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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE ITAQUERA


TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – 1 ADM B

ANA CLARA RAMOS ARAÚJO


CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA CAETANO DOS SANTOS
GABRIEL DE OLIVEIRA ROZENDO DA SILVA
LETHICIA APARECIDA BARRENSE GOMES
SABRINA FERREIRA DOS SANTOS
THAIS CABRAL DOS SANTOS SILVA

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

SÃO PAULO
2022
ANA CLARA RAMOS ARAÚJO
CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA CAETANO DOS SANTOS
GABRIEL DE OLIVEIRA ROZENDO DA SILVA
LETHICIA APARECIDA BARRENSE GOMES
SABRINA FERREIRA DOS SANTOS
THAIS CABRAL DOS SANTOS SILVA

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Trabalho apresentado ao curso de Técnico em


Administração, da ETEC de Itaquera – Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza –
CEETEPS/SP, como pré-requisito para aprovação
na disciplina de Linguagem, Trabalho e
Tecnologia, sob orientação da professora Elenice
Aparecida de Souza.

SÃO PAULO
2022
DEDICATÓRIA

Gostaríamos, primeiramente, dedicar nosso trabalho a Deus e Sua infinita


sabedoria, por nos sustentar e guiar até aqui. Dedicamos também às nossas
respectivas famílias, por serem nosso suporte e também abrigo.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos à nossa professora, Elenice Aparecida, por nos orientar e


aconselhar em desempenho de tal tarefa, e pela paciência e dedicação. Também a
todos aqueles, amigos e colegas, que contribuíram de alguma forma para a
realização deste trabalho: muito obrigado!
EPÍGRAFE

Mas me diga como se sente sobre isso


Faço o que quero, vivo como quero viver
Trabalhei duro e me sacrifiquei para
conseguir o que consegui
Mulheres, não é nada fácil ser independente
(Tradução de trecho da música Independent
Women Pt. I, de Destiny’s Child)
RESUMO

A princípio a mulher era constantemente reduzida a uma posição de


submissão aos homens, foram necessárias muitas lutas e reivindicações para que
se adquirisse os direitos que hoje possui, mesmo sendo eles em grande parte
desiguais.

As mulheres não tinham direito à educação, à direitos políticos, nem


mesmo à decisão da quantidade de filhos que viriam a ter, eram usadas como
moeda de troca entre famílias onde o pai “arranjava” o casamento da filha e
inferiorizadas em todas as áreas sociais, com a exclusiva função de cuidar da casa,
do marido e dos filhos.

Os ideais de igualdade começaram a ganhar força durante a Revolução


Francesa, nesse período as mulheres desempenharam importante papel nas
manifestações e tentavam ser ouvidas através de panfletos, jornais e petições.

Com o tempo as mulheres foram ganhando espaço, direitos e liberdade


para expressar suas ideias. A sociedade sofreu por muitas mudanças, entretanto
ainda é eminente o número de casos de assédio, feminicídios, agressões, estupros
e até mesmo sequestros.

No mercado de trabalho ainda existem inúmeros empecilhos que


promovem a desigualdade. Uma pesquisa feita pelo G1 no ano de 2019, apresenta
dados que constatam existir uma diferença salarial de -22% para mulheres com
relação aos homens que exercem as mesmas funções e cargos. Outra pesquisa
feita pelo próprio comitê do Nobel, aponta que mulheres representam apenas 5%
dos premiados.

Palavras-chave:

Direitos – Igualdade - Sociedade


Sumário
INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
1. O INÍCIO DAS LUTAS...............................................................................................9
2. OS DIREITOS FEMININOS CONQUISTADOS......................................................10
2. 1. Direito à educação:..........................................................................................11
2. 2. Entrada no mercado de trabalho:....................................................................11
2. 3. Leis trabalhistas:..............................................................................................13
3. EMPECILHOS DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO..............................16
3. 1. Ocupação de cargos:.......................................................................................16
3. 2. Dificuldades atuais:..........................................................................................16
3. 3. Assédio:...........................................................................................................17
3. 4. Maternidade:....................................................................................................17
3. 5. Racismo, idade e padrões:..............................................................................18
4. A MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO...........................................18
4. 1. “Mulher produtora”:..........................................................................................18
4. 2. A hierarquia de empregos:..............................................................................18
5. MULHERES GANHADORAS DO PRÊMIO NOBEL..............................................19
5. 1. Marie Skłodowska-Curie..................................................................................20
5. 2. Elionor Ostrom.................................................................................................22
5. 3. Tawakel Karman, Ellen Johnson Sirleaf, e Leymah Gbowee.........................22
5. 4. Jane Addams...................................................................................................25
6. ATUAÇÃO E INCLUSÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO NOS
DIAS ATUAIS..............................................................................................................26
6. 1. Participação da mulher no mercado de trabalho:...........................................26
6. 2. “Profissões femininas”:....................................................................................27
6. 3. Jornada dupla:.................................................................................................27
6. 4. Um mercado mais igualitário:..........................................................................27
7. REPRESENTAÇÃO DE DADOS SOBRE A MULHER NO MERCADO DE
TRABALHO.................................................................................................................28
8. DEPOIMENTOS DE MULHERES...........................................................................31
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................33
REFERÊNCIAS...........................................................................................................34
8

INTRODUÇÃO
A jornada até uma posição da mulher no mercado de trabalho não foi
nada fácil. Anos de lutas e reinvindicações estão por trás de cada conquista hoje
vista e usufruída.
Por meio deste trabalho, apresentaremos a trajetória da mulher no meio
trabalhista, os preconceitos iniciais, suas lutas por seus direitos, suas conquistas, a
visão do mercado feminino atual e ainda as dificuldades que elas ainda sofrem nos
dias de hoje.
9

1. O INÍCIO DAS LUTAS


As mulheres nos tempos antigos viviam restritas ao ambiente de seu lar,
meninas e jovens dependiam da vontade de pais segundo seus critérios de criação e
educação dos filhos. Geralmente, as mulheres eram analfabetas por imposição dos
pais, que, segundo seus costumes, achavam que era necessário apenas se
aperfeiçoar nas prendas domésticas com o feito de agradar exclusivamente seus
futuros maridos. Agiam como se fossem guardiões de moral e bons costumes. A
mulher não tenha direito e nem poder diante dessas circunstâncias, julgavam que
havia nascido apenas para ser mãe e o homem, um protetor, cuidador e provedor do
lar. Estes predicados preenchiam o desejo dos pretendentes. Era esse o consenso
cultural da época.
Depois de casadas, passavam a cuidar do marido e filhos. Dependiam
completamente do marido, por vezes, a mulher era humilhada, vivia reprimida em
sua condição, encarada como apenas uma reprodutora. Mulheres não tinham
vontade própria, por exemplo, o casamento era uma escolha do pai ou do interesse
entre famílias, sendo assim o desejo pessoal da mulher era ignorado.
As mulheres sempre estiveram presentes nos movimentos de
contestação e mobilizações ao longo da nossa história. No período da Ditadura, elas
resistiram de muitas formas: se organizaram em clubes de mães, associações,
comunidades eclesiais de base, em movimentos contra o custo de vida e por
creches. Desafiando o papel feminino tradicional, participaram do movimento
estudantil, partidos, sindicatos. Também, ainda que sempre em menor número que
os homens, pegaram em armas, na tentativa de derrubar o regime militar. Foram
duramente reprimidas. Foram elas ainda que iniciaram o movimento pela anistia.
No campo as condições das mulheres, não eram os melhores. O aumento
da pobreza rural levou milhões de pessoas a migrarem em direção às cidades. Em
1950 somente 13.3% da população vivia nas cidades, nos anos 1970 essa
proporção praticamente se inverte e a população que vivia e trabalhava no campo
passou a representar somente 27,8% do total. As mulheres do campo foram
excluídas de um conjunto de políticas implementadas na época, já que não eram
consideradas produtoras e nem reconhecidas como chefes de família e, portanto,
responsáveis pelo sustento familiar. As mulheres solteiras, mesmo que chefes de
10

família, não tinham acesso à terra, e as que ficavam viúvas perdiam o direito de uso
da terra.
A partir dos anos 1960, a situação da mulher brasileira acompanhou o
processo de industrialização e urbanização pelo qual o país passou desde a
Segunda Guerra Mundial, mudança também influenciada pelos ventos do
movimento feminista, que tomava força em outras partes do mundo.
A tradição patriarcal e machista da sociedade brasileira foi defrontada
nessa época com questões referentes às mulheres: o direito ao estudo, ao trabalho,
à participação política, ao uso de contraceptivos. Ou seja, a busca por direitos
individuais e coletivos que lhes garantissem a condição de cidadania plena.
Para os mais conservadores, as mulheres deveriam cuidar apenas do
espaço privado, da educação dos filhos, da ordem doméstica de trabalhos manuais
e deveriam cuidar de sua honra vestindo-se adequadamente, sabendo se comportar
com recato. No entanto, na classe operária as mulheres já estavam trabalhando nas
fábricas têxteis ou trabalhando como empregadas domésticas, entre outras
ocupações; e há muito tempo algumas de classe média trabalhavam como
professoras, enfermeiras, secretárias, ainda que não fosse de forma contínua.
As mulheres não se contentavam apenas com o direito ao voto,
conquistado a duras penas, mas queriam romper com os padrões rígidos impostos
pela sociedade patriarcal, para isso lutavam pelo direito de interrupção da gravidez,
pela liberdade sexual, contra a violência sexista, por seu direito ao trabalho e pela
afirmação no mundo público como cidadãs. A pílula anticoncepcional colocou em
questão a maternidade como destino obrigatório permitindo às mulheres desvincular
a pratica de sua sexualidade à gravidez. A partir dos anos 1960, o mundo público,
familiar e privado não seria mais o mesmo, ainda que a igualdade entre homens e
mulheres seja até hoje uma árdua batalha.

2. OS DIREITOS FEMININOS CONQUISTADOS


Algumas coisas já são tão comuns no dia-a-dia que nem chegamos a
prestar muita atenção ou pensar no assunto. Tomar pílula anticoncepcional, votar,
se divorciar ou ainda estudar e conseguir um emprego, são, atualmente, direitos
femininos – mas nem sempre foi assim. Foram necessárias muitas lutas e ações de
inúmeras mulheres para que tais direitos fossem conquistados.
11

2. 1. Direito à educação:

As primeiras escolas no Brasil foram criadas pelos jesuítas, ainda no


período colonial. O acesso à educação era somente para homens e meninos da elite
do país. Somente em 1827, após a Independência do Brasil (1822), é reconhecido
por lei o direito de meninas frequentarem as chamadas “escolas de primeiras letras”.

Entretanto, as escolas eram separadas por gênero e, enquanto meninos


aprendiam adição, subtração, multiplicação, divisão, números decimais, frações,
proporções e geometria, meninas não podiam ver nada além das quatro operações
básicas. Apenas português e religião eram aplicados igualmente. Nas escolas
femininas o foco era em lhes ensinar sobre a vida doméstica.

“[Para meninas,] Basta-lhes o saber ler, escrever e as quatro primeiras


operações da aritmética. Se querem dar-lhes algumas prendas mais, ensinem-lhes a
cantar e tocar, prendas que vão aumentar a sua beleza. O que importa é que elas
sejam bem instruídas na economia da casa, para que o marido não se veja obrigado
a entrar nos arranjos domésticos, distraindo-se dos seus negócios.”, argumentou o
senador Marquês de Caravelas (BA) durante o debate sobre qual seria o currículo
de estudos adequado para meninas. Antes da assinatura do imperador Dom Pedro I
e virar lei, a proposta foi discutida e votada na Câmara e no Senado.

A unificação dos conteúdos curriculares de meninas e meninos só ocorreu


quase três décadas mais tarde, em 1854.

2. 2. Entrada no mercado de trabalho:


A mulher trabalha desde os primórdios da raça humana, porém o seu
trabalho sempre foi dentro de casa. Trabalhar, para uma mulher na era medieval,
significava preparar refeições, dar atenção às pessoas enfermas, limpar espaços
compartilhados, entre outras tarefas da casa. 
Não existe relato histórico de que as mulheres escolheram isso para si.
Essa sempre foi uma imposição vinda das figuras masculinas que usavam de sua
força física para manter tudo funcionando conforme queriam. Então o primeiro
trabalho da mulher na sociedade foi o do cuidado (trabalho esse que permanece até
os dias atuais).
12

Após o final do período medieval formou-se um tipo de núcleo econômico


familiar no qual as mulheres dividiam seu tempo entre trabalhar fora e dentro de
casa, contanto que mantivessem seus afazeres domésticos em dia. Acontece que
aquelas que se sujeitavam a trabalhar fora, não podiam ter seus nomes publicados e
a maior parte do trabalho exercido por mulheres nessa época passou a ser nomeado
como “autor fantasma” ou “autoria anônima.”
Por conta dessa desvalorização, muitas não podiam comprovar suas
habilidades e tinham remuneração inferior. A mão de obra feminina era explorada
para gerar maior retorno financeiro. Portanto, nesse contexto, a mulher foi incluída
no mercado de trabalho, mas em condições míseras.
Insatisfeitas com as desigualdades de gênero, algumas mulheres
passaram a se rebelar e expor a situação precária que a figura feminina vivia. Figura
importante para a época foi a de Olympe de GOUGES, mulher que contestava as
crenças sociais e propôs a criação de uma “Declaração dos direitos femininos” como
complemento à já existente “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão''. O
resultado? Olympe foi sentenciada à morte na guilhotina em 1739 sob a acusação
de ter deixado de lado os “benefícios do seu gênero” e tentar ser um homem de
Estado.

Após o período da revolução, o capitalismo trouxe novas consequências


para a esfera feminina. As fábricas surgiram junto ao desenvolvimento da tecnologia
e as mulheres passaram a trabalhar dentro do setor fabril em atividades compatíveis
13

com as que exerciam dentro de casa. Ou seja, elas “podiam” trabalhar porém com o
trabalho do cuidado, servindo comida e limpando os espaços.
Neste momento as ideologias socialistas se consolidaram, de modo que o
movimento feminino pela luta de direitos se fortificou como um aliado do movimento
operário. Nesse contexto aconteceu a primeira convenção dos direitos da mulher em
Seneca Falls, Nova York em 1848. Também em Nova York, em 1857, aconteceu o
movimento grevista feminino que, reprimido pela polícia, resultou num incêndio que
ocasionou a morte de 129 operárias no mês de março.
Na década de 20, as leis trabalhistas começam a surgir e com a redução
da jornada de trabalho para 44 horas semanais a mulher pode encontrar algum tipo
de descanso e reparo uma vez que, além do trabalho em condições insalubres e
desrespeitosas também precisavam exercer o trabalho do cuidado em suas casas.
Com a expansão da economia, a urbanização crescente e a
industrialização em ritmo acelerado favoreceram a entrada de muitos trabalhadores,
inclusive mulheres. A partir daqui o movimento feminista passou a tomar proporções
mundiais fazendo com que os papéis sociais da figura feminina fossem contestados
e forçados a ressignificação. 
O ano de 1975 foi decretado pela ONU como “Ano Internacional da
Mulher” e pouco a pouco a ideia de que a mulher representava o sexo frágil passou
a desagradar. No mercado de trabalho, primeiro as mulheres tiveram que atuar nos
batalhões da base ou linhas de produção e depois foram subindo lentamente na
linha hierárquica.
Com a globalização e o crescimento econômico no mundo todo, o
mercado de trabalho expandiu de forma que, sem a participação de todas as
pessoas, a engrenagem não funcionaria. Muitas mulheres passaram a sustentar
suas famílias, trabalhar em diferentes áreas do mercado e possuir os próprios
planos de carreira. 
2. 3. Leis trabalhistas:
Direito à licença maternidade de 120 dias: A partir do 8º mês de gestação
é possível a gestante pedir o afastamento do emprego, sem prejuízo do salário, que
será integral. Nos casos em que houver necessidade médica, o período de
afastamento poderá ser acrescido de duas semanas antes e depois do nascimento
conforme preconiza o Artigo 392 da CLT.
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Direito a duas semanas de repouso no caso de aborto natural: A gestante


que sofre aborto natural, comprovado por atestado médico, possui o direito a duas
semanas de repouso, além de ter assegurado o direito de ocupar a mesma função
que exercia antes do afastamento, nos termos do Artigo 395 da CLT.
Direito à licença maternidade da adotante: A empregada que adotar ou
obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será
concedida licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário,
nos termos do art. 392-A da CLT, que teve sua redação alterada em lei posterior à
reforma de 2017.
Direito a ampliação da licença maternidade (Lei 11.770/08): A
prorrogação de 60 dias será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir ao
Programa Empresa Cidadã, desde que seja solicitada até o final do primeiro mês
após o parto, sendo concedida imediatamente após a fruição da licença-
maternidade. Neste caso a extensão do benefício também poderá ser concedida ao
genitor (15 dias), desde que solicitada no prazo de dois dias úteis após o parto e de
que seja comprovada a participação em programa ou atividade de orientação sobre
paternidade responsável.
Direito aos intervalos para amamentação: A mãe terá direito a dois
descansos diários de trinta minutos para amamentação, até a criança completar seis
meses de vida. Este período poderá ser prorrogado mediante necessidade
comprovada por atestado médico, conforme consta no Artigo 396 da CLT.  Além
disso, nas empresas que possuem a partir de trinta profissionais do sexo feminino,
acima dos 16 anos de idade, é obrigatório ter um local apropriado, nos termos do
Artigo 389 §1º da CLT, para que seja possível a permanência das crianças durante o
período de lactação.
Direito a se ausentar do emprego para consultas médicas: Durante o
período gestacional a empregada terá direito a dispensa do horário de trabalho pelo
tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais
exames complementares. Este direito encontra fulcro no Artigo 392, §4º, II da CLT.
Direito a mudar de função por razões de saúde: Durante a gestação a
empregada também fará jus a possibilidade de trocar de função quando as
condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente
exercida, logo após o retorno ao trabalho, conforme preconiza o Artigo 392, § 4º, I da
CLT.
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Direito a estabilidade no emprego: Do momento da confirmação da


gravidez, mesmo que durante o aviso prévio indenizado ou trabalhado, até cinco
meses após o parto a gestante não poderá ser demitida sem justa causa, de acordo
com o Artigo 391-A da CLT e alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. O parágrafo único do mesmo artigo da CLT preconiza
que os direitos mencionados serão extensivos aos empregados adotantes. 
Limite para carregamento de peso: Ao empregador é vedado empregar a
mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 quilos
para o trabalho contínuo, ou 25 quilos para o trabalho ocasional, conforme ensina o
Artigo 390 da CLT.
Direito a instalações adequadas: As empresas são obrigadas a prover os
estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e locais de
trabalho, tais como ventilação e iluminação ou outros necessários à segurança e ao
conforto das mulheres. Também existe a obrigatoriedade de instalar bebedouros,
lavatórios e aparelhos sanitários específicos, além de cadeiras ou bancos em
número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento
físico. Tais regramentos se encontram nos incisos do Artigo 389 da CLT.
Direito à privacidade: As empresas são obrigadas a instalar vestiários
com armários individuais privativos às mulheres, quando seja exigida a troca de
roupa, nos termos do inciso III do Artigo 389 da CLT. Ainda no tocante ao direito a
privacidade é vedado ao empregador proceder revistas íntimas nas funcionárias do
sexo feminino, nos termos do Artigo 373 – A do mesmo diploma legal.
Proibição de exigência de exame de gravidez para contratação: O
empregador não pode exigir exame de gravidez ou esterilidade para contratação ou
permanência no emprego, nos termos do Artigo 373 – A,  IV da CLT.
Proibição de discriminação de qualquer natureza: É vedado ao
empregador recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em
razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a
natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível, nos termos do Artigo
373-A, II da CLT. A proibição é estendida para anúncios de vagas de emprego que
especifiquem o sexo, bem como a proibição de promoção baseada neste tipo de
critério com base nos incisos I e III do mesmo artigo.
Direito a remuneração igualitária: Pesquisas demonstram que no Brasil, a
mulher ganha, em média, 30% a menos que o homem no exercício das mesmas
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atividades, ainda que possuam a mesma qualificação profissional. Buscando se


adequar as normativas internacionais e efetivar a equiparação salarial, a
Consolidação das Leis do Trabalho adotou medidas visando coibir os casos de
discriminação salarial, cujo fundamento encontra-se no Artigo 461.
Direito a manutenção do vínculo trabalhista para vítimas de violência
doméstica: Nos casos em que houver necessidade de afastamento temporário do
emprego em virtude de violência doméstica, a mulher vítima terá direito a
preservação da plena vigência e eficácia de todas as cláusulas proveitosas do
contrato de trabalho, até quando se fizer necessário seu afastamento, nos termos do
Art. 9o, Parágrafo 2o, Inciso II, da Lei Maria da Penha (11.340/2006).
Afastamento em caso de insalubridade: Desde a reforma trabalhista de
2017 a questão do afastamento da gestante das atividades insalubres vem
causando posicionamentos conflitantes. A nova redação conferida ao Artigo 394-A
da CLT preconiza que as gestantes deverão ter seu afastamento deferido tão
somente nos casos em que a insalubridade for de grau máximo. 

3. EMPECILHOS DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO


A Revolução Industrial da Inglaterra no século XVIII alavancou as
mulheres no mercado de trabalho, devido a necessidade de ajudar com a renda. Os
donos de fábrica precisavam de mais operários e decidiram reduzir o salário dos
homens que ali trabalhavam, forçando assim novas contratações e obrigando as
mulheres a aceitarem um trabalho com péssimas condições.
Nesse contexto, as mulheres já ganhavam salários inferiores aos dos
homens, além de não terem férias, feriados, trabalharem pelo menos 12 horas e
lidarem com a dupla jornada, já que continuavam sendo responsáveis pelos serviços
de casa. O ambiente era também insalubre.
3. 1. Ocupação de cargos:
Ao longo do século XIX o trabalho que as mulheres desempenhavam era
visto como provisório e complementar. Nesse período realizavam apenas funções
como de operárias, os cargos de poder eram sempre destinados aos homens.
Durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial as mulheres ocupavam os
cargos dos homens que eram convocados para as batalhas. Aqui, as jornadas de
17

trabalho eram maiores do que 16h por dia e os salários chegavam a ser menores
que 60% do que os que os homens recebiam.
3. 2. Dificuldades atuais:
A luta das mulheres por melhores condições é antiga. Ocorreram diversos
protestos e manifestações, incluindo o caso de 1857 da fábrica de tecelagem em
Nova York, onde as operárias realizaram uma greve e ocuparam a fábrica, com o
objetivo de obter melhores condições de trabalho. A situação foi reprimida com
extrema violência e a fábrica foi trancada e incendiada, ocorrendo diversas mortes.
Atualmente, as mulheres buscam um trabalho não somente para
completar a renda familiar, mas para garantir autonomia e realização profissional,
para isso se dedicam e buscam novas qualificações. Entretanto, mesmo com tantos
avanços, as mulheres ainda continuam recebendo menos do que os homens,
mesmo que estejam ocupando cargos iguais.
Os empecilhos da mulher no mercado de trabalho ainda são muitos. Uma
pesquisa mostra que, em 2009, as mulheres com 12 anos ou mais de estudo
recebiam, em média, 58% do rendimento dos homens com esse mesmo nível de
escolaridade.
Além disso, muitas ainda têm de lidar com todas ou maior parte das
tarefas domésticas, e por vezes são discriminadas por não conseguirem conciliar a
vida profissional e a vida familiar. A mulher ainda é vista como a responsável do lar,
o que dificulta a divisão de tarefas.
3. 3. Assédio:
Uma pesquisa feita com 841 mulheres mostrou que 77% delas já haviam
sofrido situações de assédio no ambiente de trabalho. O assédio pode ser sexual ou
moral, através de atos como forçar pedido de demissão, sobrecarga de trabalho, etc.
O assédio ocorre também em razão da orientação sexual da mulher, principalmente
devido ao preconceito contra a homossexualidade.
3. 4. Maternidade:
Elas destacaram também que possuem dificuldade em ocupar
determinados cargos, já que sofrem discriminação relacionada a maternidade.
Mulheres grávidas sofrem dificuldades muitas vezes humilhantes, como não ter seu
atestado médico pré-natal aceito e rebaixamento de cargo. As situações
18

constrangedoras e as condições difíceis as obrigam a pedir demissão, e assim


acabam perdendo o direito à estabilidade financeira.
A maternidade ainda é um dos empecilhos para que mulheres ocupem
cargos mais relevantes. Homens ainda continuam ocupando cargos de maior
liderança e alto nível, o que indica uma seletividade no mundo do trabalho segundo
o gênero. Além disso, existem homens que não aceitam ou tem dificuldades de lidar
com uma mulher ocupando um cargo de líder e designando ordens.
3. 5. Racismo, idade e padrões:
Além dos inúmeros empecilhos citados, a mulher negra possui
desvantagem no mercado de trabalho comparada a mulher branca, pois é vítima do
racismo. Mulheres mais velhas são também prejudicadas pois os empregadores
acreditam que as mais novas são mais adaptáveis ao trabalho.
Existe também uma pressão por parte das organizações para que as
mulheres sigam um padrão estético. Um estudo realizado em 2016 revelou que,
para se adequar aos padrões da empresa, mais da metade das respondentes (841
mulheres) já fizeram algum tipo de intervenção de beleza, como alisamento, pintura
e corte de cabelo, dietas, entre outras.

4. A MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO


A despeito dos avanços relacionados à inserção das mulheres no
mercado de trabalho mundial e brasileiro nas últimas décadas, as diferenças
salariais associadas ao gênero ainda persistem. Esse quadro se torna mais visível
quando incorporamos recortes raciais.

4. 1. “Mulher produtora”:
Contrariamente à mulher branca, a mulher negra era considerada como
uma mulher essencialmente produtora, com um papel semelhante ao do homem
negro, isto é, como tendo um papel ativo. Antes de mais nada, como escrava, ela
era uma trabalhadora, não só nos afazeres da casa grande (atividade que não se
limitava somente a satisfazer os mimos dos senhores, senhoras e seus filhos, mas
como produtora de alimentos para a escravaria), como também no campo, nas
atividades subsidiárias do corte e do engenho. Por outro lado, havia também sua
capacidade produtiva, pela sua condição de mulher, e, portanto, mãe em potencial
19

de novos escravos, davam-lhe a função de reprodutora de nova mercadoria, para o


mercado de mão-de-obra interno. Isto é, a mulher negra era uma fornecedora de
mão-de-obra em potencial, concorrendo com o tráfico negreiro.

4. 2. A hierarquia de empregos:
A mulher negra, elemento no qual se cristaliza mais a estrutura de
dominação, como negra e como mulher, se vê, deste modo, ocupando os espaços e
os papéis que lhe foram atribuídos desde a escravidão. A “herança escravocrata”
sofre uma continuidade no que diz respeito à mulher negra. Seu papel como
trabalhadora, a grosso modo, não muda muito.

Numa sociedade onde convivem elementos arcaicos com o processo de


modernização, a educação representa um fator de pressão dos grupos
subordinados, visando melhores condições de vida e ascensão social. Entretanto,
justamente por tais elementos arcaicos, os avanços educacionais são limitados e
recentes, ao mesmo tempo que carentes, pois a maior parte da população tem tido
pouco acesso efetivo ao processo educacional. Entretanto, pesquisas recentes
baseadas nos recenseamentos de 1940, 1950 e 1970, registram que a mulher
branca conseguiu maior acesso ao curso superior, diminuindo proporcionalmente a
desigualdade entre ela e o homem branco. A recíproca não foi idêntica quanto á
população negra e mestiça, menos ainda em relação à mulher negra.

Em pesquisas feitas pelo IBGE no ano de 2019, resultados apontaram


que mulheres negras ganharam, em média, 26,98% menos que o grupo
populacional oposto, isto é, homens brancos.

As diferenças salariais remanescentes podem estar associadas à


discriminação no mercado de trabalho, mas também às condições pré-mercado dos
indivíduos. Nesse sentido, os desfechos observados no mercado de trabalho são
afetados pelas diferenças pré-mercado (contexto familiar, educação dos indivíduos
etc.) e essas diferenças são particularmente relevantes para entender os diferenciais
de salário de gênero e raça. Enquanto o primeiro pode ser mais influenciado por
questões de preferências, barreiras culturais e normas sociais, o segundo está mais
intrinsecamente ligado ao contexto histórico e ao background socioeconômico dos
indivíduos. Analisando conjuntamente esses fenômenos, a situação das mulheres
20

negras revela-se ainda mais crítica, por pertencerem ao grupo desfavorável de


ambas as desigualdades.

5. MULHERES GANHADORAS DO PRÊMIO NOBEL


Uma pesquisa feita em 2017 pela “Ciência e Saúde” apontam que apenas
5% representam mulheres que já ganharam um Nobel, no mesmo ano nenhuma
mulher ganhou o prêmio.
5. 1. Marie Skłodowska-Curie

Marie Curie (1867 – 1934), foi uma cientista polonesa. Descobriu e isolou
os elementos químicos, o polônio e o rádio, junto com Pierre Curie. Foi a primeira
mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física, além posteriormente vir o segundo Nobel
na área de química.
Em 1883, Curie ganhou sua primeira medalha de ouro ao completar o
curso ginasial com êxito, trabalhou como governanta e professora para pagar os
estudos da irmã mais velha e após a irmã se formar em Medicina ela ajudou Marie a
realizar seu sonho de estudar na Sorbonne. Em 1981 foi para Paris, quando adotou
a forma francesa para o seu nome, viveu em um sótão quase sem ar e com pouco
orçamento para as refeições. Nas horas vagas lavava frasco no laboratório, tudo
isso para seguir seus estudos em Sorbonne.
Depois, em 1893, graduou-se em Física, ficando em primeira colocada no
exame para o mestrado e em 84 se formou em Matemática, onde ficou como
segunda colocada no exame para o mestrado.
21

Em 1895, quando preparava sua tese de doutorado, Marie conheceu


Pierre Curie que trabalhava em pesquisas elétricas e magnéticas e em pouco tempo
estavam casados. No início de suas pesquisas constataram que os sais de “tório”,
eram capazes de emitir raios semelhantes aos dos sais de “urânio”. Foi ela que
afirmou que o urânio era uma propriedade do átomo.
Os Curie começaram a purificar o minério, que era fervido em grandes
recipientes sobre um fogão de ferro fundido. Em julho de 1898, conseguiram isolar
um elemento 300 vezes mais ativo que o urânio. Em homenagem à sua pátria, Maria
batizou-o de “polônio”. Porém, os Curie não estavam satisfeitos porque o resto do
material, depois de extraído o polônio, era ainda mais potente que o polônio.
Continuaram a purificação e cristalização e encontraram um novo
elemento, 900 vezes mais "radioativo" (termo criado por Marie) que o urânio. Estava
descoberto o “rádio”. Em 1900 Marie Curie foi convidada para lecionar física na
École Normale Supérieure, em Sévres, enquanto Pierre era indicado para
conferencista na Sorbonne.
Em 1903, Marie Curie se tornou a primeira mulher da França a defender
uma tese de doutorado. No mesmo ano o casal ganhou o “Prêmio Nobel de Física”,
por suas descobertas no campo ainda novo da radioatividade.
Em 1904, Pierre foi nomeado professor da Sorbonne e Marie assumiu o
cargo de assistente-chefe do laboratório dirigido por seu marido. Em 1905 Pierre
Curie foi eleito para a Académie des Sciences.
Em 19 de abril de 1906, Pierre Curie morreu tragicamente, vitimado por
um atropelamento. No dia 13 de maio, pouco antes de completar um mês da morte
do marido, Marie foi indicada para substituí-lo, tornando-se a primeira professora
(mulher) de Física Geral.
Em 1910, finalmente, auxiliada pelo químico francês André Debierne,
Marie Curie conseguiu obter o rádio em estado metálico. Em 1911, Marie Curie foi
agraciada com o segundo "Prêmio Nobel", desta vez de Química, por suas
investigações sobre as propriedades e potencial terapêutico do rádio.
Toda a dedicação de Marie Curie à ciência teve um preço: após anos
trabalhando com materiais radioativos, sem nenhuma proteção, ela foi acometida
por uma grave e rara doença hematológica, conhecida hoje como leucemia.
Marie Curie faleceu perto de Sallanches, França, no dia 4 de julho de
1934.
22

5. 2. Elionor Ostrom

Elinor Ostrom (1933 – 2012), foi uma economista norte-americana, com


formação e especialização no campo das ciências políticas. Elinor dedicou a maior
parte de sua carreira ao campo acadêmico. Especialmente na Universidade de
Indiana, instituição onde contribuiu para diversas melhorias no sistema de ensino
sobre a área.
Primeira mulher a ganhar o prêmio o Nobel, em 2009, o Prêmio de
Ciências Econômicas em Memória a Alfred Nobel, por sua “análise da governança
econômica, especialmente sobre os bens comuns”.
Ostrom buscava um modelo de gestão pública que favorecesse a melhor
utilização de recursos comuns, os bens naturais, e bens públicos. Para isto, Elinor
estudou de que forma diferentes comunidades atuam nesses campos.
Uma das conclusões que a especialista chegou é a de que direitos de
propriedades não são uma solução para resolver a má gestão de bens comuns.
Ela defendia uma abordagem que ia além do governo e do setor privado,
no qual as pessoas se “autogovernavam”, através da criação de instituições locais
voltadas para resolverem os problemas comuns daquele local.
5. 3. Tawakel Karman, Ellen Johnson Sirleaf, e Leymah Gbowee
Em 2011, o prêmio foi divido entre três mulheres na categoria “Paz”, pelas
suas lutas não-violentas pela segurança de mulheres e pelos direitos das mulheres
de sua plena participação no trabalho de construção da paz.
23

Tawakel Karman (1979, 43 anos), jornalista e mãe de três filhos, Karman


nasceu em Taiz, cidade no Sul do Iêmen que é um dos berços da resistência ao
governo de Ali Abdullah Saleh. Aos 32 anos, ela vivia em Sanaa, de onde lidera o
grupo de defesa de direitos humanos Jornalistas Mulheres sem Correntes. Ela
chegou a ser presa, em janeiro de 2011, pois foi uma das principais promotoras das
manifestações de estudantes que iniciaram um movimento de protesto que, mais
tarde, acabaria por envolver partidos políticos por causa do seu papel de liderança
nas manifestações, mais tarde se tornou a primeira mulher árabe a ganhar o Nobel
da Paz. Tornou-se uma figura emblemática do levantamento popular contra Ali
Abdullah Saleh, Presidente do Iémen, país conservador onde as mulheres são
relegadas para segundo plano nas atividades políticas.
Em 2005 fundou o grupo “Women Journalists Without Chains” para
defender a liberdade de expressão e de protesto.
"Este prémio é uma vitória para a revolução e para o carácter pacífico
desta revolução", disse Karman à AFP, que a encontrou na Praça da Mudança de
Sanaa, a capital iemenita, onde os manifestantes acampam desde fevereiro. "A
atribuição deste prémio é também um reconhecimento da comunidade internacional
da nossa revolução e da sua vitória inevitável."
Em declarações às televisões Al-Arabiyah e Al-Jazira, Karman já tinha
dedicado o Nobel aos ativistas da Primavera Árabe. "Trata-se de uma honra para os
24

árabes, os muçulmanos e as mulheres. Estou muito feliz, não esperava receber este
prémio nem sequer sabia que a minha candidatura tinha colocada."
Ellen Johson-Sirleaf (1938, 83 anos), assumiu o cargo de Ministra das
Finanças, sob o mandato do Presidente William Tolbert, de 1972 a 1973, ano em
que um golpe de estado derrubou Tolbert, depois do qual deixou a Libéria e ocupou
altos cargos em diversas instituições financeiras.
Estudou economia e matemática de 1948 a 1955 no Colégio da África
Ocidental, em Monróvia. Casou-se com James Sirleaf quando tinha 17 anos de
idade e viajou para a América em 1961, para continuar os seus estudos na
Universidade de Colorado, onde se formou. Começou a estudar economia em
Harvard, de 1969 a 1971, tendo recebido um diploma de Administração Pública. A
seguir, regressou ao seu país para trabalhar sob o governo de William Tolbert.
De 1983 a 1985 trabalhou como Directora do Banco Citibank em Nairobi.
Quando Samuel Doe se declarou presidente da Libéria, decidiu regressar ao seu
país de origem para participar nas eleições e fazer frente a Doe. Foi colocada em
prisão domiciliária por ele e condenada a 10 anos de prisão, embora tenha estado
por um tempo muito mais reduzido, porque aceitou a oferta de voltar uma vez mais
ao exílio.
Mudou-se para Washington DC, e assumiu o cargo de vice-presidente do
Banco do Equador. De 1992 a 1997 trabalhou como Assistente do administrador e, a
seguir, Directora do Desenvolvimento das Nações Unidas do Programa do Escritório
Regional para África. Regressou à Libéria durante os conflitos civis e comoveu-se
quando Samuel Doe foi assassinado por um grupo separado de Charles Taylor, da
Frente Patriótica Nacional da Libéria. Inicialmente, apoiou Taylor na sangrenta
rebelião contra o presidente Samuel Doe em 1990.
A 23 de Novembro de 2005, Ellen Johnson-Sirleaf foi declarada a
vencedora das eleições na Libéria e confirmou-se como a próxima presidente do
país. A sua investidura, à qual assistiram diversos dignitários estrangeiros, incluindo
a Primeira-Dama dos Estados Unidos, Laura Bush e a Secretária de Estado,
Condoleezza Rice, teve lugar na segunda-feira, dia 16 de janeiro de 2006. A 15 de
Março de 2006, a Presidente Johnson-Sirleaf pediu uma reunião conjunta do
Congresso dos Estados Unidos, a pedir o apoio da América para ajudar o seu país a
“transformar-se num modelo brilhante, um exemplo para África e para o mundo
daquilo que pode alcançar a liberdade.”.
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A presidente Johnson-Sirleaf é membro do Conselho de Mulheres Líderes


Mundiais, uma rede internacional de atuais e ex-mulheres Presidentes e Primeiras-
ministras, cuja missão é mobilizar o maior nível de mulheres dirigentes a nível
mundial para a ação coletiva sobre questões de importância, como um
desenvolvimento equitativo.
Leymah Roberta Gbowee (1972, 50 anos), nasceu na região central da
Libéria e aos dezessete anos mudou-se para a cidade de Monróvia, quando eclodiu
no país a Segunda Guerra Civil. Recebeu formação como terapeuta e durante o
período do conflito trabalhou com acompanhamento e recuperação de crianças
antes recrutadas como meninos-soldados.
Ela organizou o movimento de mulheres que passou a pressionar a
sociedade para o fim da guerra, unificando mulheres de fé cristã e de fé muçulmana
em um amplo movimento pela paz. O movimento ganhou grande notoriedade na
mídia internacional, por conter, entre suas formas de ação, a indicação de uma
greve de sexo como meio para conscientizar os homens a abandonar a violência
que assolava a Libéria. O sucesso do movimento contribuiu para as negociações de
paz que levaram à eleição da presidenta Ellen Johnson-Sirleaf em 2006.
A seguir, ela criou Fundação Gbowee, cujo foco de ação é a promoção
educacional dos jovens liberianos, em particular as meninas. Participa em fóruns
mundiais para tratar de assuntos de governança global com base na segurança e
desenvolvimento em bases solidárias, com ênfase no empoderamento feminino.
5. 4. Jane Addams
26

Jane Addams (1860 – 1935), nasceu em Cedarville, Illinois, a oitava de


nove filhos. Seu pai era um próspero moleiro e líder político local que serviu por
dezesseis anos como senador estadual e lutou como oficial na Guerra Civil; ele era
um amigo de Abraham Lincoln cujas cartas para ele começavam com “Meu querido
Double D-'ed Addams”. Por causa de um defeito espinhal congênito, Jane não era
fisicamente vigorosa quando jovem nem verdadeiramente robusta mesmo mais
tarde na vida, mas sua dificuldade espinhal foi remediada por cirurgia.
À medida que sua reputação crescia, a Srta. Addams foi atraída para
campos maiores de responsabilidade cívica. Em 1905, ela foi nomeada para o
Conselho de Educação de Chicago e, posteriormente, presidente do Comitê de
Administração Escolar; em 1908, ela participou da fundação da Chicago School of
Civics and Philanthropy e, no ano seguinte, tornou-se a primeira mulher presidente
da National Conference of Charities and Corrections. Em sua própria área de
Chicago, ela liderou investigações sobre obstetrícia, consumo de narcóticos,
suprimentos de leite e condições sanitárias, chegando a aceitar o cargo oficial de
inspetora de lixo do Distrito Dezenove, com um salário anual de mil dólares. Em
1910, ela recebeu o primeiro título honorário concedido a uma mulher pela
Universidade de Yale.
Jane Addams era uma feminista ardente por filosofia. Naquela época,
antes do sufrágio feminino, ela acreditava que as mulheres deveriam fazer suas
vozes serem ouvidas na legislação e, portanto, deveriam ter direito ao voto, mas de
forma mais abrangente, ela achava que as mulheres deveriam gerar aspirações e
buscar oportunidades para realizá-las.

6. ATUAÇÃO E INCLUSÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO


NOS DIAS ATUAIS
No Brasil, é crescente a participação da mulher no mercado de trabalho e
é notório que apesar da herança histórica do sistema social patriarcalista, a mulher
tem se inserido cada vez mais como protagonista na sociedade atual, assumindo
novos papéis, para além de dona de casa, mãe e esposa, ocupando postos no
mercado de trabalho e aumentando sua importância na economia
27

6. 1. Participação da mulher no mercado de trabalho:


Segundo a Fundação Getúlio Vargas, entre os anos de 2014 e 2019, a
taxa de participação feminina no mercado de trabalho cresceu continuamente e
atingiu 54,34% em 2019. É progressiva também a responsabilidade feminina no
sustento da família e destaque profissional em diversos setores. Entretanto, as
funções exercidas, os cargos e as remunerações dessas mesmas mulheres ainda se
encontram em defasagem considerável quando comparados com os dos homens.
As mulheres brasileiras ainda recebem em média 70% do salário que os
homens ganham para executar as mesmas tarefas, nos mesmos postos de trabalho.
Além disso, as condições de trabalho e a hierarquia nas instituições ainda
desfavorecem as mulheres em relação aos seus colegas do sexo masculino. Os
cargos de chefia ainda são exercidos, na maioria dos setores, por homens, mesmo
em profissões tidas como historicamente femininas.

6. 2. “Profissões femininas”:
As ocupações socialmente associadas às mulheres são aquelas que
derivam do histórico papel social da “mulher cuidadora”. Essas profissões possuem
status social e remunerações inferiores. Na saúde, por exemplo, as auxiliares e
técnicas de enfermagem (cargos com menor remuneração) são em sua maioria
mulheres. Já os médicos cirurgiões são em sua maior parte homens e possuem
valorização social e remuneração infinitamente superiores. Essa discrepância ocorre
em quase todos os setores.
6. 3. Jornada dupla:
Um dos fatores preponderantes para a conservação desse quadro
desigual envolve aspectos históricos, culturais e sociais. As mulheres continuam
sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas, cuidado com os filhos e
demais responsabilidades familiares. A mulher continua acumulando papéis, mesmo
quando inserida com sucesso no mercado profissional. Conciliar a vida profissional e
as atividades da vida pessoal ainda é um desafio muitas vezes impossível para as
mulheres trabalhadoras.
A questão da dupla jornada feminina não está apenas na sobrecarga,
muitas vezes, insuportável. Reside também no problema real da rejeição do
mercado de trabalho à mulher com responsabilidades familiares. A mulher que
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possui filhos, muitas vezes, é preterida em seleções de emprego ou para cargos de


chefia.
6. 4. Um mercado mais igualitário:
As alternativas para a diminuição do abismo que ainda separa homens e
mulheres no mercado de trabalho podem vir de políticas públicas, como políticas
que priorizem abertura de vagas e ampliação do número de pré-escolas, creches e
escolas de tempo integral. Além disso, é necessário e inadiável nutrir o debate e a
desconstrução dos papéis sociais de gênero a fim de edificar um mercado de
trabalho e uma sociedade mais igualitários em condições e oportunidades para
homens e mulheres.

7. REPRESENTAÇÃO DE DADOS SOBRE A MULHER NO MERCADO DE


TRABALHO
De acordo com o analista da Gerência de Indicadores Sociais do IBGE
André Simões, esse aumento da participação das mulheres pode estar relacionado
ao impacto da crise econômica de 2015 e 2016 sobre a ocupação dos homens. A
taxa delas aumentou anualmente desde 2015, enquanto a deles caiu seguidamente
entre 2016 e 2018.
A pesquisa enfatizou que "não necessariamente” houve uma melhora
qualitativa da ocupação das mulheres no mercado de trabalho.
Esse dado [aumento da taxa de participação] pode estar mostrando uma
questão de necessidade de a mulher buscar uma ocupação, tendo em vista a saída
de homens do mercado de trabalho diante da crise. Elas podem ter entrado no
mercado para garantir a provisão do domicílio diante do desemprego dos homens.
O levantamento mostrou, ainda, que além da desigualdade sexual, as
mulheres também enfrentam desigualdade racial. Em 2019, a taxa de participação
entre as mulheres brancas foi de 55,7%, enquanto entre as pretas e partas foi de
53,5% - respectivamente, acima e abaixo da média.
29

E também segundo o analista do IBGE André Simões, existem “barreiras


estruturais” impedindo que a mulher ocupe postos de maior complexidade e,
consequentemente, de maior remuneração.
“São muitas as barreiras. Na esfera cultural, a mulher ainda é vista como
a pessoa que deve assumir a função reprodutiva e de cuidados domésticos,
enquanto os homens ainda são encarados como os provedores do lar”, disse o
pesquisador.
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Um quando geral que também exemplifica totalmente a questão da


mulher no mercado de trabalho e sua diferença percentual com os homens também
foi desenvolvida:
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8. DEPOIMENTOS DE MULHERES
Toda mulher em algum momento já passou por alguma situação
desconfortável, discriminatória ou, até mesmo, humilhante em seu serviço, naquilo
deu seu melhor para alcançar e teve sua repercussão julgada.

"Meu gerente usou o termo 'puta atrás de dinheiro' ao tentar me


convencer a ficar no cargo."
Sou uma mulher criativa, de mentalidade progressista, em uma área
relacionada à ciência e dominada pelos homens. Uma vez, me ofereceram outro
cargo, mas dentro da mesma empresa, e meu gerente usou o termo 'puta atrás de
dinheiro' ao tentar me convencer a ficar no cargo em que eu estava — ele estava me
oferecendo mais dinheiro, que ele sabia que eu precisava desesperadamente.
Mesmo assim, aceitei o outro cargo por menos dinheiro e, pouco menos de um ano
depois, me ofereceram outro cargo na mesma empresa, com um salário bem maior
do que o anterior.
— Anônima

"Uma vez, entreguei um café para um homem branco, e ele p para o


logotipo e disse: 'Hum, parece com você', em voz baixa."
Sou meio branca e meio polinésia (samoana e havaiana) e trabalho na
Starbucks. Uma vez, entreguei um café para um homem branco, e ele olhou para o
logotipo e disse: "Hum, parece com você", em voz baixa. Eu ri de medo e
constrangimento. Ele pegou o copo da minha mão de maneira agressiva,
derramando café em mim e disse: "Não é um elogio". Depois ele foi embora.
— Emmam Horses

"Algumas colegas de trabalho e eu estávamos animadas para ver


'Pantera Negra', e minha supervisora ficou MUITO incomodada."

Desde minha supervisora presumindo que sou preguiçosa até ela me


chamando pelo nome de outra mulher negra, lido com microagressões todos os
dias. Apenas mantenho a cabeça erguida e tento superar essas bobagens. Algumas
colegas de trabalho e eu estávamos animadas para ver "Pantera Negra", e minha
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supervisora ficou MUITO incomodada porque achava que estávamos discutindo o


movimento. Vou rir por último quando eu sair daqui para um lugar melhor.

"Eles perguntam até mesmo se a empresa me contratou para atender aos


requisitos de diversidade."
Novos colegas de trabalho e clientes automaticamente presumem que
sou uma estagiária ou uma assistente em meio período, em vez de uma funcionária
assalariada com pós-graduação. Quer eu esteja no escritório ou na estrada, surgem
perguntas do tipo: "Então, você é um estagiária?" ou "Quando você termina a
escola?". Eles perguntam até mesmo se a empresa me contratou para atender aos
requisitos de diversidade. Fiquei tão cansada de responder a essas suposições
ignorantes que comecei a responder com simpatia: "O que faz você pensar isso?"
Nesse momento, geralmente as pessoas começam a se atrapalhar — acho que isso
faz elas perceberem seu preconceito.
— lyndzee

“Cara de Google”
Essa sensação de ser “invisível” também foi compartilhada por uma
mulher negra, que, em entrevista, não quis se identificar. Ela conta ser a única não-
branca de seu grupo de trabalho e de ter uma sensação constante de que não
pertencia àquele lugar. De acordo com ela, seus colegas nem mesmo a queriam ali,
excluindo-a de eventos sociais e até e-mails de trabalho. Ela ainda trabalha na
empresa, e, por temer retaliação, preferiu não revelar seu nome à imprensa
europeia.
Os relatos trazem ainda o que responsáveis por contratação se referem
como “Googliness”, ou seja, um alinhamento pessoal de candidatos com os
princípios da empresa. Durante seu tempo trabalhando em um comitê de recursos
humanos voltado para a entrada de mão-de-obra nova na companhia, a mulher
conta da tentativa dos gerentes de chamarem pessoas “que se parecessem com
eles”, levando isso em conta antes da competência em si.
Segundo a funcionária, sempre que ela tentava levantar a bandeira da
diversidade, era barrada, virava piada ou acabava impactada negativamente. Ela
relata que o conceito vendido para fora das paredes da empresa, de que o racismo
não existe na Google, é falso, e que lá dentro o ambiente não é nada inclusivo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A mulher foi designada desde o início a tarefas do lar, como os cuidados
da casa e a criação de filhos. Quando finalmente inserida no mercado de trabalho,
foi submetida a condições insalubres e salários muito menores que os dos homens.
As lutas e reinvindicações por seus direitos nunca foram fáceis, antes
chamadas de bruxas e levadas à fogueira, ou incendiadas num movimento grevista,
são exemplos de quão duras foram suas batalhas.
Muito se deve às grandes mulheres e seus feitos do passado, por tantas
conquistas, direitos e leis que hoje são aplicadas. Entretanto, ainda existe muito a se
fazer e a evoluir; muitas mulheres ainda sofrem com a dupla jornada de trabalho,
preconceitos relacionados à maternidade, além de serem relatados inúmeros casos
de assédio moral e sexual no ambiente profissional, questões tais que precisam ser
observadas cuidadosamente pela sociedade.
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REFERÊNCIAS

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35

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