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Costantino Magenge
2º Ano, Regular
Maputo
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2023
Costantino Magenge
2º Ano, Regular
Maputo
2023
Índice
Resumo.......................................................................................................................................3
Lista de abreviaturas................................................................................................................4
0. INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
1. Objectivos........................................................................................................................6
2. Metodologia.....................................................................................................................6
I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................7
1. Definição de Conceitos....................................................................................................7
2.1. Psicoses...................................................................................................................10
3. Causas............................................................................................................................11
III. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................19
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Resumo
Lista de abreviaturas
NEE- Necessidades Educativas Especiais
0. Introdução
As Necessidades Educativas Especiais do comportamento constituem um aspecto
fundamental no cenário educacional, compreendendo uma gama diversificada de desafios que
podem impactar o processo de aprendizagem e a participação de alunos na escola. Essas
necessidades abarcam uma ampla variedade de questões, incluindo a regulação do
autocontrole, interacções sociais, comunicação, atenção e a regulação emocional. Alunos
apresentando essas necessidades podem manifestar comportamentos desafiadores, como
agressividade, isolamento social, hiperactividade, timidez e ansiedade excessiva.
1.Objectivos
Constitui Objectivo Geral deste trabalho:
- Discorrer sobre as necessidades educativas especiais comportamentais.
Para alcançar este objectivo foram formulados os seguintes Objectivos Específicos:
− Identificar as necessidades educativas comportamentais, as causas, sinais de alerta;
− Caracterizar as Necessidades Educativas comportamentais;
− Classificar as necessidades educativas comportamentais;
− Identificar possíveis intervenções pedagógicas para cada necessidade educativa
comportamental
1.1.Metodologia
Para a realização do presente trabalho recorreu se a abordagem qualitativa que é uma
metodologia de pesquisa que valoriza a interpretação profunda e contextualizada dos
fenómenos sociais e humanos, permitindo uma compreensão mais rica e complexa das
realidades pesquisadas (Gil, 1991).
Para a recolha de dados recorreu se analise bibliográfica, que é feita a partir de material já
publicado e constituído principalmente de livros, artigos entre outros recursos
disponibilizados na internet (Gil, 1991). Conjugada com Pesquisa documental, que é
semelhante á bibliográfica, mas ela pode conter outras informações importantes que sirvam de
consulta. O mesmo autor refere que a pesquisa documental é elaborada a partir de materiais
que não foram analisadas criticamente sob o ponto de vista científico, pois só servem para
reforçar a discussão dos resultados já obtidos.
Com estas técnicas de recolha de dados foi possível consultar os materiais que contem dados
relevantes para a pesquisa.
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2.Definição de Conceitos
Primeiramente vamos trazer alguns conceitos-chave dentro do contexto das NEE que
precisam ser abordados para melhor compreensão do tema. Por tanto, a abordagem em relação
às necessidades educativas especiais evoluiu ao longo do tempo, passando do período que
pode ser denominado de exclusão, até o actual momento da inclusão e adaptação das práticas
educacionais para atender às necessidades individuais de cada aluno. Isso reflecte uma
compreensão crescente da importância de reconhecer a diversidade de habilidades,
experiências e contextos de aprendizado.
A educação segundo Brandão (1986), “ é todo conhecimento adquirido com a vivência em
sociedade, seja ela qual for. Sendo assim, o ato educacional ocorre no ónibus, em casa, na
igreja, na família e todos nós fazemos parte deste processo. ”
Para Libâneo (2002, p.26) a educação é “um fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos
lugares, institucionalizado ou não, sob várias modalidades”. O autor identifica a prática
pedagógica em seus variados meios de ocorrência.
Por tanto concordando com a perspectiva dos autores acima citados consideramos a educação
como sendo o processo pelo qual as pessoas adquirem conhecimentos, habilidades, valores e
atitudes que os ajudam a desenvolver-se como indivíduos e a participar de forma significativa
na sociedade. Processo que Envolve a transmissão de informações, o desenvolvimento de
habilidades cognitivas e práticas, bem como a formação de valores éticos e morais. A
educação pode ocorrer formalmente em instituições como escolas e universidades, bem como
informalmente por meio de interações sociais, experiências e autoaprendizagem. Seu objetivo
é capacitar as pessoas a compreender o mundo ao seu redor, tomar decisões informadas e
contribuir para o bem-estar individual e coletivo.
- Emotividade,
- Coordenação motora pobre,
_ Dificuldades de aprendizagem (problemas na aritmética e na leitura
e problemas de memória). (BAUTISTA, 1997: 160)
Causas
Em crianças, podem existir as seguintes causas de hiperatividade:
2.1.2.Timidez
A timidez é uma característica ou traço de personalidade que se manifesta como uma
tendência a sentir desconforto, nervosismo ou inibição em situações sociais ou ao interagir
com outras pessoas. Pessoas tímidas podem sentir dificuldade em se expor, expressar suas
opiniões ou iniciar conversas, especialmente em ambientes desconhecidos ou diante de grupos
maiores.
Para Chevreau (2009), essa sensação de timidez pode variar em intensidade, sendo mais
pronunciada em algumas pessoas e menos em outras.
Porem é importante ressaltar que a timidez é uma característica normal e comum, e muitas
pessoas experimentam momentos de timidez em suas vidas. No entanto, em alguns casos, a
timidez pode ser mais persistente e significativa, podendo interferir nas interacções sociais e
no bem-estar emocional da pessoa.
A timidez, quando severa e persistente, pode ser considerada uma necessidade educativa
especial no âmbito comportamental. Isso ocorre quando a timidez interfere significativamente
na capacidade do aluno de participar activamente das actividades escolares, interagir com
colegas e professores, e se envolver de maneira construtiva no processo de aprendizagem. Em
casos assim, é importante que a escola e os profissionais de educação estejam cientes dessa
necessidade e estejam preparados para oferecer apoio específico (SOUTO,2007).
Tipos de timidez
Existem diferentes tipos de timidez, e cada pessoa pode manifestar essa característica de
maneira única. Alguns dos tipos mais comuns são:
Timidez Situacional: refere-se à timidez que surge em situações específicas, como falar em
público, participar de reuniões ou interagir com novas pessoas.
Timidez Social: uma forma mais abrangente de timidez, onde a pessoa pode se sentir
desconfortável e insegura em uma variedade de situações sociais, não apenas em contextos
específicos.
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Ambiente Familiar: ambiente em que uma pessoa cresce pode desempenhar um papel
significativo. Famílias mais protetoras ou superprotetoras podem inadvertidamente incentivar
a timidez.
Experiências Traumáticas ou Constrangedoras:
Enventos traumáticos ou experiências embaraçosas, especialmente em situações sociais,
podem levar a uma maior tendência à timidez.
Personalidade Introvertida:
Pessoas com uma inclinação natural para a introversão tendem a preferir atividades solitárias
ou interações em grupos pequenos, o que pode contribuir para a timidez.
Baixa Autoestima e Autoconfiança:
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Uma baixa autoestima e falta de confiança em si mesmo podem levar à timidez, pois a pessoa
pode se sentir insegura ao se expor socialmente.
Falta de Experiência Social: A falta de oportunidades para interagir socialmente,
especialmente em situações novas ou desafiadoras, pode aumentar a timidez.
Modelagem de Comportamento dos Pais: se os pais são tímidos ou têm tendências
introvertidas, isso pode influenciar o comportamento e a predisposição à timidez dos filhos.
Expectativas Sociais e Pressões Culturais:
Expectativas culturais sobre como as pessoas devem se comportar em situações sociais
podem criar pressões adicionais para indivíduos tímidos.
Ansiedade Social:
A ansiedade social é uma condição em que a pessoa experimenta um medo intenso de ser
julgada ou avaliada negativamente por outros, o que pode contribuir para a timidez.
Desenvolvimento Neurológico
Estudos sugerem que certas características do desenvolvimento neurológico podem estar
associadas à timidez.
As causas prenatais e perinatais da timidez podem estar relacionadas a fatores que ocorrem
durante a gestação e no momento do nascimento. No entanto, é importante notar que a timidez
é uma característica complexa e multifacetada, e não existe uma única causa definitiva.
Abaixo estão alguns fatores pré e perinatais que podem influenciar a tendência à timidez:
Factores Prenatais:
Exposição a Substâncias: Consumo de substâncias como álcool, tabaco ou drogas ilícitas
durante a gestação pode afetar o desenvolvimento neurológico do feto, o que por sua vez pode
influenciar comportamentos agressivos no futuro.
Estresse Materno: Altos níveis de estresse durante a gravidez podem afectar o
desenvolvimento emocional do feto, potencialmente contribuindo para comportamentos
agressivos.
Condições do Nascimento
Trauma de Nascimento :Complicações durante o parto, como falta de oxigênio, podem ter
efeitos duradouros no cérebro e no comportamento da criança.
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Avaliação Individualizada:
- Realizar uma avaliação abrangente para compreender as causas subjacentes da
agressividade, levando em consideração fatores emocionais, sociais, familiares e cognitivos.
Desenvolvimento de Habilidades Sociais:
- Focar em habilidades como comunicação eficaz, empatia, resolução de conflitos e
cooperação, ajudando a criança a interagir de forma mais positiva com os outros.
Treino de Controle Emocional:
- Ensinar técnicas para reconhecer, compreender e expressar emoções de maneira saudável,
incluindo estratégias de regulação emocional.
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exibindo momentos de euforia seguidos por períodos de tristeza profunda. Essas flutuações de
humor podem impactar diretamente seu engajamento na aprendizagem e nas relações
interpessoais. Outros indicadores incluem uma queda acentuada no desempenho acadêmico, o
que pode refletir a dificuldade em se concentrar e participar efectivamente das actividades
escolares. Alterações no sono, apetite e expressão física também podem ser observadas. Em
casos mais graves, alguns alunos podem recorrer a comportamentos auto-lesivos como forma
de lidar com suas emoções internas.
Para um professores lidar melhor com alunos com transtornos emocionais e comportamentais
deve criar um ambiente onde os alunos se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e
preocupações, seja por meio de conversas individuais ou actividades em grupo. Isso ajuda a
construir um relacionamento de confiança . Também há necessidade de se criar planos de
Ensino Individualizados (PEI), de modo a adaptar o currículo para atender às necessidades do
aluno, fornecendo pausas quando necessário e modificando a quantidade ou complexidade das
tarefas para evitar sobrecarga.
Nesse plano individuaizado de ensino o professor deve elaborar estratégias de regulação
Emocional para ajudar os alunos com necessidades educativas especiais do comportamento a
reconhecer e lidar com suas emoções. .
Por tanto a colaboração com Profissionais de Saúde Mental como terapeutas ou psicólogos é
extremamente importante para fornecer suporte terapêutico individualizado, permitindo que o
aluno desenvolva habilidades para lidar com emoções e comportamentos desafiadores.
Também há necessidade de desenvolvimento de Habilidades Sociais com a finalidade de
oferecer oportunidades para os alunos praticarem habilidades sociais por meio de jogos de
papéis, atividades de grupo, discussões, entre outras formas. Isso ajuda a melhorar a
comunicação e interação social.
Deve se estabelecer rotinas para reduzir a incerteza, ajudando os alunos a saberem o que
esperar durante o dia lectivo. E também a colaboração com Profissionais de Saúde Mental é
importante para fornecer terapia cognitivo-comportamental para ensinar estratégias de
enfrentamento eficazes.
alunos com TEA como iniciar conversas, interpretar expressões faciais e entender dicas
sociais.
Por fim deve fazer se a adaptação de Estratégias de Ensino para atender às necessidades de
aprendizado do aluno, como fornecer instruções claras e visuais e permitir que os alunos
tenham pausas regulares para evitar sobrecarga sensorial e se acalmarem quando necessário.
I. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em um contexto educacional diversificado e inclusivo, compreender e abordar as
necessidades educativas especiais do comportamento é crucial para garantir que todos os
alunos tenham a oportunidade de aprender e prosperar. As classificações das necessidades
educativas especiais do comportamento, incluindo transtornos emocionais e comportamentais,
transtornos de conduta, transtornos de ansiedade, transtorno do espectro autista (TEA) e
transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), oferecem uma estrutura valiosa
para identificar as características individuais e desenvolver intervenções adequadas.
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II. BIBLIOGRAFIA
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1985.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos para quê? São Paulo. Editora Cortez, 2002.
3https://blog.academia.com.br/timidez-na-adolescencia-como-ajudar-seu-filho/