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Alunos Com NEE Conportamentais
Alunos Com NEE Conportamentais
Universidade Rovuma
Nacala-Porto
2019
Abubacar Manuel Mohamade
Universidade Rovuma
Nacala-Porto
2019
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4
3.3.1. Hiperactividade..........................................................................................................7
3.3.2. Autismo.....................................................................................................................8
5.1. Adaptações para atender necessidades especiais em alunos com altas habilidades
(superdotados).......................................................................................................................15
6. Conclusão..............................................................................................................................17
7. Referências Bibliográficas....................................................................................................18
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1. Introdução
A educação das crianças e jovens com NEE implicam alterações estruturais no plano da
cultura pedagógica. É necessário que se proceda a mudanças em vários aspetos: atitudes,
adaptações curriculares, recursos humanos e materiais, de modo a que a escola esteja em
condições de respeitar a diferença e de responder às necessidades individuais de cada aluno,
especialmente, aqueles que apresentam NEE.
Depois das NEE comportamentais procedemos com abordagens inerentes às NEE intelectuais,
onde trouxemos de forma resumida alguns conceitos sobre o tema, sinais de alerta, causas e
classificação das NEE intelectuais e procedemos fazendo uma analise sobre a atenção
diferenciada a estes alunos nos diferentes contextos (escolar, familiar e comunidade), onde
mostraremos algumas adaptações para atender aos alunos com NEE intelectuais.
E para finalizar, fazemos referência aos alunos superdotados e talentosos, onde tambem
damos mais ênfase as adaptações para atender aos alunos com altas habilidades ou
superdotados.
Determinar que um aluno apresenta NEE supõe que, para atingir os objectivos educativos,
necessita de meios didácticos ou serviços particulares e definidos, em função das suas
características pessoais.
Segundo CORREIA (1997), alunos com NEE, são aqueles que, por exibirem determinadas
condições específicas1, podem necessitar de apoio de serviços de educação especial 2 durante
todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico,
pessoal e sócio emocional.
Um aluno com NEE é aquele que apresenta algum problema de aprendizagem ao longo da sua
escolarização e que exige uma atenção mais específica e maiores recursos educacionais do
que os necessários para os colegas da sua idade”. Neste sentido, a ênfase consiste na
capacidade da escola oferecer uma resposta de acordo com as necessidades educativas do
aluno.
Comportamento é aquilo que se pode observar o organismo fazendo como resultado de agir
sobre ou manter intercâmbio com o mundo exterior.
São acções praticadas por um individuo observáveis, são acontecimentos externos, exibidos
por uma pessoa, possíveis de serem notados, medidos, estudados e alterados.
Para KIRK & GALLAGHER (2002), deficiência comportamental refere-se a uma variedade
de comportamentos deficientes, excessivos e crónicos que variam do impulsivo e agressivo
até o depressivo e de retraimento que violam as expectativas de inadequação do observador e
que este deseja ver interrompido interferindo no PEA.
Positivo- quando combinar com o exigido no local onde se encontra e com a sua idade.
Incapacidade inexplicável para a aprendizagem, que não pode ser explicada por
factores intelectuais, sensoriais e de saúde;
Incapacidade para manter relações interpessoais felizes com os seus pares e
professores;
Comportamentos inapropriados de algumas crianças em circunstâncias normais agindo
constantemente perturbando, desagradando e interrompendo as outras. Tais acções
podem não ser desejadas pela criança mas talvez ela não seja capaz de evitá-las;
Tendência para desenvolver sinais físicos ou medos associados ao pessoal, aos
objectos, a situações ou aos problemas da escola;
Numerosas crianças que estão nas nossas salas de aulas manifestam-se com muita
ansiedade, interferindo mesmo na sua aprendizagem.
Quando exigimos muito de certos alunos na sala de aulas perdem o controlo do
comportamento porque eles associam ou relacionam o stress que têm com a decisão
que têm que tomar.
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3.3.1. Hiperactividade
i. Problemas de atenção
Para VASQUEZ (1997), as causas que conduzem à Hiperactividade são muito variadas e,
provavelmente, dependentes de factores diversificados, sendo difícil na maioria dos casos
determinar uma etiologia precisa, já que também não é detectável nenhum dano cerebral
como acontece noutras perturbações mentais.
Factores pré-natais, como o uso de álcool e drogas durante a gravidez ou complicações intra-
uterinas, e péri-natais, como traumatismos crânio encefálicos e anóxia, são também
considerados responsáveis por mudanças estruturais e funcionais do cérebro. Para além de
provocarem perturbações específicas, estas disfunções cerebrais interferem no
desenvolvimento global da criança.
3.3.2. Autismo
De acordo com SERRANO (2000), existem alguns sinais de problemas sensórios que podem
incluir:
Atenção: Os alunos com autismo tendem a focar a sua atenção nos pequenos detalhes e
apresentam grandes dificuldades em perceber a globalidade da tarefa.
As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais
intensa. Provalmente, ha uma combinação de factores que levam ao autismo. O que se sabe è
que o autismo è uma desordem neurológica que afecta o modo como o cérebro recebe,
processa, usa e /ou transmite informação.
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana
ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidades
variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar
associados a sintomas obsessivo-compulsivos e ao distúrbio de atenção e hiperatividade. É
possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do
transtorno ainda é desconhecida (SERRANO, 2008).
Muitas vezes podemos adivinhar que seja a expressão de um impulso emocional específico,
como por exemplo, negação intensa (sacudir a cabeça), não saber o que fazer (dar de ombros),
evitar uma bofetada imaginária, afastar-se de algo nojento.
Esses pais de crianças com NEE de comportamento sentem-se muitas vezes, impotentes,
desanimados, sem saber o que fazer. Os métodos de disciplina normalmente empregues, tais
como a argumentação, os castigos ou a repreensão não funcionam com estas crianças.
Frustrados, por vezes, recorrem a métodos mais desesperados, como bater ou gritar, mesmo
sabendo que tais comportamentos são pouco adequados e não resolvem nada. Resultado:
acabam por manifestar um sentimento de culpa que em nada contribui para o bem-estar da
criança.
As famílias que lidam com crianças que sofrem de hiperactividade, tal como acontece com as
famílias que cuidam de crianças com doenças crónicas (por exemplo, paralisia cerebral ou
autismo) manifestam, frequentemente, maiores níveis de frustração e problemas conjugais.
Além de que as despesas com os tratamentos destas crianças podem representar um fardo
pesado para muitas famílias.
Segundo CORREIA (1999), enquadram-se neste grupo alunos com deficiência mental, que
manifestam problemas globais de aprendizagem, bem como os indivíduos dotados e
superdotados, cujo potencial de aprendizagem é superior à média.
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De acordo com TÉDDE (2012), a deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um
transtorno psiquiátrico, e sim um ou mais factores que causam prejuízo das funções cognitivas
que acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro.
Deficiência
Deficiência vem da palavra deficientia do latim e sugere algo que possua falhas,
imperfeições, não é completo. É o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma
estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia da pessoa. (TÉDDE).
De acordo com TÉDDE (2012), deficiência intelectual, é uma das deficiências mais
encontrada em crianças e adolescentes, atingindo 1% da população jovem caracterizada pela
redução no desenvolvimento cognitivo, isto é, com um Q.I 3, normalmente abaixo do esperado
para a idade cronológica da criança ou adulto.
De acordo com BAUTISTA (1997), são sinais de alerta para a deficiência mental os
seguintes:
Ansiedade; Tendência para evitar situações de fracasso mais do que para procurar o êxito;
Possível existência de perturbações da personalidade; Fraco controlo interna; Atraso evolutivo
em situações de lazer; Atraso evolutivo em situações de actividade sexual.
As causas da D.I4. são desconhecidas de 30 a 50% dos casos. Estas podem ser genéticas,
congênitas ou adquiridas. Dentre as quais as mais conhecidas são: Síndrome de Down,
Síndrome alcoólica fetal, Intoxicação por chumbo, Síndromes neurocutâneas, Síndrome de
Rett, Síndrome do X-frágil, Malformações cerebrais e Desnutrição proteico-calórica.
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Refere-se ao Quociente de Inteligência,
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Deficiência Intelectual
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De acordo com BAUTISTA (1997) o resultado do teste de Q.I. traduz-se em cinco graus de
deficiência mental e distribuem-se em grupos:
QI-68-85: Limite ou bordeline; crianças que se enquadrem neste nível, não se pode dizer,
que apresentem deficiências mentais porque são crianças com muitas possibilidades,
revelando apenas um ligeiro atraso nas aprendizagens ou algumas dificuldades concretas.
QI - 36-51: Moderado ou médio; neste nível estão considerados os deficientes que podem
adquirir hábitos de autonomia pessoal e social, tendo maiores dificuldades que os anteriores.
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Podem aprender a comunicar pela linguagem verbal, mas apresentam, por vezes, dificuldades
na expressão oral e na compreensão dos convencionalismos sociais.
Treinável- Capaz de aprender as tarefas necessárias na vida diária (comer sozinho, vestir-se,
cuidar da sua higiene pessoal);
Grave e profunda- Não é capaz de valer-se por si mesmo, inclusive na comunicação a nível
funcional.
Comunicação;
Cuidados pessoais;
Habilidades sociais;
Desempenho na família e comunidade;
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Independência na locomoção;
Saúde e segurança;
Desempenho escolar;
Lazer e trabalho
Limitações nessas habilidades podem prejudicar a pessoa nas relações com o ambiente e
dificultar o convívio no dia-a-dia. Indica-se a avaliação objetiva do comportamento adaptativo
por meio da utilização de instrumentos objetivos de mensuração.
Para considerar o diagnóstico da D.I, é necessário haver falhas tanto na questão cognitiva do
individuo e na questão adaptativa, pois se houver incapacidades em apenas em uma das
questões não se considera como D.I.
Além disso, para a promoção do acesso do aluno ao conteúdo curricular, há outras mais
específicas sugeridas a seguir:
pessoas de forma que estas sejam informadas de sua necessidade e do que esteja
necessitando;
Oferecer um ambiente emocionalmente acolhedor para todos os alunos;
5.1. Adaptações para atender necessidades especiais em alunos com altas habilidades
(superdotados)
7. O papel dos pais na educação das crianças com Necessidades Educativas Especiais
A Educação é uma tarefa de todos, não apenas dos professores, uma vez que, os primeiros
intervenientes e responsáveis pela educação dos filhos são os pais. A cooperação entre a
família e a escola é hoje indispensável. Assim, um bom relacionamento e uma comunicação
eficiente entre pais e profissionais irá beneficiar não só o rendimento dos alunos, como realçar
o importante papel dos pais e facilitar o trabalho dos professores.
Em relação ao envolvimento dos pais na educação da criança com NEE, CORREIA (1997),
baseando-se em estudos realizados sobre esta temática, considera que os pais são elementos
fundamentais no que respeita à planificação, execução e avaliação de programas de
intervenção. Como estes são, em princípio, as pessoas que mais tempo passam com a criança,
é natural que estes sejam envolvidos nas intervenções educacionais, apresentadas por os seus
filhos na medida em que poderão dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos
profissionais.
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6. Conclusão
De acordo com as pesquisas feitas, foi possível saber se a família é a responsável pelos
cuidados físicos, pelo desenvolvimento psicológico, emocional, moral e cultural da criança na
sociedade, desde o seu nascimento. Concluímos, também, que é na família, onde a criança
supera as suas necessidades e inicia a construção dos seus esquemas perceptuais, motores,
cognitivos, linguísticos e afectivos.
As escolas não estão preparadas para trabalhar com crianças com NEE, dado que precisam de
um apoio especializado, sendo que os professores não são formados para trabalhar com
crianças com NEE.
É preciso referir que o envolvimento activo da família na educação dos filhos levará os
professores a se preocuparem cada vez mais pela aprendizagem dos alunos, criando condições
para que a escola desenvolva uma filosofia comum, em que envolva as famílias, os
professores e toda a comunidade escolar.
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7. Referências Bibliográficas