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14/05/2022 20:16 UNINTER

GESTÃO DE MARCAS E BRANDING


AULA 2

Prof. Raphael Moroz

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/13
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CONVERSA INICIAL

Olá! Seja
bem-vindo(a) à nossa aula. Que tal retomarmos os principais conteúdos?
Aprendemos que o

propósito de uma marca é diferenciar os produtos/serviços de


determinada empresa. Nesse sentido, temos

aspectos tangíveis e intangíveis em


jogo. A consequência de uma boa gestão de marca é o brand equity –

ou seja, o alto valor agregado da


marca em questão. Esse valor, por sua vez, depende do consumer based

brand
equity, que diz respeito à visão que os consumidores têm sobre a marca.

Nesta
aula, vamos conhecer os aspectos tangíveis ligados a uma marca, abordando os
tipos e as

extensões de marcas, bem como os elementos gráficos que as compõem.


Finalizaremos com o ciclo de
vida de marca, aprofundando o conceito de brand
persona.

CONTEXTUALIZANDO

Já falamos de valor de
marca, certo? Você já parou para pensar na forma como as marcas que você
ama comunicam esse valor? Resgate, na memória, as cores, os símbolos e os
logotipos associados a elas.

Há coerência entre esses elementos e a missão das marcas?


Elas comercializam produtos que apresentam

submarcas? Se sim, qual é, a seu


ver, a intenção das marcas quando adotam tal estratégia? Nesta aula,

vamos
compreender a importância de cada um desses aspectos na gestão de marcas.
Vamos aprender

juntos?

TEMA 1 – ELEMENTOS DA MARCA

Como você sabe que determinado


produto pertence à Nike? Se no site da empresa, o nome “Nike”

não fosse
mencionado em nenhuma página, você conseguiria associá-lo à marca?
Provavelmente sim. Isso

acontece porque há elementos que identificam a marca,


como o símbolo que faz alusão a um sinal de

check e o slogan
“Just Do It” (em português, algo como “simplesmente faça o que tem de ser
feito”).

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Figura
1 – Modelo de tênis da marca Nike

Crédito:
RMC42/Shutterstock.

Kotler e Keller (2018, p. 338)


explicam que elementos da marca “são recursos que podem ser

registrados e
servem para identificar e diferenciar a marca”. Eles devem ser escolhidos com o
propósito de

gerar um alto valor agregado – ou seja, um alto grau de brand


equity. Vejamos alguns exemplos:

a
maçã mordida da marca Apple;

o
f no fundo azulado de Facebook;

o
slogan “Bem Estar Bem”, da Natura;

a
flecha direcionada para a direita da Amazon;

o
r dentro do círculo branco da marca Renner; e
o
slogan “Amo muito tudo isso” do McDonald’s.

Figura
2 – Símbolo da marca Apple

Crédito:
solomon7/Shutterstock.

Figura
3 – Símbolo da marca Amazon

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Crédito:
solomon7/Shutterstock.

Reconheceu esses elementos,


não é mesmo? Vamos estudar, agora, o significado dos recursos que

podem
identificar uma marca (Ribeiro, 2021).

Nome/marca nominal: constitui o primeiro


componente de associação com a marca. Esse elemento
precisa sintetizar o
posicionamento da empresa (missão, visão e valores) em uma palavra marcante e

de fácil memorização.
Logotipo/logo: é a especificação da escrita
do nome de uma empresa, produto ou serviço. Um

logotipo costuma apresentar


letras, de um alfabeto existente ou criado.
Símbolo: sinal gráfico cuja função é identificar
uma marca, uma ideia, um produto ou um serviço. Ele

costuma comunicar a
personalidade e a cultura da marca.
Slogan: uma
frase curta e marcante que comunica o posicionamento da marca. Kotler e Keller
(2018)
definem que o slogan funciona como uma espécie de gancho que
ajuda os consumidores a

compreenderem a essência da marca.

Kotler e Keller (2018) apontam


seis critérios que devem ser levados em consideração na criação dos
elementos
de uma marca. Os três primeiros são fundamentais para a construção do valor da marca
(brand

equity), já os três últimos contribuem para a alavancagem e a preservação


do valor agregado. São eles.

Fácil memorização: uma marca precisa ser


facilmente lembrada pelos consumidores. No contexto

de marketing, nomes curtos


têm maiores chances de serem memorizados.
Significativo: diz respeito ao significado
do nome/símbolo escolhido. Ele faz sentido para a
empresa? Remete a algum
aspecto importante do posicionamento da organização?

Cativante: capacidade de determinado


elemento de agradar os consumidores. É comum que as
empresas optem pelo humor na
escolha dos elementos de suas marcas, o que geralmente funciona

bem!

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Transferível: é importante que os


elementos de uma marca possam ser usados em diferentes
contextos. O símbolo
criado pode ser usado no ponto de venda físico e no e-commerce? O logotipo

pode
ser facilmente aplicado em diferentes produtos da marca? Considerar essas
perguntas é
fundamental.
Adaptável: os elementos da marca
conseguem ser atualizados e adaptados de acordo com as

características de
diferentes períodos históricos? Por exemplo: ao longo dos últimos cem anos, a logo
da Shell já foi atualizada cerca de dez vezes!

Protegido:
proteção jurídica dos elementos da marca. Conversaremos melhor sobre esse tema
futuramente.

Reflita: a sua marca (ou a


marca da empresa onde você trabalha) cumpre esses requisitos? Marcas que

levam
em conta tais critérios têm maiores chances de permanecerem na mente dos
consumidores!

TEMA 2 – TIPOS DE MARCAS

Agora que compreendemos cada


um dos elementos de uma marca, vamos complexificar um pouco
mais a nossa
discussão. Você já percebeu que existem empresas que comercializam produtos sob
outras

marcas? É o caso da Coca-Cola, que, além de disponibilizar refrigerantes


que levam o nome da marca,
como a Coca-Cola tradicional e a Coca-Cola Zero,
oferece produtos com outras marcas, como os

refrigerantes Sprite e Fanta e os


sucos Del Valle. A Nestlé também utiliza essa estratégia, já que
comercializa
produtos com marcas distintas (e bastante fortes, diga-se de passagem), como o
leite

condensado Moça e o achocolatado Nescau. Nesses casos, qual é o propósito


da estratégia? Vejamos três
possibilidades de uso de marcas e seus respectivos
objetivos.

2.1 NOMES DE FAMÍLIA DE MARCAS DISTINTAS OU DE MARCAS INDIVIDUAIS

Quando as empresas apresentam muitos


produtos diferentes em seu portfólio, uma alternativa é usar
marcas distintas.
Nesse caso, vemos produtos com marcas próprias, mas que são comercializados
pela

mesma empresa (como os exemplos do parágrafo anterior). Essa estratégia é


interessante quando a
organização deseja diferenciar determinado produto,
porque apresenta características muito distintas ou
um nível de qualidade menor
ou maior (Kotler; Keller, 2018).

Marcas de chocolates costumam


usar essa estratégia. Pastore (2018) traz um exemplo: conhecida
pelos
chocolates mais sofisticados que comercializa (destinados às classes A e B), a
Kopenhagen criou uma

marca chamada Brasil Cacau para concorrer com a empresa


Cacau Show e conquistar a preferência do

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público da classe C. Dessa forma,


independentemente de a marca nova prosperar ou fracassar, os clientes
da
Kopenhagen não associariam as duas marcas. Foi uma decisão bastante
estratégica, não acha?

2.2 GUARDA-CHUVA CORPORATIVO OU NOME DE MARCA DA EMPRESA

Esta estratégia é o oposto da anterior.


Neste caso, as empresas adotam a mesma marca para todos os
produtos que comercializam.
Isso costuma acontecer quando os produtos vendidos são do mesmo

segmento, ou quando
se destinam ao mesmo público-alvo. A principal vantagem é a redução de
custos,
já que são é necessário gastar com ações de criação de uma nova
marca, como pesquisas de mercado e

campanhas publicitárias.

É o caso da Heinz, que utiliza


o mesmo nome em todos os seus produtos alimentícios (Kotler; Keller,

2018;
Pastore, 2018). De acordo com Kotler e Keller (2018, p. 352), “as vendas de um
novo produto tendem

a ser elevadas quando o nome do fabricante é bem-conceituado.


[...] Uma estratégia de branding

corporativo pode acarretar maior valor


intangível para a empresa”.

Figura
4 – Diferentes produtos da marca Heinz

Crédito: Jonathan
Weiss/Shutterstock.

2.3 NOME DE SUBMARCA

Essa estratégia mescla as duas


que acabamos de ver. Por meio dela, uma organização pode criar

submarcas para determinadas


linhas de produtos, mas a marca principal continua em evidência (Pastore,

2018). Kotler e Keller (2018, p. 352) explicam que, nesses casos, “o nome
corporativo ou da empresa
confere legitimidade ao novo produto, enquanto o nome
individual o particulariza”. O ponto forte dessa

estratégia é, assim, o fato de


ela potencializar o valor tanto da marca quanto dos produtos

produzidos.
Ambos são fortalecidos. Por outro lado, quando uma das marcas não obtém o
retorno
esperado em termos de valor agregado, a outra pode compensá-la.

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Vejamos alguns exemplos: a


Samsung comercializa uma linha de produtos com uma submarca tão

forte quando
ela própria, a Galaxy, que engloba os smartphones mais sofisticados que
produz. Que tal
voltarmos a falar de chocolates (que delícia!)? Enquanto a
Kopenhagen tem a submarca Nhá Benta para os

famosos chocolates recheados com marshmallow,


a Brasil Cacau mantém a submarca Dinda para

chocolates similares.

TEMA 3 – EXTENSÕES DE MARCA

Quantos termos envolvem a


palavra marca, não é mesmo? Caso você esteja com alguma dúvida, não

deixe de enviar uma mensagem para o(a) tutor(a) do curso! Conversaremos, neste tema,
sobre mais uma
estratégia possível: as extensões de marca. Vamos partir de um
exemplo: a empresa Uber foi fundada em

2009, no estado norte-americano da Califórnia,


por meio de um aplicativo que proporcionava caronas

pagas. Em 2016, foi lançado


o UberCopter, serviço de táxi aéreo por helicóptero, e o UberEats, um serviço

de entrega de comidas (delivery). Essas duas marcas são consideradas extensões


da Uber.

De maneira objetiva, podemos


dizer, então, que as extensões de marca remetem ao uso de uma

marca já
existente, e consolidada, para novos produtos/serviços (Pastore, 2018). Quer
ver outro exemplo?

A Rede Globo, além de manter um canal aberto, tem uma


plataforma de streaming chamada Globo Play,
onde disponibiliza seus
produtos audiovisuais (novelas, séries e programas dos mais diversos gêneros) e
os

de outras emissoras/produtoras.

Que tal colocar na balança as vantagens


e desvantagens dessa estratégia? Primeiramente, vejamos
os aspectos
positivos: considerando o fato de que as marcas que lançam extensões costumam
estar

consolidadas, as chances de sucesso são maiores, já que os consumidores


tendem a criar expectativas com

base no que conhecem da marca-mãe. Outro


ponto importante: já que a reputação da marca-mãe é

positiva, acaba sendo desnecessário


investir financeiramente na criação de uma nova marca e no
desenvolvimento de
estratégias de comunicação para que o público conheça a marca em questão
(Kotler;

Keller, 2018).

Uma segunda importante


vantagem está ligada à possibilidade de fortalecimento da marca-mãe. Ao
ampliar a cobertura de mercado por meio de extensões, ela pode atrair mais
públicos e também renovar e

ampliar os laços emocionais que já tem com os seus


clientes. Um exemplo icônico foi o lançamento dos

produtos ligados à submarca


iPod. Ao lançá-los, a Apple abriu um novo mercado, gerou mais vendas para
os
produtos da submarca Mac e aqueceu os seus públicos para o lançamento do iPhone
e do iPad (Kotler;

Keller, 2018).

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Chegou a hora de abordar os


aspectos negativos. Trata-se, na verdade, de um aspecto apenas: ao
mesmo tempo em
que as extensões da marca podem ser bem-sucedidas, fortalecendo a marca-mãe,
elas

podem resultar no contrário. Segundo Kotler e Keller (2018, p. 357), a diluição


da marca “ocorre quando

os consumidores deixam de associá-la a um produto


específico ou a produtos altamente semelhantes e
passam a lhe dar menos
importância”. Trata-se daquele famoso ditado: “o feitiço virou contra o
feiticeiro”

(de acordo com os autores, esse fenômeno é chamado de armadilha


da extensão de linha).

Segundo eles, na década de


1980, a publicidade negativa em torno do carro Audi 5000, ocasionada
por uma
suposta aceleração brusca demais do veículo, chegou a contaminar também o Audi
4000. Foi

necessário formular uma estratégia de branding diferenciada


para reverter a situação negativa.

TEMA 4 – CICLO DE VIDA DE MARCA

Será que uma marca, assim como


seus produtos, tem um ciclo de vida? Para autores como Simon

(1979, citado por


Pastore, 2018), a resposta é sim. Segundo ele, o ciclo de vida de uma marca é medido

pela quantidade de tempo em que ela é vendida em determinado segmento.


Vale ressaltar que esse
ciclo é o mesmo para marcas e produtos. Ele é composto
por quatro fases, conforme demonstra a figura a

seguir.

Figura
5 – Ciclo de vida de marca

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Fonte: Elaborado com


base em Pastore, 2018, p. 70.

A primeira fase (introdução)


envolve a ativação da marca no mercado. Trata-se do pontapé inicial!
Esse pontapé precisa ser bem planejado e forte. Considere: uma marca não se
torna conhecida de uma

hora para outra. Por isso, nessa etapa são dispensados grandes
esforços promocionais e de

comunicação. Esse é o momento ideal


para investir em benefícios aos consumidores (descontos, vouchers,

brindes
etc.) e em estratégias de comunicação capazes de posicionar a marca, considerando
a sua missão,
seus valores e seu(s) público(s) de interesse. É importante que a
empresa seja agressiva em relação a essas

estratégias, para que se torne conhecida


entre os seu(s) público(s).

Façamos, agora, uma observação


quanto à fase de introdução: as estratégias promocionais e de
comunicação
precisam ser bem planejadas e assertivas, pois o risco de prejuízo
financeiro é grande

nesse momento. O planejamento estratégico, os


produtos/serviços e as ações promocionais/de

comunicação precisam, portanto, estar


bem alinhadas!

A palavra que dá nome à


segunda fase já denuncia o que ocorre nesse momento: com o

reconhecimento da
marca por parte do(s) público(s) de interesse, as vendas passam a crescer
rapidamente.

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Essa é a etapa ideal para o lançamento de extensões de linha, com


o intuito de fortalecer a presença da
marca no mercado e combater as empresas
concorrentes – que provavelmente vão tentar tirar proveito

dos mesmos públicos


de interesse (Pastore, 2018).

Com a fase da maturidade, vem


a estabilidade da marca. Segundo Pastore (2018, p. 71), “isso ocorre
principalmente porque todos os consumidores propensos a realizar a compra já o
fizeram e, a partir de

agora, a fonte de faturamento serão as compras repetidas


realizadas pelo mesmo grupo de

consumidores”. A principal “jogada” nessa etapa


é, portanto, manter-se relevante no mercado. Muitas

empresas costumam lançar


produtos/serviços e ingressar em diferentes mercados com marcas novas.

A seguinte afirmação é
dolorosa, mas verdadeira: há marcas que chegam ao fim. Os motivos são os

mais diversos: ação da concorrência, mudanças tecnológicas, econômicas, além de


mudanças nos hábitos

de consumo do público. Pastore (2018) orienta que, para


extrair o máximo da marca até o seu declínio, é
importante reduzir os custos
relacionados aos produtos. Mesmo assim, é igualmente importante não

generalizar!
Algumas marcas conseguem se reciclar antes do declínio. Ainda segundo Pastore
(2018), a

segunda onda de crescimento pode ser impulsionada por estratégias


promocionais agressivas e pelo

interesse de novos públicos pela marca.

TEMA 5 – BRAND PERSONA

Quem cunhou o termo persona


foi o psiquiatra Carl Gustav Jung. Ele foi um dos maiores estudiosos
da personalidade
humana, tendo cunhado o termo em questão para nomear os diferentes papéis
sociais

que exercemos ao longo da vida. Por exemplo: você, além de ter o


papel social de aluno(a), possivelmente

tem o papel de filho(a) e de


profissional. Em cada papel que exercemos, demonstramos determinadas
facetas da
nossa personalidade. Pense: você, enquanto filho(a), age de maneira diferente
em relação ao seu

dia a dia no trabalho, não é mesmo?

No marketing, o termo persona


diz respeito a um personagem fictício relacionado à marca. A buyer

persona, por exemplo, é o personagem que representa os públicos de


interesse da marca. E a brand
persona, o que seria? Vamos realizar um
breve exercício para compreender melhor esse conceito. Se as

marcas listadas a
seguir fossem pessoas, como seriam?

Itaú
Apple

Amazon

Coca-Cola

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As pessoas que você imaginou


possivelmente representam a essência dessas marcas, não é mesmo?

Pois então: a brand


persona é o personagem que representa a personalidade e os valores de
uma marca.

Na prática, ela serve para direcionar a maneira como a marca


se comunica com seus públicos de
interesse. Reflita: os personagens
que você imaginou para as marcas anteriormente mencionadas se

comunicam de
maneira mais formal ou informal? Usam uma linguagem mais culta ou coloquial? Se

interessam por quais assuntos? Costumam utilizar quais redes sociais?

A personagem Lu, da marca


Magazine Luiza, é um exemplo bastante interessante de brand persona.

Nos
vídeos oficiais em que aparece, ela é divertida e costuma se comunicar de
maneira bastante

descontraída e atenciosa. Na sua opinião, ela representa de


maneira coerente a empresa a qual está

associada?

“Como podemos criar uma brand


persona?”, você deve estar se perguntando neste momento.

Figueiredo (2018)
orienta que é preciso definir alguns itens a seguir durante o processo de
construção de

brand personas:

tom
de voz;

gírias
e regionalismos;

formas
de argumentar;
referências
que ela usa ao falar; e

citações
e autores que ela admira.

Saiba
mais

O
seguinte artigo aprofunda o propósito e a construção de brand personas
por meio de uma

linguagem simples e acessível:

FIGUEIREDO, S. Brand Persona: o poder da


personificação dos valores da sua marca. Rock

Content, 21 fev. 2018.


Disponível em:
<https://rockcontent.com/br/blog/brand-persona/>. Acesso

em: 5 nov. 2021.

NA PRÁTICA

Um case emblemático de
declínio é o da loja de departamentos Mesbla, bastante popular no Brasil

durante as décadas de 1960 e 1970. Sediada no Rio de Janeiro, a empresa chegou


a ter 180 pontos de
venda ao redor do país. A palavra que definia o catálogo da
marca era “diversidade”: produtos como

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roupas, brinquedos, máquinas e itens de


beleza. Com o surgimento dos shoppings centers em 1980, a

empresa, cujos
pontos de vendas situavam-se em centros comerciais das cidades, precisou se
adaptar e

aderir a esses espaços. No entanto, o que os consumidores buscavam


nos shoppings à época era

justamente o que a Mesbla não oferecia: lojas


especializadas e atendimento qualificado. Também

contribuíram para a derrocada


da marca: o surgimento dos hipermercados e de grandes redes de varejo

(como
Ponto Frio e Casas Bahia), que passaram a oferecer produtos similares à Mesbla
em bairros mais

próximos das casas dos consumidores; e a forte inflação do fim


da década de 1980, que prejudicou a
relação entre a empresa e os seus
fornecedores (Martins, 2011).

Vários anos após a falência


das operações da Mesbla, a marca demonstrou que ainda tinha força. Em

2009, a
empresa Telemercantil adquiriu os direitos da marca e a relançou em um
e-commerce voltado ao
público feminino. Apesar de a ideia ter fracassado, por desentendimentos
internos, a loja virtual teve sete

milhões de usuários cadastrados como


possíveis clientes, evidenciando que a marca permanecia presente

na mente da
população (Martins, 2011). Muitos lembram até hoje do seu jingle :
“Mesbla, a loja do Brasil!”.

No YouTube, é possível resgatar várias peças de


propaganda da empresa.

TROCANDO IDEIAS

Faça, agora, o seguinte


exercício: escolha uma marca que não existe mais e descubra os motivos que
contribuíram para o seu declínio. Compartilhe as informações que você descobriu
com os seus colegas de

curso 😉

FINALIZANDO

Nesta aula, nos aprofundamos nos


aspectos tangíveis das marcas. Iniciamos a nossa conversa

abordando os
elementos que são responsáveis pela diferenciação de uma marca. Em seguida,
tratamos, a

partir de vários exemplos, dos tipos de marcas e também das fases


do ciclo de vida de uma marca.

Encerramos a aula conversando sobre o propósito


e a construção de brand personas.

Futuramente, vamos partir para


“mão na massa”! Agregaremos conhecimentos de áreas como

psicologia, mitologia,
semiótica e design para compreender o processo de construção de uma
marca. Será

imperdível! 😉

REFERÊNCIAS

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FIGUEIREDO, S. Brand Persona: o poder da


personificação dos valores da sua marca. Rock Content, 21

fev. 2018.
Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/brand-persona/>. Acesso
em: 5 nov. 2021.

KOTLER,
P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 15. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil,

2018.

MARTINS,
C. O que aprender com os erros da Mesbla. Mundo do Marketing, 27 jun.
2011. Disponível

em: <https://www.mundodomarketing.com.br/cases/19357/o-que-aprender-com-os-erros-da-

mesbla.html>.
Acesso em: 5 nov. 2021.

PASTORE,
C. M. de A. Gestão de marcas. Curitiba: InterSaberes, 2018.

RIBEIRO,
L. C. Gestão de marca e branding. Curitiba: InterSaberes, 2021.

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