e alteração no ambiente em que o indivíduo está inserido (os
estímulos antecedentes e consequentes) (KHOURY et al., 2014, p. 26).

4
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO Por esse viés, a ABA tem, como característica geral, identificar
INTERDISCIPLINAR comportamentos e habilidades que precisam ser modificados. No caso de pessoas
com TEA, estes comportamentos podem envolver modificação na comunicação
5
ORIENTAÇÕES
com pais e professores e interação social entre pares (CAMARGO, RISPOLI, 2013).
Para isso há métodos sistemáticos e intensivos para que uma intervenção seja
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E delineada com base em estratégias comportamentais estudadas e baseada em
VIDA ADULTA
evidências.

REFERÊNCIAS
21
1
INTRODUÇÃO
Embora amplamente conhecida como um método de intervenção para pessoas
com autismo (HOWARD et al., 2005; LANDA, 2007), ABA é uma tecnologia que

2 pode ser aplicada à crianças e adultos com ou sem necessidades especiais


em clínicas, escolas, hospitais, em casa, no ambiente de trabalho ou na
POLÍTICAS comunidade (CAUTILLI, DZIEWOLSKA, 2008). Procedimentos usados pela
EDUCACIONAIS ABA são baseados na avaliação detalhada das consequências que mantém os
PARA AUTISTAS comportamentos de cada indivíduo e podem ser modificados, na medida em
que a evidência demostra melhoras ou não ao longo do tempo e da intervenção
(CAMARGO; RISPOLI, 2013, p. 642)

3
ORIENTAÇÕES Neste sentido, é entendido como comportamento as ações que uma
PRÁTICAS AO
PROCESSO pessoa faz ou diz, como escovar os dentes, calçar um sapato, cantar uma música,
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE conversar com outras pessoas. Portanto, comportamentos não são características
PESSOAS COM TEA e não são utilizados como adjetivos, portanto, timidez ou desorganização
são exemplos de características e não de comportamentos. É importante e
4
A IMPORTÂNCIA
necessário que esta diferenciação esteja clara para que não haja equívocos ou
redução da compreensão de comportamentos a partir de ideias pré-concebidas
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR ou estereotipadas.

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
22
1
INTRODUÇÃO
a) Tirar nota 10 em uma prova é um comportamento? b) Engordar é um
comportamento? Resposta: Não são comportamentos! Esses são os resultados

2 do comportamento! No exemplo (a), para tirar nota 10 na prova, é preciso estudar


(esse é o comportamento). No exemplo (b), é preciso comer exageradamente
POLÍTICAS (esse é o comportamento) para engordar, que é a consequência do
EDUCACIONAIS comportamento. O comportamento depende do que acontece antes e depois
PARA AUTISTAS dele mesmo, e as consequências oriundas do comportamento tendem a alterar
a probabilidade de ocorrência futura do mesmo comportamento (KHOURY et
al., 2014, p. 28).

3
ORIENTAÇÕES Dessa forma, os comportamentos são frutos e consequências de ações
PRÁTICAS AO
PROCESSO que envolvem tanto o ambiente como outras pessoas envolvidas no entorno.
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE Assim, chamamos de reforço de comportamento aquelas ações que visam que tal
PESSOAS COM TEA comportamento volte a ocorrer no futuro. De modo similar, os comportamentos
que não são desejáveis que se repitam, não devem ser reforçados, pelo contrário,
4
A IMPORTÂNCIA
deve ser ensinado qual comportamento é esperado em determinada situação,
ainda que seja necessário repetir a instrução inúmeras vezes.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
A recompensa por comportamentos adequados também pode ser um

5
ORIENTAÇÕES
meio usado para que tais comportamentos voltem a ocorrer. Para Khoury et
al. (2014), crianças com TEA costumam ter diferentes fontes de recompensa,
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E então é recomendável a observação para poder associar as circunstâncias e as
VIDA ADULTA consequências de determinado comportamento ou recompensa.

REFERÊNCIAS
23
1
INTRODUÇÃO
Contudo, cabe destacar que os instrumentos e as estratégias utilizadas
pela ABA descartam, de forma veemente, o uso de práticas aversivas para
2 eliminação de comportamentos (CAMARGO; RISPOLI 2013). Pelo contrário,
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS aposta-se em técnicas de reforçamento positivo por apresentar consequências
PARA AUTISTAS que aumentam a probabilidade de comportamentos desejáveis e adequados
voltarem a ocorrer. Outrossim, acredita-se que o uso de reforçamento positivo é

3
ORIENTAÇÕES
mais eficaz e duradouro do que métodos de punição.

PRÁTICAS AO
PROCESSO Deste modo, por exemplo, a partir de um comportamento adequado, como
DE ENSINO E conseguir realizar alguma tarefa, oferece-se uma recompensa que pode ser
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA variável a depender dos gostos e singularidades do sujeito e é preciso, portanto,
observar como foi a recepção a esta recompensa e se o comportamento volta

4
A IMPORTÂNCIA
a ocorrer no futuro. Isto porque boas consequências tendem a aumentar a
probabilidade daquele comportamento no futuro.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
Assim, comportamentos que pessoas com TEA podem apresentar, como

5
ORIENTAÇÕES
interesses restritos, pouco ou nenhum contato visual, ecolalia, dificuldade para
expressar necessidades ou para compreender o todo, apego à rotina, movimentos
SOBRE AUTISMO NA estereotipados e/ou hiperfoco, entre outros comportamentos, podem ser
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA manejados com auxílio da ABA.

REFERÊNCIAS
24
1
INTRODUÇÃO
Khoury et al. (2014) apontam alguns exemplos práticos para gerenciar
comportamentos, a saber:
2
POLÍTICAS
FIGURA 3 – EXEMPLOS PRÁTICOS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E FONTE: Khoury et al. (2014, p. 31)
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
Descrição da imagem: um quadro para especificação de comportamentos. Há quatro colunas:
da direita para esquerda estão segmentadas em “horário em que o comportamento ocorreu”,
4
A IMPORTÂNCIA
“comportamento”, “eventos que antecedem ao comportamento” e “eventos que seguem ao
comportamento”.

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
25
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 4 – DÉFICIT (AÇÃO)

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR FONTE: Khoury et al. (2014, p. 52)

5
ORIENTAÇÕES
Descrição da imagem: um quadro que dá algumas direções para o caso de pobre iniciação de
comunicação ou ação.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
26
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 5 – DÉFICIT (ATENÇÃO)

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
FONTE: Khoury et al. (2014, p. 48)

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Descrição da imagem: um quadro que dá algumas direções para o caso de dificuldade no
contato visual e prejuízo na atenção.

5
ORIENTAÇÕES A ABA é considerada como bem-sucedida em crianças com TEA devido,
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E justamente, a rotinas e diretrizes claras e planejadas levando em consideração
VIDA ADULTA tanto o arsenal empírico da área como a realidade de cada sujeito observado

REFERÊNCIAS
27
1
INTRODUÇÃO
de forma parcimoniosa. De acordo com Camargo e Rispoli (2013), a ABA tem
ganhado espaço enquanto método de intervenção para o autismo.
2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS Contudo, também devemos considerar que tanto o índice de casos como a
PARA AUTISTAS quantidade de pesquisas sobre o TEA têm crescido de forma vertiginosa. Assim,
vejamos a seguir outras práticas e intervenções apresentadas em um Guia de

3
ORIENTAÇÕES
Boas Práticas com Pessoas com TEA (FUENTES-BIGGI et al., 2006):

PRÁTICAS AO
PROCESSO - Terapia de Integração Sensorial: este modelo de intervenção busca favorecer
DE ENSINO E uma integralidade sensorial em pacientes com dificuldades de aprendizagens.
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA Considera-se que o mal-estar que algumas pessoas sentem ao receberem
determinados estímulos táteis poderia dar margem para uma intervenção

4
A IMPORTÂNCIA
eficaz. A prática consiste em fazer com que a criança, em sessões de jogos
dirigidos, efetue determinados movimentos e recebe determinados estímulos
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR sensoriais e, assim, processar e aceitar estes tipos de estímulos. Contudo, há
controvérsias sobre sua eficácia, visto que alguns estudos apontam que não

5
ORIENTAÇÕES
há evidência suficiente que sustente esta terapia no tratamento de sintomas
nucleares do TEA, embora utilizada por diferentes países (FUENTES-BIGGI et
SOBRE AUTISMO NA al., 2006).
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
28
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 6 – CRIANÇA EM BALANÇO REPRESENTANDO UMA DAS ESTRATÉGIAS DA TERAPIA DE
INTEGRAÇÃO SENSORIAL

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA FONTE: Ayres e Robbins (2005, p. 231)

4
A IMPORTÂNCIA
Descrição da imagem: uma criança em um balanço em movimento.

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR - Método Doman-Delacato: desenvolvido para múltiplos problemas de
desenvolvimento, inclusive o TEA, esta técnica propõe determinadas
5
ORIENTAÇÕES
manipulações, movimentos e exercícios físicos do corpo para reparar
determinadas vias nervosas que possam estar danificadas. Este tipo de
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E tratamento é intensivo e de alto custo econômico, contudo, também não há
VIDA ADULTA evidências suficiente que sustente esta técnica como eficaz no tratamento de
TEA (FUENTES-BIGGI et al., 2006).
REFERÊNCIAS
29
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 7 – MANUSEIO DA POSIÇÃO

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA FONTE: Doman e Delacato (1960, p. 258)

Descrição de imagem: uma criança, com menos de dois anos, deitada de bruços e algumas
4
A IMPORTÂNCIA
mãos em seu corpo para manuseio da posição.

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
- Sistema de fomento das competências sociais: considerando as deficiências
no que diz respeito às habilidades sociais que são centrais no TEA, há alguns
5
ORIENTAÇÕES
métodos e programas que buscam avançar nesta área. Isto inclui histórias e
SOBRE AUTISMO NA guias sociais, aprendizagem por competências social, intervenções com jogos,
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA intervenções para o desenvolvimento de interações sociais, entre outros.

REFERÊNCIAS
30
1
INTRODUÇÃO
Embora sejam necessários mais estudos sobre o tema, recomenda-se estes
métodos para o fomento de relações sociais (FUENTES-BIGGI et al., 2006).
2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
- Sistemas alternativos/aumentativos da comunicação: este modelo apresenta
PARA AUTISTAS sistemas não verbais de comunicação que são empregados para fomentar,
complementar ou substituir a linguagem oral. Para isso são utilizados objetos,

3
ORIENTAÇÕES
fotografias, signos, e símbolos com sistemas simples ou aparatos com sons.
Este tipo de intervenção é reconhecido como eficaz no tratamento de TEA,
PRÁTICAS AO
PROCESSO especialmente em pessoas não verbais para o estímulo da comunicação
DE ENSINO E (FUENTES-BIGGI et al., 2006).
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
31
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 8 – EXEMPLO DE SISTEMA POR FIGURAS

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
FONTE: <https://www.revistaautismo.com.br/artigos/pecs/>. Acesso em: 7 mar. 2020.

DO TRABALHO Descrição da imagem: um exemplo de sistema por figuras com vinte indicações de ações,
INTERDISCIPLINAR como fazer a cama, arrumar o quatro, dormir, cortar as unhas, regar as plantas. Há também
substantivos como bicicleta e casa.

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
32
1
INTRODUÇÃO
- Tratamentos biomédicos: embora não haja uma terapia médica específica para
os sintomas centrais do TEA, tem sido estudado diferentes medicamentos para
2 sintomas específicos e concretos ou para comorbidades. Enfatiza-se, aqui, que
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS para o tratamento medicamentoso tem que se considerar o contexto, a qualidade
PARA AUTISTAS de vida, possíveis efeitos colaterais e informações científicas que sustentem a
eficácia do medicamento. Isso deve ser ressaltado pois há inúmeros medicamentos

3
ORIENTAÇÕES
com controvérsias sobre sua eficácia (FUENTES-BIGGI et al., 2006).

PRÁTICAS AO
PROCESSO - Terapias assistidas com animais: este método é endossado, muitas vezes, pelos
DE ENSINO E canais midiáticos como efetivos no tratamento de pessoas com TEA. No entanto,
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA não há estudos realizados nesta área e, portanto, não se pode assegurar sua
eficácia no tratamento nuclear do TEA (FUENTES-BIGGI et al., 2006).

4
A IMPORTÂNCIA FIGURA 9 – CRIANÇA ACEITANDO A APROXIMAÇÃO DO CÃO DURANTE O TRATAMENTO DE TEA
DO TRABALHO (FOTOGRAFIA DE CAROLINA ROCHA)
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA
FONTE: Muñoz (2013 p. 68)
REFERÊNCIAS
33
1
INTRODUÇÃO
Descrição da imagem: ao lado esquerdo uma criança sentada no chão. Ao lado direito, um
cachorro na direção da criança. A criança está tocando no cachorro. Ao fundo, aparece as
2 pernas de alguém, indicando que estava assistindo à cena.
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
FIGURA 10 – CRIANÇA ACEITANDO A APROXIMAÇÃO DO CÃO DURANTE O TRATAMENTO DE TEA
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

FONTE: <http://twixar.me/sk3m>. Acesso em: 7 mar 2020.


4
A IMPORTÂNCIA Descrição da imagem: uma menina ruiva com vestido branco deitada no chão sob um
DO TRABALHO cachorro. A criança e o cachorro estão com os olhos fechados.
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
- Dietas livre de glúten: embora as causas do TEA não sejam claras, há propostas
sobre uma suposta deficiência na absorção intestinal e, para tal, recomenda-
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E se uma dieta livre de glúten e caseína. Não há, no entanto, estudos que
VIDA ADULTA comprovem a relação entre diminuição do glúten e a subsequente diminuição
dos sintomas de TEA (FUENTES-BIGGI et al., 2006).
REFERÊNCIAS
34
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 11 – DIETAS SEM GLÚTEN

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO FONTE: <http://twixar.me/Mk3m>. Acesso em: 7 mar 2020.
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA Descrição da imagem: uma criança, de perfil, com os braços esticados na direção de uma
prateleira de cupcakes, como quem recusa os bolinhos.

4
A IMPORTÂNCIA - Vitaminas e suplementos dietéticos: na medida em que estudos mostravam a
DO TRABALHO relação entre ausência de Vitamina B6 e problemas neurológicos, postulou-se
INTERDISCIPLINAR
sobre a ingestão de megadoses desses compostos em casos de pessoas com
TEA para melhorar casos de agressividade e relações interpessoais. Contudo,
5
ORIENTAÇÕES não há evidências suficientes que apontem para a eficácia deste tratamento
SOBRE AUTISMO NA e recomenda-se apenas para aquelas pessoas que apresentem, de fato,
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA ausência destas vitaminas (FUENTES-BIGGI et al., 2006).

REFERÊNCIAS
35
1
INTRODUÇÃO
- Tratamentos psicoeducativos e psicológicos: nesta seção estão inclusos
diferentes programas de intervenção comportamental que tem como
2 princípio a mudança de comportamento e as técnicas baseadas nas teorias de
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS aprendizagem oriundos, principalmente, da teoria behavorista. São programas
PARA AUTISTAS como Applied Behaviour Analysis (ABA), Intensive Behaviour Intervention
(IBI), Early Intensive Behaviour Intervention (EIBI), Early Intervention Project

3 (EIP), early intervention, Discrete Trial Training (DTT), e Lovaas therapy. Estes
ORIENTAÇÕES programas e técnicas se diferenciam em variáveis como a idade de início, a
PRÁTICAS AO
PROCESSO intensidade, a duração, a especificidade para o autismo, a possibilidade ou não
DE ENSINO E de trabalhar em conjunto com outras intervenções e o nível de participação
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA dos responsáveis como co-terapeutas (FUENTES-BIGGI et. al, 2006).

4
A IMPORTÂNCIA
FIGURA 12 – ABA

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA
FONTE: <http://twixar.me/xk3m>. Acesso em: 7 mar 2020.

REFERÊNCIAS
36
1
INTRODUÇÃO
Descrição da imagem: três crianças levantando placas para formar a sigla ABA. À esquerda,
uma menina com blusa vermelha levanta uma peça de quebra-cabeça, também vermelha,
2 com a letra A. Ao meio, um menino negro, vestindo azul, levanta uma peça de quebra-cabeça,
também azul, com a letra B. À esquerda, um menino, vestindo uma camisa branca, levanta
POLÍTICAS uma peça de um quebra-cabeça amarelo com a letra A.
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS
- TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Limitações):
3
ORIENTAÇÕES
fundado na Universidade Carolina do Norte, em 1972, este modelo divulga
programas individuais de apoio, escolarização, formação e inserção no mercado
PRÁTICAS AO
PROCESSO de trabalho, além de ajuda às famílias. Tem como pressuposto colaborações
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE entre os envolvidos, como familiares e profissionais e o uso de diferentes
PESSOAS COM TEA técnicas e métodos combinados que se adaptem às necessidades individuais
dos envolvidos. Há a premissa básica de adaptação do ambiente para que a
4
A IMPORTÂNCIA
pessoa com TEA encontre ótimas condições de desenvolvimento pessoal. O
Guia de Boas práticas para tratamento de TEA considera este modelo exemplar
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR por unir os atores e agências governamentais em busca de maior qualidade de
vida para a população com TEA.

5
ORIENTAÇÕES Conforme os dados da pesquisa de Hax (2012), o método mais utilizado
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E para melhora de sintomas de TEA em adolescentes brasileiros, é o TEACCH
VIDA ADULTA para auxílio na organização e estruturação do ambiente. Considerando que a

REFERÊNCIAS
37
1
INTRODUÇÃO
prevalência de crianças diagnosticadas com TEA tem crescido em todo mundo e
tanto a causa quanto a cura são incertas, aposta-se em intervenções e métodos
2 educacionais com base na psicologia comportamental devido esta área ter
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS demostrado reduzir alguns sintomas do espectro do autismo e promover mais
PARA AUTISTAS qualidade de vida.

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
4 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE INTERDISCIPLINAR
PESSOAS COM TEA

Depois de estudarmos as políticas de educação que se aplicam às pessoas


4
A IMPORTÂNCIA
com TEA e alguns métodos de intervenção utilizados, também precisamos pensar
DO TRABALHO que, independentemente do tipo de tratamento ou técnica utilizado, é essencial
INTERDISCIPLINAR
que, no atendimento de pessoas com TEA, os profissionais envolvidos trabalhem
e estejam abertos para abordagens interdisciplinares.
5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA Interdisciplinaridade diz respeito a um método de pesquisa e de ensino com
ADOLESCÊNCIA E diálogo entre duas ou mais disciplinas. Este diálogo pode ser uma comunicação
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
38
1
INTRODUÇÃO
das diferentes ideias ou, em alguns casos, da integração de conceitos (D’ANTINO,
2008). Uma abordagem interdisciplinar, do diagnóstico às intervenções, no
2 caso do TEA, é primordial para uma compreensão mais integral da questão. Isso
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS significa segmentar menos os saberes e promover visões menos reducionistas
PARA AUTISTAS dos casos de TEA. A pessoa com TEA pode ter diferentes tipos de abordagens e
acompanhamentos, como o médico, o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, o

3
ORIENTAÇÕES
psicólogo, o psicopedagogo, entre outros.

PRÁTICAS AO
PROCESSO Com isso, além de respeito pelo conhecimento produzido por diversas
DE ENSINO E áreas, também é necessário refletir que nenhuma área, per si, domina todos
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA os conhecimentos sobre o caso, mas que precisam atuar em conjunto tanto
para a evolução dos casos como pela busca profissional e ética de um trabalho

4
A IMPORTÂNCIA
interdisciplinar.

DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Para que seja reconhecida e identificada potencialidades da pessoa com
TEA e de sua família, uma dinâmica interdisciplinar capta melhor peculiaridades

5
ORIENTAÇÕES
de diversos campos de atuação: b) a necessidade do diagnóstico diferencial; e
(c) a identificação de potencialidades tanto quanto de comprometimentos, é
SOBRE AUTISMO NA importante que se possa contar com uma equipe de, no mínimo, psiquiatra e/
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA ou neurologista e/ou pediatra, psicólogo e fonoaudiólogo (BRASIL, 2014, p. 39).

REFERÊNCIAS
39
1
INTRODUÇÃO
Neste sentido, as diretrizes de atenção para reabilitação da pessoa com
TEA (BRASIL, 2014) aponta as funções de cada área de conhecimento e os
2 segmentos do diagnóstico à intervenção, a saber:
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS - A avaliação médica inclui anamnese e exame físico e podem indicar alterações
em diversos níveis (emocional, comportamental, apetite, sono, consciência,

3
ORIENTAÇÕES
entre outros). Esta avaliação também é responsável por providenciar indicações
e recomendações.
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E - A avaliação psiquiátrica apresenta tanto uma entrevista direto com o sujeito
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA como também uma avaliação do comportamento a partir do relato de pessoas
e profissionais próximos.

4
A IMPORTÂNCIA - A avaliação neurológica tem como foco os aspectos funcionais do sistema
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR nervoso central e há uma análise pelo exame clínico-neurológico.

5
ORIENTAÇÕES
- A avaliação com fonoaudiólogo tem ênfase nos aspectos linguísticos visando
compreender como funciona a linguagem da pessoa diagnosticada. Para tal, é
SOBRE AUTISMO NA realizada uma anamnese, coletado dados de entrevistas anteriores e feito um
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA exame com o paciente para objetivas condutas verbais e/ou não verbais.

REFERÊNCIAS
40
1
INTRODUÇÃO
- Avaliação psicológica: compreende em entrevistas de anamnese com familiares
e avaliação da interação social por meio de entrevistas e brincadeiras,
2 dependendo da idade. Também pode envolver avaliações cognitivas e/ou
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS neuropsicológicas em diálogo com psiquiatra e neurologista. Esta área atua na
PARA AUTISTAS avaliação e na intervenção de fatores emocionais e de sociabilidade, bem como
também pode oferecer mecanismos de empoderamento da família através do

3
ORIENTAÇÕES
estudo e de orientações de comportamento.

PRÁTICAS AO
PROCESSO Essas áreas possuem demandas voltadas para a área da saúde que
DE ENSINO E precisam dialogar também com a área da educação, considerando a pessoa com
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA TEA como cidadão que participa dos espaços e que têm direitos, como acesso e
permanência à escola, ao mercado de trabalho e aos espaços sociais em geral

4
A IMPORTÂNCIA
quando na vida adulta. É na escola onde podem ser plantadas práticas e ideias
que envolvem toda uma comunidade, desde as crianças e adolescentes como
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR representantes de uma nova geração, como também as possibilidades para o
desenvolvimento de conhecimentos práticos, funcionais, sociais e políticos. Por

5
ORIENTAÇÕES
isso, é necessário dialogar e capacitar professores e a gestão educacional de
forma geral para compreender as políticas que protegem e dão direito às pessoas
SOBRE AUTISMO NA com TEA e para melhor evolução dos casos e maior consciência em termos
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA educacionais.

REFERÊNCIAS
41
1
INTRODUÇÃO
Devido a tais complexidades onde diversas áreas do saber precisam
atuar em um mesmo caso é que se advoga, de forma veemente, por uma
2 abordagem interdisciplinar. Isso serve para aprendermos a reconhecer os limites
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS e as possibilidades de cada área de atuação onde o muro de um lado pode
PARA AUTISTAS se transformar na ponte para outra área de conhecimento. Assim, podem ser
produzidos novos conhecimentos para realização de diagnóstico, avaliação e

3
ORIENTAÇÕES
intervenção de pessoas com TEA, com práticas baseadas em evidência e que não
reduzam os casos a uma única área.
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E Para D’Antino (2008), uma das críticas voltadas para a produção científica
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA sobre transtornos globais do desenvolvimento refere-se, justamente, à vieses
reducionistas e estanques oriundos, principalmente, da medicina e da psicologia,

4
A IMPORTÂNCIA
que não conseguem dar conta de toda a complexidade do fenômeno. Para uma
ampliação do conhecimento é necessário, também, que sejam lançados caminhos
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR de abertura – bifurcações – para reaver o diálogo com as diversas ciências sociais,
políticas e culturais.

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
42
1
INTRODUÇÃO
5 ORIENTAÇÕES SOBRE AUTISMO NA
2 ADOLESCÊNCIA E VIDA ADULTA
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS
A adolescência é um conceito moderno para o período de moratória
quando as pessoas já não são crianças, portanto os níveis de proteção e cuidado
3
ORIENTAÇÕES
são mais frouxos; contudo, nesta fase as pessoas também não são consideradas
PRÁTICAS AO adultos, ou seja, ainda não possuem a autonomia e o nível de participação plena
PROCESSO
DE ENSINO E em sociedade (CALIGARIS, 2000).
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
A puberdade, por outro lado, trata-se de mudanças no nível biológico,
alterações corporais, etc. Pessoas com TEA passam, logicamente, por ambos os
4
A IMPORTÂNCIA
processos. Deste modo, a adolescência é um período onde os conflitos pessoais
DO TRABALHO e/ou interpessoais tendem a aumentar, considerando tanto as modificações de
INTERDISCIPLINAR cunho físico e biológico, quanto as normas sociais voltadas para a adolescência
(HAX, 2012).
5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA A maior parte das pesquisas relacionadas ao TEA estão voltadas para a
ADOLESCÊNCIA E infância, seja em nível de diagnóstico ou de intervenção. Assim, a literatura da
VIDA ADULTA
área é escassa quando o assunto é adolescência e vida adulta. Neste sentido,

REFERÊNCIAS
43
1
INTRODUÇÃO
lidar com adolescentes com TEA é um desafio para profissionais e responsáveis
devido ao pouco conhecimento produzido e devido, também, às peculiaridades
2 tanto do TEA quanto dessa fase da vida, o que deixa este fenômeno com uma
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS dose extra de complexidade.
PARA AUTISTAS
Adolescentes e adultos com TEA são percebidos com empobrecimento

3 das relações sociais, visto que, muitas vezes, há pouca autonomia e condição
ORIENTAÇÕES para estabelecimento de vínculos sociais ou também devido à escassa – ou nula,
PRÁTICAS AO
PROCESSO busca por novas experiências. Por outro lado, em um estudo de Seltzer et al.
DE ENSINO E (2003 apud HAX, 2012), realizado com 400 adolescentes com TEA, cerca de
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA um terço deste percentual melhorou em relação aos sintomas de dificuldade em
comunicação e interação social.

4
A IMPORTÂNCIA A adultez é o maior período da vida e, no caso de pessoas com TEA,
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR ainda se deve oferecer uma variedade de recursos e cuidados específicos,
seja residencial, em casas de grupo e/ou na comunidade. Assim, considera-se

5
ORIENTAÇÕES
que pessoas com TEA, com o avançar da idade não dispensam os cuidados e
educações continuadas, bem como a necessidade de adaptações de comunicação
SOBRE AUTISMO NA e ambiente. Ainda, torna-se necessário maior apoio de em esferas sociais que
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA propiciem maior qualidade de vida.

REFERÊNCIAS
44
1
INTRODUÇÃO
A educação personalizada e permanente e o acesso ao apoio que lhes
permita participar da vida comunitária serão necessidades que acompanharão

2 as pessoas com autismo à medida que envelhecem e atingem a velhice;


portanto, será necessário manter um plano adequado para a idade e enfatizar
POLÍTICAS permanentemente aspectos como individualização, escolha pessoal, ajuste de
EDUCACIONAIS idade, planos de transição, aquisição de habilidades funcionais, participação
PARA AUTISTAS na vida comunitária, coordenação entre clientes e profissionais, respeito e
dignidade (FUENTES-BIGGI et al., 2006, p. 436).

3
ORIENTAÇÕES
Com relação à vida adulta de pessoas com TEA, de acordo com Schmidt
PRÁTICAS AO (2017), um estudo americano mostra que cerca de metade dos jovens com
PROCESSO
DE ENSINO E autismo evadiu da escola sem que tenha, para si, uma renda fixa oriunda de
APRENDIZAGEM DE algum trabalho, sendo necessário, portanto, auxílio financeiro na vida adulta.
PESSOAS COM TEA
O autor também aponta que o risco de mortalidade é 2,8% maior do que em
pessoas sem autismo; contudo, este encurtamento está relacionado a outras
4
A IMPORTÂNCIA
condições de vida – como o sedentarismo ou o uso de medicamentos com efeitos
DO TRABALHO colaterais – e não necessariamente aos sintomas de autismo.
INTERDISCIPLINAR

Em sua tese de doutorado, Rosa (2015) discorre que alguns estudos


5
ORIENTAÇÕES
internacionais com o TEA como tema abordaram sobre a qualidade de vida
SOBRE AUTISMO NA dos adultos. A autora aborda que alguns estudos internacionais indicam a
ADOLESCÊNCIA E permanência dos comprometimentos, nos adultos com TEA, de linguagem,
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
45
1
INTRODUÇÃO
interação social, independência e inclusão social. Em estudos nacionais, embora
com escassa produção, também se verifica a ausência de suporte às famílias,
2 que ficam sobrecarregadas.
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS Com este cenário, releva-se importante uma atenção voltada para o TEA
na vida adulta, visto que geralmente as pesquisas estão voltadas para a infância.

3
ORIENTAÇÕES
Também pode ser um fator de qualidade de vida, desenvolvimento cognitivo,
emocional e comportamental se houver maiores oportunidades sociais, como
PRÁTICAS AO
PROCESSO o aumento na participação e em variados ambientes, públicos e privados, e
DE ENSINO E integração em grupos e em comunidades.
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR

5
ORIENTAÇÕES
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
46
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 13 – AUTORIDADES NA ÁREA EM QUE TRABALHAM - AUTISTAS

2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS

3
ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA

4
A IMPORTÂNCIA
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR FONTE: Tramante (1980, p. 65)

5
ORIENTAÇÕES
Descrição da imagem: uma charge em que aparece os personagens indicados no Uni
Curiosidades: Temple Grandin, J.E. Robison e Jacob Barnett. Na charge, há escrito: muitos
autistas conseguiram superar as dificuldades porque souberam aproveitar o lado positivo do
SOBRE AUTISMO NA autismo. Como a fixação por um assunto em especial e a alta capacidade de concentração.
ADOLESCÊNCIA E Hoje eles são autoridades nas áreas que trabalham.
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
47
1
INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
2
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS AYRES, J.; ROBBINS, J. Sensory Integration and the Child: understanding
PARA AUTISTAS hidden sensory challenges. Wps: Los Angeles, 2005.

3 BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de


ORIENTAÇÕES Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 2015.
PRÁTICAS AO
PROCESSO Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/
DE ENSINO E l13146.htm. Acesso em: 12 mar. 2020.
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

4
A IMPORTÂNCIA
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação
da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) / Ministério da
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

5
ORIENTAÇÕES BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Política Nacional de
SOBRE AUTISMO NA Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Disponível
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm.
Acesso em: 12 mar. 2020.
REFERÊNCIAS
48
1
INTRODUÇÃO
BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil:
texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações
2 adotadas pelas Emendas Constitucionais nos 1/1992 a 68/2011, pelo Decreto
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS Legislativo nº 186/2008 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a
PARA AUTISTAS 6/1994. 35. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2012.

3 BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da


ORIENTAÇÕES Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
PRÁTICAS AO
PROCESSO
DE ENSINO E BRASIL. Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência. Brasília:
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007.

4
A IMPORTÂNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Programa
Educação Inclusiva: direito à diversidade. Brasília: Ministério da Educação,
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR 2006.

5
ORIENTAÇÕES
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional-LDBEN. Brasília: Senado Federal, 1996.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do
Adolescente. Rio de Janeiro: Expressão e cultura, 1990.
REFERÊNCIAS
49
1
INTRODUÇÃO
CAIADO, K. R. M.; LAPLANE, A. L. F. de. Programa Educação inclusiva: direito
à diversidade - uma análise a partir da visão de gestores de um município-
2 polo. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 35, n. 2, p. 303-315, ago. 2009.
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.

3
ORIENTAÇÕES
CAMARGO, S. P. H.; RISPOLI, M. Análise do comportamento aplicada como
intervenção para o autismo: definição, características e pressupostos filosóficos
PRÁTICAS AO
PROCESSO Revista Educação Especial, Santa Maria-RS, v. 26, n. 47, p. 639-650, set./dez.
DE ENSINO E 2013.
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
D ́ANTINO, M. E. Interdisciplinaridade e transtornos globais do

4
A IMPORTÂNCIA
desenvolvimento: uma perspectiva de análise. Caderno de Pós-Graduação de
Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v.8, 2008.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre princípios, políticas e práticas na área

5
ORIENTAÇÕES
das necessidades educativas especiais. Disponível em: http://portal.mec.gov.
br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 12 mar. 2020.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS
50
1
INTRODUÇÃO
DOMAN, R. J.; DELACATO, C. H. Children with severe brain injuries: neurological
organization in terms of mobility. JAMA, Chicago, v. 17, n. 174, p. 257–262,
2 1960.
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS DSM-5. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Tradução:
Maria Inês Corrêa Nascimento. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

3
ORIENTAÇÕES FUENTES-BIGGI, J. et al. Guía de buena práctica para el tratamiento de los
PRÁTICAS AO
PROCESSO trastornos del espectro autista. REV NEUROL, Rio de Janeiro, v. 43, n. 7, p.
DE ENSINO E 425-438, 2006.
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA
GUARESCHI, T. Autismo e políticas públicas de inclusão no Brasil. Journal of

4
A IMPORTÂNCIA
Research in Special Educational Needs, Londres, v. 16, n. 1, p. 246-250,
2016.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
HAX, G. P. Estilo de Vida de Adolescentes com Transtorno Autista. 2012.

5
ORIENTAÇÕES
Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física.
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA MINAYO, M.C. de S. Interdisciplinaridade: funcionalidade ou utopia? Saúde e
Sociedade, v. 3, n. 2, p. 42-64, 1994.
REFERÊNCIAS
51
1
INTRODUÇÃO
MUNÕZ, P. O. L. Terapia assistida por animais: interação entre cães e
crianças autistas. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental). São
2 Paulo: Universidade de São Paulo, 2013.
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PARA AUTISTAS ROSEMBERG, F. A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança: debates
e tensões. Cadernos de Pesquisa, v. 40, n. 141, p. 623-728, set./dez., 2010.

3
ORIENTAÇÕES SANTOS, R. K. MAIRA, A. VIEIRA, E. C. Transtorno do Espectro do Autismo (TEA):
PRÁTICAS AO
PROCESSO do reconhecimento à inclusão no âmbito educacional. Universidade Federal
DE ENSINO E Rural do Semiárido, Mossoró-RN, Coordenação Geral de Ação Afirmativa,
APRENDIZAGEM DE
PESSOAS COM TEA Diversidade e Inclusão Social, v. 3, n. 1, 2017.

4
A IMPORTÂNCIA
SCHMIDT, C. Transtorno do Espectro Autista: onde est amos e para onde vamos.
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 22, n. 2, p. 221-230, 2017.
DO TRABALHO
INTERDISCIPLINAR
VILHENA, D. de A. et al. Avaliação interdisciplinar do transtorno do espectro

5
ORIENTAÇÕES
do autismo e comorbidades: caso de um diagnóstico tardio. Cadernos de Pós-
Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v. 15, n. 1, 2015.
SOBRE AUTISMO NA
ADOLESCÊNCIA E
VIDA ADULTA

REFERÊNCIAS

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