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Objetivos
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Objetivos

Objetivos de Aprendizagem:

Após estudar este módulo, você deverá estar capacitado para:

 Entender as diferenças básicas entre o conceito de marketing e


propaganda;
 Definir o que se chama de marketing de um passo, exemplificando
situações;
 Definir o que se chama de marketing de dois passos, exemplificando
situações;
 Compreender e utilizar o conceito de satélites de valor;
 Entender o que significa “presença online” na prática;
 Compreender os elementos que compõem um website que gere 3
autoridade;
 Elaborar o mapa de seu website para dar suporte ao trabalho de design;
 Aprender os conceitos básicos do uso do Instagram para criar
credibilidade
 Elaborar os textos institucionais de seu website
 Expor-se com mais confiança para alcançar seus objetivos

O que veremos adiante:

 Conceito de marketing versus propaganda


 Marketing gravitacional
 Satélites de Valor
 Presença Online
 Website Institucional x website de autoridade
 Mapa do Site
 Exposição e conforto diante do público

Aplicabilidade prática

Eis que chega o momento de começarmos a organizar a colocar esta mentoria pra
rodar “no mundo lá fora”. Já falamos de posicionamento, de bases de
competência e de criação de produtos e serviços. A pergunta natural agora é:
como fazer para que as pessoas venham até você e utilizem estes serviços? E é
disso que começaremos a falar aqui.

Neste módulo vamos tratar de entender um conceito chave para atrair as pessoas
em sua direção, que é o que eu chamo de “marketing gravitacional”. Também
falaremos sobre o elemento que é a base a partir da qual você vai desenvolver
sua credibilidade junto ao mercado: seu website. Na prática, durante o trabalho
que fizemos juntos, você já construiu esta parte, mas aqui quero te convidar a
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revisitar tudo para solidificar o aprendizado.

Por fim entraremos um pouco na mais poderosa rede social do momento, o


Instagram, e falaremos sobre como você pode começar a se organizar para
construir “gravitação” em torno do seu trabalho.

Se você estava querendo saber em que momento da mentoria iríamos realmente


começar a trabalhar o marketing de forma mais prática e expositiva para você
começar a vender seus serviços – ou melhor, ser comprado - chegou a hora.
Introdução
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Introdução
Quando ainda morava em Governador Valadares e fazia faculdade de psicologia,
eu tinha um amigo que costumava repetir de vez em quando o seguinte ditado:
quem não é visto não é lembrado.
Ele não era psicólogo e também nunca se interessou especificamente por
empreendedorismo, mas sua frase define perfeitamente a essência deste módulo.
Para ser um psicólogo independente e bem-sucedido – leia-se: vivendo bem da
profissão - além de escolher um bom nicho, tornar-se muito competente nele e
criar diferentes ofertas de produtos e serviços (experiências), você precisa de algo
muito especial:
Credibilidade.
E credibilidade se constrói, entre outras coisas, com visibilidade. Claro que não é
visibilidade conseguida de qualquer jeito, e vamos falar sobre a maneira certa de
consegui-la. Mas o fato é: você tem que “aparecer”, tem que aparecer da maneira
certa, e mais, tem que ficar totalmente confortável com isto. Aliás, não custa
repetir pela milésima vez:
“Sua ciência é a Psicologia, mas você está no negócio de reputação e
relacionamento. Mais objetivamente falando, no negócio de entretenimento
educativo. Educar as pessoas, gratuitamente, sobre algum tema de interesse 6
delas, é o segredo de tudo. Este modo de ver as coisas, na verdade, não vale
somente para a Psicologia, e sim para quaisquer áreas de serviço e profissionais
liberais. Eu, por exemplo, fui consultor de empresas há alguns anos, e sabe qual
era a parte mais complicada do trabalho?
Conquistar clientes.
O trabalho em si, a entrega da consultoria, embora possa apresentar graus
diferentes de complexidade, costuma ser a parte mais fácil. Óbvio que há dores
de cabeça em alguns momentos, mas nada que se compare à “dor de cabeça” de
não ter clientes.
É importante entender isto, pois, para que as coisas aconteçam, o marketing deve
ser um elemento essencial de sua rotina, ocupando uma parte significativa de seu
tempo, especialmente no início. E outro ponto importantíssimo a entender:
marketing é para sempre. Não é algo que você faz uma vez ou outra, e sim uma
atividade contínua e duradoura que deve ser fortemente inserida em sua
realidade profissional.
Por acaso você já consultou um profissional de educação física e ouviu que para
ter uma boa saúde você tem que malhar “para o resto da vida?” Aqui é a mesma
história. Obviamente é natural que, quanto mais maduro você ficar em sua
ciência, em seu nicho e em seu negócio, menos trabalho você terá para construir
sua imagem. Mesmo assim os esforços de marketing nunca param
completamente.
Agora vejamos mais um aspecto a considerar na busca por se realizar na
psicologia :o volume de trabalho.
Ao fazer esta mentoria e ler este módulo, ao escolher absorver o conhecimento
aqui disponível, você está incorporando a seu “arcabouço” uma série de conceitos
e técnicas que provavelmente são novos para você.
E para fazer com que estes conceitos e técnicas sejam aplicados à realidade, você
vai ter, pelo menos numa fase inicial, muito trabalho. Aliás, em algum momento
durante esta mentoria é possível que você tenha parado, respirado fundo e
pensado:
“Nossa, colocar isso tudo em prática vai dar um trabalho enorme”.
Pois estou aqui para te dizer uma coisa: vai mesmo. Mas o trabalho mais pesado é
por um período específico tempo. Eu não quis falar demais, no início da mentoria
sobre esta quantidade de trabalho, pois essa “carga psicológica” adicional seria
totalmente desnecessária. Mas agora que você já avançou e enxerga o sistema
com mais clareza, posso falar de maneira mais aberta sobre isso.
Você vai trabalhar muito. Mas é muito mesmo. Só que não para sempre.
O esforço maior é principalmente no início, na largada. Depois, a tendência é que 7
as coisas se ajeitem e você possa trabalhar menos do que provavelmente trabalha
hoje, e ganhando muito mais. Este é o caminho natural. O que você está
aprendendo nesta mentoria vai exigir de você, no primeiro ano, muita dedicação.
Definir seu nicho, sua proposta de valor, estudar bastante sobre ele, criar seus
produtos e serviços, fazer um novo website, escrever artigos, gravar vídeos, tudo
isso vai demandar que você dê uma “acelerada” muito bem dada. A fase inicial, e
é preciso entender isto para não desanimar, é a que exige mais esforço entre
todas. Portanto, prepare-se para passar ao menos um ano em uma jornada
bastante intensa de criação, adaptação e correção de rumos, até o barco começar
a navegar suavemente.
Com estes pontos esclarecidos, vamos voltar ao assunto principal deste módulo. A
pergunta que será respondida nas próximas páginas é a seguinte: como você
pode se estruturar, do ponto de vista psicológico e prático, para atrair as pessoas
de forma que conheçam seu trabalho e confiem nele, e como você pode começar
a comunicar isso?”
Comecemos.
Entendendo estratégias
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de marketing
4.1- Entendendo estratégias de
marketing
Pois é, aqui está você lendo um material para aprender a aplicar técnicas de
marketing em sua realidade de psicólogo e ter mais sucesso profissional com isso.
Mas me diga uma coisa: você realmente sabe o que é marketing? Estou
perguntando por que, muita gente que pensa saber, na verdade têm ideias
bastante limitadas sobre o assunto. A realidade é que grande parte das pessoas
por aí confunde marketing com propaganda.
E os dois conceitos são muito diferentes.
A propaganda, que pode se manifestar através de comerciais, outdoors,
panfletos, chamadas televisivas e até folders, é uma parte do marketing. Uma
parte bastante importante, é verdade, mas apenas uma parte. Tem gente que
também acha que fazer marketing é vender algo para um determinado público. E
acredite, não é isso.
Então o que é marketing afinal de contas? Existem dezenas de definições, mas
uma das que mais me agrada e que nos serve muito bem aqui é a do famoso
autor Philip Kotler.
Diz ele:
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“Marketing é o processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que eles
precisam e desejam através da criação e compartilhamento de valor uns com os
outros”.
Bastante interessante, não é? Na verdade, parece psicologia pura. E é.
Fazer um bom marketing é necessariamente influenciar o comportamento e a
percepção dos outros a respeito de algum determinado assunto. Não precisa e
nem deve ser manipular as pessoas de forma inescrupulosa para comprarem
aquilo de que elas não precisam ou que não desejam. Isto seria fazer um mau uso
do marketing. O marketing ético e consciente consiste em apresentar às pessoas,
de maneira entusiástica e estratégica, bons motivos pelos quais elas poderiam se
beneficiar de alguma situação, produto ou serviço.
Mas vamos aprofundar. Embora a definição do professor Kotler seja pertinente,
ela está um pouco acadêmica demais. Vejamos então algumas outras formas
interessantes de entender o que é marketing:
 Marketing é uma prática e um estado de espírito. – Trata-se de um jeito
de se comportar, que muitas vezes é inerente ao ser humano. Dentro
desta perspectiva, fazer marketing é algo que está na intuição de todas as
pessoas.
 Marketing é criar e agregar valor aos produtos e serviços que temos. –
Esta definição está relacionada ao conceito de melhoria contínua. Toda
vez que você melhora algo em um produto ou serviço seu, isto é uma
forma de fazer marketing.
 Marketing é praticar e aprofundar o relacionamento com os clientes. – Se
eu tivesse que ficar com uma das formas simplificadas de entender
marketing, seria essa.
Está na essência do marketing manter uma relação de longo prazo com as
pessoas que serão beneficiadas por um determinado produto ou serviço. Isto é
tão importante que até deu origem a uma área específica do marketing, chamada
marketing de relacionamento.
 Marketing é descobrir sutilezas e fazer a diferença para o consumidor –
Também é uma definição bonitinha e simpática, e tem a ver com o
conceito de “persona.” Quando você olha com atenção para seu cliente e
descobre formas de ajudá-lo, está sem dúvidas fazendo marketing.
Mas por que tantas definições?
Porque, como sabemos, o ser humano é complexo e há diferentes pontos de vista
sobre quase qualquer assunto na face da terra. A famosa subjetividade em cena.
Você pode até ter seu conceito particular de marketing se quiser, desde que
entenda que seus objetivos são sempre os mesmos: criar credibilidade. 10
E afinal, qual a diferença entre marketing e propaganda? Eis aqui:
Propaganda: um anúncio pago e não pessoal com uma mensagem persuasiva de
uma determinada marca; a apresentação ou promoção de produtos dessa marca
para os consumidores já existentes ou clientes em potencial.
Marketing: planejamento sistemático, implementação e controle de uma mistura
de atividades de negócio que tem como objetivo unir compradores e vendedores
para trocas ou transferências igualmente vantajosas de produtos e serviços. (Esta
é mais uma das definições possíveis).
Entendeu como o conceito de marketing é muito mais amplo que o da
propaganda?
A propaganda está para o marketing, como a psicoterapia está para a psicologia.
O que se chama de marketing é um corpo de conhecimento extremamente amplo
e rico do qual a propaganda é apenas uma ferramenta. E sabe por que estou
dando tanta atenção a esta diferenciação?
Porque você, como psicólogo, precisa fazer muito marketing, mas não precisa
fazer muita propaganda. A razão é que você trabalha com um serviço intelectual,
e este tipo de serviço “vende” melhor a partir de uma abordagem menos direta e
mais profunda que a da propaganda tradicional. É algo mais sutil, mais leve, mais
inteligente, e que respeita muito mais o cliente.
E respeito é uma palavra chave aqui.
Acredite em mim: se em algum momento seus clientes se sentirem
desrespeitados ou invadidos, você já era. Para entender melhor esta questão de
respeito, veja, por exemplo, o caso do marketing de interrupção, no qual a
propaganda é usada fortemente: lá está você, feliz da vida, assistindo sua novela,
seu filme, seu seriado e de repente... te interrompem. Tiram do ar seu programa,
na cara dura, e começam a te exibir, sem mais nem menos, anúncios.
Anúncios!
É como se te dissessem: pare de assistir o que você quer e veja AGORA o que
temos a te oferecer. Funciona? Claro que sim. Se não funcionasse não seria tão
famoso. Mas é um método caro, antigo e de certa forma ultrapassado.
Definitivamente não é uma forma muito inteligente de se vender serviços
intelectuais.
É por isso que colocar uma moça ou rapaz na esquina, panfletando para você, não
costuma gerar grandes resultados. É que quando você está caminhando na rua e
te param para te entregar um folheto, é interrupção também. Ninguém gosta de
ser interrompido. As pessoas, no máximo, toleram. Apenas em algumas situações
muito específicas este tipo de marketing pode ser usado, mas falaremos disso 11
depois.
Por enquanto, a forma que proponho para você fazer seu marketing é
completamente diferente desta, e está baseada em uma técnica e um conceito. A
técnica é conhecida como marketing de dois passos, e o conceito é o que se
chama marketing gravitacional
Vamos falar primeiro do:

Marketing de dois passos


Quando eu era criança, entre os meus 7 e 11 anos, costumava passar uma parte
das férias de verão na fazenda de meu avô. Os dias na fazenda eram divertidos, e
uma das coisas que costumávamos fazer de manhã bem cedo era desenterrar
minhocas para ir pescar.
Íamos lá eu, meu irmão, algum primo que estivesse junto e meu pai, que levava
sempre um vidrinho com farelos de pão. Assim que as minhocas estavam na lata e
as varas preparadas para começarmos, meu pai pedia silêncio e iniciava o ritual.
Um pouco de farelo aqui, um pouco ali, e mais silêncio. De repente, pequenas
bolhas na água e uma considerável multidão de peixes visivelmente animados.
Só então a pescaria começava.
Quando colocávamos os anzóis na lagoa, quase que imediatamente os peixes
começavam a morder a isca, e não demorava muito, estavam fisgados. Na
verdade, era tão fácil que às vezes perdia a graça. Vim a descobrir, apenas depois
de adulto, que existe um nome técnico para isto que meu pai fazia. Chama-se
“ceva”. É uma estratégia utilizada por quem pratica pesca esportiva para atrair o
peixe até isca. Existem até sites ensinando a fazer cevas especiais, de tão sério
que é o negócio.
O princípio é muito simples: você oferece aos peixes algo interessante para eles,
isso cria um bafafá no fundo da lagoa, e de repente temos peixes e mais peixes
nadando em direção à novidade. Por quê? Porque eles adoram. E o melhor de
tudo: é de graça!
E é aí que mora o segredo da coisa. Tem que ser bom, e tem que ser de graça.
Este é o princípio do marketing de dois passos
O chamado marketing de dois passos é uma técnica muito simples, poderosa e
eficaz para se vender produtos e serviços. E funciona tão bem assim por ser
baseada em um princípio valorizado por todos os seres vivos: reciprocidade.
Gere valor e o valor volta para você. É um sistema totalmente baseado na relação
“ganha- ganha” entre você e seu potencial cliente, e projetado para construir
aquilo que é mais importante para qualquer produto ou serviço: credibilidade.
Funciona assim: você produz e entrega algo de real valor para as pessoas – sem 12
cobrar nada - para que elas conheçam o que você tem a oferecer, e só depois –
de maneira totalmente honesta e transparente – você oferece seus serviços a
elas. E o melhor, às vezes você nem vai precisar oferecer, porque se a entrega de
valor for bem feita, elas mesmas vão te procurar para comprar seus serviços.
De certa forma, é o mesmo princípio da ceva na pescaria. Só que ao contrário do
pescador, que deseja “fisgar o peixe” para colocá-lo na panela (um destino não
muito bom), seu desejo é despertar o interesse do potencial cliente para oferecer
algo que seja muito positivo para ele.
E muita atenção a este ponto: tem que ser positivo. Tem que ser bom. Tem que
ser de graça. E você TEM que se importar de verdade com a pessoa para quem
está oferecendo o valor. Se não for assim, não dá certo. O marketing de dois
passos é um método que não se sustenta caso você esteja tentando vender um
produto ou serviço no qual não acredita, ou se estiver querendo “empurrar” algo
nas pessoas.
Isso acontece porque o próprio jeito de fazer o marketing de dois passos já
evidencia para o cliente suas intenções. Dificilmente algum charlatão vai longe
com este processo, pois ele exige transparência, caráter, e muita dedicação de
quem o pratica. Mas antes de continuarmos, pense comigo:
Se existe algo chamado marketing de dois passos, é porque deve existir também o
marketing de UM passo. Correto?
Corretíssimo.
Então conheça rapidamente:

O Marketing de um Passo
Sabe quando você está passeando pela rua, num dia agradável, e ouve assim:
“Picolé, picolé!” Ou quando caminha pelo centro da cidade e os ambulantes vêm
em sua direção oferecendo serviços? Pois é. Marketing de um passo. A maioria
dos anúncios que você lê e dos comerciais de televisão que você assiste, utilizam
este método. Grande parte das pessoas que tentam te vender qualquer coisa
também age nesta lógica.
Atenção: nem sempre o marketing de um passo significa que você será
interrompido, embora isto seja comum em algumas de suas variações. Mas o fato
é: o marketing de um passo é BEM famoso. Neste estilo de marketing, o que eu
faço é dizer o seguinte:“Ei, olhe, eu tenho aqui um produto/serviço muito legal, e
se você comprar ele de mim vai ficar muito satisfeito”.
E sim, dá resultados.
Muitas vezes você está andando pela rua, e ao ver o tal carrinho de picolé você
para e compra um para se refrescar. Se você estiver com fome e passar pelo
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anúncio de um belo prato na porta de um restaurante, é bem possível que dê
uma paradinha para almoçar por ali.
O marketing de um passo funciona sim senhor, só que ele é muito menos eficaz e
certeiro do que o marketing de dois passos. E a razão é simples: o marketing de
um passo pede às pessoas que comprem algo ANTES de estabelecer uma relação
de confiança verdadeira e profunda com elas.
A principal diferença é: no marketing de um passo você paga primeiro e
experimenta depois. Uma aposta arriscada, não acha? Especialmente se você
ainda não conhece o produto ou serviço. No fundo você sabe desse risco e
naturalmente seus instintos buscam minimizá-lo. Tanto é que, quando está na
praia e vai comprar algum pastel, você provavelmente olha muito bem para o
aspecto do vendedor e da apresentação do produto para julgar se aquilo te passa
“confiança”. Já no marketing de dois passos, a coisa é diferente.
Em vez de pagar para conhecer o produto (ou serviço), o que você faz é conhecer
um pouco para, só então, decidir se vale a pena pagar. Neste caso, a oferta de
valor é degustada antes mesmo de você fazer qualquer aquisição.
Aliás, se você analisar bem, vai ver que é uma estratégia que usa a mesma lógica
do conceito da “estante de experiências” que apresentei, mas agora com o
elemento gratuidade envolvido. Uma pessoa pode começar a “subir” por sua
estante, não através de um produto de baixo investimento financeiro, e sim
através de um produto totalmente gratuito.
A lógica é simples: no marketing de dois passos o cliente recebe muita amostra
grátis antes de comprar alguma coisa. Você experimenta e, se gostar, paga para
ter mais do que experimentou. Esta forma de marketing é tão poderosa e
interessante, que cada vez mais as empresas estão migrando para ela.
Um pequeno exemplo do marketing de dois passos são as oportunidades de
degustação que acontecem frequentemente nos supermercados mais chiques.
Dependendo do supermercado, você até almoça de graça num sábado de manhã,
de tanta bebida e guloseima que te dão.
Sabe o que é aquilo? Farelo de peixe. (Metaforicamente falando, é claro) O
princípio é o mesmo da ceva. Atrair as pessoas e deixá-las saborear um pouco do
produto, esperando que sejam fisgadas e comprem mais. Deixá-las experimentar
o valor, ao vivo e à cores, para que possam construir sua própria percepção sobre
ele e tomar a decisão.
Uma sacada genial.
Mas se você pensar bem, não deixa de ser uma aposta arriscada também, já que
há o risco de as pessoas não gostarem do que está sendo oferecido. Só que ao
mesmo tempo é um ENORME atestado de autoconfiança, segurança e
transparência. Falemos a verdade: se eu te deixo experimentar um pouco do meu 14
produto/serviço “antes” de você comprar, é porque eu realmente acredito na
qualidade dele. E isto soa como música aos ouvidos de qualquer cliente. Pois eles
têm a tranquilidade de estarem pagando por algo cuja qualidade, pelo menos em
parte, já pôde ser atestada.
Por exemplo, eu não sei como você decidiu comprar esta mentoria, mas muita
gente tomou a decisão após conhecer meu conteúdo gratuito, que é o que eu uso
para construir credibilidade. Agora outro ponto chave:
A sua grande vantagem em ser psicólogo é que, diferentemente do vendedor de
picolé e das empresas que oferecem degustação no supermercado, você trabalha
com um produto inesgotável, que é seu conhecimento. E isto faz com que o
marketing de dois passos seja muito mais fácil para você. A maravilha de se
trabalhar com conhecimento é isso: você pode deixar as pessoas experimentarem
o quanto elas quiserem, que o conhecimento ainda continua com você.
Por exemplo: se eu fizer uma palestra mil vezes, eu não só continuo com meu
conhecimento, como experimento também um grande aumento nele. final,
depois de fazer mil palestras, eu serei um palestrante BEM mais experiente.
Consegue entender a mágica?
É como se o vendedor de picolé deixasse todo mundo experimentar um picolé de
graça, e no fim do dia o carrinho dele estivesse com mais picolés do que antes.
Seu conhecimento não acaba quando você o oferece para as pessoas. Pelo
contrário, ele aumenta!
Por isso você não deve ter medo de aplicar totalmente o marketing de dois
passos. O apelo dele é universal e você não tem nada a perder. É algo que
funciona para pescadores, para supermercados, para vendedores de picolé, e
adivinhe: é perfeito para psicólogos
Imagine a seguinte situação: você decidiu que vai trabalhar com aprendizagem
infantil, este vai ser seu nicho. Você se apaixonou pelo tema, estudou bastante,
ganhou confiança, criou alguns produtos e serviços e sabe que pode melhorar
muito o desempenho de crianças com problemas de aprendizagem. Então você
faz alguns cartões – muito bonitos por sinal – e começa a entregar eles para mães
nas portas das escolas, abordando-as ativamente e falando que se o filho dela
tiver problemas de aprendizagem, você tem a solução.
Absurdo, não é? (Se você não acha isso absurdo, pare de ler e me ligue com
urgência.)
Preste atenção: o que você tem para vender é um serviço intelectual e de alto
valor agregado. Não é empada, nem carro, nem picolé, nem roupa da moda. Você
vende um serviço que costuma ser personalíssimo, e que em sua forma mais
tradicional – a psicoterapia - potencialmente representa inúmeros riscos para seu
consumidor. Afinal, quem gosta de expor detalhes de sua vida particular e ainda
pagar?
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Por isso você precisa fazer muito mais do que vender. Você precisa “ser
comprado”. Em suma: não aborde as pessoas, crie condições para que ELAS
abordem você. Vamos a mais um dos meus casos. Este é curtinho:
Assim que me graduei em psicologia, decidi que, além de fazer alguns
atendimentos clínicos, eu me dedicaria também à consultoria empresarial. E a
verdade é que dois anos depois de formado eu já estava quase que totalmente na
consultoria, pois era um trabalho que me agradava mais do que a clínica
psicológica. E foi no mundo dos consultores que eu aprendi o princípio do “não
venda, seja comprado”.
Até 2015 eu prestava consultoria, e tinha sempre um número muito satisfatório
de clientes. Mas veja bem: geralmente eu não ligava para a empresa das pessoas
oferecendo consultoria, e também não fazia centenas de cartões e panfletos para
serem distribuídos por aí.
Não é assim que funciona.
O que eu fazia era oferecer algo que fizesse com que as pessoas “soubessem” a
meu respeito, conhecem minhas ideias, confiassem em minha competência e
procurassem meus serviços. No máximo, trabalhava minha rede de
relacionamentos, pedia referências, e quando abordava alguma empresa
ativamente era através de alguém que havia me recomendado. Eu não aparecia
do nada simplesmente oferecendo algo, como se fosse um vendedor de
pamonha. Em outras palavras, eu construía minha reputação, prioritariamente,
através do marketing de dois passos.
E é exatamente isto que você precisa fazer.
Criar e oferecer gratuitamente amostras dos seus produtos e serviços para que as
pessoas possam “experimentar” e pedir mais - desde que elas gostem, é claro. É
como se, dentro de sua estante de experiências, houvesse uma prateleira
chamada “amostras grátis”, na qual as pessoas poderiam degustar um pouco do
que você tem a oferecer, sem precisar desembolsar qualquer dinheiro para isto. O
marketing de dois passos é, sem dúvidas, a melhor forma de conseguir ser
comprado como psicólogo, e você deve sempre se focar nele. (Amostra grátis não
é psicoterapia, eu vou explicar à frente).
Entendido até aqui?
Então agora vamos falar de um conceito muito mais abrangente e poderoso do
que o marketing de dois passos, que vai te ajudar a construir um campo de
atração contínuo para seus possíveis clientes. Preste muita atenção, pois este
conceito precisa permear toda a sua prática profissional a partir deste momento.
O nome dele é:
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Marketing Gravitacional (bacana o nome, né?)
A expressão “marketing gravitacional” não foi criada por mim. É um conceito que
aprendi com o consultor norte americano Alan Weiss, do qual já falei aqui.
De certa forma, o marketing gravitacional pode ser entendido como um conjunto
de ações que cria uma série de caminhos que trazem as pessoas até você. A
junção destes caminhos gera uma espécie de campo gravitacional à sua volta,
fazendo com que potenciais clientes e até mesmo parceiros sejam
constantemente atraídos para suas ofertas. Cada um destes caminhos é
representado por um “satélite” que orbita em volta de você. São estes satélites
que vão capturar a atenção das pessoas e gerar a gravidade desejada.
Eu sei que está parecendo aula de física, mas daqui a pouco tudo fica mais claro.
Aliás, por falar em exatas, sou péssimo em matemática, mas esta equação aqui é
bem fácil de entender:
Amostras de valor+ Estante de experiências +Ações Planejadas = Marketing
Gravitacional
Vamos ver rapidamente cada um destes pontos:
Amostras de valor: é tudo aquilo que você oferece gratuitamente para entregar
valor para seu público e construir sua reputação. E-books gratuitos, artigos,
colunas em sites, vídeos, podcasts, palestras, workshops, newsletters e outros.
Note que, embora existam aqui palestras, workshops e e-books, neste caso eles
precisam ser feitos gratuitamente, como forma de se divulgar e criar – olha que
palavra bonita da psicologia - awareness. Sim, você terá palestras e workshops
pagos, mas alguns serão gratuitos.
Estante de experiências: na estante estão suas ofertas de produtos e serviços que
são pagas. Elas também servem como um elemento criador desta gravidade que
traz as pessoas até você. Geralmente, os produtos que alcançam escala – sendo
vendidos para muitas pessoas - como e-books, treinamentos, workshops e
palestras pagas, livros, tendem a gerar este efeito. Um dos melhores produtos
para gerar “gravidade” em direção a você, por exemplo, é a publicação de um
livro através de uma editora. Não sei se você sabe, mas os autores não costumam
ganhar muito dinheiro com livros, o verdadeiro benefício está na imensa
credibilidade que eles geram. Eu que o diga.
Ações Planejadas: aqui entram algumas iniciativas que você pode tomar
ativamente como forma de aumentar sua visibilidade, como, por exemplo, fazer
networking, participar de grupos e associações, participar entrevistas no rádio
e/ou tv, envio de pautas. Enfim, é você mostrando sua cara, aparecendo. Este
ponto é relevante, mas os dois anteriores são bem mais poderosos.
Enfim, o que importa é que quando você combina todos estes esforços,
oferecendo amostras, disponibilizando formatos de produtos e serviços e
executando algumas ações planejadas, você está estabelecendo à sua volta o 17
“campo gravitacional” que traz as pessoas até você.
Na Academia do Psicólogo, por exemplo, vários parceiros e clientes chegaram até
mim desta forma. Palestras já foram vendidas por causa disso, e até você deve ter
chegado até mim graças a esta “gravidade”. Afinal, por acaso eu te liguei para
oferecer alguma coisa?
Importante: marketing gravitacional é um conceito macro e bem abrangente. Não
é exatamente uma técnica específica que você vai usar, e sim uma maneira
estratégica de observar a realidade à sua volta e agir sobre ela. O importante a
perceber aqui é que, quanto mais produtos e serviços você cria, quanto mais
parcerias você faz, quanto mais exposição consegue, quanto mais conteúdo útil
você publica, maior e mais forte torna-se o seu campo gravitacional. E quanto
maior este campo gravitacional, mais pessoas serão atraídas.
A verdade é que este conceito é tão forte e poderoso, que até um generalista
consegue se tornar uma referência trabalhando com ele. O italiano Contardo
Calligaris, que vive em São Paulo, é um exemplo vivo do que estou falando. Ele é
um psicanalista que não tem nenhum nicho definido, não é associado a nenhum
público específico, e vive com o consultório lotado. A questão é que ele escreve
tanto, dá tanta entrevista, faz tanta palestra, aparece em tanto lugar diferente,
que ficou super conhecido e é muito procurado.
Rossandro Klinjey, psicólogo da Paraíba, é outro que segue a lógica mais
generalista. Ele transita entre assuntos diversos ligados ao ser humano, mas já
produziu tanto conteúdo relevante que criou uma espécie de “aura” em torno de
seu nome a ponto de várias pessoas ficarem atraídas por ele. Quer dizer, alguns
podem chamar de aura, eu chamo de “campo gravitacional”, e dos bons.

Escolhendo seus satélites de valor:


A esta altura você deve ter notado que a roda do marketing gravitacional tem
diversos tipos de elementos. Esses elementos são o que chamaremos aqui de
“satélites”. Uso a nomenclatura “satélites” justamente para evidenciar que são
amostras que orbitam em torno de você, fortalecendo seu campo gravitacional. A
pergunta é: você precisa lançar todos estes satélites? (e-book, artigos, vídeos,
posts, podcasts, livro impresso, palestra). Precisa usar todas as opções de
amostras que já vimos?
Não, não precisa.
Talvez você nem mesmo se sinta confortável com algumas destas formas de se
divulgar, e tudo bem com isto. Agora, se você não se sente confortável com
nenhuma delas, a coisa complica. Por exemplo, talvez você não queira fazer
palestras gratuitas, ou fazer parte de associações, nem mesmo desenvolver
parcerias, mas você pode publicar um e-book, fazer sua newsletter e ter um
workshop que você vende a um preço bem acessível para se divulgar. 18
Claro que se você quiser e puder lançar todos estes satélites, seu campo
gravitacional vai ficar extremamente forte, mas tudo bem em escolher apenas
alguns. Mas nós vamos falar mais disto quando entrarmos no mérito daquele que
é o maior de todos os satélites dentro de seu campo gravitacional: seu Website.
Aguarde e confie.
Criando as bases de sua
19
“presença online”
4.2- Criando as bases de sua
“presença online”
Agora que já nos aprofundamos um pouco no conceito de marketing e falamos de
algumas importantes nuances e perspectivas, é hora de darmos atenção especial
a um aspecto fundamental de toda a sua estratégia:
A internet.
Você se lembra das listas amarelas que existiam antigamente – sua mãe se lembra
- nas quais as pessoas procuravam por serviços e até mesmo lojas de produtos?
Ela mudou de nome há pouco menos de 20 anos, e além de estar muito mais
abrangente, agora é multicolorida também.
Chama-se Google.
Sua total atenção para esta afirmação, por favor: A internet não é uma mídia, ela
é um ambiente. As pessoas não estão na internet simplesmente para ler ou
procurar informações, elas estão lá interagindo, vivendo, tomando decisões,
fazendo escolhas.
Não é um mundo virtual, é o mundo real mediado por computadores.
E dentro deste mundo, deste gigantesco universo, o todo poderoso Google reina.
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A razão para seu reinado é simples: ele filtra e cataloga respostas pertinentes para
praticamente todas as perguntas da espécie humana.
Hoje em dia, e cada vez mais, no futuro, as pessoas usarão a internet como
ferramenta de suporte para conduzir suas vidas. Na verdade, ela é tão importante
que até já refizeram a escala de Maslow com a palavra “WiFi” abaixo das
necessidades fisiológicas. (Lógico que é uma piada).
Resumo da ópera: se você deseja alcançar mais pessoas, você precisa estar na
internet, e precisa estar lá de maneira forte. Muito forte. De fato, eu proponho
que todas as suas ações de marketing e construção de credibilidade comecem na
web.
E o motivo é óbvio: ela facilita IMENSAMENTE sua vida.
Se eu tiver que usar uma expressão para designar o que significa a existência da
internet para o desenvolvimento de um negócio como o seu, seria esta: um
sonho.
Por exemplo, este módulo que você está lendo foi fruto da adaptação de um
curso completamente construído em cima da realidade web. Não só a
operacionalização das coisas através de e-mails e dos arquivos de texto. É tudo
mesmo. O conceito pedagógico, a conquista do público, as vendas, a interação,
absolutamente todos os aspectos relacionados a meu trabalho nasceram
considerando o mundo digital.
Sim, eu poderia tê-lo escrito sem a internet, é verdade. Mas sem a internet eu
provavelmente não teria ficado conhecido – ao menos não tão rapidamente - a
ponto de uma editora se interessar em publicá-lo.
Na verdade, a maioria das estratégias que você está aprendendo aqui – e que vão
te trazer resultados também fora da internet - seriam muito difíceis de aplicar se
estivéssemos ainda nos anos 1980.Algumas, de fato, seriam impossíveis de serem
explicadas, pois nem mesmo seu conceito existiria.
Por isso, comemore.
Nunca foi tão simples se construir uma reputação quanto hoje, e nenhum meio é
tão barato e tão eficaz para divulgar seu conhecimento quanto a internet. Ela está
além dos mais megalomaníacos sonhos que qualquer ser humano poderia ter até
30 anos atrás.
E no mundo da internet uma expressão define muito bem o que você precisa ter
para construir sua reputação e atrair clientela: presença Online.
De maneira bem direta, podemos dizer que presença online é como você, sua
imagem, seus produtos e serviços vão se apresentar no ambiente online. A
presença online é o que vai criar seu marketing gravitacional na internet. 21
Alguns especialistas da área dizem que presença online é a criação e
administração de seu avatar virtual, e que se trata de uma série de técnicas para
transferir para o ambiente online seu jeito de ser, suas nuances, sua
personalidade.
A construção de uma boa presença online se dá através de vários elementos –
vários satélites online - e o assunto é tão vasto que daria para escrever um livro
inteiro sobre ele. Por isso, neste módulo vamos falar apenas de um GRANDE
satélite muito poderoso para a construção de sua presença.

Seu website: o mais importante satélite


Você deve ter notado que eu nem listei o website quando falei rapidamente dos
satélites no tópico anterior. É que ele é tão importante que prefiro tratá-lo de
maneira especial. Talvez você encontre algumas pessoas por aí dizendo que “você
não precisa de um website” e que uma página no Instagram ou em outras redes
sociais, basta.
Não basta.
As redes sociais podem sim, te dar uma boa projeção e criar muita “gravidade”,
mas se você quer ter um negócio sólido, profissional e duradouro, faça um BOM
site. Entendido?
Então sigamos.
Várias pessoas ficam um pouco ansiosas a respeito desta parte, por considerarem
que o site é uma de suas principais ferramentas para ter sucesso no mercado. E
como eu já disse, elas estão completamente certas. Seu website é como se fosse
sua “casa” profissional na web. É nele que você vai se organizar para
operacionalizar e aplicar uma série de conceitos e técnicas aprendidas nesta
mentoria.
Nicho, proposta de valor, estante de ofertas, marketing de dois passos, marketing
gravitacional, outline, toda esta enorme mistura de conceitos e práticas que você
aprendeu até aqui, terá como principal vetor de operacionalização seu website.
É ele que tangibiliza, concentra e organiza o trabalho.
Trocando em miúdos: seu site é seu quartel general, o ponto de partida para
grande parte de suas ações de empreendedorismo e marketing.
Trate-o com muito carinho.
Agora, antes de continuarmos, dois esclarecimentos pertinentes:
O primeiro é que você não vai aprender aqui todo o conhecimento técnico para
montar um site. Seria impossível fazer isto em um tópico. O volume de
informação necessário é muito grande. (Na verdade há cursos específicos para
isso) 22
O que você vai aprender aqui é a conceber, estrategicamente, seu website. Não
vamos falar de programação, configuração e aspectos técnicos de layout. No
entanto, caso você se decida por fazer seu website por conta própria, ou mesmo
contratar alguém para isto, as informações aprendidas aqui serão extremamente
úteis.
De certa forma, aqui você vai aprender construir mentalmente seu site, para
facilitar sua vida quando você for transformá-lo em realidade. O segundo
esclarecimento, é que mesmo se você tiver impresso este documento,
recomendo que faça a leitura próximo a um computador. É que em alguns
momentos vou sugerir que você entre na web.
Tudo claro? Então vamos a alguns conceitos chave para esquentar.
Primeira coisa:
a) Construa um site de autoridade
Eu vivo falando sobre este tal site de autoridade. Mas antes de vermos o que é
um, vamos falar sobre o que não é um site de autoridade. Durante um tempo eu
tive um site cujo domínio era www.brunosoalheiro.com.br. Este site, que não
existe mais, foi feito em 2013, e na época, como eu ainda era um palestrante
“generalista”, eu não havia pensado profundamente nesta questão.
Se você navegasse por lá, iria ver que era um site bem feito, tinha imagens
bonitas, mostrava os serviços claramente, falava um pouco de mim, mas havia um
grande problema.
Ele não tinha um foco claro. Era um site institucional. Quase um outdoor virtual.
A comunicação não estava orientada para nenhum público específico, e o mais
grave, não havia conteúdo nem mesmo atualização. Se você entrasse no site num
intervalo de meses, iria ver a mesma coisa. Não existia atualização de conteúdo.
Era o famoso “site vitrine”. Você poderia até argumentar que o fato de o site ser
bonito – e era bonito mesmo – me conferia certa autoridade. Sim, isso é verdade,
mas o conceito de site de autoridade é bem diferente, e vamos ver isso logo ali na
frente.
O importante é perceber que um website, independentemente de ser ou não
bonito, não pode ser apenas um folder com algumas páginas. O grande problema
com o site de muitos psicólogos, é que eles não são sites que oferecem conteúdo
útil. O que há para ler é apenas o descritivo dos serviços, no clássico modelo do
marketing de um passo.
Mas agora vamos ver um exemplo de site focado e que transmite alguma
autoridade, e é de uma de minhas clientes:
Para isso, vá em: http://www.debemcomansiedade.com.br/
Pronto? Então vamos.
23
Perceba como absolutamente TUDO neste site é voltado para seu público alvo.
Toda a comunicação é feita com foco em quem tem ansiedade. Quando uma
pessoa que se preocupa com a própria ansiedade está em busca de algum
profissional que trabalhe com o assunto e encontra este site, ela realmente
percebe que aquilo ali foi feito “para ela”.
Mesmo que os serviços variem, todos estão orientados para um mesmo público.
Outro aspecto fundamental: boa parte do que está no site é conteúdo útil a quem
sofre com ansiedade. Artigos simples tratam de temas relacionados ao cotidiano
de uma pessoa ansiosa. Até mesmo a descrição dos serviços é feita de forma
humanizada e direcionada a quem sofre com a própria ansiedade.
É este conjunto, esta harmonia que constrói no público a credibilidade necessária.
Geralmente, quando as pessoas entram em um site de autoridade, elas ficam
extremamente gratas, pois é como se ele fosse “tudo aquilo que elas estavam
procurando para resolver o problema delas”. Quando bem feito, ele gera aquela
sensação de “achei”!
O leitor tem a sensação de ter encontrado uma das melhores fontes de
informação profissional a respeito daquele tema na web. Compreenda o seguinte:
as pessoas não entram em seu site por causa de você, elas entram por causa
delas. Elas querem encontrar respostas, mesmo que parciais, para suas dores e
angústias.
E para que encontrem, que gostem, que queiram voltar, seu site precisa de
comunicar com as dores e os sonhos delas. Simples assim.
E por falar em simples, vamos a outro conceito chave.
b) Seja Simples
Não sei você se lembra daqueles sites em linguagem “flash” dos anos 90, que
tinham cores, música, letras mirabolantes voando e ícones animados. Era uma
verdadeira zona.
Se você lembra, esqueça agora. Seu site tem que ser o mais simples e limpo
possível.
Quando alguém chegar lá, é preciso que a pessoa tenha uma experiência
visualmente “leve” e encontre rapidamente o que está buscando, sem ter que
perder tempo ou quebrar a cabeça. Mas atenção, quando eu falo simples eu não
quero dizer feio ou “pobre” visualmente.
O que quero dizer é que os elementos têm que estar bem organizados, com bom
espaçamento, e aquilo que se chama em design de “área de respiro”. As áreas de
respiro são simplesmente os espaços em branco no site, as áreas livres, que fazem
tudo parecer mais leve e evita a sensação de “amontoado”. Um bom equilíbrio 24
entre imagens, textos e área de respiro vai aumentar muito o engajamento do seu
público.
Já é inclusive provado, através de estudos científicos, que uma boa quantidade de
áreas em branco cansa menos o leitor e aumenta drasticamente sua capacidade
de compreensão e engajamento.
Coloque o que for preciso, mas não mais do que isso.
c) Design Profissional
Isto tem tudo a ver com simplicidade.
Muita gente confunde design com estética. A estética é sim, uma parte
fundamental do design, mas não é tudo. Steve Jobs tem uma frase ótima sobre
esta questão:
“Design não é só como se parece, é como funciona”.
Por exemplo, quando um novo carro é encomendado a um designer, ele não
pensa só no aspecto da beleza visual, mas também na usabilidade, na praticidade,
na funcionalidade. Um design profissional, além de deixar seu site muito mais
atraente e gerar credibilidade, precisa fazer com que a experiência de navegação
seja gostosa, fácil e intuitiva. Existe toda uma ciência por trás disso, e não dá para
entrar em detalhes aqui, mas cada elemento no site tem um lugar determinado.
As chamadas, os botões, até a combinação de cores é importante, não somente
pelo aspecto estético, mas pela influência que o conjunto vai ter na experiência
de navegação.
Por isso eu costumo insistir para que você contrate um web-designer profissional.
Eles são profissionais que estudaram muito sobre isto, e estão bastante
capacitados para transformar sua ideia em um website que, mais do que lindo,
seja extremamente funcional. Querer dispensar um designer para fazer o site
você mesmo, equivale a um designer querer dispensar o psicólogo para resolver
uma questão emocional por si mesmo.
Funciona, mas pode demorar mais e os resultados não serem tão bons.
Mas se ainda assim você quiser fazer o seu, a melhor forma é observar outros
sites e, na medida do possível, fazer igual. Agora, para facilitar mais sua vida,
vamos fazer uma análise relâmpago do site “De bem com a ansiedade” no que se
refere à aplicação dos conceitos acima e outros mais. Atenção: existem vários
templates e modelos de sites para você se inspirar. O importante é você perceber
a lógica dos pontos que vou abordar, para garantir que, qualquer que seja o
“modelo” do seu site, ele respeite estas regras.
O ideal é que você leia esta parte tendo acesso ao site, para fazer as observações
de maneira mais clara.
Após entrar no site, note que:
25
1. O site é de autoridade porque está focado em um nicho claro, até o nome
vai direto ao ponto, e o site apresenta conteúdo relevante para o público a
que se destina.
2. O site é simples. Embora ele seja visualmente impactante, note que o
menu é limpo, há muita área de respiro e as coisas não se amontoam.
3. O site tem um design profissional, a paleta de cores é harmônica, os
artigos são colocados em destaque na home, os serviços são fáceis de
achar. As cores combinam, há um visual claro e também ao mesmo tempo
aconchegante, o que faz com que o leitor, em geral, queira ficar ali.
4. Na home (página principal) você pode ver algo como um grande “outdoor”
que alterna entre a chamadas diferentes. Esta parte se chama slider, e ela
pode ser usada sempre que eu quiser anunciar alguma novidade de forma
mais impactante ou, como neste caso, sinalizar “propostas de valor”.
Mas veja, eu não estou dizendo que este é “o site perfeito”. Com certeza tudo
pode ser melhorado e ela sempre atualizando. Mas ele com certeza cumpre os
requisitos para ser um site de autoridade que oferece uma experiência agradável
e rica para o leitor.
É justamente o conjunto de conteúdo + beleza + funcionalidade que vai fazer com
que seu site seja percebido como sendo de “alto valor” por seu público alvo. Bem,
agora que falamos de conceitos chave, vamos nos aprofundar mais, por que,
como diz o ditado: detalhe pouco é bobagem.
1) Mapa Geral do Site
Seu site não é construído a esmo. Ele obedece a uma estrutura, uma lógica.
Lembra-se do conceito de “outline”? É mais ou menos a mesma coisa. Para
começar a elaborar seu site, você precisa partir do geral para o específico. Esta
outline, aqui é chamada de: mapa do site
E é a primeira coisa que você precisa conceber.
Se quiser ver o mapa do site “De bem com a ansiedade” vá até a página principal,
role a tela até o fim e veja lá, num grande rodapé.
De qualquer forma vou reproduzi-lo aqui:
 Home
 Sobre
 Psicoterapia Individual
 Grupos de Treinamento para Manejo da Ansiedade
26
 Grupos de Treinamento de Habilidades Sociais
 Artigos
 Compreendendo
 Modificando estratégias
 Treinando habilidades
 Contato
Veja bem, você não precisa saber sequer ligar o computador para fazer o mapa de
seu site. Tudo o que você precisa é de um papel, uma caneta e senso de lógica. O
mapa é o conjunto das partes que vai formar o todo. Se o site fosse uma casa, o
mapa mostraria todos os cômodos e como eles se interligam.
Em minhas mentorias, por exemplo, os alunos passam por um processo guiado de
construção conjunta do que que eu chamo de “estrutura conceitual”, que é
praticamente o processo de se criar um site, mas tudo em word, já que estamos
trabalhando a parte conceitual e textual.
Para ilustrar, veja como poderia ser o site de um profissional cuja proposta de
valor é: “Ajudar jovens profissionais a serem mais organizados e produtivos”.
 1- HOME
 2- SOBRE
 3- SERVIÇOS
 ARTIGOS
 + PRODUTIVIDADE
 + ORGANIZAÇÃO
 + DISCIPLINA
 4- CONTATO
Note que neste caso os artigos estão organizados por “subcategorias” (em
negrito) Um motivo para se usar subcategorias nos artigos é não poluir o menu
principal com muita coisa. Não dá para colocar horizontalmente todas as divisões
de artigos e serviços, especialmente se você tiver uma farta estante de
experiências
Eu diria que um menu ideal não deveria ter mais que 6 itens principais, embora
tudo dependa do design. Veja que o menu do site “De bem com a ansiedade” tem
apenas 6 itens principais, e 2 deles tem subcategorias. Importante: não há um
jeito exato de fazer, o que você precisa é apenas garantir a objetividade e clareza
para quem vai navegar.
Ok, agora que já falamos do MAPA do site, vamos entrar em cada uma das áreas
27
principais do exemplo acima. Apenas não falaremos aqui dos artigos, pois
trataremos deles no próximo módulo.
Comecemos pela famosa:

HOME (Ou página inicial)


Sua home é a cara do seu site. A fachada. Se você não entendeu ainda, ela é
aquela página principal de todo site. Ao contrário do que você talvez possa
pensar, a home não é necessariamente a primeira página que as pessoas veem
quando entram em seu site.
Isto porque muitas pessoas virão até seu site através do Google, e cairão direto
em algum artigo ou vídeo. Vamos supor, por exemplo, que você trabalhe com
“Orientação de carreira para profissionais maduros” e tenha um artigo chamado:
“Como se recolocar no mercado após os 50 anos”. Muitas pessoas que
procurarem por este assunto no Google, provavelmente encontrarão seu artigo, e
é através dele que elas entrarão em seu site, e não através da home.
Mas isto não significa que a home é pouco importante.
É que se as pessoas gostarem do seu texto, elas provavelmente vão entrar na
home para saber mais sobre você. E é aí que você precisa causar uma boa
impressão. De forma geral, sua home tem que ser uma espécie de hub, um ponto
de convergência para quase tudo que há dentro de seu site. É lá que fica o menu
principal com os serviços, a página de contato, suas informações, e também é lá
que o acesso a artigos, vídeos e newsletter fica bem evidenciado.
A home é a “a página das páginas”.
Por isso vamos analisar um pouco cada elemento que a compõe, ainda tomando
como base o site sobre ansiedade.
 Slider – Seu outdoor pessoal
Imagine que dentro de seu site você tenha uma espécie de outdoor que você usa
como quiser, trocando o anúncio sempre que tiver vontade.
Bem, isso existe, e o nome técnico é slider. É aquele grande painel que você vê lá
com uma imagem de uma mulher tomando algo, ou da de um homem em posição
de descanso e tranquilidade. O slider serve justamente para chamar atenção para
algum ponto especial. No momento o site usa uma variação de 2 slides, mas
poderia usar mais, se quisesse.
Outra coisa legal é que o slider pode ser modificado a qualquer hora, e direcionar
o leitor para o que ela quiser dentro do site, dependendo se seus objetivos e
estratégia. Por exemplo, na semana próxima ao fim do ano, ela pode colocar ali
uma chamada para algum artigo relacionado à ansiedade nos períodos de festas,
e depois simplesmente tirar e voltar ao que estava antes. 28
Prático, não é mesmo?
 Chamadas de conteúdo:
A home tem uma característica especial, que é a de funcionar como um grande
mural. Note que lá, muitos dos elementos internos são expostos de forma mais
evidente e chamativa, mesmo que já exista um caminho para eles através do
menu.
Veja, por exemplo, que os artigos do site podem ser facilmente acessados através
das categorias do menu principal, mas, mesmo assim, eles estão todos expostos lá
embaixo na home, em uma espécie de mosaico que vai sendo atualizado
automaticamente conforme um novo artigo seja colocado.
Mas se eu já tenho o acesso aos artigos lá em cima no menu principal, por que
colocar todos ali de novo? Porque é chamativo, é bonito, e “agarra” o leitor assim
que ele entra na home. O leitor poderia sim, navegar pelo menu, mas quando ele
olha aquela quantidade de artigos ali, todos juntos, com imagens bonitas e
tratando de temas do interesse dele, isso tem muito mais apelo, não acha?
 Chamadas de serviços
Mesma lógica. Se você observar o menu principal, verá que o botão “serviços”
abre um menu cascata que fala de todos os serviços. (e se olhar no centro da
home verá que alguns deles estão lá, em destaque). A ideia aqui é valorizar e
chamar a atenção para eles. Talvez o leitor não tenha clicado na parte de serviços
no menu, mas ao ver um grande botão escrito “Workshop” ele queira dar uma
olhada.
 Rodapé
O rodapé não está só na home, e sim em todas as páginas, mas vamos falar logo
dele.
Embora nem sempre seja usado para navegação, ele ajuda a compor o cenário e
também leva para partes internas. No caso do site que estamos analisando, ele
puxa ali um texto da página “sobre”, mostra o mapa do site, e ainda tem
informações de contato. Além de dar um acabamento estético à base do site, ele
é funcional. Você pode clicar em diversos links que será redirecionado à área
interna escolhida.
Teste lá que você vai ver.

Resumo da home
A famosa home é uma das páginas mais importantes de seu site, pois é
responsável por sintetizar e apresentar os caminhos para as partes internas.
Mesmo que você tenha tudo muito claro em seu menu principal, cuide para que
elementos sejam repetidos de forma chamativa na home. Especialmente o 29
conteúdo que é um item de interesse do seu público, deve estar evidenciado lá. O
slider, as chamadas de conteúdo e de serviços, são elementos fundamentais para
aumentar o engajamento de seus leitores e levá-los a fazer o que você deseja:
conexão!
E agora vamos falar de outras partes importantes, e para variar um pouco os
exemplos, vou falar do que eu, Bruno, usei no meu site antigo:
3) Quem sou eu (Ou sobre)
Esta é uma área de seu site na qual as pessoas geralmente passam pouco tempo.
Em geral, elas só vão ali uma vez, quando estão conhecendo seu site, para saber
mais sobre você. Nas páginas empresariais tradicionais, esta página se chama
“quem somos” ou “sobre”, e tem o mesmo propósito: apresentar ao público
quem está por trás do site. E aqui também vale o velho ditado que diz: a primeira
impressão é a que fica.
Há basicamente duas formas de você se apresentar em seu site: na primeira ou na
terceira pessoa do singular. Eu prefiro a primeira pessoa, porque considero que é
mais intimista e gera uma maior conexão. A vantagem da primeira pessoa é que
você conversa diretamente com o leitor, sem intermediários, apresentando a si
mesmo e sua história.
Mas a terceira pessoa não é necessariamente uma escolha ruim, e muitas pessoas
a usam. Quando bem-feita, é uma apresentação que dá uma sensação de mais
pompa, mais glamour. Não há aqui, novamente, uma fórmula mágica ou um jeito
certo de se fazer. Você precisa usar o bom senso, e a recomendação que faço é
não ficar protocolar e sério demais. Não vá simplesmente colocar seu nome e
credenciais, citando especializações. Humanize-se. Fale de você, use um pouco de
humor, apresente-se como uma pessoa de carne e osso.
Um número razoável de pessoas diz gostar de meus artigos porque parece que
estão tendo uma conversa comigo. A lógica é a mesma ao criar suas páginas.
Converse com as pessoas, não apenas liste as coisas.

Apresentação em 1ª pessoa
Veja, por exemplo, um trecho da apresentação que usava em meu website. Está
um pouco longa demais, e eu devo reduzir, mas ela mostra um pouco do
“espírito” da coisa:
“Um mineirinho quase típico. Reservado, quieto, mas não tímido ou desconfiado,
muito menos indeciso. Aos 12 anos já sabia que seria psicólogo. Não entendia
exatamente o que era, mas achava muito chique ter um consultório e usar blusa
preta de gola rolê.
Assim que me graduei vivi a fase básica de megalomania e quis ser consultor,
escritor, inventor, orador, empresário, coach, visionário, vendedor de mexerica e 30
mais meia dúzia de coisas.
Depois de quatro anos de vários sucessos e outros tombos, entrei no carro e vim
parar na capital em busca de novas experiências. Mercado novo, vida nova, foram
seis meses atuando como consultor independente até que surgiu uma
oportunidade imperdível no mundo corporativo.
Por cinco anos trabalhei como Business Partner de Recursos Humanos em duas
multinacionais da área de projetos e obras de engenharia. Convivi
simultaneamente com profissionais de mais de 30 países e atuei em projetos
extremamente complexos em várias regiões do Brasil.
Falei muito “hello”, tomei muito café italiano e ouvi muito porca miséria, até que
um dia resolvi seguir o instinto e me dedicar à minha verdadeira paixão:
Desenvolver pessoas.
Vejamos alguns elementos relevantes desta apresentação:
 História pessoal
Repare que eu começo contando um pouco de mim, falando de minhas escolhas
e do que me trouxe à psicologia. As pessoas querem saber quem é você, e sentir
que há um ser humano do outro lado, com uma história real, que pode até se
parecer com a delas.
 Histórico profissional
Ao mesmo tempo, busco narrar também minha evolução profissional. Perceba
que o tom é todo conversacional. A ideia é mostrar minha experiência, mas sem
simplesmente listar friamente os lugares pelos quais passei.
 Humor e autodepreciação
Eu tento ser levemente bem-humorado, e para isso faço a piada comigo mesmo,
dizendo que eu estava meio perdido, que quis ser muita coisa, até encontrar
verdadeiramente meu caminho. Fiz isso por dois motivos. O primeiro é que eu
vivo fazendo piada comigo mesmo, e o segundo é porque as pessoas se
identificam, e gostam de quem saber rir de suas próprias falhas. Talvez você possa
achar que isso te diminui, mas acredite, o efeito é apenas gerar mais proximidade.

Apresentação em 3ª pessoa
Ok, este acima foi um exemplo de texto em primeira pessoa. Agora veja este
exemplo de apresentação em terceira pessoa. Ela é de um palestrante e escritor
do qual gosto muito, chamado Mário Persona
“Mario Persona é palestrante, professor e consultor de estratégias de
comunicação e marketing e autor de vários livros de negócios. Há mais de dez
anos apresenta palestras, workshops e treinamentos de temas ligados a
comunicação, marketing, vendas e clima organizacional. Com seu estilo 31
inconfundível, o palestrante Mario Persona transforma grandes questões em
conceitos simples e de fácil compreensão para qualquer audiência.
Um fino senso de humor e talento de cronista, aliados à experiência empresarial,
lhe permitem extrair do banal o extraordinário e transformar "causos"
corriqueiros em analogias perfeitas para a vida, carreira e negócios”.
Note que a apresentação, embora seja mais sintética e na 3ª pessoa, também é
bastante humanizada e tem um tom leve. No site dele, este texto está ao lado de
uma foto em que ele está sorrindo, e o conjunto com certeza causa uma ótima
impressão.
Então, seja na 1ª ou 3ª pessoa, minha sugestão é que você mostre seu lado
humano ao se apresentar para seu público. Uma ótima forma de se inspirar é
procurando outros profissionais de sua área, ou as referências das quais falamos,
e observar como eles fazem.
Não tem mistério. Use sua criatividade e mostre quem você é.
Avancemos no menu, agora vamos para a aba “serviços”.
4) Serviços
Esta é a parte na qual você vai organizar suas “ofertas de valor” suas experiências
que têm um custo financeiro para seu cliente. No site que estamos analisando,
quando você passa o mouse por essa palavra – serviços - no menu geral ela
mostra cada serviço oferecido. Mas a lógica é a mesma, aqui é o lugar de mostrar
as experiências de crescimento que você elaborou para seu público.
Em outras palavras, é aqui que você vai colocar tudo aquilo que você imaginou
para sua estante de experiências. A ideia é que cada serviço tenha uma página
interna que descreva o conceito, e principalmente, os benefícios.
Atenção: você não precisa desenhar uma estante em seu site e colocar lá os
produtos nas prateleiras. O conceito é metafórico – sempre é bom avisar - e as
ofertas podem estar organizadas da maneira que você quiser. O importante é ter
algumas diferentes opções para seu potencial cliente escolher. Seu ponto de
atenção deve ser sempre com o texto que apresenta seu produto ou serviço, pois
ele pode fazer muita diferença da decisão de quem está pensando em te
contratar.
Veja aqui embaixo o texto que uso para divulgar minha palestra. Note que uso
novamente a 1ª pessoa e um tom bem coloquial, também como se estivesse
conversando com o leitor. Mas entenda, este é meu estilo, você não precisa fazer
assim se não quiser. O que eu recomendo é apenas não ser técnico e frio demais,
por que assim você não faz conexão.
“É o seguinte, além de todo o conhecimento objetivo e gratuito que você tem à
sua disposição por aqui, existe a possibilidade de você contratar – para sua
faculdade, colegiado ou grupo profissional – minha palestra sobre
32
empreendedorismo em psicologia.
A palestra dura cerca de 1h:30m, e foi totalmente construída em cima de
situações e exemplos reais. Nada de trolóló sem fundamento.
De modo resumido, mostro o caminho a ser percorrido por psicólogos que
querem se estabelecer como profissionais liberais, consultores, ou mesmo
“empresários do conhecimento”. O que eu faço é ajudá-los a olhar a psicologia
também como um negócio, e a fazer a gestão de suas vidas profissionais de
maneira segura e independente, sendo muito bem recompensados por isto!
Tópicos
 A formação do Psicólogo e o mercado de trabalho;
 Sociedade: O que ela pensa do psicólogo?
 Psicologia: uma ferramenta de desenvolvimento humano;
 A Psicologia como um NEGÓCIO. (Do bem!);
 Ética e responsabilidade na venda de serviços.
 Definindo seu nicho de atuação;
 Proposta de valor: O que você vai melhorar na vida das pessoas?
 Gerando autoridade e tornando-se referência;
 Marketing de dois passos (não venda, seja comprado);
Construindo um mundo melhor para todos (inclusive para você).
Objetivo:
Complementar a formação científica dos psicólogos com conhecimento prático
sobre empreendedorismo, marketing, prospecção de clientes e gestão de
carreira. O profissional irá aprender a pensar sua profissão como um negócio.
Trata-se de transferência de conhecimento de maneira pragmática e objetiva.
Inspiração:
Quando me graduei em psicologia, pensava que o aspecto mais determinante
para meu sucesso seria o conhecimento técnico em psicologia. Grande engano. O
problema era a alienação mercadológica em que eu vivia. Percebi que sabia fazer
o trabalho, mas não sabia me vender. Desde então, iniciei uma jornada incessante
em busca dos conhecimentos que me faltavam, estudando principalmente as
práticas do mercado de consultoria.
Resultado: deu tão certo que resolvi aplicar esta lógica ao mercado de psicologia.
Quer saber mais sobre como contratar? Envie uma mensagem!” 33
Lembra-se de quando falamos no módulo um sobre a importância de evidenciar
os benefícios do seu trabalho? Quando for escrever o descritivo de seus serviços,
foque-se nisto. Não escreva apenas duas ou três linhas. Procure envolver o leitor,
falar do que ele vai obter, e mostrar a verdadeira dimensão daquilo que você está
oferecendo.
4 - Contato
A página “contato” não tem muito segredo, mas te dou uma sugestão: Evite
deixá-la fria e protocolar demais. Esta página basicamente vai apresentar o
formulário através do qual as pessoas poderão escrever pra você, mas é bom dar
uma humanizada, escrevendo algo que possa gerar conexão.
Eis o texto de minha:
“Empreender é muito mais do que abrir um negócio. É olhar para a vida de
maneira mais curiosa e agir sobre a realidade com a convicção de que o futuro
pode ser construído.
Desde que aprendi o verdadeiro sentido desta palavra e comecei a aplicá-la em
minha vida, as transformações ocorreram de forma constante e duradoura.
E é isto o que desejo para você e sua carreira. Que o conteúdo deste site possa
realmente contribuir para seu sucesso como psicólogo. Eu o criei pensando nas
maiores dificuldades que os psicólogos enfrentam ao sair da faculdade.
Se quiser saber mais sobre meu trabalho, contratar algum serviço, elogiar o site
ou até fazer alguma crítica, fique à vontade.
Seu contato é mais que vem vindo!”.
(Consulte também a página “contato” do site www.debemcomaansiedade.com.br
para ver um exemplo adicional)

Elementos estratégicos
Acompanhe comigo: Já falamos do mapa do site, da home, da página sobre, dos
textos dos serviços e da página contato. Cobrindo estes pontos, de certa forma
seu site está bem completo, mas ainda faltam alguns elementos que o tornam
realmente um gerador de negócios.
E é destes elementos que vamos falar agora. O primeiro deles é a tal da
“recompensa digital”. Todo mundo gosta de ganhar presentes, e com seu público
alvo não é diferente. Quando as pessoas chegam em seu site pela primeira vez, o
simples fato de ele ser bem feito e oferecer conteúdo já é o suficiente para
construir alguma credibilidade.
Mas você pode tornar esta experiência melhor ainda. Uma vez que o leitor chega
34
ao seu site e se interessa por algo, seu objetivo é conseguir estabelecer um
relacionamento com esta pessoa. (Eu já disse que este é um negócio baseado em
relacionamento?) E para estabelecer esse relacionamento, a melhor forma é
conseguir o e-mail dela.
Antigamente os sites tinham apenas um campo de “cadastre-se e receba as
novidades” para quem estivesse interessado, mas o fato é que algumas vezes as
pessoas não viam aquilo, ou não davam muita bola. Especialmente por causa de
empresas que fazem spam, muita gente deixou de participar destas listas. Aliás,
quantos de nós não nos aborrecemos quando alguém fica nos enviando e-mails a
toda hora?
No entanto, seu site não é um site comum.
Ele é um site de autoridade e focado em um nicho; por isso ele é muito relevante
para seu público. E para tornar tudo ainda mais interessante, você decide dar um
“presente” para o leitor, em troca do e-mail dele. A recompensa digital não é
nada mais nada menos do que um “mimo” que você faz para seu possível cliente,
e deve ser algo prático que vá ajudá-lo de verdade.
Esta recompensa pode ser modificada de tempos em tempos, conforme você vá
desenvolvendo novos produtos e serviços.
No caso do meu antigo site “Psicólogo Empreendedor”, por exemplo, durante
muito tempo, quando você entrava no site aparecia um “pop-up”, que é uma
mensagem na frente da dela, oferecendo módulo introdutório do curso por e-
mail. As pessoas podiam se cadastrar lá para receber este módulo e desta forma,
eu ao mesmo tempo:
 Consigo o e-mail do leitor;
 Entrego algo útil a ele;
 Já divulgo, mesmo que indiretamente, meu trabalho
Além do que, há um forte efeito psicológico nisso. Quando você entrega uma
recompensa que seja verdadeiramente útil e interessante para seu leitor, ele fica
muito grato a você, e consequentemente, se torna muito mais predisposto a
comprar algo que você tenha a oferecer.
Mas enfim, por onde começar a “pensar” seu website?
A resposta é simples: pelo mapa e depois pelos textos institucionais. Antes
mesmo de sequer pensar em contratar um designer, você pode ter a lógica e o
conteúdo base de seu site praticamente montados. E é isso que desejo que você
entenda. Você pode até querer aprender a mexer em alguma ferramenta básica
para programar e montar o site, mas eu sugiro gastar mais energia concebendo a
lógica e criando os textos, e terceirizar a execução técnica. 35
Um bom site é feito de conteúdo e forma.
Você cria o conteúdo, e contrata um designer para te ajudar na forma. Isto vai te
ajudar a conseguir uma boa relação custo benefício. É que se você já tem os
textos prontos, fica tudo mais fácil. Agora um ponto delicado:
Muitas empresas que fazem sites podem querer criar os textos para você, mas eu
não recomendo. Pense comigo: quem conhece seu público e seu negócio é você.
E ninguém melhor do que você para se conectar com eles através das palavras.
Na pior das hipóteses, mesmo que alguém escreva, é legal você olhar, sugerir,
redirecionar.
Todos os textos e descritivos de serviço de meus sites foram feitos 100% por mim,
e vira e mexe eu dou uma relida em alguma parte para ver o que posso melhorar.
O bom da internet é isso, você pode colocar o texto e depois mudá-lo e melhorá-
lo sempre que quiser, basta entrar no painel de controle para fazer isso.
Por isso, antes mesmo de imaginar quais cores seu site terá, quero sugerir que
você.
1. Crie o mapa do site
2. Crie o texto da página sobre
3. Crie o texto para pelo menos 3 serviços
4. Crie o texto da página contato
Comece criando o mapa e conteúdo de seu site, que depois, seja fazendo por
conta própria ou contratando uma empresa, tudo vai ficar bem mais fácil.

Considerações finais sobre seu site


Pois é, talvez você esteja pensando aí: tudo bem, já entendi, mas eu continuo sem
saber como fazer para montar um site. E é aqui que desejo convidar você para
uma reflexão. Mesmo sendo repetitivo, vou falar:
Em minha opinião, você não deveria gastar seu tempo e energia tentando
construir a parte técnica de um site. Todo o trabalho de programar, escolher
layout, configurar campos de captura de e-mail, construir o sistema automático
de lista, será melhor executado se feito por um especialista. Não é obrigatório que
você faça assim, mas eu recomendo bastante.
Se você puder, invista nisso, e use seu tempo para a parte estratégica.
Atividades como criar e alimentar redes sociais, escrever artigos, gravar vídeos e
construir experiências (produtos e serviços) para seus clientes, são mais
estratégicas, e é algo que ninguém mais pode fazer. As explicações dadas aqui
sobre um site se focam exatamente nos aspectos conceituais e estratégicos, de
forma que, quando contratar alguém, você saiba exatamente o que exigir.
Mas... Se ainda assim você realmente não puder investir e quiser construir seu
36
próprio site, a plataforma que indico é o https://br.wordpress.com/. Trata-se da
mais completa plataforma para se fazer isso, e ultimamente eles têm simplificado
muito as coisas.
Também fiz uma pesquisa novamente no famoso Wix (http://pt.wix.com/) e pude
ver que eles estão com mais funcionalidades e layouts bem legais. De qualquer
forma, se você decidir fazer por conta própria, não faria sentido tentar te explicar
por aqui. A razão é simples:
Estes dois sites têm tutoriais completos que orientam o passo a passo. Basta você
entrar lá e ir seguindo. Se fosse explicar aqui, eu apenas iria repetir o que está lá,
com a desvantagem de você não estar “fazendo” ao mesmo tempo em que
aprende.
Então ficamos assim. Embora o assunto website seja denso e exista muita coisa
para aprender, as orientações dadas nesse módulo – junto com os exercícios que
virão -são mais do que suficientes para que você possa construir a parte
conceitual de um verdadeiro site de autoridade e conquistar o respeito e
credibilidade de seu público alvo.
E agora que já falamos de construir seu site, com conteúdo e serviços, adivinhe
qual o próximo passo. Pois é, criar credibilidade para atrair as pessoas até ele.
Vamos?
Usando o Instagram para criar
37
credibilidade
4.3- Usando o Instagram para
criar credibilidade
Seguinte, quase toda esta mentoria foi construída sob uma perspectiva
estratégica que posso chamar de “macro”. O que eu quero dizer com isso é que,
durante o material, não entramos no “detalhe do detalhe” de algumas ações, pois
o objetivo aqui é te apresentar o quadro geral e apontar caminhos para que você
domine as ferramentas por si mesmo.

Embora na parte de estruturação do trabalho (proposta de valor, textos para o


site) tenhamos entrado um pouco mais a fundo, não será possível esmiuçar tudo,
e há buscas adicionais que você precisará fazer para colocar em prática o que está
aprendendo aqui.

Algumas delas:

 Como escrever bons artigos 38


 Como gravar vídeos com qualidade
 Como usar adequadamente as redes sociais
 Como desenvolver naturalidade ao falar com o público

Por exemplo, agora vamos falar do uso do Instagram, mas não entraremos em
todos os detalhes técnico de seu funcionamento. O que você aprenderá aqui é a
lógica a ser usada para compartilhar conteúdo, como por exemplo: tipo de
conteúdo relevante, o que fazer ou não fazer, frequência de postagens,
“presença” na hora de postar e outros aspectos desta natureza.

Para aprender detalhes técnicos do uso destas ferramentas você vai ter que... ler
o tutorial de cada uma delas (a boa notícia é que elas são quase autoexplicativas).
De qualquer forma, em nosso bate papo individual e em nossa última aula vou
compartilhar com vocês um pouco do que eu uso
Com isso entendido, agora vamos explorar objetivamente algumas ações e
estratégias – todas baseadas em manifestação de conhecimento e entrega de
valor - que aliadas à existência de seu site podem realmente começar a atrair
pessoas interessadas em seus produtos e serviços.

Antes de continuar, relembremos por um momento o conceito de “satélites de


valor”:

Os satélites são tudo aquilo que você “lança” para gerar gravidade em direção a
você e seu trabalho. Estes satélites podem ser tanto a propriedade intelectual que
você cria (e-books, artigos, cursos, palestras, vídeos, seu site) quanto as ações que
você empreende (execução de palestras gratuitas, entrevistas, estabelecimento
de networking, aparições na mídia em geral)

São estes satélites que vão, de alguma forma, trazer as pessoas de seu público
alvo até você.

O objetivo deles é criar um campo gravitacional tão forte em torno de seu 39


trabalho e de seu nome, que estas pessoas sejam naturalmente atraídas e
desejem saber cada vez mais sobre seu trabalho. Existem satélites de todos os
tipos, uns menores e mais modestos, que são lançados por um curto período de
tempo – ex: uma entrevista que você concede, uma palestra gratuita, um post,
um vídeo - até grandes e perenes satélites – ex: sua página no Instagram, no
Facebook ou um super e-book que você produziu.

O maior e o mais perene deles, é sem dúvidas seu website.

Agora vamos falar de um satélite específico e de como ele pode ser usado para te
ajudar a se conectar com seu público. Escolhi este satélite para trabalharmos com
mais profundidade pois é o que apresenta, sem dúvidas, a melhor relação custo
benefício entre os demais.
Além disso, O Instagram é o que eu chamo de satélite primário. Isto quer dizer o
seguinte: Você não depende de ninguém para lançá-lo, e o lançamento dele
acaba criando oportunidades para o lançamento de outros satélites.

Por exemplo, uma entrevista na rádio é um satélite, só que se você ligar lá na


rádio e simplesmente disser que quer dar uma entrevista, é provável que não te
deem muita bola. Agora, se você tiver um bom site, um Instagram movimentado e
também artigos que as pessoas respeitam, é bem possível que alguém até te
chame para dar uma entrevista.

É a gravidade trabalhando.

Na pior das hipóteses, mesmo se você decidir entrar ativamente em contato com
a rádio, ligando para eles, você pelo menos terá atrás de si um grande corpo de
conhecimento, (os satélites primários) para justificar sua autoridade e pertinência.
Pense comigo: uma coisa é você ligar para a redação e sugerir uma pauta de
entrevista com você; outra, completamente diferente, é você pegar o e-mail do
40
redator e mandar uma mensagem bem clara, mostrando seu site, seus fãs, seus
eventos, e toda a propriedade intelectual que você já produziu.

A moral de tudo é: credibilidade gera mais credibilidade.

E agora vamos ao que importa:

De que forma, afinal, o Instagram pode ser útil a um psicólogo?

Mark Zuckerberg ainda nem fez 40 anos de idade e já é um dos empresários mais
bem-sucedidos do mundo. Além de estar podre de rico, o rapaz criou uma rede
social que modificou completamente – e para melhor, na maioria das vezes – a
maneira como os seres humanos vivem e interagem.

Isto não é pouca coisa.

O que ele fez, do ponto de vista técnico, foi simplesmente criar um software
online capaz de reunir todos os habitantes do planeta (quase 50% já estão lá),
dando a eles a oportunidade de interagir de maneira semelhante ao que fazem no
mundo físico. Sem falsa modéstia: o cara fez história. E por causa dele, pode
acreditar, sua vida como psicólogo está imensamente mais fácil.

Embora o Facebook tenha seja o filho legítimos de Zuckerberg, hoje quem


controla a cena é um filho adotivo, chamado Instagram. De qualquer forma,
praticamente todas as estratégias compartilhadas aqui, embora usem o Instagram
como exemplo, servem perfeitamente para o Faecbook. Na verdade, as duas
redes são extremamente parecidas, com a diferença de que o Insta é o queridinho
do momento.

A primeira coisa a se entender sobre o Instagram é o seguinte:

Ele não é um mundo virtual. É o mundo real.

As pessoas que estão ali são de carne e osso, existem de verdade, a única
diferença é que elas não estão geograficamente próximas. Você deve se lembrar
de minha afirmação ali atrás, de que a internet não é uma mídia, e sim um 41
ambiente. Pois o Instagram é a expressão máxima disso.

Uma analogia simples para ilustrar:

Antigamente – mas nem tanto assim - quando o mundo ainda não era globalizado
e a tecnologia não era tão avançada, as pessoas das cidades costumavam se
encontrar nas pracinhas. Lá havia comerciantes, clientes, gente batendo papo,
jogando dama, vendendo galinha gorda, oferecendo serviços, procurando
informação e por aí vai. Existem até ditados como o famoso: “Está devendo da
praça”, que ainda hoje é usado para se referir a quem deu algum calote em
diferentes pessoas e sumiu no mundo. (Pelo menos da praça sumiu).

O Instagram – e o Facebook - são a nova praça.

Uma praça virtual composta de pessoas 100% reais. Resumo da ópera:


praticamente todo mundo está nestas redes sociais. E se você quer desenvolver
sua reputação como psicólogo e conquistar clientes, é bom que esteja lá também.
Confesso que eu mesmo não entendia muito bem o potencial das redes sociais
para a geração de negócios até o início de 2014, quando criei o Psicólogo
Empreendedor.

Quanta falta de visão.

Eu até achava que o Face era uma plataforma legal e que podia dar alguma
visibilidade, mas nem de longe fazia ideia de sua imensa força e poder. Fui
perceber isto melhor somente quando, seis meses após criar e começar a
trabalhar intensamente uma página de comunidade (Empreendedorismo para
Psicólogos), comecei a receber perguntas e pedidos de ajuda de todos os cantos
do país e até de Portugal.

Para minha surpresa, com menos de cinco meses trabalhando a página, cheguei
ao número de quase 20 mil seguidores. Hoje, enquanto escrevo isto, ela está com
mais de 100 mil pessoas, e ainda é – dois anos depois de sua criação - uma das
principais fontes de tráfego para meu site.
42
Já o Instagram, para qual eu demorei muito a migrar, está com pouco mais de 15
mil seguidores – e crescendo- mas, mesmo assim, é hoje o principal satélite de
minha estratégia online.

Por isto, a partir de agora, abra bem seus olhos e foque completamente sua
atenção, pois o que você aprenderá aqui pode te ajudar a dar um enorme salto
em seu negócio nos próximos meses.

Prepare-se para uma forte introdução ao assunto: Instagram Marketing.

Se você ainda não consegue vislumbrar a grandeza da situação, vejamos aqui


algumas ótimas razões pelas quais você DEVE usar o Instagram como uma de suas
PRINCIPAIS estratégias:

 É uma excelente ferramenta de networking, que te permite estar em


contato com seus parceiros e potenciais clientes;
 Coloca sua mensagem – seja ela qual for - na frente das pessoas que te
seguem, a um custo extremamente baixo se comparado a outros meios de
divulgação;

 Serve como fonte para fazer pesquisas, enquetes e descobrir o que seu
nicho pensa;

 Permite fazer uma segmentação absurdamente eficaz para atingir públicos


de cidades, gostos, idades – e o que mais você imaginar- variados.

 Aumenta exponencialmente sua visibilidade, pela facilidade que as


pessoas têm em compartilhar conteúdo.

Quais são seus objetivos ao usar o Instagram

Eu já disse e vou reforçar: seu principal objetivo no Instagram – e em qualquer


outra rede social, deveria ser o de contribuir de alguma forma para gerar
mudanças positivas na vida das pessoas. Este é o espírito da coisa. 43
Ainda assim, didaticamente falando, e considerando também o aspecto
“business” que faz parte do contexto, podemos afirmar que outros objetivos são:

 Encontrar clientes;
 Encontrar outros profissionais para parcerias;
 Promover algum evento, sozinho ou em parceria;
 Criar visibilidade;
 Ganhar credibilidade;
 Anunciar eventos específicos;
 Promover seus produtos e serviços (discretamente);
 Direcionar tráfego para seu website;
 Construir uma lista de e-mails de seu público;
 Criar uma base de “fãs entusiasmados”.
Todas estas iniciativas aí em cima são totalmente plausíveis, e exigem que você
use o Insta de maneiras bastante específicas, mas vamos explorar um pouco mais
o assunto, discorrendo melhor sobre 3 coisas que o grande “satélite” Facebook
pode fazer por você:

1. Aumento drástico de credibilidade

Uma das vantagens mais poderosas do Instagram é que ele pode fazer por sua
imagem, gratuitamente e rapidamente, aquilo que custaria milhares de reais e
levaria muito tempo alguns anos atrás, que é “construir autoridade junto às
pessoas que você quer alcançar”.

Além de poder criar o perfil pessoal com todas as suas informações e


qualificações, você pode – tanto em sua página pessoal quanto em uma página
profissional, fazer posts que realmente entreguem valor para seu público alvo, e
consequentemente, ficar conhecido por isto.

O Instagram tem o poder de acelerar muito o processo de ganho de credibilidade 44


através da entrega de valor. E quando falo muito, é muito mesmo. Absurdamente
muito.

2. Venda de serviços e produtos

As pessoas que seguem seu Insta não são “quaisquer pessoas”. São pessoas com
grande potencial de pertencer ao seu nicho. À medida que percebem sua
competência em um determinado assunto, a tendência é que elas passem a te
acompanhar e a querer saber o que você tem a oferecer.

No início elas provavelmente vão só observar, curtir e acompanhar. Mas


conforme vejam que você tem constância e percebam uma grande entrega de
valor, a tendência é que elas comecem a comentar e perguntar se você faz algum
tipo de trabalho, antes mesmo que você decida oferecer algo ativamente. Aliás,
como vamos ver, nem é recomendável você ficar usando o Instagram para vender
ativamente serviços e produtos o tempo inteiro.
3. Desenvolvimento de Parcerias

Não são apenas as pessoas de seu nicho que vão começar a prestar atenção em
você se sua estratégia no Instagram for bem-feita. Outras pessoas, que podem ser
futuros parceiros, devem surgir também. Mas ok, você já deve estar careca de
saber o que as redes sociais podem fazer por você.

Sua pergunta agora provavelmente é:

Mas como, na prática, posso usar o Instagram para fazer tudo isso?

Há inúmeras formas.

O Insta é uma ferramenta tão completa que há cursos inteiros sobre como
aproveitar todas as vantagens dele na construção de sua imagem, mesmo assim,
vamos agora às dicas básicas que mencionei há pouco.

Atenção: não custa reforçar: as sugestões e dicas sobre o Insta seguirão a mesma
lógica do que foi feito em relação ao website. Em outras palavras, são mais 45
relacionadas aos aspectos estratégicos e de conteúdo do que ao uso técnico da
ferramenta. Por isso, por favor: Não fique só nisto aqui. Este tópico não tem como
te ensinar tudo o que você precisa saber para usar todo o potencial do Instagram.

Se quiser realmente usar tudo que o Insta pode oferecer, você terá que beber de
outras fontes tecnicamente mais avançadas. E o bom, é que depois eu mesmo
posso te indicar algumas bem confiáveis. Aliás, parte do que veremos agora foi
extraído do curso “Insta para Psicólogos” que foi criado pela Tássia Garcia. Deixo
vocês com ela por alguns minutos.

Preparando seu Perfil (By Tássia Garcia)

O perfil é a cara do seu espaço dentro do Instagram. É ali que as pessoas vão
conhecer um pouco melhor de você e do que você oferece. Normalmente as
pessoas tem o primeiro contato através de algum conteúdo que você
compartilhou. Se ele for interessante esta pessoa vai até o seu perfil para te
conhecer melhor. É nesta avaliação de perfil que a pessoa decide se vai te seguir
ou não, por isso é tão importante ter um perfil que comunique claramente os
benefícios do seu trabalho e o que você se propõe a fazer.

Uma dúvida frequente das pessoas é se podem aproveitar um perfil pessoal que já
existe para transformar em um perfil profissional. Você pode sim aproveitar, mas
deve ter claro que como se trata de “migrar” para um perfil profissional, talvez
você tenha que filtrar suas postagens para alcançar a mensagem que quer
transmitir.

Quando decidi construir meu perfil profissional eu aproveitei o meu pessoal. Esta
decisão foi baseada em eu não fazer questão de ter um perfil pessoal, e por eu
saber do tempo com planejamento e organização que eu teria que ter para
movimentar uma rede, assim eu não gostaria (e talvez não daria conta) de ter a
mesma energia com outro perfil.

Mas esta é uma decisão pessoal em que não existe certo ou errado.
46
Quando transformei meu perfil em profissional eu apaguei fotos que não eram
condizentes com a mensagem que eu queria transmitir, mudei para um perfil
público e me organizei para compartilhar conteúdos coerentes com a mensagem
que eu queria transmitir.

Nós como profissionais devemos ter em mente qual mensagem e que tipo de
emoções queremos transmitir para o nosso público. Há algumas postagens que
são condizentes com o meu público, outras nem tanto, e saber diferenciar isto é
muito importante.

O Instagram permite que você seja administrador de no máximo 5 contas. Dentro


deste limite você pode ter perfil pessoal, perfil profissional, perfil temático (que
normalmente é como uma revista e fala sobre determinado assunto) e inclusive
um perfil compartilhado com vários profissionais.
Quando formos trabalhar a parte de conteúdo vou falar mais sobre diferentes
tipos de perfis, já que eles se diferenciam pelo conteúdo postado.

Neste momento vamos aprender a construir um perfil profissional, e caso você se


decida por administrar mais de uma conta você pode replicar o que vai aprender
nas outras.

São vários itens que constroem um perfil, por isso vamos passar em um por um
para você entender e colocar em prática na sua rede.

- Foto do Perfil

Como falamos (várias) vezes, o Instagram é uma rede social de imagem e vídeos.
Por isso, em tudo que diz respeito a estes dois formatos é necessário ter uma
cautela a mais.

A foto de perfil eu recomendo que seja uma foto profissional, que tenha sido
tirada por alguém que entenda de iluminação, ângulo e como tratar uma foto (são
retoques e colocar em alta qualidade). Este tipo de investimento não é alto, e você
47
pode contratar uma pessoa para fazer poucas fotos ou mesmo várias, aí fica à sua
escolha.

Mas antes de contratar um fotógrafo eu sugiro que você já tenha uma ideia de
como você quer a foto e o que você quer que transmita.

Além de pesquisar fotos de outros profissionais para se inspirar, eu acredito que é


interessante fazer algumas perguntas:

- O que eu quero transmitir?

- Qual sentimento eu quero passar?

- Quais poses combinam comigo?

- É algo com um cenário mais urbano ou de natureza?


Claro que se o profissional for bom vai te ajudar e muito a encontrar estas
respostas, mas o conceito do seu projeto é você quem conhece e por isso é
interessante você também pensar nisso.

Nas minhas primeiras fotos profissionais, que no caso foram somente três, eu
escolhi algo bem neutro em um fundo branco. Isto porque eu ainda estava me
descobrindo como profissional e não me sentia confortável em ousar. Depois,
quando me encontrei profissionalmente já comecei a ousar e realmente transmitir
a mensagem que eu queria.

Por isso, se você não tem um conceito claro, não se desespere. Faça poucas fotos
para começar a trilhar este caminho. Afinal, eu acredito que nós estamos sempre
nos descobrindo e redescobrindo.

Pergunta frequente: e a logo? Eu posso colocar a logomarca na foto de perfil?

Pode, mas lembre-se: pessoas se conectam a pessoas e não a marcas. Um perfil


com a sua foto vai gerar mais empatia e curiosidade nas pessoas que a sua logo, 48
até porque estamos falando de um serviço de Psicologia que é íntimo, que a
pessoa terá contato com você e precisa ter confiança em você. Então seria legal
transmitir isto desde já.

Eu acredito que colocar a logo como foto de perfil é adequado em casos de perfil
de empresas que não tem um rosto, são realmente uma marca ou um perfil de um
projeto, no qual várias pessoas são administradores daquela rede, e também no
perfil temático, no qual não há uma pessoa por trás mas um tema/nicho.

Mas é inegável que um perfil com uma foto de pessoa gera mais resultado que
com uma logo.

- Nome de usuário

O nome de usuário é aquele que você cadastrou quando fez sua conta no
Instagram, mas que você pode mudar conforme achar necessário. Este é o
momento em que vem a dúvida entre colocar o próprio nome, colocar um nome
de projeto ou... o que fazer?!

Não existe uma regra, e cada caso é um caso. Vou te contar qual foi minha
estratégia e as mudanças que realizei neste ponto.

Eu comecei o Instagram com uma única conta profissional, e coloquei o nome do


meu projeto: Gestão com Inovação. Isto porque estrategicamente eu achei mais
condizente já que eu estava iniciando, tinha pouca visibilidade e queria que minha
energia fosse canalizada para este tema. Então me dediquei completamente a
este perfil.

Mostrei minha cara, coloquei personalidade e fiz um perfil profissional com grande
presença minha. Isto porque eu pessoalmente encaro a carreira de Psicóloga como
uma miniempresa (que inclusive precisa ser pensada em vários setores como
financeiro, captação de clientes e marketing, que é o que estamos desenvolvendo
aqui), no caso então este seria o momento de nome desta empresa.
49
Muitas pessoas utilizam o próprio nome ou algo como “tassia_psicologia” ou
“tassiapsi”, mas como estava iniciando eu decidi colocar um nome relacionado ao
meu nicho de trabalho, e é por isso que eu recomendo (e novamente, não é
obrigatório) a quem estiver iniciando ter um nome relacionado ao nicho em que
quer trabalhar.

Por que eu recomendo isso?

Recomendo porque se você tiver ou um dia quiser ter, outros projetos relacionados
ao não à Psicologia ou ao nicho em que escolheu trabalhar, seria mais condizente
e fácil de estar em dois projetos.

E pensando como estratégia de marketing, se você quer trabalhar com mulheres


por exemplo, é mais fácil e provável que seu público busque por “Mais mulheres”,
“Ser Mulher” ou “Mulheres unidas” do que por “Maria Psicóloga”.
Ou seja, no início escrever um nome de projeto relacionado ao nicho é estratégico.
E foi o que eu fiz.

Mas aconteceu que meu perfil cresceu e atraiu pessoas não só com o objetivo de
desenvolvimento profissional, mas também, pessoas que se identificavam com
minha personalidade e alguns posicionamentos. E quando eu estava fazendo este
e-book eu recebi um feedback que mudou o rumo do meu Instagram.

Eu fui convidada por uma loja plus size para fazer um trabalho de marketing, e a
dona (que é inclusive uma pessoa que admiro muito) disse que eles me
reconheciam como um blogueira plus size. Percebi que, apesar de não ser meu
objetivo, muitas pessoas estavam no meu perfil não só pelo conteúdo profissional,
mas também pelo meu estilo de vida.

Meu estilo de bem com o meu corpo, meu modo de vestir, minhas ideias, minha
personalidade e os conhecimentos que eu compartilho foram além de divulgar
meu trabalho e convergiram para a minha pessoa. Isso coincidiu com vários
50
projetos nascendo, o que tornou o Gestão com Inovação um dos projetos que
conduzo, não mais o único.

Daí, depois de muito pensar e recolher feedback do meu público (porque o legal é
que nada precisa ser decidido sozinho!) eu decidi mudar o Nome de Usuário para
o meu nome: Tássia Garcia de Araújo. E junto, eu construí um perfil temático (e
nós vamos aprender sobre os diferentes tipos de perfis) do Gestão com Inovação.

Então de modo estratégico eu usei o nome do projeto focado no nicho no início, e


depois com o crescimento da minha carreira mudei para o meu nome. Essa
mudança inclusive me deu mais liberdade de trabalho. Foi estratégico e você pode
- inclusive eu recomendo - fazer o mesmo.

A não ser que você seja muito famosa como a Gisele Bündchen (e mesmo assim eu
tive que pesquisar para escrever o sobrenome) ou as pessoas te conheçam por
quem você é em um primeiro momento, e não pelo que faz, o melhor é ficar com
um nome associado ao nicho.
Então avalie isto de forma consciente. Até porque, não há uma regra, mas uma
sugestão para que você tenha mais assertividade em suas ações, e com isso mais
resultado.

Então avalie o que seria melhor para você. E se você já tem um perfil pronto e tem
poucos seguidores acredito que vale a pena repensar se quer permanecer ou
mudar o nome, mas se você já tem um número interessante de seguidores (acima
de mil seguidores), principalmente que curtem e comentam as postagens, daí
sugiro que não mude e siga em frente.

Mas calma, como eu disse, você pode alterar o nome de usuário depois caso
queira, não é definitivo e inclusive você pode fazer uma transição depois.

- Nome

No Instagram, por ordem de escolha vem primeiro o Nome e depois Nome de


Usuário. Para ficar mais didático eu troquei esta ordem para que você entenda
que Nome de Usuário é o nome do perfil, que está registrado para login na conta, 51
e, Nome é um espaço para, teoricamente, você colocar seu nome e ser
encontrado.

Neste espaço, que no perfil do Instagram fica em negrito, o que a maioria das
pessoas faze é justamente colocar o próprio nome, mas isto nem sempre é
estratégico.

Quando alguém vai buscar pelo seu perfil, a pessoa pode te encontrar digitando o
seu Nome de Usuário (que é o do login) ou as palavras ou nome contidos no
Nome.

Se você é famoso, tem um nome de autoridade acredito que é interessante colocar


o próprio nome neste espaço, mas, se você não tem um nome reconhecido e/ou
está começando sua carreira agora é mais interessante você completar este
espaço com palavras-chave.
Se este é seu caso (como acredito que da maioria aqui) a dica então é você colocar
palavras-chave que dizem sobre o seu trabalho para ser encontrado por mais
pessoas e com maior facilidade.

Um exemplo, se você trabalha com o nicho maternidade, é estratégico você


colocar neste espaço algo como “Mãe e Filhos”, “Maternidade real” ou
“Maternidade”.

Se você trabalha com o nicho relacionamento amoroso, seria estratégico você


colocar algo como “Casal Feliz”, “Relacionamento a dois” ou “Relação feliz”.

Perceba que são palavras-chave que provavelmente o público do seu nicho


procura e que por isso podem encontrar você através delas. Mas não são palavras
soltas, são algo que faz sentido, precisa ser positivo e mostrar um pouco do que
você propõe.

Se você for no meu perfil @tassia_garcia_araujo as palavras-chave são: Vida,


Criatividade, Carreira, e se você for no meu perfil @gestao_com_inovacao você vai 52
perceber que neste espaço eu coloquei meu nome. No primeiro eu escolhi palavras
que definem o que a pessoa vai encontrar no meu perfil, e eu quero atrair pessoas
que estejam procurando estas palavras, já no segundo, eu coloquei meu nome
porque ele ainda está “pequeno”, então é para dar um empurrão.

No início, quando eu só tinha um perfil profissional, por muito tempo eu o mantive


somente com palavras-chave relacionadas a desenvolvimento profissional, mas
depois que eu comecei a perceber um movimento de reconhecimento do meu
nome, eu mudei para que pessoas de outros lugares pudessem me encontrar
também.

Mas o que deve estar claro é que neste momento você deve colocar seu nome se
você já tiver construído um reconhecimento profissional, ou palavras-chave que
vão atrair as pessoas certas.

Está em dúvida do que colocar?!


Faça um teste. Coloque palavras-chave e veja o resultado que pode ter, depois
coloque seu nome e veja o resultado, e depois decida ou mude com o tempo. Da
mesma forma que o Instagram muda rapidamente, o seu perfil também não
precisa ser estático.

- Site

Infelizmente o Instagram permite que cada perfil coloque somente um link de site.
Este link pode ser seu site, canal no Youtube ou outro espaço virtual que você
ocupe, mas o ideal é que ele seja estratégico para o seu objetivo.

Se o Instagram for a única rede em que você trabalha, não coloque link mas já
comece a pensar em expandir a sua presença digital. Não podemos colocar todos
os ovos em uma cesta só, e como o Instagram se atualiza muito rapidamente,
pode ser que em pouco tempo o algoritmo mude e não seja tão favorável para a
divulgação profissional.

É difícil que tudo mude tão rápido, mas aconteceu com o Facebook. Então vamos 53
nos precaver. O ideal é que você se planeje para ter um site, que é um espaço seu
e que quem faz as regras é você. E em conjunto ocupe seu espaço das redes socias
estratégicas para o seu público.

O mais recomendado aqui é que você coloque um link que seja estratégico para
seu objetivo profissional.

Mas se você tem site, Youtube e mais de um link que gostaria de compartilhar no
seu perfil no Instagram, calma! Para tudo tem solução.

E a solução aqui é uma ferramenta chamada Linktr.ee. Esta é uma ferramenta


online, que tem um combo básico gratuito (que para gente neste momento é
perfeito) e, que te permite cadastrar vários links.

Quando você cadastra o seu perfil no Linktr.ee você consegue colocar vários links
dentro da plataforma, e o site te gera um novo link de acesso. Este link de acesso é
o que você vai colocar neste espaço “Site” e quando a pessoa clicar vai aparecer
uma lista dos links que você cadastrou no Linktr.ee.

Em resumo, quando alguém clica no link do seu perfil é direcionado para a sua
página no Linktr.ee, que por sua vez tem uma lista de links (com o nome e um
design bem legal) que você cadastrou lá. Assim conseguimos colocar mais de um
link em neste espaço de “Site”.

Coloque os links que as pessoas possam te conhecer melhor profissionalmente,


inclusive você pode colocar também link para inscrição de algum evento que você
vai promover ou está participando, e também o seu e-mail.

- Biografia

Este é um espaço de 160 caracteres para você contar mais de você e do seu
trabalho. O ideal é você colocar seu nome (se não tiver colocado em outro
espaço), sua atuação e dizer um pouco sobre o que as pessoas podem esperar do
seu trabalho, e principalmente os benefícios. 54
A estratégia aqui é ser uma mensagem simples e que convide a pessoa a conhecer
mais do seu trabalhando se tornar um seguidor do seu trabalho.

Sei que pode parecer um pouco de loucura, até porque o código fica transparente,
mas confia, copia o que está entre os traços e cola na sua biografia e veja a
mágica acontecer. E vai acontecer também nas legendas.

Este espaçamento vai fazer com que sua Biografia fique mais limpa, de fácil leitura
e compreensão e não um emaranhado de coisas. Nós temos que facilitar a
comunicação; isto pode parecer bobo, mas ter esta atenção aos detalhes faz toda
diferença.”

Instagram de negócios

Você pode usar o Instagram como perfil pessoal, mas se puder, recomendo
transformá-lo em um Insta de negócios, e vou te mostrar porque é importante e
como transformar seu perfil em um perfil comercial para usar todas as
funcionalidades que este formato permite.

Antes de mais nada para transformar o seu perfil em negócios você deve ter uma
página profissional no Facebook. Isto mesmo!

Confesso que eu tenho uma fanpage inabitada, mais abandonada que casa mal-
assombrada e a mantenho somente por causa do Instagram. Por um tempo eu
até a mantive invisível, ou seja, só eu podia ver a fanpage, mas a política do
Instagram mudou e eu tive que deixar ela visível para continuar com meu perfil
comercial no Instagram. Mas eu não faço absolutamente nada nela, só tem um
aviso para a pessoa ir no meu perfil no Instagram.

Esta foi uma decisão que tomei depois de perceber que minha fanpage não
gerava resultado e me demandava muita energia, pois eu tinha que fazer uma
postagem por dia exclusivamente para esta rede.

Eu vou falar mais sobre isso quando tratarmos de postagens no Instagram, mas 55
para você ter uma perspectiva do Facebook, para eles o Ideal é que cada rede
tenha um conteúdo exclusivo. Ou seja, você até pode compartilhar postagens de
uma rede para outra, mas não é recomendado que você faça isso com todo o
conteúdo.

Se você tem uma fanpage e quer mantê-la ativa o ideal é que você construa e
compartilhe no mínimo:

- 1 conteúdo exclusivo na sua fanpage

- 1 conteúdo exclusivo no seu perfil no Instagram

- 1 conteúdo que seja em comum para ambos convidando seguidores da fanpage


a seguir no Instagram, e vice-versa (para fidelizar este seguidor, fazer com que ele
receba todas as informações e esteja em mais de um espaço e não te torne
dependente de nenhuma rede)
No total são 3 conteúdos diferentes por dia, o que por mês dá uma média de 90
conteúdos novos, frescos e diferenciados. Esta construção, somada a uma agenda
cheia de clientes e construção de artigos para site, é algo que demanda tempo.

Por isso o ideal é que você esteja nas redes sociais certas para atrair o seu público.
É interessante selecionar onde, em quais redes o seu público está. O que
acontece é que com certeza o seu público está no Instagram, e nós já vimos os
números que comprovam isto.

Assim, quando me vi com a agenda cheia, tempo escasso e muitos conteúdos


para produzir, eu escolhi me dedicar somente ao que me dava retorno.

Em paralelo, antigamente o algoritmo do Facebook era excelente para páginas


profissionais e propagandas, mas um tempo atrás o Mark Zuckerberg (dono do
Facebook, Instagram e sabe-se lá mais o que!) decidiu que queria voltar ao
objetivo para o qual a rede tinha sido criada, que era estreitar laços pessoais.
Então, mudou o algoritmo para que a fanpage e divulgação alcancem menos
56
pessoas. Assim, ficou mais difícil fazer com que o conteúdo “comercial” chegasse
às pessoas.

Quando eu decidi abandonar minha fanpage e me dedicar ao Instagram muitas


pessoas acharam que eu não estava tomando uma boa decisão. Estas pessoas
tinham um resultado significativo com o Facebook, por isso não viam lógica e
tampouco viam o Instagram com olhos profissionais.

Atualmente eu não escuto ninguém dizer que tem resultados satisfatórios com o
Facebook. Ao contrário, muito destes relatam o quanto essa mudança afetou na
divulgação de palestras, eventos e etc. Por isso eu vejo que hoje o Instagram gera
mais resultado, e é também por isso que estamos fazendo o Instagram para
Psicólogos.

O Instagram pode um dia mudar? Sim! Então se dedique a ele já que hoje ele está
em crescimento, mas garanta seu espaço também se dedicando a outras formas
de divulgação do seu trabalho.
Dito isso, vamos voltar o Instagram de negócios.

Para você transformar o seu perfil em negócios siga o passo a passo:

 Vá em Configurações, é um símbolo de engrenagem que fica no canto


superior direito;
 Clique em Alternar e escolha perfil comercial, neste momento vai aparecer
a opção “Alternar para pessoal comercial” e você será direcionado a uma
tela de “Ferramentas de Negócios do Instagram”;
 Conecte com sua página no Facebook clicando no botão azul “Continuar
como... (seu nome)”, e vai aparecer uma mensagem “Você já autorizou o
Instagram” e daí você clica em “Ok”. Neste momento vai aparecer sua
fanpage e você vai clicar na fanpage que quer vincular;
 Configure seu perfil comercial com e-mail, telefone e endereço, neste
espaço você não precisa preencher todos os dados, mas precisa preencher
pelo menos um destes;
 Pronto!
57
Ao final aparece uma mensagem de confirmação que você mudou para um perfil
comercial ou de negócios. Mas na prática o que muda?

Muda que agora você tem acesso à métricas e análise sobre o seu perfil.

Você pode colocar botão de ação para a pessoa enviar um e-mail, ligar ou como
chegar (a partir das informações que você forneceu na configuração do perfil
comercial). E você pode analisar dados sobre o seu perfil.

Agora sua página de perfil está diferente, e no canto superior direito não tem
mais o símbolo de uma engrenagem, mas tem três traços. Se você clicar nele vai
abrir uma aba com: Informações, Salvos e Encontrar pessoas. E em baixo terá a
engrenagem com Configurações.

Vamos entender melhor o que significa cada uma destas opções.

- Informações
Neste espaço você vai encontrar TUDO o que precisa saber para analisar de forma
matemática o seu perfil.

Em Atividade nós temos:

Interações: Conta quantas ações foram realizadas no perfil em uma semana, e


fornece em gráficos e números estas interações divididas pelos dias da semana.

Aqui você consegue mensurar quais os melhores dias da semana para você
postar. Claro que temos o fator conteúdo (que pode ter maior ou menor interesse
do público em si), pois um vídeo normalmente tem maior interação, mas, você
inclusive pode fazer testes e postar vídeos cada semana em um dia para ver qual
você obteve maior resultado,

Visitas ao perfil: Mostra quantas pessoas visitaram o seu perfil em um prazo


determinado de tempo.

Este dado é interessante para saber se as pessoas estão chegando até você e se
estão, ou não, convertendo em seguidores.
58
Cliques no site: Mostra quantas pessoas clicaram no link que está no perfil.

Ligações: Quantas pessoas clicaram para ligar para a empresa ou o número


comercial que você cadastrou.

Descoberta: Mostra quantos perfis o seu perfil alcançou em um prazo de uma


semana, e fornece também em gráfico e números este alcance.

Alcance: Mostra o número de contas que viram alguma publicação no prazo de


uma semana. Também mostra o comparativo com outras semanas, ou seja, já faz
essa análise se você está ou não crescendo.

Impressões: Mostra o número total de vezes que todas as publicações foram


vistas, como também já faz uma análise comparativa do seu crescimento ou não
com outras semanas.

- Sua Atividade
Neste espaço você consegue ver quando tempo você permanece na rede
diariamente, e a média. Esta é uma métrica nova que ainda está sendo
aprimorada, mas representa o tempo médio e é contado enquanto você está
usando o app no celular. Ou seja, não contabiliza o uso através do computador.

Inclusive é uma ferramenta para gerenciar o seu tempo em dois formatos:

Definir um lembrete diário: e você pode colocar um lembrete para si mesmo


depois de determinado período de tempo (você escolhe o tempo).

Configurações de notificação: você pode escolher quais notificações do Instagram


você quer receber, inclusive escolher não receber notificações.

- Tag de Nome

Glossário:

Tag = significa rótulo ou etiqueta em inglês, por isso na linguagem de marketing


digital quer dizer um símbolo, letra ou outro modo de identificar um site, perfil ou 59
página como um rótulo daquele espaço online.

Você pode fazer sua Tag de Nome, inclusive personalizar para depois
compartilhar. Quando você compartilha sua Tag de Nome em outra rede social as
pessoas podem escanear e ir direto para o seu perfil no Instagram, ou você pode
scannear de outra pessoa e abrir o dela.

Nesta tela mesmo, na parte inferior tem o símbolo de uma câmera escrito "Ler
uma tag de nome" e aí que você deve clicar para escanear a tag de outra pessoa.

Clicando no ícone na parte superior você pode personalizar com com self, cor ou
emoji. E, na parte superior direita tem uma seta que é o símbolo se você quer
compartilhar sua tag.

Se você já personalizou e quer sair desta tela, é só clicar no X.

- Salvos
Essa categoria Salvos, que é simbolizada por uma bandeirinha, é uma
funcionalidade maravilhosa, mas da qual poucas pessoas têm conhecimento e de
fato usam. Esta é uma funcionalidade do Instagram que permite que você salve
dentro do próprio app conteúdos que você acha interessante, e mais, você
consegue salvar com pastas diferentes para cada assunto.

É como um banco de imagens do Instagram que fica salvo no próprio Instagram.

Como salvar postagens

Se você abrir em um perfil qualquer e uma postagem qualquer de outro perfil,


você vai perceber que existe este mesmo símbolo de bandeirinha abaixo da
postagem do lado direito, bem no cantinho.

Quando você clica nesta bandeirinha você automaticamente salva aquela


postagem e vai para sua coleção, mas, se você quiser colocar ela uma pasta
específica você deve clicar em “Salvar na Coleção”, que é uma mensagem que
aparece e selecionar a pasta desejada. 60
Como fazer pasta ou uma nova pasta

Caso você não tenha nenhuma pasta ou queira fazer uma nova pasta é só clicar
no “+” que tem no canto superior direito e fazer uma nova pasta. Lembrando que
os nomes para as pastas devem ser curtos e objetivos.

Como tirar uma postagem do salvo

Se você não quiser mais aquela postagem salva no seu banco de imagens é só
clicar na bandeirinha novamente e pronto, aquele conteúdo não está mais salvo.

Como ver as pastas

Para ver as pastas é como chegamos aqui, através do seu perfil. Você vai clicar
nos três riscos no canto superior direito do seu perfil, clicar em Salvos e pronto, lá
estão suas pastas e referências.

Mas por que isso é tão maravilhoso?


Porque é uma ferramenta para você fazer curadoria e alimentar a mente com
informações que podem ser transformadas em postagem, e-book e até serviços.

Para isso devemos nos abastecer de informações, e de preferência, de qualidade.


Lembrando que estas informações devem ir além da Psicologia. Vejo muitos
profissionais que só consomem conteúdo da área, são livros, filmes e revistas
somente da área de estudo, e isso não é legal porque as possibilidades de criar
algo novo são muito escassas e faz com que tenham a sensação de que “tudo já
foi criado”.

Pense comigo, se você é psicólogo e só consome informações de Psicologia, tudo


que você está lendo já foi criado. O máximo que você pode fazer é replicar ou
mudar uma coisa ou outra, mas nada será original.

Então consuma informações de outras áreas, acompanhe outros perfis e siga


pessoas de diferentes áreas para que você possa abastecer seu cérebro de novas
informações úteis e sempre frescas.
61
E se estas informações novas e legais vierem do Instagram coloque na sua pasta
no Salvos para curadoria, armazenamento e depois transformação. No meu Salvos
eu tenho pastas de inspiração de imagem, inspiração de texto e inspiração de
vídeos.

Estas inspirações não necessariamente são diretamente relacionadas com meu


trabalho, mas são, por exemplo, imagens cujo ângulo eu gostei e quero repetir,
textos que eu achei interessantes e sobre os quais quero falar com o meu olhar e
vídeos em que eu gostei da edição ou do formato que foi feito. Tudo isso para me
inspirar e eu poder criar os meus conteúdos.

Como dica, vou te apresentar alguns perfis de pessoas que eu admiro muito o
trabalho ou mesmo o formato de trabalho. Vá no perfil destas pessoas, veja o
conteúdo e se gostar de alguma coisa aproveita e já colocar em sua pasta.

Perfis que recomendo:


 Gabriela Brasil: fala sobre organização

 Tiago Mattos: autor do livro Vai Lá e Faz e futurista

 Thais Farage

 Luciana Mallet: Coaching para arquitetos

 Pinterestbr

Encontrar pessoas

Esta função é, como o próprio nome já diz, para você encontrar pessoas para que
você possa seguir.

O Instagram te dá sugestões com base nas pessoas que você já segue e com as
quais há interação, mas por algum motivo você ainda não segue e que seguem
você.

Ele também sugere pessoas das quais você já é amigo no Facebook e que estão no
62
Instagram, visto que as duas redes são relacionadas eles possuem estes dados e
os usam para sugerir amigos. E sugerem na área Contatos pessoas cujo número
você tem salvo no telefone; e vale lembrar que o WhatsApp também é do Mark
Zuckerberg, ou seja, todas as informações do Facebook, Instagram e WhatssApp
são cruzadas e alinhadas para fazer estas sugestões.

Afinal, o que postar no Instagram?

Entender as razões de se usar o Instagram e aprender a criar um perfil profissional


são as partes mais fáceis, o mais complicado vem agora:

O que colocar lá para conseguir credibilidade?

Esta era uma questão que me afligia seriamente quando estava me preparando
para criar a página “Empreendedorismo para Psicólogos”.

Eu ficava olhando as páginas das pessoas que tinham curtidas e mais curtidas,
achando as postagens delas geniais, e pensando:
Mas eu? Será que eu vou ter assunto? Será que vão gostar? Será que não vou
fazer papel de idiota? E se ninguém gostar e eu me sentir uma anta? E se ninguém
curtir?

Dia e noite estas perguntas rondavam minha cabeça, e embora eu não ficasse
desesperado, elas consumiam boa parte de minha energia.

Pois bem, depois de muito refletir, cheguei à conclusão de que o principal motivo
deste medo – mais do que o receio da falta de conteúdo – tinha a ver com aquela
questão o pavor de me expor e de me sentir inadequado.

Afinal, quando faz um post você está fazendo uma “declaração para o mundo”, e
existe a chance deste mundo te criticar, ou o que pode ser até pior, te ignorar
completamente.

O que fazer então?

Três coisas. Preste atenção:


63
1- A primeira delas é aceitar que, ao se expor, tudo pode acontecer.

Por isso eu bato tanto na tecla de que você precisa se aceitar como uma
autoridade e acreditar em você. Somente quando se sentir seguro com sua
capacidade de ajudar as pessoas, e acreditar que você tem valor, você será capaz
de mostrar a cara sem medo.

Não há uma técnica exata para isso. É algo que só você pode construir consigo
mesmo. (Se a coisa estiver feia, um pouco de psicoterapia ajuda!)

No entanto, uma coisa é fato: quanto mais você se preparar, e quanto mais
competente ficar, maior será a segurança que você tem em se expor.

O segundo cuidado a se ter para conseguir fazer postagens relevantes é:

2- Faça a si mesmo a pergunta certa.


Uma pergunta bastante inadequada que muita gente se faz quando pensa em
postar é:

“O que eu posso colocar aqui para chamar a atenção das pessoas?”

Parece uma pergunta pertinente não é mesmo? E ela é. Só que contém um


grande problema.

Nesta pergunta o centro das atenções é você, e não seu público alvo.

E o centro das atenções deve ser SEMPRE seu público alvo. Seu serviço só existe
para melhorar a vida deles. É tudo sobre eles, e não sobre você.

Encare assim:

Da mesma forma que o dinheiro é a consequência de um desejo legítimo de


ajudar, e não seu objetivo maior, a atenção que você ganha nas redes sociais é
consequência direta de postagens que tenham o objetivo sincero de melhorar a
vida de seu público, e NÃO de chamar a atenção para você. 64
Isto significa que a pergunta que você deve ser fazer é:

“O que eu posso colocar aqui que realmente faça diferença na vida de meu
público?”.

Pode parecer bobagem, mas há um abismo de distância entre o que resulta


destas duas perguntas.

Na primeira pergunta você fica se debatendo tentando encontrar algo que vá


chamar a atenção, e seu foco fica limitado demais.

Não é assim que funciona.

Para saber o que postar, você tem que prestar atenção em seu público, nas dores
e sonhos deles, e assim criar conteúdo que vá realmente ajudar.

E agora, a terceira atitude que você deve ter para conseguir fazer boas postagens:

3- Arriscar.
Cada público é um, cada negócio é único, e não existem fórmulas prontas e
infalíveis. É aos poucos, conforme posta e observa as reações, que você vai
acertando o passo.

Se houvesse certezas, não seria empreendedorismo.

De qualquer forma, como eu já errei e acertei um bocado no Insta e no Face,


posso – e vou daqui a pouco - te dar algumas boas sugestões sobre como criar
conteúdo que engaje as pessoas.

Mas antes vamos analisar mais alguns aspectos a levar em conta para fazer suas
postagens:

A) Considere sua Persona

Aqui bato mais uma vez na tecla de você ter um nicho definido e saber muito
quem é sua “persona”.

Uma vez que você sabe as dores e os sonhos desta persona, tudo fica mais fácil. 65
Se você vai trabalhar com jovens pais, que tipo de dicas e sugestões podem ser
úteis para eles? O que poderia ajudá-los a resolver algum problema em relação ao
novo bebê? O que pode ajudá-los a lidar melhor com a criança? Que perguntas
eles se fazem sobre esta nova fase?

Se você acompanha a página do Empreendedorismo para Psicólogos no


Facebook, ou minha mais recente página no Instagram, deve notar que as
postagens costumam ter um bom engajamento. Claro que algumas não dão muito
ibope, mas a maioria tem um bom nível de curtidas e até comentários.

E a razão para isto é que são pertinentes.

Eu conheço minha persona. Sei das dores e sonhos pelos quais os psicólogos
passam, e levo isto em conta. Tudo que escolho postar está, de alguma forma,
relacionado ao universo deles, mesmo que seja de maneira indireta.

B) Crie diferentes emoções e sensações


Não há nada pior do que começar a fazer citações ilustradas apenas– aquelas
imagens legais com uma frase de efeito – e ficar fazendo só aquilo.

Por mais que você esteja sempre buscando oferecer valor, você precisa variar no
modo como entrega este valor, para que as pessoas não sejam tomadas pelo
tédio nem desejem que você morra queimado.

O segredo para isto é sempre ser criativo no estilo de suas postagens, para que o
público sinta diferentes emoções.

E um ponto importante: entregar valor, não necessariamente é dar uma


informação.

Se você é capaz de fazer uma pergunta que leve a uma reflexão que proporcione
crescimento, isto é uma forma de entregar valor.

Tipos de Postagem

Aprender a fazer postagens relevantes para seu público é uma mistura de arte 66
com ciência.

Não existem passos exatos, já que cada público é único.

De qualquer forma, quero te mostrar aqui algumas variações interessantes que


você pode usar para começar a entregar valor e construir sua credibilidade.
(algumas estão com as imagens originais)

Preste muita atenção, pois os exemplos aqui são reais e práticos, e podem te
ajudar muito com suas postagens!

1- Postando dicas:

Neste tipo de postagem você oferece, em poucas palavras, algum conhecimento


que pode ser aplicado imediatamente à realidade de seu público. Pode ser algo
simples e objetivo, ou uma dica um pouco mais extensa, inclusive com exemplos.

Aqui vai o exemplo de uma dica, em forma de pergunta:


“Uma nova semana está começando. Quais novos hábitos, habilidades e
estratégias você pretende inserir em seu dia a dia?

Se aceita uma sugestão, seja o melhor que puder em sua ciência, mas cuidado
para não se concentrar apenas nela.

O motivo? É que você corre o risco de se tornar um EXCELENTE psicólogo...Sem


clientes”.

67

2- Postando Insights

Insights são aquelas ideias interessantes em forma de um parágrafo, que


despertam para algum ponto de vista ou propõem alguma perspectiva de
interesse de seu público. Não é uma dica em si, pois não diz o que fazer, é uma
inspiração mesmo.

Veja esta mensagem abaixo, que foi postada junto uma imagem de uma família
feliz, e teve mais muitas curtidas:

“Consultório de psicologia não é lugar apenas para gente doente das emoções. É
lugar pra gente que “não quer” adoecer emocionalmente. É lugar para gente que
quer ser melhor. Melhor com a família, melhor consigo mesmo, melhor com a
vida.

Divulgue! Faz bem para todo mundo, inclusive para você!”

68

3- Postando Citações

Citações também são insights, mas dos outros. Sabe aqueles axiomas famosos de
gente célebre que as pessoas vivem postando nas redes?

São citações.

Elas não necessariamente têm que resolver um problema específico ou mesmo se


referir ao seu nicho. Geralmente são reflexões sobre a vida, as atitudes, o amor, e
costumam despertar sensações boas nas pessoas.

Eu raramente uso-as, pois prefiro criar meus próprios insights, mas não vejo
problema em colocá-las eventualmente.

Apenas tente não abusar. Como são frases dos outros, e fáceis de serem
encontradas e reproduzidas, pode existir uma tentação a sempre recorrer a elas.
E no fim das contas, se você ficar só citando o que os outros disseram, ora, eu vou
ler o trabalho deles, e não o seu.

4- Postando Humor:

Eu não sou, nem de longe, uma pessoa que se possa considerar muito engraçada.

Além disso, tenho outro problema. Cresci jogando vídeo games, assistindo filmes
e séries estrangeiros e, por ser muito influenciado pela cultura norte-americana,
meu tipo de humor preferido é mais ácido e sarcástico.

Acredite em mim, isso não funciona muito bem no Brasil. As pessoas aqui não têm
o hábito de “zombar” de seus próprios defeitos. Coisa que é muito comum na
América do norte.

Por isso, se for usar humor, que seja algo leve, para descontrair mesmo. Vez ou
outra alguma piada sarcástica vai funcionar, mas em geral não são recomendadas.

Eu mesmo não crio peças de humor, mas as procuro através do Google, e quando 69
encontro alguma pertinente, coloco.

Veja esta, que fez um tremendo sucesso.

Somos psicólogos sérios, e logicamente temos os requisitos para um bom controle


emocional. Mesmo assim, de vez em quando, meditar ajuda. Não acham?
Uma coisa interessante a perceber é que muitas vezes, algum comentário
adicional seu pode potencializar ou mesmo dar o toque de humor.

A imagem acima já é engraçada, mas veja que eu a contextualizo com um trecho


de texto, que a faz ficar ainda mais ligada ao meu público.

5- Postando Provocações:

Uma provocação é um insight apresentado de maneira mais crítica, e muitas


vezes, está enviesada através de uma pergunta.

Este é o tipo que postagem que mais me realiza, e por isso mesmo eu tenho que
tomar muito cuidado. Eu sou um sujeito crítico, e como já disse, gosto de usar
ironias ácidas.

Muitas vezes as pessoas não recebem bem isto. Mas eu diria que, pelo menos de
vez em quando, uma boa provocação tem seu lugar.

Veja abaixo esta postagem, que é uma provocação - com um pouco de bom 70
humor – para quem acha difícil empreender:

Então você acha que é complicado aprender a se divulgar, fazer marketing,


escrever um e-book, fazer palestras, criar uma newsletter, definir um nicho e
outras coisinhas mais?

Vai ler Lacan. Depois você me conta.


6- Postando críticas

Aqui a coisa é mais direta que a provocação.

É preciso ter cuidado e conhecer bem seu público para fazer isso. Na prática você
precisa encontrar algo que incomode a eles, e tomar parte no coro. Veja nesta
postagem abaixo – sem foto - que eu me coloco, de propósito, na contramão das
tendências e faço uma crítica que encontrou bastante eco:

Os tais gatilhos mentais têm sido propagados pelos marketeiros online, e embora
seu fundamento seja sério, tornaram-se uma praga.

Ninguém suporta mais aquele papo cansado de:

 Esta é a última chance... (é nada!)

 Eu relutei, mas reabri as vagas... (Relutou? hahaha)

 Não sei se teremos outra turma... (Sim terão!)


71
 Eu não vou dormir tranqüilo se não te der esta última chance de comprar
... (já está dormindo e o disparo foi automático.)

Não sei se você trabalha com listas online, mas se trabalha, não entre nessas
estratégias pasteurizadas que ninguém mais tolera.

Respeite a inteligência de seu público, e eles o respeitarão dez vezes mais por
isso!

7- Postando enquetes:

O próprio Instagram te dá algumas ferramentas de enquete. Eu nunca usei, mas


são bem simples de usar. O que eu faço eventualmente é colocar alguma
pergunta relacionada a um tema. Nem sempre você precisa querer “apurar em
detalhes” o resultado da enquete. O objetivo pode ser só provocar uma discussão
e envolvimento mesmo.
Mas atenção, se você ainda está começando, não faça enquetes de imediato. Seu
público tende a te responder melhor num estágio avançado, quando já te
conhecem e te acompanham a algum tempo.

Veja esta postagem abaixo, na qual eu comento algo e depois faço uma pergunta:

Algumas pessoas têm me questionado sobre se devem "cobrar ou não" a primeira


sessão. Sinceramente, não há uma resposta exata para esta questão.

Depende de sua demanda, de seu momento, de sua estratégia. Esta decisão


depende de variáveis que são específicas da realidade de cada um, e não há nada
de certo ou errado com qualquer destas posturas.

E você, cobra ou não cobra? E qual sua opinião?

8- Postando estatísticas:

Também não costumo usar muito isto, mas é bem pertinente. Que tipo de
estatísticas existem em relação a seu nicho e que podem ser usadas para gerar 72
um post? Para saber isso, é só procurar no Google.

Por exemplo, procurando sobre mercado de trabalho para psicólogos, encontrei


uma pesquisa que fala que cerca de 50% dos psicólogos brasileiros atua na clínica,
e que praticamente 80% deles se dividem entre a clínica e outro trabalho.

Com isso, eu poderia postar o seguinte:

“Você sabia que 80% dos psicólogos trabalham paralelamente para se sustentar
com a clínica? Se quiser saber como não entrar para esta estatística, conheça o
site”.

9- Postando seus artigos:

Além de servir, por si mesmo, como um canal de construção de credibilidade, o


Instagram tem uma função muito importante: direcionar tráfego para seu site.
O ideal, desde que você faça com qualidade, é publicar um artigo a cada quinze
dias em seu site, e fazer um post sobre ele, com link direcionado, no Insta. Lógico
que não dá pra fazer isto se você ainda não tem um site e está começando apenas
com uma comunidade. Mas assim que tiver, siga esta dica.

Veja este exemplo, com um artigo do Pedro Paulo, que agora escreve para o site:

Às vezes a gente precisa se afastar um pouco pra enxergar melhor o cenário. E é


isso o que o Pedro Paulo Souza, nosso novo colunista, nos mostra neste artigo.

Pedro faz parte do time e vai falar sobre produtividade, organização e foco na
carreira dos psicólogos!

73

10- Postando seus vídeos:

Vídeos são quase como artigos, só que falados. Eles têm o mesmo objetivo de
entregar valor, e uma forma sensacional de atingir mais pessoas é também
colocando no Insta. Assim como os artigos, se você puder produzir um vídeo a
cada 15 dias, é o ideal. E por favor, não fique sofrendo se você não tem material
de primeira (iluminação, super câmera, microfone top de linha). Isto não é o mais
importante. Óbvio que quando puder você vai melhorar a qualidade, mas para
começar você não precisa de muito.
Uma boa webcam e um cenário em casa já são o suficiente para começar. Depois
você vai melhorando com o tempo.

Quando fizer seus vídeos, você tem algumas opções: colocá-los direto no IGTV, do
Instagram, ou colocá-los no YouTube e postar o link no Insta, fazendo um
comentário pertinente para chamar a atenção das pessoas.

11- Postando Matérias:

Este é outro recurso fantástico que eu uso pouco, mas pretendo passar a usar
mais. você pode usar o “Google Notícias” para pesquisar termos relacionados ao
seu nicho, e encontrar notícias, pesquisas e matérias jornalísticas que sejam
relevantes.

Então, o que você faz, é postar o link destas matérias no Insta e tecer algum
comentário relevante. Isto não vai levar as pessoas a seu site, já que a matéria
não estará postada lá, mas com certeza vai agregar um pouco de valor à vida de
seu público e aumentar sua credibilidade. 74
__________________________________________________________________

E aí estão, sugestões de 11 tipos de postagens para você fazer. Eu sei que lendo
assim pode parecer fácil, mas que na hora de fazer as suas, a coisa trava.

Então falemos de:

Onde conseguir inspiração?

Muitas pessoas se fazem esta pergunta. Eu também me fazia no início.

A verdade é que não há um caminho mágico ou específico, o que você precisa


fazer é deixar a coisa fluir. Tudo o que você está aprendendo aqui, desde o
primeiro módulo, tem impacto nas mínimas ações que você realiza a partir de
agora.
Quando você escolhe um nicho que você ama e realmente se entrega aos estudos
para se tornar competente naquilo, as ideias começam a aparecer.

Na verdade, hoje há dias em que eu tenho que me segurar, de tanta ideia que
aparece ao mesmo tempo.

O importante é você estar sempre ligado, atento e observando o ambiente à sua


volta, para ver que tipo de conteúdo poderia ser interessante para as pessoas.
Pode ser algo sério e que vai levar à reflexão, até algo que vá despertar uma leve
risada.

E tem mais.

Conforme as pessoas vão curtindo, comentando, dando retorno, você vai se


enchendo de satisfação e desejando entregar mais conteúdo ainda. O resumo do
que estou querendo dizer aqui é o seguinte:

Quando a coisa começa a andar, as postagens vão ficar cada vez mais naturais. Na
verdade, muitas delas vão simplesmente brotar dentro de você, e você mal vai
75
conseguir esperar para compartilhá-las.

Agora, antes de partirmos para o outro tópico, quero falar sobre mais um aspecto
que pode te ajudar a não fazer besteira.

Postagens de vendas

Postagens de vendas são aquelas em que você, obviamente, anuncia alguma


coisa.

Alguns especialistas dizem que no máximo 10% de suas postagens no Instagram e


no Facebook devem ser de vendas. Do contrário o público pode começar a não
gostar.

Sinceramente, eu ainda acho muito.


A verdade é que eu não gosto de fazer postagens de vendas, pois não me sinto à
vontade vendendo ativamente. Prefiro trabalhar com o conceito de “soft sell”. Ao
pé da letra a tradução seria algo como “venda macia”. É vender sem parecer que
está vendendo.

Minha estratégia é dar muito conteúdo, levar as pessoas até meu site, e lá,
apenas lá, deixar que elas mesmas descubram os serviços que podem interessá-
las. Há sim, algumas situações em que eu realmente anúncio algo, mas é sempre
em meio a muito conteúdo, e jamais de forma isolada ou insistente. Por exemplo,
sempre que houver uma nova turma desta mentoria, vou anunciar lá.

Sem apelação.

Minha estratégia é fazer algumas chamadas, colocando algum insight e


convidando as pessoas para uma página interna, em meu site, na qual poderão
conhecer mais detalhes.

Uma estratégia interessante é: 76


Se você quiser vender um workshop sobre um assunto, crie um pequeno e-book,
faça uma página - pode ser no seu site - para captar os e-mails de quem baixar, e
depois promova o workshop para aquela lista. Desta forma você estará
promovendo para quem já se interessou previamente pelo assunto.

É exatamente isto o que faço no meu curso. O módulo introdutório capta e-mails,
fazemos um trabalho na lista e as pessoas vêm.

Você pode até fazer uma ou outra postagem avisando do workshop nas suas
redes, mas não é para fazer isso repetidamente, especialmente se você está
começando. Sua página não é um lugar para ficar fazendo vendas, é um lugar para
entregar valor. As vendas são a consequência disso.

Já viu que algumas pessoas, do nada, fazem anúncios de cursos e eventos nas
redes socias? Raramente alguém curte. Eis uma máxima que serve a todos nós:
“As pessoas adoram comprar, mas detestam que tentem vender coisas a elas”.
Não force. Mostre, com parcimônia, e deixe que elas venham.

Lidando com a rejeição

Por mais voltas que possamos dar no mundo do empreendedorismo, sempre


vamos chegar ao mesmo ponto: a velha ladainha que tenho repetido a mentoria
inteira: você precisa se expor.

E se expor é arriscar, é enfrentar o desconhecido.

É preciso acreditar em você mesmo e continuar, mesmo que as respostas não


cheguem logo.

Com raras exceções, quando você começar a postar, bem no início, quase não
haverá audiência, e obviamente você não terá muitas curtidas, comentários ou
elogios. É assim mesmo.

Claro que pode ser que você seja uma pessoa cheia de amigos que vão te dar
força, ou torne-se algum fenômeno do Facebook, mas em geral as respostas 77
demoram um pouco a vir. E mais, ausência de curtidas nem sempre significa que
não leram ou que não estão gostando. Muita gente gosta, mas não curte nem
comenta.

Mas é óbvio que a gente se motiva muito mais quando é reforçado.

Só que, como um empreendedor, você não pode depender desta motivação


externa para fazer as coisas acontecerem. Por isso faça sua página, comece suas
postagens, aceite que o retorno leva algum tempo, e persista.

Se eu consegui engajamento em um nicho tão pouco provável como


Empreendedorismo para Psicólogos, por que você não conseguiria no seu?

_________________________________________________________________

Então é isso, ficamos por aqui com o assunto “primeiros passos no Instagram”.
Entenda, isso não é o suficiente para você entender o Insta. Você precisa, através
de outras fontes, se aprofundar no uso técnico desta rede social. Mas tenha
certeza de que se você seguir o que estou sugerindo aqui, já está mais do que
bem orientado para começar a construir sua credibilidade na rede.

Como eu sei disso? Por que além deste tópico ser um sumário do que dizem
vários especialistas, deu certo comigo na prática.

Aliás, provavelmente é por isso que você está fazendo esta mentoria agora.

78
Exposição e estilo: como ficar totalmente
79
àvontade fazendo marketing
Exposição e estilo: como ficar
totalmente à vontade fazendo
marketing
Como você deve ter notado lá atrás, no módulo 2, nem só de orientações técnicas
se faz um profissional, e agora é justamente a hora de falar de um assunto menos
técnico, mas nem por isso menos importante para seu sucesso. É o seguinte,
neste módulo você entendeu melhor o conceito de marketing e viu dicas mais
detalhadas sobre como montar, conceitualmente, seu site. O que estou fazendo
neste momento é te apresentar os conceitos e a estrutura básica para começar a
ganhar visibilidade.

A pergunta que eu tenho para você aqui é: você se sente à vontade se expondo?

Você fica totalmente à vontade com o fato de ver sua cara estampada num site,
de divulgar seu trabalho, enfim, de fazer marketing de si mesmo? Pode parecer 80
uma pergunta besta a essa altura da mentoria, mas não é. Note que eu não estou
perguntando se você “acredita no seu trabalho”, como fiz lá atrás, e sim se,
mesmo acreditando, você fica à vontade se expondo.

Muita gente tem receio e se sente meio “esquisita” quando começa a se expor
para construir credibilidade. E esta sensação pode fazer com que suas aparições
fiquem um pouco “mecânicas” no início, e isso é um problema. Compreenda que
quando as pessoas entrarem em contato com seu trabalho, elas querem mais do
que simplesmente informações e conhecimento.

Elas querem ver VOCÊ ali. Sua personalidade, seu jeito, sua “alma”. E para que isto
aconteça, é preciso fazer uma coisa muito importante: ousar. É clichê falar, mas
tem sim, que sair da bendita zona de conforto. Só quando ousa você realmente se
entrega e deixa de ser apenas um repetidor de conceitos para realmente colocar
seu “toque pessoal” nas coisas que faz.
Deixa eu colocar isso de outra forma: será que você consegue, em um texto, uma
palestra, um vídeo, colocar sua personalidade de maneira tranquila e segura?
Grande parte do objetivo deste módulo é te ensinar o básico sobre como
construir uma marca forte em volta de seu trabalho, e isto exige que você esteja
totalmente disponível a se expor.

Eu disse TOTALMENTE!

Não é expor um personagem que você cria apenas. Lógico que sua “persona
pública” pode ser um pouco diferente de quem você é na vida privada e no dia a
dia, mas ainda assim tem que ser você. Na minha opinião, não pode ser um teatro
apenas. Este processo, de deixar-se revelar publicamente, costuma ser incômodo
no início, e muitas pessoas levam tempo para se acostumar. Mas é necessário.

Quando eu comecei a gravar meus primeiros vídeos, por exemplo, embora eu


conseguisse falar com lógica e me expressar bem, era como se EU ainda não
estivesse ali de verdade. Ao fazer os vídeos, eu estava tão “duro” que mal se via
81
minha personalidade, meu jeito.

Já na hora de escrever, eu tinha um pouco mais de facilidade, pois é algo que


sempre gostei de fazer, mas mesmo assim, alguns artigos, no início da minha
carreira, eram mais textos informativos do que realmente a expressão de quem
eu sou.

A questão central é: você precisa colocar a alma no que faz. E para isto, é preciso
perder os receios e, principalmente, aprender a ser divertir com a coisa, inclusive
desenvolvendo a habilidade de rir de si mesmo, se for possível.

É fácil? Nem sempre. É possível? Com certeza.

A primeira vez em que olhei a home do meu site e vi minha foto, por exemplo,
fiquei completamente estupefato. Embora eu estivesse empolgado e feliz, havia
um pouco de vergonha, uma sensação desconfortável de que as pessoas iam me
ver, me julgar, me avaliar.
A palavra exata, na verdade, nem é vergonha: é inadequação. Eu me sentia
inadequado. E muita gente se sente assim. Frente à possibilidade de terem que
escrever, gravar vídeos e dar entrevistas, comportando-se como uma autoridade
no segmento que escolheram, algumas pessoas ficam absolutamente
desconcertadas.

O lado bom é que eu tenho uma solução para isso. Só que ela não é exatamente
científica. na verdade, é estupidamente simples: exponha-se até passar

Não tem jeito, você só aprende a se expor, se expondo.

É igual aprender a dançar. No início você fica meio sem graça, faz uns movimentos
duros, erra um pouco, corrige e se atrapalha até dominar os passos. Mais tarde,
quando você se acostuma com o ritmo e fica totalmente à vontade, começa
inclusive a criar suas próprias variações dos passos. E é neste momento - quando
começa a criar seus passos - que sua personalidade aparece.

Especialmente se você tiver uma personalidade mais reservada – com a minha - 82


ao começar seus esforços de marketing, você vai demorar um pouco para “gostar
da coisa” de verdade e se soltar. Não encare isso como um sinal para parar. Pelo
contrário, continue que você se acostuma. E tenha certeza de uma coisa: pior do
que está não fica.

Agora vamos entender outro requisito fundamental para você conseguir se expor
de forma totalmente “sem vergonha”, no bom sentido é claro:

Respeite seu estilo

Eu não sou o único profissional a trabalhar o desenvolvimento de carreira para


psicólogos no Brasil. Além de mim, há outros profissionais fazendo isso, e um dos
que mais respeito é o Bruno Rodrigues, do Marketing para Psicólogos. Pois então;
se você já viu muitos vídeos meus e do Bruno Rodrigues, ou leu textos dos dois,
deve ter percebido que temos estilos completamente diferentes.

Com-ple-ta-men-te.
Creio que nós dois conseguimos colocar nossa alma e nossa personalidade no que
fazemos, e é por isso mesmo que as diferenças de estilo ficam tão evidentes. Eu
tendo a ser uma pessoa mais acelerada, sou mais sarcástico, mais crítico - meio
afetado, sabe - e direto ao ponto, o Bruno já é mais dócil, acolhedor, mais
tranquilo. Ele é objetivo também, mas de uma maneira diferente.

Para falar a verdade, eu até acho o jeito dele muito mais simpático do que o meu,
mas eu vou fazer o quê? Eu tenho este jeito, esta personalidade.

Guarde estas palavras: a pior coisa que você pode fazer ao projetar sua imagem é
tentar criar algo que seja muito diferente de você.

Então, se você é uma pessoa espontânea, barulhenta e divertida, seja assim. Mas
se você é uma pessoa mais centrada, reservada, e séria, sem problemas. Não há
um jeito certo para isso; um jeito que você “tenha que ser”. Logicamente, você
deve investir sempre em melhorar suas habilidades de expressão oral e escrita,
mas tendo o cuidado de respeitar seu estilo. Se você não fizer isso, fica forçado.
83
Já viu uma pessoa que não é engraçada tentando ser engraçada? É ridículo.

Eu consigo colocar humor em algumas situações, mas de uma maneira muito


velada e um pouco debochada, só que eu não sou exatamente uma pessoa
engraçada. E se eu tentar ser, provavelmente vou gerar a famosa “vergonha
alheira”. Acredite em mim, se o seu conteúdo for pertinente e você ficar à
vontade com seu jeito de ser, as pessoas vão gostar. Óbvio que haverá quem não
goste. Muita gente me acha seco e até arrogante às vezes.

Mas se nem Freud agradou a todos, por que logo eu iria?

Por mais estranho que possa ser seu jeito, encontre uma forma de se comunicar
que esteja totalmente alinhada a ele. Vá por mim que dá certo. Agora outro ponto
fundamental:

Não tenha medo de emitir opiniões


Eu disse ali em cima, mas vou reforçar: por mais bem-intencionado que você seja,
algumas pessoas simplesmente não vão gostar de você. E tem mais: quanto mais
popular você se tornar, mais pessoas que não gostam de você vão aparecer. Elas
vão surgir das nuvens, sair de bueiros, brotar da terra, cair das árvores e se erguer
das profundezas do mar.

Isto acontece por um motivo simples: nem todos nós temos as mesmas opiniões e
gostos.

Se liga: quando você começar a se expressar, especialmente se tiver opiniões e


ideias que saiam da “cartilha” tradicional, você vai ser alvo de pessoas que
pensam diferente. Algumas delas serão gentis em discordar, outras mais ríspidas,
e haverá – talvez - até quem chegue a te ofender.

E é AQUI que estão dois pontos fundamentais. O primeiro é: não se abale.

Você não pode atribuir sua segurança e autoestima à opinião das pessoas. Se fizer
isso você está perdido, pois na primeira crítica forte você vai desabar. E tem mais: 84
seu objetivo ao se comunicar é construir perspectivas, convidar para formas de
olhar e eventualmente “educar” as pessoas que te acompanham a respeito de
assuntos, emoções e comportamentos que elas vivem.

E neste processo – preste muita atenção – nem sempre você precisa ser
acolhedor ou conciliatório. Na verdade, o que estou tentando dizer aqui é o
seguinte:

Seu objetivo na internet não é ser gostado. Isso mesmo que você leu.

O erro mais comum que vejo em psicólogos que começam a postar em redes
sociais é este querer agradar a qualquer custo. ME conta uma coisa: Seu trabalho
na clínica por acaso é agradar? É ser gostado pelo paciente? Não, né. Seu trabalho
é criar condições para que ele evolua, mesmo que isso signifique um "vrau" bem
dado de vez em quando.
Aqui é a mesma coisa. O objetivo é construir perspectivas e pontos de vista que
possivelmente transformem as pessoas. Não é agradar. A pergunta não é " o que
eu posto aqui para gostarem de mim" nem mesmo "o que eu posto aqui para me
contratarem". a pergunta é:⠀

O que eu posto aqui para REALMENTE causar alguma transformação em quem me


acompanha? Quem gostar, bem. Quem não gostar, amém. ⠀

E agora o segundo ponto, tão importante quanto o primeiro:

Você jamais deve procurar deliberadamente entrar em confronto com quem te


critica. Mas também não deve, nunca, em hipótese alguma, ter medo de dizer o
que realmente pensa, ou recuar diante de uma provocação. (A não ser que se
prove, factualmente, que você estava enganado). Uma das características mais
marcantes das “autoridades” é que elas exalam segurança.

Sabem do que estão falando, conhecem o assunto a fundo e sustentam suas


posições. (espero que você tenha estudado bastante sobre o que fala, ok?) 85
Você deve, de preferência, ser gentil em tudo que fala e escreve – ser gentil é
diferente de querer agradar a qualquer custo - mas sem deixar de ser autêntico e
sem abandonar suas convicções e seu estilo.

E agora, a razão maior para você perder a vergonha de fazer marketing, se expor,
escrever, palestras, dançar, sapatear, seja lá o que for:

Lembre-se de que é por uma por causa muito maior que seu bolso. Maior até do
que sua realização individual.

Eu já disse isso, mas vale a pena repetir: seu principal objetivo ao se comunicar
não deve ser apenas o de atrair atenção para ganhar dinheiro, e sim o de ajudar
as pessoas a evoluírem em algum aspecto de suas vidas. Mesmo quando está
“prestando serviços” o foco deve ser este. Como psicólogo você tem o privilégio
de poder proporcionar bem-estar às pessoas e ver a vida delas transformadas, e é
claro que você quer a grana – eu quero - mas grana é uma consequência da
entrega e do trabalho feito com verdadeiro interesse no outro.

Você já deve ter ouvido a frase:

“Quem tem por que viver suporta quase qualquer como”.

O que eu quero dizer com isto, é que não é simplesmente por você que é preciso
se expor. Nem mesmo pelo dinheiro. É também pelas pessoas cujas vidas você
quer transformar. Entenda que quanto mais você se expuser, quanto mais
pessoas sua mensagem alcançar, mais vidas serão transformadas para melhor. A
motivação para enfrentar o julgamento público não é algo egoísta ou mesquinho,
e sim a vontade legitima de ajudar as pessoas a vencerem suas dores e
alcançarem seus sonhos.

E sem hipocrisias aqui: você não é um santo nem um demônio. É um ser humano.
Quer dinheiro, quer uma vida próspera, quer viver bem. Mas ao mesmo tempo
você quer – assim espero - fazer isto ajudando legitimamente outros seres 86
humanos. É esta compreensão maior que vai lembrá-lo de que isto tudo não se
resume a um jogo capitalista em busca de dinheiro. É muito mais que isso. É um
propósito de vida transformado em um negócio sustentável que tem o potencial
de mudar para melhor a vida de muitos seres humanos.

Tenha isto em mente da próxima vez em que a vergonha te cutucar, e você vai ver
que ela fica minúscula, ok?

--

Bem, estamos agora entrando na reta final da mentoria, e os sentimentos e


sensações que você tem podem ser confusos. É possível que você tenha a
sensação de que aprendeu muita coisa, mas que ao mesmo tempo está tudo
embaralhado em sua cabeça. Se for este o caso, pode relaxar. É algo totalmente
esperado.
Isto porque você está recebendo uma enxurrada de informações e conceitos, mas
eles ainda não estão organizados em um plano de ação. Por enquanto, não fique
sofrendo caso esteja com a sensação de ainda “não dominar tudo”. O passo a
passo para agir ficará mais claro até o final da leitura. Por agora empenhe-se em
começar a construir, mesmo que nos bastidores, tudo aquilo que você já
identificou como necessário.

E não é pouca coisa.

Criar seus produtos, seus serviços, seu e-book, fazer o descritivo de cada um para
colocar no seu site, criar o mapa do site, os textos das páginas. Tudo isto já pode
ir sendo feito, e você já tem informações para te orientar nisso.

Inclusive mesmo que você já tenha um site, talvez valha a pena reavaliá-lo sob a
luz de novos conceitos.

Se você por acaso ainda não fez os exercícios enviados nos módulos anteriores,
faça também. Por mais simples que sejam, eles podem te ajudar a organizar os 87
pensamentos e ter mais clareza sobre como construir tudo.

Não espere a mentoria acabar para colocar a mão na massa!

Comece hoje mesmo a trabalhar no conceito de seu site, pois


independentemente de você fazê-lo sozinho ou contratar alguém para isto, a
parte estratégica é você quem precisa criar.

Ah, e eu estava brincando, esta não é a última apostila, ainda tem outra, bem
mais curtinha, sugerindo um passo a passo para implementar o que você
aprendeu.

Calma que logo você recebe,

Um abraço,

Bruno.

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