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Sumário

Língua portuguesa ...................................................................................................................................................... 3


Direito Penal ............................................................................................................................................................. 19
Direito Constitucional ............................................................................................................................................... 31
Direito Penal Militar .................................................................................................................................................. 43
Direitos Humanos ..................................................................................................................................................... 61
Legislação Extravagante ............................................................................................................................................ 76
Estatística ................................................................................................................................................................. 89
Gabarito ................................................................................................................................................................. 107
Língua portuguesa
01
A mulher do vizinho
Fernando Sabino

Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército
morava (ou mora) também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às
vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao
delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.

O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono
de grande fabrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida,
compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O
delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:

- O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu
falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país?
Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio
é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui
fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques
e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar
gringos feito o senhor.

Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco
pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

-Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

- Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem
meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor
também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército,
sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou?

Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

- Da ativa, minha senhora?


E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
- Da ativa, Motinha! Sai dessa...

Texto extraído do livro "Fernando Sabino - Obra Reunida - Vol.01",


Editora Nova Aguiar - Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.
Considerando que as expressões “casa da sogra" e “vai tudo em cana", bem como as palavras “moleques", “morou" e
“gringos" estão presentes no texto em contexto que marcam uma época, marque a alternativa CORRETA em relação
ao uso dessas expressões e palavras no texto e em contexto diverso do texto:

a) A palavra “morou" não foi utilizada no texto como gíria para alcançar o sentido que emerge da palavra entendeu e
será sempre vista como gíria se utilizada em outro contexto.

b) As palavras “gringos" e “moleques" não podem ser consideradas no texto como uma forma pejorativa de se referir
ao sueco e aos filhos dele. Mesmo em outro contexto de uso, essas palavras jamais serão consideradas como gíria ou
algo pejorativo.

c) A expressão “casa da sogra" foi utilizada no texto como gíria para se referir a ambientes desprovidos de regras, mas
pode ser utilizada em outro contexto em seu sentido literal.

d) A expressão “vai tudo em cana", não remete ao ato de prender alguém e possui um sentido literal que pode ser
utilizado em outro contexto

02
Conforme se vê no primeiro parágrafo do texto, o autor optou em iniciar a narrativa com um verbo na primeira pessoa
do plural e depois pela colocação de verbos entre parênteses. Sobre o uso desse tipo de estrutura, é CORRETO afirmar
que:

a) Trata-se de uma estratégia que visa o não comprometimento do autor com a história narrada.

b) Trata-se de uma estratégia que visa o comprometimento do autor com a história narrada.

c) Diz respeito à estética do texto e não está relacionado ao comprometimento do autor com o texto narrado.

d) É apenas uma opção do autor e não se relaciona à estética e ao comprometimento do autor com a história narrada.

03
No quarto parágrafo, é CORRETO afirmar que a expressão utilizada pelo autor, “(...) só porque o deixaram morar neste
país pode logo ir fazendo o que quer?", demonstra:

a) O sentimento de patriotismo do Delegado.


b) O sentimento de xenofobia do Delegado.
c) A extrema dedicação do Delegado no cumprimento às leis.
d) A aceitação do imigrante estrangeiro em nosso país.

04
Considerando o destaque dado às autoridades do Exército Brasileiro no texto, é CORRETO afirmar que a narrativa
apresenta elementos pertencentes ao seguinte período histórico do Brasil.

a) Promulgação da Constituição Federal de 1988.


b) Movimento Diretas Já.
c) Período da Ditadura Militar
d) Revolta da chibata.
05
Sobre a expressão: “E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel,
E FILHA DE UM GENERAL! Morou?", é CORRETO afirmar que ela reflete a um antigo hábito brasileiro utilizado para:

a) Mostrar-se imputável e influente.


b) Demonstrar a decepção em ser brasileira.
c) Demonstrar o orgulho de ser brasileiro.
d) Mostrar-se inimputável e influente.

06
Com relação ao modo de agir do delegado no trecho “Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de
aprovação do escrivão a um canto." é CORRETO afirmar:

a) A voz pausada do delegado e sua postura relaxada, reclinado para trás, foi apenas uma estratégia utilizada para
descontrair o ambiente da entrevista com o sueco.

b) Demonstra a maneira polida do autor se referir aos bons serviços prestados pelas autoridades da época.

c) A voz pausada do delegado e sua postura relaxada, reclinado para trás, foi apenas uma estratégia utilizada para
recepcionar bem o sueco.

d) Demonstra a maneira irônica do autor referir-se aos desmandos das autoridades da época.

07
Marque a alternativa CORRETA em relação ao uso dos advérbios onde e aonde:
a) Estou na escola aonde estudei, ao sair daqui, onde irei?
b) Estou na escola onde estudei, ao sair daqui, aonde irei?
c) Estou na escola onde estudei, ao sair daqui, onde irei?
d) Estou na escola aonde estudei, ao sair daqui, aonde irei?

08
Em relação ao uso da crase, marque a alternativa CORRETA.

a) Referia-me à cidade de Belo Horizonte quando lhe disse que era bela.
b) Faltei à sessão plenária de ontem.
c) A carta foi escrita à lápis.
d) Sempre que necessito de roupas limpas recorro à minha mãe.

09
Marque a alternativa CORRETA em relação à concordância das formas com o apassivador se:
a) Vende-se casas.
b) Deve-se comer alimentos saudáveis.
c) Vendem-se casa.
d) Devem-se comer alimentos saudáveis.

10
Marque a alternativa CORRETA que apresenta um exemplo de metonímia:
a) João se alimenta como um pássaro.
b) As fêmeas cassam para o rei dos animais.
c) Gosto de ler Machado à noite.
d) Antônio foi um burro.

11
Corda sensível

pequena Maria, apertando na mão uma fatia de pão com manteiga, olhava extasiada. A cor azul escura da
casimira, sob a claridade noturna que enchia a sala, modelava macieza de veludo e fingia reflexos de roxo.
Nas ombreiras do fardão poisavam as dragonas maciças, de grande gala, com o seu chuveiro de torçais
de ouro; e na frente o papo se escancarava, deixando ver a tela de croché, com que se costuma proteger as
mobílias. A um lado corriam-lhe os oito botões, cada um crescido como um olho-de-boi...
Mas, quando a pequena deu com o empastamento de condecorações que encobria lado a lado o peito ao
fardão, não pôde resistir ao chamariz, e pondo um joelho à beira do assento e com os bracinhos estirados
agarrando-se aos braços da cadeira, subiu, apesar do balanço. As mangas da farda começaram então um
movimento de pêndulo, roçando no tapete os canhões encastoados pelas pesadas divisas de coronel. O
amor ao equilíbrio forçou a pequena Maria a ir com a mão ao tope da cadeira, e aí, olha lá manteiga pelas
abas.
Acode naquela cabecinha castanha uma ligeira idéia de remorso, e o que há de mais simples é deixar as
coisas como estavam. A esse tempo brilhavam no escuro da rua, à altura do peitoril da janela, os olhos da
filha do cabo de ordens, que espiava para dentro, pode ser que arrastada pelo cheiro da ceia, cujos
tirlintintins se ouvia. Que ótimo desvio! E as duas começaram a conversar-se na janela, como pessoas
sisudas; bem entendido, a pequena do cabo de ordens comendo o enfastiado pão com manteiga, a célebre
fatia.
No dia seguinte, quando a criada veio sacudir os móveis, caiu das nuvens, coitada! Cada rombo deste
tamanho, afora uma porção de relidinhas, na casimira do fardão, de modo que a intertela e os recheios do
peitilho estava tudo estripado e esbrugado. Conseqüência: um ódio entranhado aos ratos. Os cantos da casa
povoaram-se de ratoeiras. Era um nunca acabar.
Pois, senhores, roerem a mais linda, a mais garbosa, a mais rica, a mais nobre farda da província?! Ah! se o
coronel pudesse estrepar toda a ratagem unânime das nações na ponta de seu gládio!
Em um amanhecer de abril, sofrivelmente belo, a criada, deixando para mais tarde a visita às ratoeiras,
aconteceu que ajuntaram-se à pequena Maria o pequeno Manuel e o caçula, e foram despescar, por sua
conta e risco, as da despensa. O cabeça do motim, que todos sabem ser a senhora dona Maria, como lhe
chama a mãe quando se enfeza, não teve mais o que fazer, e, cercada pelos dois bargados consócios,
assentou-se no chão, depondo a ratoeira sobre o pano do vestido que se fazia entre as duas perninhas
abertas.
A ratoeira não era mais de que uma cúpula de arame cozida a uma rodelazinha de pinho. Dentro, porém,
havia era um bicho cinzento e uma porção de bichinhos vermelhos, da cor dos dedinhos do caçula: fenômeno
raro, que provocou uma gritaria hilariante, aliás inconveniente, porque atrás acudiram a criada, a mamãe
e até o coronel, a ver o que fazia aquela troça de quenquéns.
Maria estava metendo a mão para abocanhar a bicharada – em tempo de ser mordida! – e o Manuel
procurava também se havia outro buraco onde ele pudesse meter a dele.
– Virgem Maria! – vozeava a criada.
– Isto é o diabo! – roncava o coronel.
Recuaram todas as mãos, e a curiosidade das criancinhas foi achar nos olhos delas o desejado e inviolável
refúgio.
A mamãe, porém, encarando o caso, juntou as mãos enternecidamente, e, cobrindo o marido e os três
filhinhos com um daqueles olhares que só em mulheres se depara, exclamou cheia de profundo sentimento
materno:
– Espera, que é uma ratinha que deu à luz na ratoeira!
O duro militar ficou basbaque. Enquanto a rata puérpera, impunemente, pacatamente, com o salvo-conduto
de sua boa estrela de mãe, Saia, como um anão no meio de enormes gigantes de conto de fada, e galgava
novamente as prateleiras prenhes de queijo. A ninhada se amontoava no regaço da pequena Maria, -
uma porção de bichinhos vermelhos, da cor das carnes tenras do caçula, cujo corpinho nu estava ali
acocorado, a alma de criança aberta nuns olhos admirativos, exclamando com jubilosa admiração:
– Uói! - apontando para os ratinhos com o dedinho vermelho.

PAIVA, Manoel de Oliveira. Corda Sensível. Rio de Janeiro: Graphia, 1993.


Disponível em: http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos. Acessado em 30/10/2014.
Acerca da identificação da personagem protagonista da história, marque a alternativa CORRETA.

a) A mãe da menina Maria é a protagonista da história.


b) A criada é a protagonista da história.
c) A menina Maria é a protagonista da história.
d) O coronel é o protagonista da história.

12
Sobre a consequência dos ratos terem danificado a farda do coronel é CORRETO afirmar que:

a) Ocorreu um sentimento de ódio que foi confirmado pela quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

b) Ocorreu um sentimento de ódio que não corresponde à quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

c) Ocorreu um sentimento de emoção que foi confirmado pela quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

d) Ocorreu um sentimento de emoção que não corresponde à quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

13
Quanto ao emprego de pronomes, marque a alternativa CORRETA cujo pronome empregado é o pronome relativo.

a) Isto é o diabo! – roncava o coronel.


b) A um lado corriam-lhe os oito botões (...)
c) Com os bracinhos estirados agarrando-se aos braços da cadeira (...).
d) Havia era um bicho cinzento (...) fenômeno raro, que provocou uma gritaria hilariante.

14
Quanto ao uso dos pronomes, marque a alternativa CORRETA em que o pronome indefinido tem significação positiva.

a) Algumas coisas são difíceis de entender.


b) Afinal, não modificaremos coisa alguma ...
c) Sei que você não precisa de coisa alguma.
d) Em hipótese alguma deixarei de preparar-me para o concurso.

15
Leia o extrato a seguir e responda qual é a figura de linguagem correspondente.
“Enquanto a rata puérpera, impunemente, pacatamente, com o salvo-conduto de sua boa estrela de mãe, Saia, como
um anão no meio de enormes gigantes de conto de fada."
a) Metáfora.
b) Metonímia.
c) Perífrase.
d) Comparação.

16
Corda sensível
Um fardão de coronel estava enfiado sobre o espaldar da cadeira de balanço, e a pequena Maria, apertando
na mão uma fatia de pão com manteiga, olhava extasiada. A cor azul escura da casimira, sob a claridade
noturna que enchia a sala, modelava macieza de veludo e fingia reflexos de roxo. Nas ombreiras do fardão
poisavam as dragonas maciças, de grande gala, com o seu chuveiro de torçais de ouro; e na frente o papo se
escancarava, deixando ver a tela de croché, com que se costuma proteger as mobílias. A um lado corriam-
lhe os oito botões, cada um crescido como um olho-de-boi...

Mas, quando a pequena deu com o empastamento de condecorações que encobria lado a lado o peito ao
fardão, não pôde resistir ao chamariz, e pondo um joelho à beira do assento e com os bracinhos estirados
agarrando-se aos braços da cadeira, subiu, apesar do balanço. As mangas da farda começaram então um
movimento de pêndulo, roçando no tapete os canhões encastoados pelas pesadas divisas de coronel. O
amor ao equilíbrio forçou a pequena Maria a ir com a mão ao tope da cadeira, e aí, olha lá manteiga pelas
abas.

Acode naquela cabecinha castanha uma ligeira ideia de remorso, e o que há de mais simples é deixar as
coisas como estavam. A esse tempo brilhavam no escuro da rua, à altura do peitoril da janela, os olhos da
filha do cabo de ordens, que espiava para dentro, pode ser que arrastada pelo cheiro da ceia, cujos
tirlintintins se ouvia. Que ótimo desvio! E as duas começaram a conversar-se na janela, como pessoas
sisudas; bem entendido, a pequena do cabo de ordens comendo o enfastiado pão com manteiga, a célebre
fatia.
No dia seguinte, quando a criada veio sacudir os móveis, caiu das nuvens, coitada! Cada rombo deste
tamanho, afora uma porção de relidinhas, na casimira do fardão, de modo que a intertela e os recheios do
peitilho estava tudo estripado e esbrugado. Consequência: um ódio entranhado aos ratos. Os cantos da casa
povoaram-se de ratoeiras. Era um nunca acabar.

Pois, senhores, roerem a mais linda, a mais garbosa, a mais rica, a mais nobre farda da província?! Ah! se o
coronel pudesse estrepar toda a ratagem unânime das nações na ponta de seu gládio!

Em um amanhecer de abril, sofrivelmente belo, a criada, deixando para mais tarde a visita às ratoeiras,
aconteceu que ajuntaram-se à pequena Maria o pequeno Manuel e o caçula, e foram despescar, por sua
conta e risco, as da despensa. O cabeça do motim, que todos sabem ser a senhora dona Maria, como lhe
chama a mãe quando se enfeza, não teve mais o que fazer, e, cercada pelos dois bargados consócios,
assentou-se no chão, depondo a ratoeira sobre o pano do vestido que se fazia entre as duas perninhas
abertas.

A ratoeira não era mais de que uma cúpula de arame cozida a uma rodelazinha de pinho. Dentro, porém,
havia era um bicho cinzento e uma porção de bichinhos vermelhos, da cor dos dedinhos do caçula: fenômeno
raro, que provocou uma gritaria hilariante, aliás inconveniente, porque atrás acudiram a criada, a mamãe e
até o coronel, a ver o que fazia aquela troça de quenquéns.
Maria estava metendo a mão para abocanhar a bicharada – em tempo de ser mordida! – e o Manuel
procurava também se havia outro buraco onde ele pudesse meter a dele.
– Virgem Maria! – vozeava a criada.
– Isto é o diabo! – roncava o coronel.

Recuaram todas as mãos, e a curiosidade das criancinhas foi achar nos olhos delas o desejado e inviolável
refúgio.

A mamãe, porém, encarando o caso, juntou as mãos enternecidamente, e, cobrindo o marido e os três
filhinhos com um daqueles olhares que só em mulheres se depara, exclamou cheia de profundo sentimento
materno:
– Espera, que é uma ratinha que deu à luz na ratoeira!

O duro militar ficou basbaque. Enquanto a rata puérpera, impunemente, pacatamente, com o salvo-conduto
de sua boa estrela de mãe, Saia, como um anão no meio de enormes gigantes de conto de fada, e galgava
novamente as prateleiras prenhes de queijo. A ninhada se amontoava no regaço da pequena Maria, - uma
porção de bichinhos vermelhos, da cor das carnes tenras do caçula, cujo corpinho nu estava ali acocorado,
a alma de criança aberta nuns olhos admirativos, exclamando com jubilosa admiração:

– Uói! - apontando para os ratinhos com o dedinho vermelho.

PAIVA, Manoel de Oliveira. Corda Sensível. Rio de Janeiro: Graphia, 1993. Disponível
em: http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos. Acessado em 30/10/2014
De acordo com o texto é CORRETO afirmar que:

a) A pequena Maria é quem narra a história.


b) A mãe das crianças é a narradora da história.
c) A criada é quem narra a história.
d) O narrador da história é onisciente.
17
Nas assertivas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa e, em seguida, marque a alternativa que contém
a sequência de respostas CORRETA, na ordem de cima para baixo:

( ) A manteiga do pão que sujou as abas da cadeira utilizada para depositar farda atraiu os ratos.

( ) Estão presentes na história 02 crianças e 02 adultos.

( ) Estão presentes na história 03 crianças e 03 adultos.

( ) A expressão “salvo conduto” foi utilizada no texto para retratar a liberação da ratazana mãe dos filhotes do interior
da ratoeira.
a) F, V, F, F.
b) V, V, F, V.
c) V, F, F, V.
d) F, F, V, F.

18
Sobre a consequência dos ratos terem danificado a farda do coronel é CORRETO afirmar que:
a) Ocorreu um sentimento de ódio que foi confirmado pela quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

b) Ocorreu um sentimento de ódio que não corresponde à quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

c) Ocorreu um sentimento de emoção que foi confirmado pela quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

d) Ocorreu um sentimento de emoção que não corresponde à quantidade de ratoeiras espalhadas pela casa.

19
Marque a alternativa CORRETA que corresponda ao momento da manifestação do sentimento de emoção por parte das
personagens:

a) O momento em que as personagens se tornaram sensíveis ao sentimento de emoção ocorreu quando a criada percebeu
o nascimento dos ratinhos no interior da ratoeira.

b) O momento em que as personagens se tornaram sensíveis ao sentimento de emoção ocorreu quando a mãe das crianças
percebeu o nascimento dos ratinhos no interior da ratoeira.

c) O momento em que as personagens se tornaram sensíveis ao sentimento de emoção ocorreu quando a mãe das crianças
percebeu que a ratinha já não estava mais no interior da ratoeira.

d) O momento em que as personagens se tornaram sensíveis ao sentimento de emoção ocorreu quando a criada percebeu
que a ratinha já não estava mais no interior da ratoeira.

20
Marque a alternativa CORRETA que corresponda à comparação entre os ratos recém-nascidos e a criança caçula da família:

a) Os ratos não eram vermelhos e suas carnes eram diferentes das carnes duras do caçula.
b) Os ratos possuíam a carne de cor azulada como a cor das carnes velhas do caçula.
c) Os ratos eram vermelhos como a carne delicada do caçula.
d) Os ratos não possuíam a carne de cor semelhante à vermelha, diferente da carne tenra do caçula.

21
Quanto aos termos da oração, marque a alternativa CORRETA em que o emprego de vírgulas registra o uso
de um aposto.
a) Espera, que é uma ratinha que deu à luz na ratoeira!
b) Nas ombreiras do fardão poisavam as dragonas maciças, de grande gala, com o seu chuveiro de torçais de
ouro (...).
c) Em um amanhecer de abril, sofrivelmente belo, a criada, deixando para mais tarde a visita às ratoeiras(...).
d) ... a pequena do cabo de ordens comendo o enfastiado pão com manteiga, a célebre fatia.

22 Fidelidade ou lealdade?

IVAN MARTINS
Nos últimos dias, ando apaixonado pela palavra “lealdade”. Deve ser por causa de um livro que estou
terminando, um romance sobre antigos amigos e amantes que voltam a se encontrar e precisavam acertar
suas diferenças. Eles já não se gostam, mas confiam um no outro. Eles deixaram de se amar, mas ainda se
protegem mutuamente. Isso é lealdade, em uma de suas formas mais bonitas. Lealdade ao que fomos e
sentimos.
Ao ler o romance, me ocorreu que amar é fácil. Tão fácil que pode ser inevitável. A gente ama quem não
merece, ama quem não quer nosso amor, ama a despeito de nós mesmos. Tem a ver com hormônios,
aparência e sensações que não somos capazes de controlar. A lealdade não. Ela não é espontânea e nem
barata. Resulta de uma decisão consciente e pode custar caro. Ela é uma forma de nobreza e tem a ver com
sacrifício. Não é uma obrigação, é uma escolha que mistura, necessariamente, ideias e sentimentos. Na
lealdade talvez se manifeste o melhor de nós. (...)
A lealdade está amparada em valores, não apenas em sentimentos. É fácil cuidar de alguém quando se
está apaixonado. Mais fácil que respirar, na verdade. Mas o que se faz quando os sentimentos desaparecem
– somem com eles todas as responsabilidades em relação ao outro? Sim, ao menos que as pessoas sejam
movidas por algo mais que a mera atração. Se não partilham nada além do desejo, nada resta depois do
romance. Mas, se houver cumplicidades maiores, então se manifesta a lealdade. (...)
O romantismo, embora a gente não o veja sempre assim, é uma forma exacerbada de egoísmo. Meu amor,
minha paixão, minha vida. Minha família, inclusive. Tem a ver com desejo, posse e exclusividade, que tornam
a infidelidade insuportável, a perda intolerável. As pessoas matam por isso todos os dias. Porque amam. É
um sentimento que não exige elevação moral e pode colocar à mostra o pior de nós mesmos, embora pareça
apenas lindo. (...)
Talvez devêssemos pensar de forma mais generosa. Talvez precisemos nos apaixonar por ideias, nos ligar
por compromissos, cultivar sonhos e aspirações que estejam além dos nossos interesses pessoais. Correr
riscos maiores que o de ser traído ou demitido. O idealismo, que tem sido uma força de mudança na conduta
humana, precisa ser resgatado. Não apenas para salvar o planeta e a sociedade, mas para nos dar,
pessoalmente, alguma forma de esperança. A fidelidade nos leva até a esquina. A lealdade talvez nos
conduza mais longe, bem mais longe.

Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2014/07/fidelidade-ou-


blealdadeb.html > Acesso em
16/07/2014.

De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que:


a) Na lealdade talvez se transpareça o melhor de nós. Já as pessoas com romantismo exagerado, podem revelar o pior
de nós mesmos.
b) A lealdade se apoia somente em sentimentos, pois é fácil zelar por outrem quando não se ama.
c) Amar é algo escusável devido à falta de autocontrole.
d) O romantismo exacerbado cultiva desejos além dos interesses pessoais.

23
Marque a alternativa CORRETA. Conforme o texto, o idealismo, como força de mudança na conduta humana:

a) está aquém da lealdade.


b) deve enjeitar compromissos.
c) precisa ser reforçado.
d) tem como consequência a exasperação.

24
Leia o excerto abaixo e marque a alternativa CORRETA.

“O romantismo, embora a gente não o veja sempre assim, é uma forma exacerbada de egoísmo”.
A classificação MORFOLÓGICA dos termos sublinhados é RESPECTIVAMENTE:
a) Conjunção coordenada concessiva, artigo definido, substantivo.
b) Conjunção subordinada concessiva, pronome oblíquo, adjetivo.
c) Conjunção coordenada adversativa, pronome oblíquo, substantivo.
d) Conjunção subordinada concessiva, artigo definido, adjetivo.

25
Marque a alternativa cujo sinal indicativo de crase seja OBRIGATÓRIO, preenchendo CORRETAMENTE a lacuna:

a) A coordenação do parque decidiu fechá-lo ___ visitas.


b) Tomou a medicação gota ___ gota.
c) Não me referi ___ Vossa Eminência.
d) Não estou falando de todas as mulheres; refiro-me ___ que você ama.

26
Uma Galinha
Clarice Lispector
Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava
para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se
era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances,
alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em
breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em
adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu
o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer
esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o
itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com
urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um
quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma
os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por
mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava
ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer
por um momento. E então parecia tão livre.
Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que
fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela
própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que
morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi
presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com
certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu.
De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois,
nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou,
respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava
as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a
tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos
gritos:
— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!
Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não
era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum
sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento
qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:
— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.
Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do
colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se
lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos,
menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de
apatia e a do sobressalto.
Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem,
resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como
num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua
espécie já mecanizado.
Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira
do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse
dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a
expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era
uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.
Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado por Ítalo
Moriconi, figura na publicação“Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.
De acordo com o texto é CORRETO afirmar que:

a) A cozinheira é quem narra a história.


b) A galinha é quem narra a história.
c) A menina é a narradora da história.
d) O narrador da história é onisciente.

27
Marque a alternativa CORRETA que corresponda ao sentido dado à palavra apatia, na passagem do texto relacionada
ao comportamento da galinha quando ela passou a viver com a família:

a) Faculdade de compreender emocionalmente um objeto.


b) Estado caracterizado por indiferença, ausência de sentimentos, falta de atividade e de interesse.
c) Capacidade de projetar a personalidade de alguém num objeto.
d) Processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro.
28
Marque a alternativa CORRETA com relação ao que propiciou o desfecho da história da galinha:
a) A coragem demonstrada pela galinha na tentativa de fuga.
b) A capacidade de reprodução da galinha.
c) O esquecimento da visão da galinha como um animal de estimação.
d) A capacidade da galinha de sobressaltar.

29
Marque a alternativa CORRETA que se relaciona ao emprego adequado da estrutura contendo o verbo bater com o
sentido apresentado entre parênteses:

a) O carteiro bateu a porta da empresa e foi o gerente quem atendeu (ato de chamar / bater junto à porta para que
atendam).

b) O carteiro bateu à porta da empresa e foi o gerente quem atendeu (ato de chamar / bater junto à porta para que
atendam).

c) O funcionário após discutir com o chefe bateu à porta da sala e saiu em direção ao refeitório (ato de fúria / fechar
a porta com força).

d) O funcionário após discutir com o chefe bateu na porta da sala e saiu em direção ao refeitório (ato de fúria / fechar
a porta com força).

30
Diário de um fescenino

Rubem Fonseca

1º. de janeiro

Decidi, neste primeiro dia do ano, escrever um diário. Não sei que razões me levaram a isso. Sempre me
interessei pelos diários dos outros, mas nunca pensei em escrever um. Talvez depois de considerá-lo
terminado quando?, que dia? - eu o rasgue, como fiz com um romance epistolar, ou o deixe na gaveta, para,
depois de morto, os outros - nem sei quem serão, pois não tenho herdeiros - resolverem o que fazer com
ele. Ou, então, pode ser que eu o publique.

"O bom diarista", disse Virginia Woolf, "é aquele que escreve para si apenas ou para uma posteridade tão
distante que pode sem risco ouvir qualquer segredo e corretamente avaliar cada motivo. Para esse público
não há necessidade de afetação ou restrição." Não me imporei restrições, porém sei que estarei sendo
influenciado de várias maneiras, ao considerar a hipótese de ser lido pelos meus contemporâneos. Os
autores de diários, qualquer que seja sua natureza íntima ou anedótica, sempre escrevem para serem lidos,
mesmo quando fingem que ele é secreto. O Samuel Pepys, que codificou o seu diário, deixou pistas para ser
decifrado.

Nesse gênero literário, o autor fala sozinho numa, espécie de solilóquio. Aqui, porém, não apenas a minha
voz, a do protagonista, será ouvida, mas também as dos outros, deuteragonistas e tritagonistas. (Podem me
chamar de pedante, mas que nomes posso atribuir a esses outros, a partir do momento em que me
denominei protagonista?) Confesso que, ao realizar essa tarefa, pretendo me exercitar na técnica de
escrever em forma dialogada. Há escritores, talvez eu seja um deles, que têm um certo preconceito contra
o uso frequente de falas para descrever interações entre dois ou mais personagens. O teatro não pode
prescindir do diálogo e o cinema pode contar alguma coisa sem usar diálogos graças ao close e outros
truques de câmera, no entanto o que o cinema pode nos dizer com imagens nunca tem a mesma riqueza de
significados da narrativa literária. Acho que fiz todos os meus livros de ficção sem diálogos por não os ter
usado no primeiro que escrevi, que fez aquele sucesso todo. Tentei repetir o mesmo formato. Mas aqui
pretendo contar o que acontece usando diálogos. Tentarei reproduzir fielmente as expressões verbais de
meus interlocutores. Ao fim do dia, após digitar os diálogos junto com uma descrição sucinta do cenário e
das circunstâncias em que eles ocorreram, arquivarei tudo na memória do meu computador. Talvez escapem
gestos ou falas importantes, elipses estas que resultarão de preguiça e algum desleixo; e, por outro lado, é
provável que eu inclua ações e alocuções inúteis.

Os verbetes referentes a diários, journals e similares enchem várias páginas de qualquer enciclopédia. Os
limites classificatórios desses textos são vagos. Numa firula taxinômica eu diria que não podem ser
considerados diários, como muitos o fazem, o A JournalofthePlagueYear, do Defoe, ou o Diário de um
sedutor, do SorenKierkegaard, que mais me parece um romance epistolar, assim como as Confissões, de
Santo Agostinho, ou as Confissões de um comedor de ópio, do de Quincey, que devem ser rotulados como
literatura confessional. Quatro exemplos apenas, em uma miríade possível.

Texto extraído do livro “Diário de um fescenino”, Cia. das Letras - Rio de Janeiro, 2003, pág. 11.

De acordo com o texto é CORRETO afirmar que na concepção de Virginia Woolf “o bom diarista” seria quem:
a) Escreve a história com fingimento ou limitação.
b) Escreve a história sem fingimento ou limitação.
c) Escreve a história sem fingimento e com limitação.
d) Escreve a história com fingimento e sem limitação.

31
Com relação ao papel a ser desempenhado pelos denominados deuteragonistas, é CORRETO afirmar que:
a) Refere-se à quarta personagem de papel mais importante na história.
b) Refere-se à personagem de papel secundário na história.
c) Refere-se à personagem de papel principal na história.
d) Refere-se à terceira personagem de papel mais importante na história.

32
De acordo com o texto, marque nas assertivas abaixo, “V” para as verdadeiras e “F” para as falsas. Em seguida, marque
a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem de cima para baixo:

( ) O teatro não pode abrir mão do diálogo.


( ) As imagens produzidas pelo cinema possuem a mesma riqueza de significados presentes na narrativa literária.
( ) O cinema não pode substituir o diálogo pela imagem para contar uma história.
( ) As imagens produzidas pelo cinema não possuem a mesma riqueza de significados presentes na narrativa literária.
a) F, V, V, V.
b) V, F, V, V.
c) V, F, F, V.
d) V, V, V, F.
33
Quanto à concordância nominal, marque a alternativa CORRETA.
a) As provas não foram bastantes para inocentá-lo.
b) Com as manifestações populares, tivemos dias bastantes trabalhosos.
c) As provas não foram bastante para inocentá-lo.
d) Os obstáculos não foram bastante para desanimá-lo.

34
De acordo com o texto é CORRETO afirmar que:

a) ( ) O narrador não participa da história.


b) ( ) O narrador participa ativamente da história.
c) ( ) A personagem Teresa é quem narra a história.
d) ( ) A marido de Teresa é quem narra a história.

35
Marque a alternativa CORRETA. No primeiro parágrafo do texto, Meio Covarde, de Ivan Ângelo, o autor utiliza- se
inicialmente de verbos pretéritos, contudo, ao final de cada parágrafo, o autor encerra com o seguinte bordão: “Mas
para essas coisas eu sou meio covarde.”. A estratégia utilizada por Ivan Ângelo revela que:
a) O narrador conserva ainda, ao tempo da narrativa, algumas características da juventude.
b) O autor, apesar de escrever de forma acurada, comete um pequeno deslize no uso dos tempos verbais.
c) O narrador, ao tempo da narrativa, demonstra que não conserva nenhuma das características da sua juventude.
d) O uso de diferentes tempos verbais revela que não há a presença de um narrador.

36
Marque a alternativa CORRETA quanto às características e hábitos que definem Teresa como uma mulher faladapela
comunidade local:

a) ( ) Receber cartas de antigos namorados.


b) ( ) Trajar um penhoar azul.
c) ( ) Assoviar como forma de imitar os homens.
d) ( ) Uso de batom vermelho, vestido justo e ouvir boleros.

37
Com relação ao muro que fazia divisória entre a residência do narrador e a casa de Teresa, é CORRETO afirmar que:

a) ( ) A parte do muro que ficava próximo ao alpendre da casa de Teresa era também o lugar onde o narrador mais
gostava de ficar.
b) ( ) O narrador não conseguiria transpor o muro que faz a divisória entre as duas moradias.
c) ( ) A parte do muro que ficava próximo à área de tanque da casa de Teresa era também o lugar onde o narrador
mais gostava de ficar.
d) ( ) Se o narrador pulasse o muro não conseguiria acessar a casa de Teresa.

38
Marque a alternativa CORRETA. Na expressão “Do lado de lá, ela cantava com uma voz sensual, inquietante”, o autor
se refere a seguinte situação:

a) ( ) A voz de Teresa, sensual, inquietava pelo desafino e pelo timbre.


b) ( ) A voz de Teresa nada tinha de sensual, era apenas inquietante.
c) ( ) A voz de Teresa, de tão sensual, inquietava o espírito dos ouvintes e acendia o desejo dos homens.
d) ( ) A voz de Teresa era sensual, porém estridente.

39
Acerca da independência de Teresa é CORRETO afirmar que:

a) ( ) Irritava a comunidade de mães, avós e filhas.


b) ( ) Insultava a comunidade de mães, avós e filhas.
c) ( ) Agitava a comunidade de mães, avós e filhas.
d) ( ) Humilhava a comunidade de mães, avós e filhas.

40
Quando Teresa percebeu a ousadia do narrador em se aproximar da casa, é CORRETO afirmar que ela teve a seguinte
reação:

a) ( ) Sorriu e não convidou o narrador para entrar.


b) ( ) Sorriu e convidou o narrador para entrar.
c) ( ) Não sorriu e convidou o narrador para entrar.
d) ( ) Não sorriu e não convidou o narrador para entrar.

Direito Penal
01
No que tange à configuração de crimes e à dosimetria penal, assinale a opção correta.

a) Situação hipotética: Um homem apossou-se de veículo alheio para passear e, após ter percorrido alguns
quilômetros, retornou com o veículo ao local de onde o havia subtraído, sem tê-lo danificado. Assertiva: A referida
conduta consiste em furto de uso, não sendo típica por falta do animus furandi.

b) A agravante de reincidência múltipla não pode compensar plenamente a atenuante da confissão espontânea.

c) O descumprimento de medida protetiva de urgência deferida em favor de mulher agredida configura o crime de
desobediência.

d) A Lei Antidrogas descriminalizou a conduta de porte de entorpecentes para consumo próprio.

e) A condenação transitada em julgado pelo crime de porte de entorpecentes para consumo próprio não pode ser
utilizada para aumento da pena-base por maus antecedentes ou reincidência.

02
Com base na jurisprudência dos tribunais superiores, julgue os itens seguintes, a respeito dos crimes contra o
patrimônio e contra a propriedade imaterial.

I No caso de furto qualificado, não é possível o reconhecimento do privilégio da substituição da pena de reclusão pela
de detenção nem a diminuição da pena de um a dois terços ou a aplicação somente da pena de multa.
II É possível a aplicação do princípio da insignificância no caso de crime de apropriação indébita previdenciária.
III Em crime de latrocínio, a ocorrência de duas mortes e de uma única subtração configura concurso formal de crimes.
IV A exposição à venda de CDs e DVDs pirateados, apesar de violar o direito autoral, atrai a aplicação do princípio da
insignificância.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

03
Considerando o entendimento do STJ com relação aos crimes previstos no CP, assinale a opção correta.
a) A intenção de obter lucro fácil e a cobiça podem ser utilizadas como causas de aumento da pena-base em caso de
crime de corrupção passiva.

b) O crime de falsidade não pode ser absorvido pelo crime de descaminho, mesmo quando neste se exaure aquele,
ainda que a pena no caso de crime de descaminho seja menor.

c) O crime de desacato não foi recepcionado pela CF.

d) A inserção de dados falsos no currículo Lattes resulta na prática de crime de falsidade ideológica.

e) A importação de coletes à prova de balas sem prévia autorização do comando do Exército configura crime de
contrabando.

04
Com a intenção de praticar um golpe, Luiz pagou diversos produtos comprados em determinada loja com um cheque
clonado pré-datado. Antes da data do vencimento do cheque, Luiz, arrependido, retornou à loja e trocou o cheque
por dinheiro em espécie, tendo quitado o débito integralmente.

A respeito da conduta de Luiz na situação hipotética apresentada, assinale a opção correta.


a) Houve arrependimento eficaz.
b) Houve desistência voluntária.
c) Houve arrependimento posterior.
d) A conduta foi atípica, devido ao fato de o cheque ter sido pré-datado.
e) A conduta configurou tentativa.

05
Assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência sumulada do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

a) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é atípica, mesmo quando comprovado que a
ação ocorreu com o objetivo de autodefesa.

b) Em se tratando de contravenções penais praticadas contra a mulher no âmbito das relações domésticas, é possível
a aplicação do princípio da insignificância, se preenchidos determinados critérios.

c) A demonstração inequívoca da intenção do agente de realizar tráfico entre estados da Federação é suficiente para
a incidência do aumento de um sexto a dois terços da pena para o crime de tráfico de drogas, sendo desnecessária a
efetiva transposição da fronteira entre os estados.

d) A inversão da posse do bem mediante o emprego de violência não configura o crime de roubo, mas sua tentativa,
se a coisa roubada for recuperada brevemente após perseguição imediata ao agente.
e) Tratando-se do crime de furto, a comprovação inequívoca da presença de seguranças no interior do
estabelecimento comercial da vítima configura crime impossível.

06
Com relação à tentativa, à desistência voluntária e ao arrependimento, assinale a opção correta.

a) No arrependimento eficaz, o agente interrompe a execução do crime; na desistência voluntária, o resultado é


impedido após o agente ter praticado todos os atos.

b) O arrependimento posterior pode ser aplicado aos crimes cometidos com violência ou grave ameaça.
c) Em se tratando de tentativa branca ou incruenta, a vítima não é atingida e não sofre ferimentos; se tratar-se de
tentativa cruenta, a vítima é atingida e é lesionada.

d) A diferença entre a tentativa e a tentativa abandonada é que, no primeiro caso, o agente diz “eu consigo, mas não
quero” e, no segundo, o agente diz “eu quero, mas não consigo”.

e) A desistência voluntária e a tentativa abandonada são espécies de arrependimento eficaz.

07
No que se refere aos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta.

a) Ocorre o feminicídio quando o homicídio é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino,
como quando o crime envolve a violência doméstica e familiar ou o menosprezo ou a discriminação à condição de
mulher.

b) A pena pela prática do homicídio doloso simples será aumentada de um terço se o agente deixar de prestar imediato
socorro à vítima, não procurar diminuir as consequências do seu ato ou fugir para evitar a prisão em flagrante.

c) Em se tratando de homicídio doloso simples, o juiz poderá deixar de aplicar a pena caso as consequências da infração
atinjam o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.

d) A pena do feminicídio poderá ser aumentada se o crime for praticado durante a gestação ou nos seis meses
posteriores ao parto.

e) Se o agente cometer o crime de homicídio qualificado sob violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima,
o juiz deve considerar essa circunstância como atenuante genérica na aplicação da pena.

08
No interior de um estabelecimento comercial, João colocou em sua mochila diversos equipamentos eletrônicos, com
a intenção de subtraí-los para si. Após conseguir sair do estabelecimento sem pagar pelos produtos, João foi detido,
ainda nas proximidades do local, por agentes de segurança que visualizaram trechos de sua ação pelo sistema de
câmeras de vigilância. Os produtos em poder de João foram recuperados e avaliados em R$ 1.200.

Nessa situação hipotética, caracterizou-se

a) uma tentativa inidônea de crime de furto.


b) um fato atípico, pela incidência do princípio da insignificância.
c) a prática de crime de furto.
d) uma situação de crime impossível por ineficácia absoluta do meio.
e) uma situação de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto.

09
Artur, Romualdo e José decidiram roubar um banco onde sabiam haver vigilantes armados e treinados para garantir a
segurança. Com um revólver, Artur rendeu um deles e lhe tomou a pistola, enquanto seus parceiros, também com
revólveres, ameaçaram os demais circunstantes e ordenaram aos caixas que juntassem o dinheiro e colocassem-no
dentro de sacolas. Consumada a ação, eles correram para onde haviam deixado o carro de fuga, mas não conseguiram
chegar até ele em virtude da chegada da polícia. Fingindo-se um cidadão comum, Artur conseguiu obter carona em
um caminhão de entregas, livrando-se da iminente prisão em flagrante. Enquanto isso, Romualdo e José abordaram
um motorista que estacionava seu carro e lhe tomaram as chaves do veículo. A vítima tentou reagir e foi abatida por
dois disparos feitos por José, tendo morrido no local. Os ladrões fugiram com o automóvel, mas foram perseguidos e
presos ao fim da perseguição. Horas depois, Artur também foi preso, e em seu poder foi apreendida a pistola tomada
do vigilante do banco.

Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir de acordo com a legislação e a jurisprudência dos tribunais
superiores.

I Configurou-se o concurso material de roubo circunstanciado e de homicídio qualificado.


II Artur não tem nenhuma responsabilidade pela morte do motorista, visto que nem mesmo estava no local onde
ocorreu o fato.
III Há crime único, de latrocínio, porque o resultado morte aconteceu como desdobramento causal da ação principal
e era previsível para todos os partícipes.
IV Artur, assim como Romualdo e José, responderá por latrocínio, e sua pena não poderá ser reduzida sob o argumento
de participação menos importante.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

10
Com relação aos crimes contra a administração pública, assinale a opção correta.

a) Ser membro de poder ou exercer cargo de elevada envergadura são circunstâncias irrelevantes para a formulação
da pena-base dos crimes contra a administração pública.

b) A corrupção ativa não pode existir na ausência de corrupção passiva, pois tais condutas são tipicamente bilaterais.

c) O princípio da insignificância poderá ser aplicado aos crimes contra a administração pública quando o agente for
primário e o prejuízo causado ao erário for inexpressivo.

d) A circunstância elementar do crime de peculato se comunica ao coautor ou partícipe, mesmo que estes não
integrem o serviço público.

e) O crime de corrupção ativa é de natureza material e se consuma com a efetiva entrega da vantagem oferecida.

11
O Código Penal estabelece como hipótese de qualificação do homicídio o cometimento do ato com emprego de
veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Esse
dispositivo legal é exemplo de interpretação
a) analógica.
b) teleológica.
c) restritiva.
d) progressiva.
e) autêntica.
12
Adão, alegando ter poder de persuasão sobre seu primo, delegado de polícia que presidia inquérito policial em que
Cláudio estava sendo investigado, solicitou deste determinada quantia de dinheiro, a pretexto de repassá-la ao
delegado, para impedir o indiciamento de Cláudio pela prática de estupro.

Nessa situação hipotética, a conduta de Adão configurou o crime de

a) corrupção passiva privilegiada.


b) advocacia administrativa.
c) tráfico de influência.
d) exploração de prestígio.
e) corrupção passiva.

13
A imputabilidade é definida como

a) a capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da ação ou da omissão, entender o caráter ilícito do
fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento.

b) a contrariedade entre o fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico, capaz de lesionar ou expor a
perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.

c) a reprovabilidade ou o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável
pela conduta criminosa.

d) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de
seu conteúdo normativo.

e) a necessidade de que a conduta reprovável se encaixe no modelo descrito na lei penal vigente no momento da ação
ou da omissão.

14
Por estar com problemas financeiros, Lara convidou um colega para subtrair bens do patrimônio de Jair. O colega
aceitou o convite e o ilícito foi cometido.

Nessa situação, haverá isenção de pena se

a) Jair for genitor de Lara, ainda que não tenha reconhecido formalmente a paternidade.
b) Jair for avô de Lara e tiver idade superior a sessenta anos.
c) Lara for mãe dos filhos de Jair, mesmo que ambos estejam divorciados.
d) o crime tiver sido praticado sem violência física, mesmo que sob grave ameaça.
e) o colega dela não tiver vínculo familiar com Jair, ainda que saiba da existência de parentesco entre este e aquela.

15
Rui e Lino, irmãos, combinaram a prática de furto a uma loja. Depois de subtraídos os bens, Pedro, pai de Rui e de
Lino, foi procurado e permitiu, em benefício dos filhos, a ocultação dos objetos furtados em sua residência por algum
tempo, porque eles estavam sendo investigados.

Nessa situação hipotética, a conduta de Pedro configura


a) receptação.
b) favorecimento real.
c) favorecimento pessoal.
d) hipótese de isenção de pena.
e) furto.

16
Pune-se a tentativa no crime de

a) omissão de socorro.
b) injúria cometida verbalmente.
c) induzimento a suicídio sem resultado lesivo.
d) lesão corporal leve dolosa.
e) homicídio culposo.

17
Determinado policial, ao cumprir um mandado de prisão, teve de usar a força física para conter o acusado. Após a
concretização do ato, o policial continuou a ser fisicamente agressivo, mesmo não havendo a necessidade.

Nessa situação hipotética, o policial

a) excedeu o estrito cumprimento do dever legal.


b) abusou do exercício regular de direito.
c) prevaleceu-se de condição excludente de ilicitude.
d) agiu sob o estado de necessidade.
e) manifestou conduta típica de legítima defesa.

18
Uma investigadora de polícia exigiu de um traficante de drogas o pagamento de determinada importância em dinheiro
a fim de que evitasse o indiciamento dele em inquérito policial. O traficante pediu um prazo para o pagamento do
valor acordado e, dois dias depois, entregou o dinheiro à investigadora, a qual, então, ocultou as provas contra o
traficante.

Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) A conduta da investigadora configura crime de concussão, consumado quando ela exigiu do traficante o pagamento
do valor pecuniário.

b) A investigadora e o traficante, pela aplicação da teoria monista, deverão responder pelo mesmo tipo penal.

c) A investigadora cometeu crime de corrupção passiva, consumado a partir do momento em que o traficante efetuou
o pagamento.
d) O cumprimento, pela investigadora, do acordado com o traficante configura circunstância qualificadora do crime.

e) O traficante deverá responder pelo crime de corrupção ativa, consumado a partir do momento em que as provas
contra ele foram ocultadas.

19
Admite a modalidade tentada o crime de

a) instigação ao suicídio sem resultado lesivo.


b) aborto.
c) lesão corporal culposa.
d) omissão de socorro.
e) difamação cometida verbalmente.

20
Antônio utilizava diariamente o serviço de manobrista de determinado shopping center para estacionar seu carro.
Lara, frequentadora do mesmo local, passou a observar a rotina de Antônio e, certa tarde, se apresentou ao
manobrista como namorada daquele, informando que havia vindo buscar o carro a pedido do namorado. O manobrista
entregou as chaves do carro a Lara, que entrou no veículo e saiu da garagem do estabelecimento em alta velocidade.

A conduta de Lara caracteriza crime de


a) estelionato.
b) furto mediante fraude.
c) furto com abuso de confiança.
d) apropriação de coisa havida por erro.
e) apropriação indébita.

21
A prática de crime em decorrência de coação moral irresistível configura
a) inexigibilidade de conduta diversa.
b) excludente de antijuridicidade.
c) inimputabilidade penal.
d) circunstância atenuante de pena.
e) atipicidade da conduta.

22
Túlio ofereceu suborno para André, perito da polícia civil, no intuito de que este fizesse afirmação falsa em laudo
pericial de sua responsabilidade. André aceitou a proposta e elaborou o laudo falso, o que foi determinante para a
sentença absolutória de Túlio.

Nessa situação hipotética,

a) André poderá declarar a verdade quando for processado pelo crime que cometeu, hipótese em que o fato deixará
de ser punível.

b) a pena base prevista para Túlio será maior que a de André, porque sua conduta é considerada mais grave.
c) penalmente, é irrelevante o fato de a falsa perícia ter sido utilizada em processo criminal.

d) os crimes se consumaram no momento do pagamento do suborno, ainda que tenha sido efetivado posteriormente
à elaboração da perícia.

e) Túlio e André responderão pelo mesmo crime, no caso, falso testemunho ou falsa perícia, em coautoria.

23
Luiz cometeu um crime e, em sua defesa, alegou embriaguez. Após as investigações e perícias cabíveis, foi reconhecida
a hipótese de exclusão da imputabilidade.

Nessa situação hipotética, a exclusão da imputabilidade deveu-se ao fato de se tratar de uma embriaguez
a) acidental ou fortuita incompleta.
b) preordenada.
c) não acidental culposa.
d) não acidental voluntária.
e) acidental ou fortuita completa.

24
O servidor público que deixar de praticar ato de ofício, infringindo dever funcional em atenção a pedido de outrem,
praticará

a) condescendência criminosa.
b) concussão.
c) prevaricação.
d) corrupção passiva privilegiada.
e) peculato.

25
Para fins penais, considera-se funcionário(a) público(a)
a) o tutor.
b) o inventariante.
c) o dirigente sindical.
d) a esposa pensionista de servidor público falecido.
e) o estagiário de defensoria pública.

26
Um funcionário público que cobrar de particular multa de forma acintosa praticará
a) excesso de exação
b) advocacia administrativa.
c) prevaricação.
d) conduta atípica.
e) peculato.

27
O funcionário público que, aproveitando-se de seu cargo, utilizar-se ilegalmente de passagens e diárias pagas pelos
cofres públicos cometerá o delito denominado
a) prevaricação.
b) conduta atípica.
c) corrupção passiva.
d) peculato culposo.
e) peculato.

28
Será configurada como conduta atípica a de um funcionário público que ordene

a) a inscrição, em restos a pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite
estabelecido em lei.

b) a oferta pública ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida pública sem que estes tenham sido
criados por lei.

c) uma operação de crédito interno sem a prévia autorização legislativa.

d) o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em valor superior permitido em lei.

e) uma operação de crédito interno sem observar resolução do Senado Federal a respeito.

29
Chegando ao local de onde partira pedido de socorro de uma mulher, os policiais encontraram o ex-marido tentando
arrombar a porta da casa e ameaçando-a de morte caso ela não abrisse a porta. Revistado o agressor, os policiais
encontraram com ele um revólver calibre 38, municiado, que portava sem autorização. Ele disse que a arma era de
um amigo, que havia lhe emprestado pouco antes, sem mencionar a intenção exclusiva de matar a ex-mulher. Vizinhos
viram os policiais prendendo o agressor que gritava, exaltado, palavras ofensivas e injuriosas aos policiais.

Com relação à conduta do agressor nessa situação hipotética, julgue os seguintes itens, de acordo com a legislação
pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

I Configuraram-se os crimes de ameaça, tentativa de invasão de domicílio, porte de arma de fogo e desacato.
II Configuraram-se os crimes de ameaça, tentativa de homicídio, porte de arma de fogo e de desacato.
III Ao injuriar os policiais, o agente apenas manifestou a sua liberdade de expressão, assegurada pela convenção
americana sobre direitos humanos, não se configurando o desacato.
IV Se fosse consumado o intuito de matar, o delito de porte de arma poderia ser absorvido pelo homicídio, de acordo
com a teoria da consunção.

Estão certos apenas os itens


a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

30
A respeito de crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta, à luz do entendimento dos tribunais superiores.
a) A regra do furto privilegiado não se aplica ao crime qualificado por ruptura de obstáculo.

b) A extorsão é crime material, e a sua consumação exige a concretização da vantagem econômica exigida pelo agente.

c) O pagamento, antes da sentença, de cheque emitido sem provisão de fundos implica a extinção da punibilidade.

d) O reconhecimento da atipicidade material do furto pelo princípio da insignificância depende exclusivamente da


inexpressividade do valor res furtiva.

e) No furto de água ou de energia elétrica, o pagamento do débito à companhia fornecedora antes de recebida a
denúncia implica a extinção da punibilidade.

31
Jonas descobriu, na mesma semana, que era portador de doença venérea grave e que sua esposa, Priscila, planejava
pedir o divórcio. Inconformado com a intenção da companheira, Jonas manteve relações sexuais com ela, com o
objetivo de lhe transmitir a doença. Ao descobrir o propósito de Jonas, Priscila foi à delegacia e relatou o ocorrido. No
curso da apuração preliminar, constatou-se que ela já estava contaminada da mesma moléstia desde antes da conduta
de Jonas, fato que ela desconhecia.

Nessa situação hipotética, considerando-se as normas relativas a crimes contra a pessoa, a conduta perpetrada por
Jonas constitui

a) tentativa de perigo de contágio venéreo.


b) crime impossível, em razão do contágio anterior.
c) delito putativo de contágio por moléstia grave.
d) perigo de contágio por moléstia grave consumado.
e) tentativa de lesão corporal, devido ao perigo de contágio venéreo.

32
A respeito dos crimes de denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime, assinale a opção correta.

a) Em relação a ambos os crimes, admite-se que o agente seja autoridade pública encarregada da persecução criminal.

b) Em relação a ambos os crimes, a instauração da investigação configura elemento normativo dos tipos suficiente
para configurar consumação.

c) Exige-se, como elemento normativo dos tipos desses crimes, a indicação de pessoa certa e determinada.

d) Em relação a ambos os crimes, impõe-se ao agente saber da inocência da pessoa a quem se imputa o crime ou
infração.

e) A consumação desses crimes se dá desde que o agente, ao comunicar o crime, tenha consciência atual de que
inexiste a infração por ele imputada.

33
No que concerne ao crime de apropriação indébita previdenciária previsto no Código Penal (CP), assinale a opção
correta.

a) As figuras assemelhadas à apropriação indébita previdenciária constantes do CP são todas condutas omissivas
relacionadas à ausência de recolhimento ou repasse de importâncias relacionadas à previdência social.
b) A ação penal relativa a esse crime é pública incondicionada e a competência para processá-la e julgá-la é da justiça
federal, ainda que inexista lesão à previdência social, como no caso de falsificação das guias de recolhimento das
contribuições previdenciárias.

c) Em relação a esse crime, a legislação penal prevê causa especial de extinção da punibilidade, subordinada ao
cumprimento de alguns requisitos pelo agente de forma espontânea, mesmo que já tenha sido iniciada a ação fiscal.

d) Para a consumação desse crime, exige-se a omissão de repasse das contribuições recolhidas à previdência social
acrescida do ânimo de assenhorar-se daquelas contribuições, sendo o tipo penal apropriação indébita previdenciária
uma modalidade de apropriação indébita.

e) Por estar a consumação desse crime subordinada ao prazo e à forma legal ou convencional para o repasse das
contribuições à previdência social, trata-se de exemplo de norma penal incompleta.

34
João foi flagrado pela fiscalização, em determinada estação ecológica que proíbe a pesca, portando vara de pescar e
com um espécime de peixe ainda vivo. A equipe de fiscalização então devolveu o peixe ao rio no qual ele havia sido
pescado. João argumentou que não sabia que era proibido pescar ali e não resistiu à ação da fiscalização.

Nessa situação hipotética, configura-se

a) desistência voluntária e arrependimento eficaz.


b) crime tentado.
c) erro sobre a ilicitude do fato.
d) crime consumado, mas penalmente irrelevante.
e) crime impossível.

35
Julgue os itens a seguir, a respeito do crime de contrabando e de descaminho.

I A importação de colete à prova de balas sem a prévia autorização do órgão público competente configura crime de
contrabando.
II É inadmissível a aplicação do princípio da insignificância para o crime de contrabando, uma vez que o bem jurídico
tutelado não possui caráter exclusivamente patrimonial, mas envolve a vontade estatal de controlar a entrada de
determinado produto em prol da segurança e da saúde públicas.
III Comete o crime de contrabando quem, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial realizada em residência, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente
no Brasil.
IV Como os cigarros estrangeiros são produtos liberados para a comercialização no Brasil — desde que previamente
analisados e registrados no país pelos órgãos competentes —, a pessoa que os importa sem autorização comete o
crime de descaminho.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
36
A codelinquência será configurada quando houver

a) reconhecimento da prática da mesma infração por todos os agentes.


b) ajuste prévio, na fase preparatória do crime, entre todos os agentes em concurso.
c) concurso necessário, nas infrações penais, de agentes capazes.
d) exteriorização da vontade de fazer parte da conduta e consciência da ação de outrem.
e) prática dos mesmos atos executivos por todos os agentes.

37
Com referência ao arrependimento posterior, assinale a opção correta.

a) O arrependimento posterior é causa obrigatória de diminuição de pena, admitindo-se a reparação do dano ou a


restituição da coisa até o trânsito em julgado da ação penal.

b) O autor da infração, ao arrepender-se, deverá, para que sua pena seja reduzida, reparar voluntariamente danos ou
restituir a coisa subtraída, até o recebimento da queixa ou da denúncia.

c) O arrependimento posterior incide exclusivamente nos crimes contra o patrimônio e impõe a restituição
espontânea e integral da coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.

d) Intervenção de terceiros na reparação do dano ou na restituição da coisa, desde que ocorra antes do julgamento,
não afastará o reconhecimento de arrependimento posterior.

e) Para que sua pena seja reduzida, o agente deverá, espontaneamente, logo após a consumação do crime, minorar
as consequências dele e, até a data do julgamento, reparar danos.

38
Um elemento que integra o conceito de culpabilidade aplicado ao direito brasileiro é o(a)
a) obediência hierárquica.
b) dolo.
c) real consciência da ilicitude.
d) nexo causal.
e) exigibilidade de conduta diversa.

39
José entrou em um ônibus de transporte público e, ameaçando os passageiros com uma arma de fogo, subtraiu de
diversos deles determinadas quantias em dinheiro.

Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores,

a) a prática do delito contra vítimas diferentes em um mesmo contexto e mediante uma só ação configurou concurso
material.

b) a simples inversão da posse dos bens — dos passageiros para José — não consumou o crime de roubo; para tal,
seria necessária a posse mansa e pacífica ou desvigiada dos valores subtraídos por José.

c) o fato de o delito ter sido praticado em ônibus de transporte público de passageiros será causa de aumento de
pena.
d) se a arma utilizada no crime fosse de brinquedo e, ainda assim, tivesse causado fundado temor nas vítimas, deveria
ser aplicada majorante do crime de roubo.

e) o crime de porte de arma será absorvido pelo crime de roubo, ante os fatos de haver nexo de dependência entre
as duas condutas e de os delitos terem sido praticados em um mesmo contexto fático.

40
A respeito de crimes de mesma espécie, nas mesmas condições de tempo, lugar e forma de execução, com vínculo
subjetivo entre os eventos, assinale a opção correta considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.

a) A lei penal mais grave aplicar-se-á ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência for posterior à
cessação da continuidade delitiva ou da permanência.

b) Admite-se a continuidade delitiva entre os crimes de roubo e de latrocínio.

c) A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratar de delitos de mesma espécie ocorridos em comarcas
limítrofes ou próximas.

d) Nos crimes dolosos contra vítimas diferentes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, o aumento da
pena pelo crime continuado encontra fundamento na gravidade do delito.

e) O prazo prescricional será regulado pela pena imposta na sentença, com o acréscimo decorrente da continuidade
delitiva.

Direito Constitucional
01
A preocupação com a implementação de dispositivos constitucionais e, em particular, de suas promessas sociais,
não é central. As controvérsias constitucionais são decididas com base nos códigos da política e conforme conflitos de
interesse. Nessa luta, acabam preponderando os interesses dos grupos mais poderosos, dos denominados
“sobrecidadãos”, que conseguem utilizar a Constituição e o Estado em geral como instrumento para satisfazer seus
interesses. A juridicidade da Constituição fica comprometida pela corrupção da normatividade jurídica igualitária e
impessoal, conforme o binômio legal-ilegal. As controvérsias constitucionais são decididas com base no código do
poder.

S. Lunardi & D. Dimoulis. Resiliência constitucional: compromisso maximizador, consensualismo político e


desenvolvimento gradual. São Paulo: Direito GV, 2013, p. 15 (com adaptações).

A concepção de Constituição a respeito da qual o texto precedente discorre denomina-se


a) neoconstitucionalismo.
b) Constituição chapa-branca.
c) Constituição ubíqua.
d) Constituição liberal-patrimonialista.
e) Constituição simbólica.

02
Com relação à disciplina constitucional acerca do pacto federativo e da repartição de competências entre as entidades
federadas, assinale a opção correta, com base na jurisprudência do STF.
a) A previsão, em lei estadual, de proibição de revista íntima em empregados de estabelecimentos comerciais é
constitucional.

b) A inscrição de estado-membro em cadastro de inadimplência da União em sede de convênio não implica conflito
federativo.

c) Lei estadual que reproduza o conteúdo de lei federal sobre licitações e contratos não ofenderá a competência
privativa da União de legislar sobre o assunto.

d) Lei estadual que obrigue prestadoras do serviço de Internet móvel a apresentar a velocidade média da conexão na
fatura mensal é constitucional.

e) Lei federal que fixe piso remuneratório nacional para professores da educação básica é inconstitucional, por ser
competência comum proporcionar meios de acesso à educação.

03
A respeito das competências das CPI e do controle jurisdicional, assinale a opção correta, segundo o entendimento
doutrinário e a jurisprudência do STF.

a) A CPI tem poder para requisitar de operadoras de telefonia acesso a informações que estejam sob segredo de justiça
em processo judicial.

b) Eventual decretação da quebra de sigilo telefônico por CPI está isenta de posterior controle judicial.

c) Concluídos os trabalhos, a CPI poderá encaminhar o seu relatório circunstanciado à autoridade policial.

d) O fornecimento de informações resguardadas sob sigilo bancário independe de aprovação pelo plenário da CPI.

e) Busca e apreensão domiciliar podem ser determinadas pela CPI, independentemente de ordem judicial.

04
O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo e pelo tribunal de contas compreende

a) a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa.

b) a economicidade, a fim de verificar a boa utilização dos recursos públicos sem envolver questões de mérito.

c) os sistemas de controle externo, o qual compete ao Poder Legislativo com o auxílio da Controladoria Geral da União.

d) a legitimidade das despesas independentemente da ordem de prioridade estabelecida no plano plurianual.

e) a avaliação da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

05
No que se refere ao exercício da competência privativa do presidente da República para dispor sobre a organização e
o funcionamento da administração federal, assinale a opção correta.

a) O presidente, como chefe de Estado, pode dispor sobre tal matéria mediante medida provisória nos casos de
relevância e urgência.

b) O presidente, como chefe de governo, pode dispor sobre tal matéria mediante medida provisória se não houver
aumento de despesa.
c) O presidente, como chefe de Estado, pode dispor sobre tal matéria mediante decreto regulamentar de lei prévia,
desde que não extrapole os limites da lei e não haja aumento de despesa.

d) O presidente, como chefe de governo, pode dispor sobre tal matéria mediante decreto autônomo, desde que não
haja aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

e) O presidente, como chefe de governo, pode dispor sobre tal matéria mediante decreto autônomo em caso de
urgência, mesmo que a proposta implique aumento de despesa.

06
As comissões parlamentares de inquérito

a) podem promover diretamente a responsabilidade civil dos infratores, mas não a criminal.

b) têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, vedada a previsão de outros poderes nos
regimentos das casas parlamentares.

c) devem remeter suas conclusões ao Ministério Público se for necessário responsabilizar penal ou civilmente os
infratores.

d) podem ser instituídas pelo Senado Federal ou pela Câmara dos Deputados, mas não pelas duas casas
conjuntamente.
e) têm poderes para decretar a quebra de sigilo fiscal, mas não bancário.

07
No regime geral de precatórios, têm preferência sobre os demais débitos

a) as indenizações por invalidez.


b) as requisições de pequeno valor.
c) os débitos referentes à indenização patrimonial.
d) as indenizações por desapropriação.
e) os débitos falimentares.

08
A Carta Magna, em seu art. 74, determina que o sistema de controle interno deve ser mantido pelos três poderes de
forma integrada, tendo como um dos seus principais alvos

a) promover a padronização e a consolidação das contas nacionais.

b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem como dos direitos e haveres da União.

c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal na administração direta e indireta.

d) elaborar e executar a programação financeira da União.

e) aplicar, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.

09
O princípio fundamental da Constituição que consiste em fundamento da República Federativa do Brasil, de eficácia
plena, e que não alcança seus entes internos é
a) o pluralismo político.
b) a soberania.
c) o conjunto dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
d) a prevalência dos direitos humanos.
e) a dignidade da pessoa humana.

10
Com relação à organização político-administrativa do Estado Federal, é correto afirmar que

a) os territórios brasileiros são excluídos da composição da organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil.

b) os recursos minerais do subsolo são de propriedade do município em que forem encontrados.

c) os estados podem incorporar-se entre si ou desmembrar-se para formarem novos territórios estaduais.

d) a organização e a prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual e local são de competência dos
estados.

e) as cavidades naturais subterrâneas são patrimônio do estado onde se localizarem.

11
A direção superior da administração federal é competência

a) comum do presidente da República, com o auxílio do Congresso Nacional.


b) privativa do presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado e do Tribunal de Contas da União.
c) comum do presidente da República, com o auxílio direto do Tribunal de Contas da União.
d) privativa do presidente da República, com o auxílio do Congresso Nacional.
e) privativa do presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado.

12
A respeito do Poder Legislativo, julgue os itens a seguir.

I O Congresso Nacional é responsável pela escolha de dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
II A fiscalização externa contábil e financeira da União é feita pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, que analisará as contas do presidente da República.
III Os ministros dos tribunais de contas terão as mesmas prerrogativas e os mesmos vencimentos que os dos ministros
do Supremo Tribunal Federal.
IV Os três poderes da União mantêm sistema de controle interno, e os responsáveis por tal controle devem dar ciência
de qualquer ilegalidade ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
13
Acerca dos pagamentos devidos pelas fazendas públicas em razão de sentenças com trânsito em julgado, é correto
afirmar que

a) esses pagamentos serão feitos em ordem cronológica de apresentação dos precatórios com a designação dos
respectivos casos ou das pessoas nas dotações orçamentárias.

b) as obrigações das fazendas públicas definidas por lei como de pequeno valor dispensam a expedição de precatório.

c) faz-se necessária, para transferência do crédito de precatórios a terceiro, a anuência expressa do devedor.

d) o comprometimento das receitas líquidas com o pagamento de precatórios será auferido semestralmente na base
anual da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

e) as entidades de direito público ficam dispensadas de incluir em seus orçamentos a verba necessária ao pagamento
dos precatórios judiciários desde que estes sejam apresentados até 1.º de julho.

14
A súmula vinculante, aprovada pelo STF e publicada na imprensa oficial, produz efeito vinculante em relação
a) aos órgãos do Poder Legislativo em todas as esferas federativas.
b) a todos os órgãos do Poder Judiciário, incluindo-se o próprio STF.
c) aos órgãos do Poder Judiciário somente.
d) aos órgãos da administração pública direta e indireta em todas as esferas federativas.
e) aos órgãos do Poder Judiciário e aos órgãos da administração pública direta somente.

15
Conforme o STF, no que se refere às carreiras de segurança pública, o exercício do direito de greve é

a) vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.
b) permitido aos servidores públicos civis e aos militares.
c) permitido apenas aos policiais civis, salvo em caso de estado de sítio e estado de defesa.
d) permitido apenas aos policiais civis que atuem diretamente na área de segurança pública.
e) vedado aos policiais civis, salvo se essa atividade for suprida por órgão da iniciativa privada.

16
Assinale a opção que apresenta o entendimento firmado em jurisprudência do STF a respeito do julgamento de
governador por crimes comuns e da competência legislativa.

a) É permitido à unidade federativa instituir norma constitucional que condicione a instauração de ação penal contra
o governador por crime comum à prévia autorização da casa legislativa, cabendo ao STF dispor sobre a aplicação de
medidas cautelares penais.

b) É vedado à unidade federativa instituir norma constitucional que condicione a instauração de ação penal contra o
governador por crime comum à prévia autorização da casa legislativa, cabendo ao tribunal de justiça local dispor sobre
a aplicação de medidas cautelares penais.

c) É vedado à unidade federativa instituir norma constitucional que condicione a instauração de ação penal contra o
governador por crime comum à prévia autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça dispor
sobre a aplicação de medidas cautelares penais.
d) É permitido às unidades federativas instituir norma constitucional que condicione a instauração de ação penal
contra o governador por crime comum à prévia autorização da casa legislativa, cabendo ao tribunal de justiça local
dispor sobre a aplicação de medidas cautelares penais.

e) É permitido à unidade federativa instituir norma constitucional que condicione a instauração de ação penal contra
o governador por crime comum à prévia autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça dispor
sobre a aplicação de medidas cautelares penais.

17
No âmbito do Poder Legislativo Federal, as comissões parlamentares de inquérito

a) podem investigar fatos referentes a questões de interesse de um estado-membro, ou seja, sem relevância nacional.

b) podem determinar medida de arresto e sequestro de bens de investigados.

c) têm poderes para determinar medida de busca e apreensão domiciliar e interceptação telefônica.

d) podem determinar que um investigado não se ausente do país.

e) têm poderes para quebrar sigilo de dados telefônicos.

18
A Constituição Federal de 1988 elenca como atribuição do presidente da República

a) dispor, por decreto, sobre o funcionamento da administração pública federal, ainda que isso implique aumento de
despesa.
b) conceder indulto e comutação de penas.
c) autorizar empréstimos contraídos pela União no exterior.
d) celebrar e referendar acordos internacionais, na condição de chefe de Estado.
e) celebrar a paz, com referendo do Senado Federal.

19
Acerca da doutrina e da jurisprudência do STF a respeito das técnicas de interpretação constitucional, julgue os itens
a seguir.

I A técnica da interpretação conforme pode ser utilizada tanto no controle de constitucionalidade difuso quanto no
abstrato.
II Como técnica de exegese, a interpretação conforme impõe a decretação da inconstitucionalidade da norma,
atendendo à vontade do legislador.
III A interpretação constitucional segue os mesmos cânones hermenêuticos da interpretação das demais normas
jurídicas.
IV A declaração de nulidade sem redução de texto gera o vício de inconstitucionalidade da norma e o seu afastamento
do mundo jurídico.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

20
De acordo com a CF, é função de chefe de governo, exercida pelo presidente da República,

a) permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

b) controlar a legalidade dos atos normativos e administrativos.

c) fixar limites globais para o montante da dívida mobiliária dos estados.

d) requisitar e designar membros do MP, delegando-lhes atribuições.

e) dispor sobre os limites globais para as operações de crédito externo e interno da União.

21
Conforme a CF, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, cabe

a) exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras.

b) patrulhar ostensivamente as ferrovias federais.

c) apurar as infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União.

d) exercer as funções de polícia judiciária e apurar as infrações penais, excetuadas as de natureza militar.

e) responder pelo policiamento ostensivo, pela preservação da ordem pública e pela defesa civil.

22
O princípio da alteridade é violado em caso de

a) proibição de mulher transexual utilizar banheiro público feminino.


b) arbitramento de indenização por danos morais contra pessoa jurídica.
c) violação de correspondência alheia.
d) impedimento do exercício do direito de livre associação.
e) uso da força para coibir manifestação violenta.

23
A CF, em seu art. 144, apresenta o rol dos órgãos encarregados da segurança pública. Esse rol é

a) taxativo para a União e inaplicável aos estados e ao Distrito Federal.


b) taxativo para a União e exemplificativo para os estados e o Distrito Federal.
c) exemplificativo para a União e taxativo para os estados e para o Distrito Federal.
d) taxativo para a União, para os estados e para o Distrito Federal.
e) exemplificativo para a União, para os estados e para o Distrito Federal.
24
As polícias civis estaduais subordinam-se aos

a) governadores, diferentemente dos corpos de bombeiros militares, que são auxiliares e reserva do Exército.

b) diretores das respectivas corporações, e não aos governadores.

c) governadores, assim como as polícias militares e os corpos de bombeiros.

d) governadores, diferentemente da Polícia Civil do Distrito Federal, que é organizada e mantida pela União, à qual é
subordinada.

e) governadores, diferentemente das polícias militares, que são auxiliares e reserva do Exército.

25
Acerca da organização político-administrativa do Estado, julgue os itens a seguir.

I O desmembramento de um município será determinado por lei municipal, dentro do período determinado por lei
complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos,
inexistindo a necessidade de divulgação prévia de estudos de viabilidade municipal na imprensa oficial.
II Os estados podem incorporar-se entre si, mediante a aprovação da população diretamente interessada, por meio
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
III É permitida somente à União a criação de distinções entre brasileiros.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.


b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

26
O presidente da República poderá delegar aos ministros de Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado-
geral da União a atribuição de

a) decretar o estado de defesa e o estado de sítio.


b) editar medidas provisórias.
c) conferir condecorações e distinções honoríficas.
d) prover cargos públicos federais, na forma da lei.
e) vetar projetos de lei.

27
De acordo com a CF, às polícias civis cabe a

a) execução de atividades de defesa civil.


b) apuração de infrações penais, exceto as militares.
c) função de polícia de fronteira.
d) função de polícia judiciária da União.
e) função de polícia ostensiva.

28
As polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, subordinam-se

a) somente ao governador do Distrito Federal e dos territórios.


b) ao governador do Distrito Federal e aos governadores de estado e dos territórios.
c) à União e ao governador do Distrito Federal e dos territórios.
d) somente aos governadores de estado.
e) aos governadores de estado e à União.

29
Em determinado estado da Federação, a assembleia legislativa, por meio de decreto legislativo, sustou ato expedido
pelo governo local, que regulamentava lei estadual para autorizar o Poder Executivo a instituir tratamento
excepcional, mediante concessão de remissão e anistia, cumuladas ou não com parcelamento, para a liquidação de
créditos tributários referentes ao ICMS. A assembleia legislativa entendeu que o ato administrativo excedia o poder
da administração pública de regulamentar a lei estadual.

Nessa situação hipotética, a assembleia legislativa exerceu

a) o poder de fiscalização, para derrogar o ato do Poder Executivo.


b) o poder convocatório, para revogar o ato do Poder Executivo.
c) o controle político, para paralisar o ato do Poder Executivo.
d) o controle financeiro, para anular o ato do Poder Executivo.
e) sua função legiferante, para substituir o ato do Poder Executivo.

30
Tendo em vista que a organização político-administrativa da República brasileira compreende, de forma autônoma, a
União, os estados, o DF e os municípios, assinale a opção correta.

a) A fiscalização pelo sistema de controle interno do município será exercida pelo Poder Legislativo municipal.

b) No tocante à autonomia, a legislação acerca de regras gerais de licitação é estabelecida pelos estados-membros e
deverá ser observada em processos de auditoria interna nos órgãos municipais.

c) A auditoria de controle da câmara municipal, mediante controle externo, é exercida com o auxílio dos TCs do estado
ou do município.

d) A autonomia administrativa constitucionalmente estabelecida permite que os estados ou os municípios criem


órgãos de contas municipais.

e) O município deve prestar contas acerca da arrecadação dos tributos, exceto, em razão da autonomia administrativa,
no que se refere à aplicação de tais rendas nas questões de interesse local.

31
Representantes do TCU, em auditoria de procedimento licitatório promovido por uma autarquia federal, após
constatarem a existência de ilegalidades que atentavam contra a economicidade, conseguiram apontar os
responsáveis por dano ao erário, depois de esgotadas todas as fases instrutórias. Todo o procedimento observou os
princípios da ampla defesa e do contraditório.

Nessa situação hipotética, o TCU

a) poderá aplicar apenas multa proporcional ao dano ao erário, visto que as demais cominações e sanções previstas
extrapolam a sua competência constitucional.

b) poderá apenas assinar prazo para que a autarquia adote, em relação aos responsáveis, as providências necessárias
para o ressarcimento ao erário e as demais punições cabíveis.

c) deverá comunicar o fato ao Congresso Nacional para que esse órgão, exercendo a sua competência, suste a
execução do processo licitatório.

d) está desobrigado de prestar informações ao Congresso Nacional acerca do resultado apurado na fiscalização, em
razão de sua competência funcional.

e) tem competência para aplicar aos responsáveis pelo dano ao erário as sanções previstas em lei em razão das
ilegalidades apuradas.

32
Determinado deputado estadual apresentou projeto de lei com o objetivo de estabelecer regras relativas ao domicílio
eleitoral nas eleições para governador a serem realizadas no próximo ano. Após o respectivo processo legislativo, a lei
foi devidamente promulgada pelo chefe do Poder Executivo estadual.

De acordo com as normas da CF, a referida lei deve ser considerada

a) constitucional, pois é da competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar
as respectivas eleições.

b) constitucional, pois compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito
eleitoral.

c) inconstitucional, pois as leis relativas a direito eleitoral são de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo.

d) constitucional, pois observou o princípio da anterioridade eleitoral.

e) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral.

33
O Estado é formado pela união de três elementos originários e indissociáveis. Esses elementos são
a) o território, o povo e o governo.
b) o povo, a Constituição Federal e o território.
c) o território, a autonomia e a Constituição Federal.
d) a autonomia, o povo e o governo.
e) a Constituição Federal, o governo e a autonomia.

34
Compete ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República,
a) deliberar, definitivamente, sobre atos internacionais que acarretem compromissos gravosos ao patrimônio
nacional.
b) autorizar referendo e convocar plebiscito.
c) dispor sobre diretrizes orçamentárias, operações de crédito e dívida pública.
d) sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.
e) autorizar a pesquisa e a lavra de riquezas minerais em terras indígenas.

35
Com base nas disposições constitucionais a respeito da fiscalização contábil, financeira e orçamentária, julgue os itens
a seguir.

I O TCU não tem competência para aplicar sanções em razão de irregularidade de contas ou ilegalidade de despesas,
pois se trata de atribuição do Poder Judiciário.
II É vedado ao TCU realizar, por iniciativa própria, auditorias financeiras nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, sob risco de violação da separação dos Poderes.
III Os responsáveis pelo controle interno dos órgãos da administração pública devem dar ciência ao TCU de qualquer
irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento, sob pena de responsabilidade solidária.
IV Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar irregularidades ou
ilegalidades ao TCU.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

36
É permitido ao magistrado

a) receber contribuições de entidades privadas a título gratuito.

b) exercer qualquer outro cargo, caso tenha disponibilidade durante o exercício da magistratura.

c) receber participação em processo no qual tenha atuado em substituição a juiz que se encontrava no gozo de férias.

d) advogar perante juízo do qual tenha sido afastado por exoneração, desde que decorridos três anos do afastamento.

e) envolver-se em atividades político-partidárias, desde que comunique à presidência do respectivo tribunal.

37
O presidente da República poderá delegar aos ministros de Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado-
geral da União a competência para

a) o exercício do comando supremo das Forças Armadas.


b) a concessão de indulto e para a comutação de penas.
c) a decretação do estado de defesa.
d) a decretação e execução de intervenção federal.
e) a celebração de tratados internacionais sujeitos a referendo do Congresso Nacional.

38
Estado-membro editou lei instituindo requisito novo de habilitação, não previsto na lei federal de licitações e contratos
administrativos, o qual passou a ser exigido aos interessados em participar nas licitações estaduais.

Nessa situação hipotética, de acordo com o entendimento do STF acerca do tema, a referida lei deverá ser julgada

a) constitucional, porque a matéria é de competência concorrente da União e dos estados.

b) constitucional, pois compete aos estados suplementar a legislação federal por meio de normas específicas, de
acordo com as suas particularidades.

c) inconstitucional, já que é exclusiva da União a competência para legislar sobre licitação.

d) inconstitucional, pois é privativa da União a competência para legislar sobre normas gerais de licitação.

e) constitucional, já que estados podem legislar sobre assuntos de interesse local.

39
À luz da CF, do entendimento consolidado pelo STF e pela doutrina pertinente, a intervenção federal será decretada
quando

a) houver ameaça de perturbação da ordem pública.

b) o estado-membro, em qualquer hipótese, desrespeitar lei federal.

c) o estado-membro, ainda que não intencionalmente, deixar de pagar precatórios expedidos contra a fazenda pública.

d) o estado-membro, sem motivo de força maior, deixar de pagar sua dívida fundada por mais de dois anos
consecutivos.

e) ocorrer invasão estrangeira, desde que o estado-membro invadido tenho sido conivente com o ato.

40
O Conselho de Defesa Nacional

a) tem como atribuição opinar sobre questões relevantes quanto à estabilidade das instituições democráticas.

b) é composto, entre outros membros, pelos líderes da maioria e da minoria no Senado Federal.

c) é composto, entre outros membros, pelos líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados.

d) é órgão superior de consulta do presidente da República e do Ministério da Defesa.

e) é órgão de consulta para assuntos relacionados à soberania nacional.


Direito Penal Militar
01
Assinale a alternativa que apresenta a assertiva correta.

a) Desrespeitar um superior hierárquico diante de um civil caracteriza o crime militar de desrespeito a superior.

b) O despojamento, apenas por menosprezo, de uniforme militar por parte do militar não caracteriza crime militar.

c) O militar que critica publicamente em rede social na internet uma resolução do Governo pratica o crime militar de
publicação ou crítica indevida.

d) O crime militar de desrespeito a símbolo nacional se caracteriza com base no ato ultrajante praticado pelo militar
ao símbolo nacional independentemente do lugar ou diante de quem o ato for praticado.

e) Pratica o crime militar de deserção o militar que se ausenta, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em
que deve permanecer, por mais de dois dias.

02
É correto afirmar que

a) o crime militar de dormir em serviço exige o dolo do autor para a sua caracterização.

b) a ingestão de álcool pelo militar durante o serviço caracteriza o crime militar de embriaguez em serviço.

c) o simples concerto para deserção não é crime militar.

d) pratica o crime militar de exercício de comércio a praça que toma parte na administração ou gerência de sociedade
comercial.

e) o militar que usa indevidamente uniforme, distintivo ou insígnia de posto ou graduação superior somente cometerá
crime militar se obtiver alguma vantagem desse uso.

03
Com relação aos crimes contra a Administração Militar e contra a Administração da Justiça Militar, é correto afirmar
que:

a) desacatar superior, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro, ou procurando deprimir lhe a autoridade só tipificará
o crime militar de desacato a superior se for praticado diante de outro militar.

b) o militar que pratica, indevidamente, ato de ofício, contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal, comete o crime militar de prevaricação.

c) aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração militar, valendo-se da
qualidade de funcionário ou de militar só cometerá crime militar se o interesse for ilegítimo.

d) fraudar o cumprimento de decisão da Justiça Militar caracteriza o crime militar de fraude processual.

e) provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe não se
ter verificado, caracteriza o crime militar de denunciação caluniosa.

04
A definição de crime militar, no ordenamento jurídico brasileiro, é estabelecida de modo exclusivo em razão
a) da lei (ratione legis).
b) do lugar em que a conduta foi praticada (ratione loci).
c) da pessoa que praticou a conduta (ratione personae).
d) da pessoa contra a qual a conduta foi praticada (ratione personae).
e) do tempo em que a conduta foi praticada (ratione temporis).

05
Assinale a alternativa que indica um crime propriamente militar, de acordo com a denominada Teoria Clássica.
a) Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar (art. 263 do Código Penal Militar).
b) Ingresso clandestino (art. 302 do Código Penal Militar)
c) Favorecimento a desertor (art. 193 do Código Penal Militar).
d) Omissão de socorro (art. 201 do Código Penal Militar).
e) Ofensa às Forças Armadas (art. 219 do Código Penal Militar).

06
Considere o seguinte caso hipotético. Um Sargento da Polícia Militar do Estado de São Paulo pratica o crime de
deserção, em 02 de abril de 2005, e permanece foragido, sendo capturado em 12 de abril de 2016. Na data de captura,
referido Sargento contava com 43 anos de idade. Nesse caso, nos termos do Código Penal Militar, e de entendimento
sumulado pelo Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, é correto afirmar que

a) sendo instaurado o processo antes do alcance do limite etário previsto no artigo 132 do Código Penal Militar, a
prescrição só ocorrerá após o transcurso do prazo previsto na regra geral do art. 125 do Código Penal Militar e alcance
da idade prevista no art. 132 do Código Penal Militar.

b) o crime de deserção estará prescrito.

c) sendo instaurado o processo antes do alcance do limite etário previsto no artigo 132 do Código Penal Militar, a
prescrição ocorrerá se durante o curso do processo o autor atingir o limite etário previsto nesse dispositivo,
independentemente do transcurso do prazo previsto na regra geral do art. 125 do Código Penal Militar.

d) independentemente da data de instauração do respectivo processo, e do transcurso do prazo previsto na regra


geral do art. 125 do Código Penal Militar, o crime de deserção estará prescrito quando o Sargento atingir a idade de
45 anos.

e) independentemente da data de instauração do respectivo processo, o crime de deserção estará prescrito somente
quando o Sargento atingir a idade de 60 anos.

07
Com relação aos crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar, é correto afirmar:

a) o simples concerto de militares para a prática do crime de motim não é punível, nos termos da lei penal militar, se
estes não iniciarem, ao menos, os atos executórios do crime de motim.

b) militares que apenas se utilizam de viatura militar para ação militar, em detrimento da ordem ou disciplina militar,
mas sem ocupar quartel, cometem o crime de motim.

c) o militar que, estando presente no momento da prá- tica do crime de motim, não usar de todos os meios ao seu
alcance para impedi-lo, será responsabilizado como partícipe deste.
d) o militar que, antes da execução do crime de motim e quando era ainda possível evitar-lhe as consequências,
denuncia o ajuste de que participou terá a pena diminuída pela metade com relação ao referido crime militar.

e) a reunião de dois ou mais militares com armamento ou material bélico, de propriedade militar, para a prá- tica de
violência contra coisa particular, só caracterizará o crime de organização de grupo para a prática de violência se a coisa
se encontrar em lugar sujeito à administração militar.

08
Consoante o previsto no Código Penal Militar e na jurisprudência majoritária do Tribunal de Justiça Militar do Estado
de São Paulo, assinale a alternativa correta no que diz respeito aos crimes contra o serviço militar e o dever militar.

a) Um Capitão da Polícia Militar, da ativa, que, por imprudência, deixa de desempenhar a função que lhe foi confiada
não poderá ser punido pelo crime de descumprimento de missão por atipicidade da conduta.

b) O Comandante que, por negligência, deixa de manter a força sob seu comando em estado de eficiência incorre no
crime de omissão de eficiência de força.

c) Um Soldado da Polícia Militar, da ativa, que, por negligência, dorme durante o serviço de dia em uma Companhia
Policial Militar comete o crime militar de “dormir em serviço”.

d) Um Major da Polícia Militar, da ativa, que participa e exerce atividade de administração na empresa proprietária
de uma rede de “autoescolas”, que fornece cursos de formação de condutores em várias cidades do seu estado,
comete o crime de “exercício de comércio por oficial”.

e) Um Cabo da Polícia Militar, da ativa, que se apresenta embriagado para prestar um serviço administrativo de
protocolista não comete o crime militar de embriaguez em serviço.

09
No que diz respeito aos crimes contra a Administração Militar, assinale a alternativa correta.

a) Um Tenente da Polícia Militar, da reserva, que, durante uma abordagem realizada por dois soldados da Polícia
Militar que se encontravam em serviço, atribui falsa identidade a um colega civil que o acompanhava, a fim de evitar
que os policiais militares o identificassem como infrator da lei, pratica o crime militar de “falsa identidade”.

b) Um Tenente da Polícia Militar, da ativa, que, por negligência, abusa da confiança de outro militar, apresentando-
lhe para recebimento qualquer documento que deve saber ser inexato, ainda que o ato atente contra a administração
ou o serviço militar, será atípico em decorrência da excepcionalidade do crime culposo.

c) Um Cabo reformado da Polícia Militar que, durante abordagem a que está sendo submetido, em repulsa à injusta
agressão sofrida, profere palavras de baixo calão a Sargento da Polícia Militar, da ativa, responsável pela agressão,
incorre no crime de “desacato a superior”.

d) Deixar o militar no exercício de função, por negligência, de observar lei, regulamento ou instrução, dando causa
direta à prática de ato prejudicial à administração militar é fato atípico no âmbito penal militar.

e) Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo ou função e que deva permanecer em segredo, em prejuízo da
administração militar, será considerado fato atípico no âmbito penal militar se não for cometido mediante o
recebimento de vantagem indevida.

10
Assinale a alternativa correta no que diz respeito aos crimes militares contra administração da Justiça Militar.
a) Acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, praticado por outrem, é fato atípico no âmbito
penal militar.

b) O militar que se acusar, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, inexistente, não incorre em crime
em virtude da atipicidade da sua conduta.

c) Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, só caracterizará
o crime militar de “comunicação falsa de crime” se o autor da conduta sabe que o crime comunicado não se verificou.

d) O crime militar de “falso testemunho ou falsa perícia” deixa de ser punível se, antes de iniciada a execução da pena,
o agente se retrata ou declara a verdade.

e) O Soldado da Polícia Militar, da ativa, que durante o serviço, inovar artificiosamente, na pendência de processo civil
ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito, incorrerá
no crime militar de fraude processual.

11
Considere o caso hipotético. O Ex-Sgt PM “X”, expulso da Polícia Militar pelo cometimento de transgressão
disciplinar de natureza grave (alicerçado no Conselho de Disciplina), ajuizou ação ordinária, com pedido de
concessão da tutela antecipada, contra a Fazenda Pública do Estado, pleiteando a declaração de nulidade
do ato de expulsão e consequente reintegração na condição de agregado. Na ação, alegou ser portador de
esquizofrenia refratária, doença de caráter irreversível e cujo tratamento é permanente e, em razão desse
fato, foi interditado provisoriamente por decisão proferida pelo Juiz de Direito da 2a Vara da Família e das
Sucessões do Foro Regional de Guarulhos, até a realização da perícia médica do Instituto de Medicina Social
e Criminologia (IMESC). Ressalta-se que o Ex-Sgt PM “X” foi considerado imputável em perícia médica
realizada pelo Centro Médico da Polícia Militar e, em virtude da doença mental instalada, entrou em licença
médica em data anterior à expulsão e passou à condição de agregado, o que perdurou até a publicação da
decisão que lhe aplicou a pena exclusória.
Diante dessa situação, é correto afirmar que

a) não assiste razão ao Ex-Sgt PM “X”, pois foi considerado imputável e não se deve confundir a capacidade jurídica
civil da pessoa natural para gerir seus interesses com a capacidade para o serviço policial militar.

b) assiste razão ao Ex-Sgt PM “X”, pois o Conselho de Disciplina deveria ser suspenso até a decisão final do processo
de interdição, pois entrou em licença médica em data anterior à expulsão e passou à condição de agregado, sendo
então vedada a aplicação da pena exclusória.

c) assiste razão ao Ex-Sgt PM “X”, pois apesar de ser considerado imputável pela perícia médica do Centro Médico da
Polícia Militar, há necessidade de se aguardar a perícia médica do IMESC.

d) assiste razão ao Ex-Sgt PM “X”, pois apesar de ser considerado imputável pela perícia médica do Centro Médico da
Polícia Militar, a decisão judicial de interdição obsta a aplicação da pena de expulsão.

e) não assiste razão ao Ex-Sgt PM “X”, pois deverá aguardar o laudo da IMESC para, só então, ajuizar a referida ação
ordinária.

12
Acompanhe o caso hipotético. Um Capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo, inativo e com 65 (sessenta e
cinco) anos de idade comete uma transgressão disciplinar. Considerando o teor da Súmula 56 do Supremo Tribunal
Federal: “Militar reformado não está sujeito à pena disciplinar”, é correto afirmar que
a) os policiais militares ativos e inativos (reserva e agregados) poderão ser submetidos ao Regulamento Disciplinar,
porém o Capitão, em razão de sua idade, encontra-se reformado, portanto, aplicando-se a Súmula, não poderá ser
submetido à Procedimento Disciplinar.

b) os policiais militares inativos, no Estado de São Paulo, somente serão submetidos a Procedimento Disciplinar na
hipótese de cometimento, quando ainda na ativa, de transgressão disciplinar.

c) o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de São Paulo determina a sua aplicação aos militares inativos
(reformados e agregados) do Estado, porém, em razão do Capitão encontrar-se na reserva, poderá ser submetido a
Procedimento Disciplinar.

d) a invocação da Súmula 56 do STF revela-se indevida para os inativos, pois o Regulamento Disciplinar determina a
sua aplicação aos militares do Estado do serviço ativo, da reserva remunerada, aos reformados e aos agregados.

e) o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de São Paulo determina a sua aplicação aos militares do
Estado do serviço ativo, da reserva remunerada, aos reformados, excetuando-se apenas os agregados.

13
Acerca do concurso de agentes, assinale a opção correta à luz do CPM.

a) No cálculo da pena de crimes militares em que haja concurso de pessoas, as condições ou as circunstâncias de
caráter pessoal dos coautores serão consideradas apenas nos casos em que os agentes tenham consciência dessas
condições ou circunstâncias.

b) O CPM tipifica como causa de aumento da pena o fato de um agente dirigir as atividades dos demais agentes
envolvidos no evento delituoso.

c) Se o crime for praticado com o concurso de dois ou mais oficiais, a pena desses oficiais deverá ser aplicada em
dobro.

d) Agente cuja participação no crime seja de menor importância deve ser apenado na mesma proporção que os demais
agentes envolvidos no delito.

e) Se o crime for cometido por inferiores juntamente com um ou mais oficiais, estes, assim como os demais inferiores
que estiverem exercendo função de oficial, serão considerados cabeças da ação delituosa.

14
Francisco, Pedro e Fábio, todos policiais militares, estavam de serviço em uma mesma guarnição comandada por
Pedro, até as seis horas da manhã, quando, por volta das quatro horas da manhã, em via pública, se depararam com
Abel, de vinte e três anos de idade, capaz, caminhando. Todos os policiais militares desceram da viatura, momento
em que Francisco, já com um cassetete na mão, passou a perguntar a Abel o que ele estava fazendo na rua naquele
horário, enquanto lhe golpeava os braços com o cassetete. Abel, que estava desarmado e não esboçou nenhuma
reação, após a agressão, foi para casa ferido. A ação de Francisco foi presenciada por Pedro e Fábio, que nada fizeram
para impedi-lo e não comunicaram o fato ao oficial de dia. Em decorrência das lesões sofridas, Abel ficou quarenta e
cinco dias afastado de suas ocupações habituais, conforme laudo pericial juntado aos autos da ação penal ajuizada.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Pedro, Fábio e Francisco devem responder por lesões corporais graves na forma comissiva, uma vez que todas as
circunstâncias do crime, nesse caso, se comunicam.
b) As lesões corporais sofridas por Abel não são de natureza grave, uma vez que não resultaram em incapacidade
permanente para o trabalho.

c) Francisco cometeu crime de lesões corporais graves tipificado no CPM, mas Pedro e Fábio não devem responder
por referido crime, uma vez que não participaram das agressões.

d) Não se trata de crime militar, uma vez que Abel é civil e não se encontrava em ambiente militar.

e) Pedro e Fábio devem responder por lesões corporais graves por omissão em concurso de agentes com Francisco,
que responderá na forma comissiva.

15
O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos individuais
fundamentais. São princípios decorrentes deste:

a) o princípio da legalidade, o princípio da ultratividade da lei penal e o princípio da territorialidade.

b) o princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade.

c) o princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da retroatividade
da lei mais benéfica ao réu.

d) o princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da legalidade.

16
Considerando que o Código Penal Militar estabelece condições para que se caracterize o crime militar, é CORRETO
afirmar:

a) Militar estadual do RJ que agredir militar estadual de MG, em solo mineiro, não pratica crime militar, pois, por
serem militares de estados diversos, afasta-se a condição de militares.

b) Militar estadual, estando de folga e à paisana, jamais pratica crime militar.

c) Se o militar estadual, na condição de atividade e de serviço, vier a praticar crime contra civil, o crime, em qualquer
hipótese, será militar.

d) Sendo o agente integrante do Corpo de Bombeiros Militar, pertencente ao quadro de praças da reserva, e a vítima
também do Corpo de Bombeiros Militar, pertencente ao quadro de oficiais da reserva, ainda que o local seja sujeito à
administração militar, o crime será comum.

17
Em relação aos crimes tentados no Direito Penal Militar, é CORRETO afirmar:

a) Em se tratando do denominado crime falho, o agente não precisa necessariamente ingressar nos atos executórios

b) O Código Penal Militar não adota a teoria objetiva para os crimes tentados, sendo esta exclusiva do Código Penal
Comum

c) Excepcionalmente, por adotar também a teoria subjetiva, pode o Conselho Especial de Justiça aplicar a pena máxima
cominada ao crime, devido à gravidade da conduta.

d) Nos crimes propriamente militares, sempre se admite a tentativa, eis que, somente o militar, na condição de autor,
é que pode praticá-lo, além de coibir condutas especiais, voltadas para aquele que enverga uma farda.
18
No estado de necessidade, a legislação castrense estabelece:

a) O Código Penal Militar adotou a teoria diferenciadora, aproximando-se do Código Penal Comum de 1969, que
sequer entrou em vigor.

b) Por se tratar de exclusão de crime, o Código Penal Militar adotou a mesma teoria que o Código Penal Comum
quanto ao estado de necessidade, especialmente quando se tratar de crime propriamente militar.

c) Nos crimes propriamente militares, não se admite o estado de necessidade como exclusão da culpabilidade
exatamente por serem condutas específicas do militar.

d) No estado de necessidade agressivo, o agente dirige sua conduta diretamente contra a fonte de perigo ao seu bem
jurídico.

19
ACERCA DAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENVOLVEM O CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO CRIME MILITAR,
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

a) Em face do princípio da extraterritorialidade, se um capitão de corveta brasileiro, integrante de uma tripulação de


um contratorpedeiro, em comissão de natureza militar, comete crime de homicídio contra uma civil, estando de folga
e no interior de um quarto de hotel nos Estados Unidos, o fato delituoso constitui crime comum e não militar.

b) Partindo-se do pressuposto que a caracterização do crime militar aponta para uma tipicidade indireta ensejadora
de reflexão, torna-se de fundamental importância analisar a efetiva ofensa à instituição militar considerada, como
elemento determinante da caracterização do crime militar.

c) Questão controvertida é o cometimento de crime militar por civil. Nos termos do art. 9º, III, do CPM, é
imprescindível para tanto a efetiva ofensa às instituições militares. Se um civil comete crime contra as instituições
militares estaduais, por exemplo, assalto ao quartel para roubo de armas, a competência para processar e julgar o
feito é da Justiça Militar.

d) Não só a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecidas do agente, deixam de ser elementos
constitutivos do crime. Apesar da presença de elemento normativo do tipo (art. 9º, II, letra 'a', do CPM), de acordo
com a teoria contemporânea do dolo, se um militar agride outro militar, causando-lhe lesões, porém desconhecendo
a condição castrense da vítima, tal fato delituoso constitui crime comum.

20
ACERCA DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

a) Tanto o motim como a revolta e a organização de grupo para a prática de violência têm como elemento objetivo
do tipo a reunião ou ajuntamento.

b) No crime de motim e de revolta, quando os agentes estiverem agindo contra ou se negando a cumprir ordem do
superior, é juridicamente possível a tentativa.

c) O soldado PM Temporário (cuja contratação é autorizada aos Estados pela Lei federal nº 10.029 de 20.10.2000)
que, em uma solenidade pública, rasgar seu uniforme, arrancando condecoração militar, insígnia ou distintivo, por
menosprezo ou vilipêndio, comete o crime de despojamento desprezível.

d) No crime de conspiração está prevista a hipótese de delação espontânea e, em decorrência dela, da figura da
chamada escusa absolutória, que independe do arrependimento eficaz do agente.
21
ACERCA DA USURPAÇÃO E DO EXCESSO OU ABUSO DE AUTORIDADE, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

a) O crime de assunção ilegal de comando (art. 167, CPM) assemelha-se ao crime de usurpação de função pública (art.
328, CP), e pode ser cometido por qualquer pessoa, desde que em área sob administração militar.

b) O delito de operação militar sem ordem superior na sua forma mais simples (art. 169, caput, CPM) classifica-se
como de mão própria e também como subsidiário.

c) O crime de amotinamento de presos ou internados (art. 182, CPM) é de concurso necessário, sendo que o oficial
presente e omisso incorre nas mesmas penas.

d) No crime de evasão de preso civil (art. 180, CPM) se ao fato sucede deserção (art. 180, § 2º, CPM), aplicam-se
cumulativamente as penas correspondentes.

22
ACERCA DO TRATAMENTO DADO AO ERRO NO DIREITO PENAL PÁTRIO, ANALISE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO E DEPOIS
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

a) O erro de direito (art. 35 do CPM) se relaciona com a ignorância ou falsa interpretação da lei. É mais severo que o
tratamento dado pelo Código Penal comum, pois, mesmo sendo invencível o erro (escusável) não exclui o dolo, mas
apenas atenua ou permite a substituição da pena.

b) O erro de fato (art. 36 do CPM) incide sobre o fato que constitui o crime, e se apresenta de duas formas: a. engano
quanto a circunstância de fato que constitui o crime (atualmente é erro de tipo); b. engano quanto a circunstância que
se existisse tornaria a ação legítima (descriminante putativa).

c) Existe uma correspondência entre as denominações “erro de tipo” e “erro de proibição”, vigentes no direito penal
comum, com as denominações “erro de fato” e “erro de direito”, previstas no direito penal militar.

d) O erro de tipo, tratado no art. 20 do CP, incide sobre os elementos do tipo, ou seja, sobre um dos fatos que compõe
um dos elementos do tipo. Também pode recair sobre um dos elementos normativos do tipo. Seu efeito é a exclusão
do dolo porque não há no agente a vontade de realizar o tipo objetivo. Permite, no entanto, a punição por crime
culposo, se previsto em lei.

23
ACERCA DAS ISENÇÕES DE CULPABILIDADE PREVISTAS NO DIREITO PENAL PÁTRIO, ASSINALE A ALTERNATIVA
INCORRETA.

a) São requisitos da coação moral que exclui a culpabilidade: 1º) irresistibilidade da coação; 2º) presença indispensável
das figuras do coator, coacto e vítima.

b) No Código Penal existe uma circunstância atenuante genérica em face do agente ter cometido o crime sob coação
a que podia resistir, circunstância que está presente no Código Penal Militar, como atenuante específica da coação.

c) O Código Penal Militar, ao tratar da obediência hierárquica (CPM, art. 38, letra 'b' e §§ 1º e 2º), acolheu um sistema
intermediário ou sincrético entre as teorias conhecidas, em direito penal militar, como o das baionetas inteligentes e
o da obediência cega.

d) Quanto à excludente de culpabilidade da obediência hierárquica, o CPM de 1969 descreve um conceito idêntico ao
do Código Penal comum, em uma intenção do legislador de manter similaridade entre os dois códigos, que só devem
se diferenciar naqueles princípios específicos da vida castrense.
24
ACERCA DAS CAUSAS EXCLUDENTES DO CRIME, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

a) No Código Penal Militar existe uma causa de justificação especial que é a discriminante do comandante de navio,
aeronave ou praça de guerra, concedendo autoridade ao comandante para compelir seus subordinados a realizarem
manobras e serviços urgentes, com a finalidade de salvaguardar quer vidas humanas, quer a própria unidade.

b) O estrito cumprimento do dever legal é causa de exclusão de ilicitude, prevista no Código Penal Militar de 1969,
que não o conceitua, assim como não é conceituado no Código Penal. Ambos, porém, definem o estado de necessidade
e a legítima defesa.

c) No direito militar pátrio, em matéria de legítima defesa, em que pese ser permitida a repulsa à “agressão, atual ou
iminente, a direito próprio ou de outrem”, serão sempre considerados elementos constitutivos do crime: a qualidade
de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia ou plantão, quando a
ação é praticada em repulsa à agressão.

d) A diferença entre o estado de necessidade como excludente de culpabilidade e o estado de necessidade como
excludente do crime, quanto aos requisitos que os constituem, é que, neste, o agente não era legalmente obrigado a
arrostar o perigo e, naquele, não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa.

25
ACERCA DO CONCURSO DE AGENTES (CONCURSO DE PESSOAS) E DO CRIME CONTINUADO, CONSIDERE AS
PROPOSIÇÕES ABAIXO E ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.

I – O legislador, tanto do Código Penal como do Código Penal Militar, adotando o princípio do nullum crimen sine
culpa como parâmetro de toda a reforma penal, previu a participação de crime menos grave – também chamada de
cooperação dolosamente distinta, segundo a qual, “se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave,
ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado
menos grave”.
II – Em termos de concurso de agentes, o Código Penal Militar de 1969 adotou uma teoria monista temperada ou
mitigada, permitindo a distinção entre os concorrentes.
III – Antenor agride Carlos, deixando-o prostrado no chão e vai embora. Benício vem e furta os objetos de Carlos.
Ocorre autoria colateral. Antenor responde pelas lesões; e Benício responde por furto, se não houve ajuste. Havendo
ajuste, respondem os dois por roubo.
IV – O crime continuado é tratado de forma mais severa no CPM (art. 80) do que a prevista no Código Penal comum
(art. 71). Assim, em que pese o caráter especial da norma penal militar, é possível aplicar o dispositivo do CP ao caso
concreto, por analogia da norma penal mais benéfica.
a) I, II, III e IV estão corretas.
b) I e II estão corretas, III e IV estão erradas.
c) I e IV estão erradas.
d) II e III estão erradas.

26
ANALISE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO E ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.
I – Um cadete da PM, com 17 anos de idade, durante o desfile de 7 de setembro, desentende-se com um cadete do
Exército, que estava em forma no pelotão ao lado do seu, desferindo no militar do EB um golpe com a coronha do
fuzil, lesionando-o gravemente (CPM, art. 209, § 1º). A competência para processo e julgamento é da Justiça Militar
da União.
II – Militar de 17 anos, desde que tenha desenvolvimento psíquico suficiente para entender o caráter ilícito do fato e
determinar-se de acordo com esse entendimento (CPM, art. 50) é penalmente imputável. A norma penal militar está
em consonância com o art. 5º, § 2º, da Lei do Serviço Militar [será permitida a prestação do serviço militar como
voluntário a partir dos 17 anos de idade] e, com o art. 5º, parágrafo único, inciso III, do Código Civil de 2002 [cessa,
para os menores, a incapacidade, pelo exercício de emprego público efetivo]
III – O Código Penal Militar, na esteira do revogado Código Penal comum de 1969 (revogado sem nunca entrar em
vigor), acabou com as medidas de segurança para imputáveis e aboliu o sistema do duplo binário para semi-
imputáveis, substituindo-o pelo denominado sistema vicariante, segundo o qual, o juiz ou impõe pena ou medida de
segurança, vedada a cumulação de ambas.
IV – Tanto no Código Penal comum, como no Código Penal Militar, a emoção como a paixão não excluem a
imputabilidade penal.
a) I, II, III e IV estão corretas
b) I e II estão corretas e III e IV estão erradas
c) a III está correta e a IV está errada
d) a I está errada e a IV está correta

27
ANALISE AS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

a) O crime de desacato a superior (art. 298, CPM) é crime militar próprio, que exige do agente a circunstância de
caráter pessoal de ser militar, mais que isso, a de ser subordinado (inferior) da vítima, ainda que de igual posto ou
graduação.

b) O furto é um crime patrimonial, já o peculato-furto é um crime funcional.

c) Com exceção da modalidade culposa, no crime de ingresso clandestino (CPM, art. 302), é exigido um dolo específico
de penetração na área militar por onde seja defeso.

d) No crime militar de excesso de exação (CPM, art. 306), caracterizado pela cobrança onde houve emprego de meio
vexatório ou gravoso, não autorizado por lei, não há ofensa patrimonial ao contribuinte.

28
ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

a) A doutrina se refere à corrupção subsequente, onde a entrega da vantagem indevida é posterior. A corrupção
subsequente somente é possível de acontecer na forma passiva e será inadmissível na sua forma ativa.

b) O Supremo Tribunal Federal vem, reiteradamente, negando habeas corpus para invalidar o procedimento penal
instaurado contra civil acusado de crime militar – suposto uso de documento alegadamente falso (CPM, art. 315),
caderneta de inscrição e registo (CIR) emitida pela Marinha do Brasil – considerando que, mesmo sendo a
referida licença de natureza civil, sobressai o caráter especial da jurisdição penal militar sobre civis em tempo de paz
(CF, art. 124).
c) No crime militar de falsa identidade (CPM, art. 318), em que pese o quantum da pena (detenção, de três meses a
um ano), não se aplica o instituto da infração de menor potencial ofensivo, da Lei 9.099 de 1995, que criou os Juizados
Especiais Criminais.

d) O crime de uso de documento pessoal alheio (CPM, art. 317) é de natureza subsidiária, sendo conditio sine qua
non que o fato atente contra a Administração ou Serviço Militar.

29
ANALISE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO E ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

a) No crime de recusa de função militar (CPM, art. 340), cujo sujeito ativo é o militar ou assemelhado, a recusa torna-
se atípica para este último, desde que haja motivo legal para tanto (CPPM, artigos 37 e 38).

b) Atualmente, a única hipótese de presença de assemelhado, a que se refere o crime de recusa de função na Justiça
Militar, é a do PM Temporário, cuja criação foi autorizada pela lei federal nº 10.029 de 20.10.2000.

c) No crime militar de desacato à autoridade judiciária (CPM, art. 341), o IPM pode ser dispensado, salvo diligência
requisitada pelo Ministério Público.

d) No crime militar de coação (CPM, art. 342), se da violência decorre lesão corporal, esta é absorvida pela coação em
si.

29
ANALISE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO E ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

a) Aquele que der causa a instauração de um Conselho de Justificação (investigação administrativa) contra alguém,
imputando-lhe o cometimento de falta administrativa de que o sabe inocente, comete o crime militar de denunciação
caluniosa (CPM, art. 346).

b) A comunicação falsa de crime (CPM, art. 344), cuja pena é de detenção, de trinta dias até seis meses de detenção,
inclui-se na categoria de infração de menor potencial ofensivo.

c) No crime de falso testemunho ou falsa perícia, a retratação do agente é condição resolutiva da punibilidade.

d) No crime de favorecimento pessoal (CPM, art. 350), se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, tutor ou
curador do criminoso, fica isento de pena.

30
ACERCA DAS ALTERAÇÕES NO PRAZO PRESCRICIONAL DA PRETENSÃO PUNITIVA, ANALISE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO
E ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.

I – Com a edição da Lei nº 12.234/2010, a prescrição retroativa, no CP, acabou pela metade.
II – A Lei nº 12.234/2010, também alterou o inciso VII, do art. 109 do CP, aumentando o menor prazo prescricional em
abstrato, que de 2(dois) passou para 3(três) anos, quando o máximo da pena for inferior a 1(um) ano. Seus efeitos, a
toda evidência são ex tunc.
III – Enquanto estiver na condição de trânsfuga, a extinção da punibilidade do desertor ocorrerá somente aos 45 anos
para praças e 60 para oficiais (CPM, art. 132). Tendo se apresentado ou sido capturado, ao ser recebida a denúncia a
prescrição passa a reger-se pela regra geral do CPM, art. 125, VI, combinado com seu § 2º, letra 'c'.
IV – Se o militar processado por deserção comete nova deserção, e agora como civil, retorna à condição de trânsfuga,
o processo que estava em andamento será suspenso pela falta de condição de procedibilidade (ser militar),
suspendendo-se, igualmente, o prazo prescricional.

a) I, II e III estão erradas, e IV está correta


b) I e III estão erradas
c) I está correta e IV está errada
d) II está correta e III está errada

31
REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS PARA SOLUÇÃO DA QUESTÃO.

Constituição Federal:

Art. 84 Compete privativamente ao Presidente da República:

XIX- declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado
por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar total ou
parcialmente, a mobilização nacional.

Código Penal Militar:


Crimes militares em tempo de paz

Art. 9°.

parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil
serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação militar realizada na
forma do artigo 303 da Lei 7.565, de 19 de dezembro de 1986- Código Brasileiro de Aeronáutica.

Crimes militares em tempo de guerra

Art. 10. Consideram-se crimes militares em tempo de guerra:

I- os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra;


II- os crimes militares para o tempo de paz;
III- os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou
especial, quando praticados, qualquer que seja o agente:
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as
operações militares ou, de qualquer forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem
expô-lo a perigo;
IV- os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando
praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado.

Tempo de guerra

Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração ou o
reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele
reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades.
Hostilidade contra país estrangeiro

Art. 136. Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a perigo de guerra:

Pena – reclusão, de 08 (oito) a 15 (quinze) anos.

Resultado mais grave

§ 1º Se resulta ruptura de relações diplomáticas, represália ou retorsão:

Pena- Reclusão, de 10 (dez) a 24 (vinte e quatro) anos.

§ 2° Se resulta guerra:

Pena- reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Espionagem

Art. 366. Praticar qualquer dos crimes previstos nos arts. 143 e seu § 1º , 144 e seus §§ 1º e 2°, e 146, em
favor do inimigo ou comprometendo a preparação, a eficiência ou as operações militares:

Pena- morte, grau máximo; reclusão, de 20 (vinte) anos, grau mínimo.

Caso de concurso:

parágrafo único. No caso de concurso por culpa, para execução do crime previsto no art. 143, § 2°, ou de
revelação culposa (art. 144, § 3º ):

Pena- reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.

Evasão de prisioneiro

Art. 395. Evadir-se o prisioneiro de guerra e voltar a tomar armas contra o Brasil ou Estado aliado:

Pena- morte, grau máximo; reclusão, de 20 (vinte) anos, grau mínimo.

Parágrafo único. Na aplicação deste artigo, serão considerados os tratados e as convenções


internacionais aceitos pelo Brasil relativamente ao tratamento dos prisioneiros de guerra.

Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986.

Art. 14. No tráfego de aeronaves no espaço aéreo brasileiro, observam-se as disposições estabelecidas nos
Tratados, Convenções e Atos Internacionais de que o Brasil seja parte (artigo 1º, § 1º), neste Código (artigo
1º, § 2°) e na legislação complementar (artigo 1º, § 3º).

§ 1º Nenhuma aeronave militar ou civil a serviço de Estado estrangeiro e por este diretamente utilizada
(artigo 3º , I) poderá, sem autorização, voar no espaço aéreo brasileiro ou aterrissar no território subjacente.

§ 2° É livre o tráfego de aeronave dedicada a serviços aéreos privados (artigos 177 a 179), mediante
informações prévias sobre o vôo planejado (artigo 14, § 4°).
§ 3º A entrada e o tráfego no espaço aéreo brasileiro, da aeronave dedicada a serviços aéreos públicos (artigo
175), dependem de autorização, ainda que previstos em acordo bilateral (artigos 203 a 213).

§ 4° A utilização do espaço aéreo brasileiro, por qualquer aeronave, fica sujeita às normas e condições
estabelecidas, assim como às tarifas de uso das comunicações e dos auxílios à navegação aérea em rota
(artigo 23)

§ 5° Estão isentas das tarifas previstas no parágrafo anterior as aeronaves pertencentes aos aeroclubes.

§ 6° A operação de aeronave militar ficará sujeita às disposições sobre a proteção ao vôo e ao tráfego aéreo,
salvo quando se encontrar em missão de guerra ou treinamento em área específica.

Art. 303. A aeronave poderá ser detida por autoridades aeronáuticas, fazendárias ou da Polícia Federal, nos
seguintes casos:

I- se voar no espaço aéreo brasileiro com infração das convenções ou atos internacionais, ou das
autorizações para tal fim;
II- se, entrando no espaço aéreo brasileiro, desrespeitar a obrigatoriedade de pouso em aeroporto
internacional;
III- para exame dos certificados e outros documentos indispensáveis;
IV- para verificação de sua carga de restrição legal (artigo 21) ou de porte proibido de equipamento
(parágrafo único do artigo 21);
V- para averiguação de ilícito.

§ 1º A autoridade aeronáutica poderá empregar os meios que julgar necessários para compelir a aeronave
a efetuar o pouso no aeródromo que lhe for indicado.

§ 2° esgotados os meios coercitivos legalmente previstos, a aeronave será classificada como hostil, ficando
sujeita à medida de destruição, nos casos dos incisos do caput deste artigo e após autorização do Presidente
da República ou autoridade por ele delegada.

§ 3º A autoridade mencionada no § 1º responderá por seus atos quando agir com excesso de poder ou com
espírito emulatório.

ESTATUTO DE ROMA:

Artigo 8°

Crimes de Guerra

1. O Tribunal terá competência para julgar os crimes de guerra, em particular quando cometidos como parte
integrante de um plano ou de uma política ou como parte de uma prática em larga escala desse tipo de
crimes.

2. Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "crimes de guerra":

a) as violações graves às Convenções de Genebra, de 12 de agosto de 1949, a saber, qualquer um dos


seguintes atos, dirigidos contra pessoas ou bens protegidos nos termos da Convenção de Genebra que for
pertinente:
iv) destruição ou a apropriação de bens em larga escala, quando não justificadas por quaisquer necessidades
militares e executadas de forma ilegal e arbitrária;

b) outras violações graves das leis e costumes aplicáveis em conflitos armados internacionais no âmbito do
direito internacional, a saber, qualquer um dos seguintes atos:

ii) dirigir intencionalmente ataques a bens civis, ou seja bens que não sejam objetivos militares;

v) atacar ou bombardear, por qualquer meio, cidades, vilarejos, habitações ou edifícios que não estejam
defendidos e que não sejam objetivos militares;

ix) dirigir intencionalmente ataques a edifícios consagrados ao culto religioso, à educação, às artes, às
ciências ou à beneficência, monumentos históricos, hospitais e lugares onde se agrupem doentes e feridos,
sempre que não se trate de objetivos militares;

xiii) destruir ou apreender bens do inimigo, a menos que tais destruições ou apreensões sejam
imperativamente determinadas pelas necessidades da guerra;

xxiii) utilizar a presença de civis ou de outras pessoas protegidas para evitar que determinados pontos, zonas
ou forças militares sejam alvo de operações militares;

xxiv) dirigir intencionalmente ataques a edifícios, material, unidades e veículos sanitários, assim como o
pessoal que esteja usando os emblemas distintivos das Convenções de Genebra em conformidade com o
direito internacional;

xxv) provocar deliberadamente a inanição da população civil como método de guerra, privando-a dos bens
indispensáveis à sua sobrevivência, impedindo, inclusive, o envio de socorros, tal como previsto nas
Convenções de Genebra;

ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:


I - O conceito de conflito armado internacional dado pelos tratados de direito internacional dos conflitos armados
encontra plena correspondência no Código Penal Militar, como se pode observar dos artigos 10 e 15 do CPM. Dessa
forma, o crime do artigo 366 do CPM pode se caracterizar em sede de ataque de uma força militar estrangeira contra
organizações militares das Forças Armadas brasileiras, dentro do território nacional, ainda que não haja declaração de
guerra.
II - O crime do artigo 136 do CPM se aplica ao militar das Forças Armadas brasileiras que, mesmo não atuando em
nome da República Federativa do Brasil, ultrapasse as nossas fronteiras, e realize um ataque contra uma organização
militar estrangeira de país vizinho. Perante o direito internacional dos conflitos armados, contudo, o ataque, para
caracterizar uma situação de conflito armado internacional, deve ser realizado em nome do Estado beligerante ou
organização equivalente capaz de desencadear um ataque.
III - No caso do item anterior, mesmo não tendo o ataque sido realizado em nome da República Federativa do Brasil,
caso a resposta do Estado vítima do ato de hostilidade praticado pelo agente do crime do artigo 136 do CPM constitua
em contra-ataque, ainda que não caracterizado o estado de guerra, tal como exigido pela ordem jurídica brasileira,
configurada estará a condição de maior punibilidade do § 2° do referido dispositivo.
IV - a condição pessoal de militar das Forças Armadas brasileiras, servindo em alguma unidade da fronteira, que atue
na conformidade das elementares do artigo 136 do CPM, atacando uma unidade estrangeira do país vizinho, porém
assim fazendo em nome próprio, sem qualquer autorização da República Federativa do Brasil, não permite a
caracterização do conflito armado internacional e, pela mesma razão, não preenche as elementares do tipo
mencionado.

a) I e II estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas
c) apenas a II está correta.
d) apenas a IV está correta.

33
IMAGINE-SE UM CENÁRIO DE CONFLITO ARMADO INTERNACIONAL EM QUE O BRASIL SEJA UM PAÍS NEUTRO E O
NOSSO ESPAÇO AÉREO FOI INVADIDO POR UMA AERONAVE SANITÁRIA MILITAR DE UM DOS PAÍSES BELIGERANTES,
INEXISTINDO ACORDO ENTRE O BRASIL E A REFERIDA POTÊNCIA BELIGERANTE SOBRE SOBREVOO DO TERRITÓRIO
NACIONAL NESSAS CIRCUNSTÂNCIAS. EMBORA DEVIDAMENTE SINALIZADA A AERONAVE SANITÁRIA, O PILOTO,
UM OFICIAL AVIADOR, INVADIU O ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO DE FORMA CONSCIENTE, E DELIBERADAMENTE
RECUSOU-SE A ATENDER TODAS AS ORDENS DO AVIADOR MILITAR BRASILEIRO DE SE IDENTIFICAR E ATERRISSAR
PARA INSPEÇÃO, MESMO TENDO-O AVISTADO E OUVIDO OS AVISOS VIA RÁDIO. ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA COM RELAÇÃO ÀS POSSÍVEIS PROVIDÊNCIAS ADOTADAS PELA FORÇA AÉREA BRASILEIRA E SEUS REFLEXOS
NO DIREITO INTERNACIONAL DOS CONFLITOS ARMADOS E NO DIREITO PENAL MILITAR:

I - O aviador da Força Aérea Brasileira, mesmo diante da recalcitrância do piloto do avião militar sanitário do inimigo,
não poderia efetuar o tiro de destruição dessa aeronave, pois se trata de pessoa e bem protegido, não se aplicando
os §§1° e 6° do artigo 14 da Lei 7.565/86.
II - O piloto brasileiro que realizar o tiro de destruição na situação acima descrita, embora no contexto de ação militar
em hipótese de conflito armado internacional, deve fazê-lo observando as disposições do artigo 303 da Lei 7.565/86,
do contrário, cometerá crime comum, na conformidade do parágrafo único do artigo 9° do CPM, com a redação dada
pela Lei 12.432/11.
III - Caso seja realizado o tiro de destruição contra a aeronave sanitária militar, este ato será considerado ato hostil
para todos os efeitos do direito internacional dos conflitos armados, caracterizando outro conflito armado
internacional, tornando o Brasil parte e, portanto, abandonando a posição de país neutro.
IV - a aeronave estrangeira militar, no caso mencionado, de acordo com o direito de guerra, está navegando por sua
conta e risco.

a) todas estão erradas.


b) apenas a IV está correta.
c) apenas a II está correta.
d) apenas a I está correta.

34
SOBRE CRIMES DE GUERRA E CRIMES MILITARES, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

I - O crime do artigo 395 do CPM aplica-se ao prisioneiro de guerra em caso de evasão bem- sucedida.
II - Os crimes militares, quando ocorridos em conflitos armados internacionais não declarados, são tratados como
crimes militares em tempo de guerra no CPM. A caracterização do crime militar afasta a caracterização do mesmo
comportamento como crime de guerra no Estatuto de Roma.

III - Civis do país inimigo que, durante a ocupação parcial de seu território pela tropa brasileira, em um conflito armado
internacional que não foi objeto de declaração formal, não estando agrupados em movimentos de resistência, na
conformidade da definição dada no direito de guerra, ataquem militares brasileiros na zona de ocupação, cometem
crime militar na conformidade do artigo 9° , III, ¨d¨ c/c o artigo 205 do CPM. Nesse caso, não pode haver a transferência
do acusado para o nosso país para se ver processado e condenado pela justiça militar federal, pois tal procedimento
pode ser considerado deportação, inclusive, na conformidade do Estatuto de Roma.

IV - A organização da população civil em movimentos de resistência em território ocupado por força armada
estrangeira não é reconhecida pelo direito de guerra, razão pela qual seus integrantes não preenchendo o conceito
de combatente, sempre terão os atos de violência que praticarem contra o inimigo caracterizados como crime de
guerra. Isso só não acontece quando se trate de invasão.

a) todas estão erradas.


b) apenas a II e IV estão corretas.
c) apenas a III está correta.
d) apenas a IV está errada.

35
Com relação a tempo e lugar do crime, bem como à territorialidade e extraterritorialidade da lei penal militar, assinale
a opção correta à luz do CPM e da doutrina de referência.

a) No que se refere à aplicação da lei penal militar no espaço, adota-se no CPM, de forma expressa, os princípios da
justiça universal ou cosmopolita, da personalidade ou nacionalidade e da defesa real.

b) No CPM, é adotada a teoria mista em relação ao tempus delictis, considerando-se praticado o crime tanto no
momento da conduta ou omissão quanto no momento do resultado do crime.

c) Para os crimes permanentes e continuados, é estabelecida no CPM regra específica em relação ao tempo do crime,
adotando-se a teoria da atividade, que se fundamenta nos princípios constitucionais da legalidade e da ultratividade
da lei penal mais favorável ao réu.

d) Diferentemente do sistema adotado no CP, no CPM considera-se lugar do crime apenas o lugar onde se tenha
produzido ou deveria produzir-se o resultado, consoante a teoria do resultado.

e) A extraterritorialidade da lei penal militar constitui regra geral no CPM, a qual se aplica, inclusive, ao caso de o
agente — de qualquer nacionalidade — ter praticado crime militar e estar sendo processado ou ter sido julgado por
justiça estrangeira.

36
Com base no CPM e em sua interpretação doutrinária, assinale a opção correta com relação a erro de direito, erro de
fato, erro determinado por terceiro, aberratio delicti, aberratio ictus e aberratio causae.

a) A aberratio delicti, figura prevista expressamente no CPM, tem origem necessária com a ocorrência da aberratio
causae e resulta em um erro persona in rem.
b) A aberratio ictus constitui erro na execução e difere do erro sobre a pessoa, ambos previstos expressamente na
norma penal militar, em duas circunstâncias assinaladas pela doutrina: no erro sobre a pessoa, não há concordância
entre a realidade do fato e a representação do agente; na aberratio ictus, a pessoa visada pelo agente sofre perigo de
dano, o que não ocorre no erro sobre a pessoa.

c) O erro de direito, que se configura quando o agente supõe lícito o fato ilícito, classifica-se em direto, se cometido
por agente que ignora os preceitos normativos, e indireto, se praticado por agente que interpreta erroneamente a lei
penal. Em ambos os casos, exclui-se a culpabilidade do agente, salvo se o ato praticado constituir crime que atente
contra o dever militar.

d) Os erros de fato essencial e acidental excluem o dolo. Em caso de erro de fato essencial, o agente será isento da
pena; em caso de erro de fato acidental, o agente será punido a título de culpa, se o fato for punível como crime
culposo.

e) Nos casos de erro de direito e de erro de fato determinado por terceiro, o agente responderá por culpa, em caso
de erro invencível; e o terceiro provocador, por dolo, em qualquer situação.

37
Acerca da prescrição, assinale a opção correta à luz do CPM.

a) É causa de redução, pela metade, dos prazos prescricionais da pretensão punitiva em favor de condenado a mora
no julgamento a ser aferida na data da prolação da sentença penal condenatória ou do acordão.

b) O curso da prescrição executória é suspenso enquanto o condenado estiver preso por outro motivo e é
interrompido pelo início ou continuação do cumprimento da pena ou pela reincidência.

c) Interrompe-se a prescrição pelo recebimento da denúncia e pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis, o que produz efeito relativamente a todos os autores do crime.

d) São causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva: a existência de questão prejudicial obrigatória, o fato
de o agente encontrar-se cumprindo pena no estrangeiro e a captura do desertor e do insubmisso.

e) A prescrição da pretensão executória para as penas principais e acessórias é regulada pelo tempo fixado na
sentença, computando-se nos mesmos prazos estabelecidos para a prescrição em abstrato, com o aumento de um
terço desses prazos se o condenado for reincidente específico em crimes militares.

38
Em relação ao concurso de agentes e de crimes no direito penal militar, assinale a opção correta.

a) No tocante ao concurso de agentes, o CPM adota a teoria pluralista, distinguindo de forma expressa as categorias
de autor, coautor e partícipe.

b) De acordo com a doutrina majoritária, o civil poderá ser coautor em crime militar próprio, pois, também de acordo
com a mesma doutrina, a circunstância de caráter pessoal (ser militar e superior da vítima) pode comunicar-se ao
coautor.

c) No que tange ao concurso de crimes, o CPM adota idêntico sistema do CP, prevendo a punição do agente com a
exasperação da pena no concurso homogêneo.

d) Em relação ao crime continuado, há no CPM disposição diversa daquela prevista no CP, vedando-se de forma
expressa o reconhecimento da continuidade delitiva nos crimes contra a pessoa, ainda que estes sejam perpetrados
contra a mesma vítima.
e) Tratando-se de concurso de agentes, as circunstâncias e as condições de natureza pessoal são elementos essenciais
à infração penal, uma vez que definem o liame entre as pessoas e a qualidade e quantidade da pena a ser imposta a
cada agente.

39
No que tange aos crimes militares de insubmissão e de deserção, assinale a opção correta.

a) Em se tratando de crime de insubmissão, o CPM isenta o réu de pena se há, por parte deste, ignorância ou a errada
compreensão dos atos dirigidos ao chamamento do dever militar, quando esses atos forem escusáveis; e exclui
igualmente de pena nos casos de favorecimento real ou pessoal ao insubmisso, se o agente favorecedor for
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso.

b) A consumação do delito de deserção, em todas as suas espécies, ocorre após o transcurso de oito dias de ausência
do militar.

c)O CPM afasta a escusa absolutória nos casos de favorecimento real ou pessoal quando da prática do crime de
deserção, ainda que o favorecimento seja cometido em favor de ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do
criminoso.

d) Tratando-se de crime de deserção propriamente dita ou clássica, pela ausência do militar, sem licença, da unidade
em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias, a contagem do prazo de graça inicia-se no
dia seguinte ao dia da verificação da ausência, enquanto o dia final é contado por inteiro.

e) O crime de insubmissão é caracterizado pela recusa do agente em obedecer a ordem do superior sobre assunto ou
matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução.

40
No que concerne a alguns crimes contra a autoridade ou disciplina militar, assinale a opção correta.

a) Para a tipificação dos crimes de violência contra superior e contra militar de serviço, exige-se a condição de militar
do sujeito ativo.

b) No que se refere ao crime de revolta — que consiste na prática dos atos que caracterizam o motim, acrescido do
uso de armas pelos agentes —, o CPM prevê agravamento de pena para os cabeças e atribui essa condição de
proeminência aos oficiais que participarem do movimento.

c) Para a configuração do crime militar de motim, exige-se a reunião de mais de três militares com o objetivo específico
de subverter a ordem, de ofender a hierarquia e a disciplina.

d) Admite-se o civil como sujeito ativo do crime de aliciação para motim, que se consuma com o mero convite para a
prática do crime.

e) Para sua consumação o incitamento — que é o chamamento de militares para a prática de crimes diversos do motim
e da revolta, não compreendendo ato de indisciplina —, são necessários o assentimento e a prática das infrações pelo
incitado.

Direitos Humanos
01
De acordo com a legislação penal especial, assinale a opção correta.
a) Comete o crime de tortura aquele que, tendo o dever de evitar a conduta, se mantém omisso ao tomar ciência ou
presenciar pessoa presa ser submetida a sofrimento físico ou mental, por meio da prática de ato não previsto
legalmente.

b) A autoridade policial pode praticar a ação controlada — que consiste no retardamento da intervenção policial para
aguardar o momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações — independentemente de prévia
comunicação ao juiz competente.

c) Será interditado do exercício da atividade pública por igual período ao da pena privativa de liberdade prevista no
Código Penal para o crime de lavagem de dinheiro o indivíduo que, exercendo cargo ou função pública de qualquer
natureza, for condenado pela prática de tal crime.

d) Sendo o servidor público condenado por crime de abuso de autoridade, será decretada a perda do cargo e a sua
inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública pelo prazo de até cinco anos.

e) Em qualquer hipótese, configura-se o crime de disparo de arma de fogo disparar arma de fogo com a finalidade de
praticar outro crime.

02
Com base no disposto na legislação especial penal e processual penal, assinale a opção correta.

a) Oferecida a denúncia pelo MP, caberá exclusivamente ao representante do parquet o indiciamento do autor do
crime, caso isso não se tenha realizado na fase inquisitória.

b) O delito de maus tratos com lesão corporal grave praticado contra idoso segue o rito sumaríssimo previsto na Lei
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, vedada, no entanto, a aplicação dos institutos da transação penal e da
suspensão condicional do processo.

c) É de competência exclusiva da polícia civil a investigação do crime de extorsão mediante sequestro de prefeito, se
praticado em razão da função pública exercida pela vítima.

d) Em regra, o indiciado civilmente identificado não poderá ser submetido a identificação criminal no inquérito policial,
sendo possível tal procedimento, de forma excepcional, somente se judicialmente autorizado.

e) O sigilo do inquérito policial se estende ao advogado somente até a fase do indiciamento do representado, após o
que será autorizado o acesso a todas as peças já produzidas nos autos, incluindo-se as diligências ainda não
documentadas.

03
Se, com o objetivo de obter confissão, determinado agente de polícia, por meio de grave ameaça, constranger pessoa
presa, causando-lhe sofrimento psicológico,

a) e a vítima for adolescente, o crime será qualificado.


b) estará configurada uma causa de aumento de pena.
c) a critério do juiz, a condenação poderá acarretar a perda do cargo.
d) provado o fato, a pena será de detenção.
e) quem presenciar o crime e se omitir, incorrerá na mesma pena do agente.

04
Constitui crime contra o idoso punível com detenção

a) obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade.


b) induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração.

c) deixar de cumprir, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte pessoa
idosa.

d) discriminar pessoa idosa, dificultando seu acesso a operações bancárias.

e) lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal.

05
No que concerne ao crime de tortura, assinale a opção correta.

a) O indivíduo que se omite ante a prática de tortura quando deveria evitá-la responde igualmente pela conduta
realizada.

b) A legislação especial brasileira concernente à tortura aplica-se somente aos crimes ocorridos em território nacional.

c) No crime de tortura, a prática contra adolescente é causa de aumento de pena de um sexto até um terço.

d) A condenação de funcionário público por esse crime gera a perda do cargo, desde que a sentença assim determine
e que a pena aplicada seja superior a quatro anos.

e) A submissão de pessoa presa a sofrimento físico ou mental por funcionário público que pratique atos não previstos
em lei exige o dolo específico.

06
Caso um escritor publique um livro que contenha afirmações discriminatórias contra determinada comunidade étnica,

a) o escritor não poderá ser condenado por racismo, em razão do princípio da liberdade de expressão, conforme
expresso pela lei pertinente aos crimes de racismo.

b) os exemplares desse livro que estejam em circulação poderão ser imediatamente recolhidos, por ordem judicial.

c) os exemplares existentes do livro não poderão ser destruídos por ordem judicial, mesmo após sentença transitada
em julgado, por terem constituído prova da materialidade do delito.

d) somente membros da comunidade étnica discriminada terão legitimidade para ingressar com ação judicial contra
o escritor do livro.

e) todos os indivíduos que adquirirem o referido livro serão, em consequência dessa compra, sujeitos ativos de crime
resultante de preconceito de raça.

07
João, servidor público estadual, no exercício da função e em razão de preconceito de cor, raça e religião, impediu
o ingresso de um aluno no estabelecimento de ensino público onde era lotado. Lúcio, dono de um estabelecimento
comercial, se negou, por motivos semelhantes ao de João, a atender determinado cliente. Com base na lei sobre crimes
resultantes de preconceito de cor, raça e religião, João estará sujeito à perda do cargo, e o funcionamento do
estabelecimento de Lúcio poderá ser suspenso por prazo não superior a três meses.
Nessas situações hipotéticas, os efeitos de eventuais condenações

a) não serão automáticos para João, devendo ser motivadamente declarados na sentença, mas serão automáticos
para Lúcio.
b) serão automáticos tanto para João quanto para Lúcio, não havendo necessidade de serem motivadamente
declarados nas sentenças.

c) não serão automáticos nem para João nem para Lúcio, devendo ser motivadamente declarados nas sentenças.

d) serão automáticos tanto para João quanto para Lúcio, devendo ser motivadamente declarados nas sentenças.

08
Uma jovem de vinte e um anos de idade, moradora da região Sudeste, inconformada com o resultado das eleições
presidenciais de 2014, proferiu, em redes sociais na Internet, diversas ofensas contra nordestinos. Alertada de que
estava cometendo um crime, a jovem apagou as mensagens e desculpou-se, tendo afirmado estar arrependida. Suas
mensagens, porém, têm sido veiculadas por um sítio eletrônico que promove discurso de ódio contra nordestinos.
No que se refere à situação hipotética precedente, assinale a opção correta, com base no disposto na Lei n.º
7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça e cor.

a) Independentemente de autorização judicial, a autoridade policial poderá determinar a interdição das mensagens
ou do sítio eletrônico que as veicula.

b) Configura-se o concurso de pessoas nessa situação, visto que o material produzido pela jovem foi utilizado por outra
pessoa no sítio eletrônico mencionado.

c) O crime praticado pela jovem não se confunde com o de injúria racial.

d) Como se arrependeu e apagou as mensagens, a jovem não responderá por nenhum crime.

e) A conduta da jovem não configura crime tipificado na Lei n.º 7.716/1989.

09
De acordo com a Lei n.º 10.741/2003, a retenção, sem justo motivo, de cartão magnético de conta bancária relativa a
benefícios de pessoa idosa é considerada

a) crime de ação penal pública incondicionada.


b) infração administrativa.
c) crime punível com reclusão, seja a conduta culposa, seja ela dolosa.
d) fato atípico, pois constitui conduta que não pode ser considerada crime.
e) contravenção penal.

10
À luz das disposições da Lei n.º 9.455/1997, que trata dos crimes de tortura, assinale a opção correta.

a) O fato de o agente constranger um indivíduo mediante violência ou grave ameaça, em razão da orientação sexual
desse indivíduo, causando-lhe sofrimento físico ou mental, caracteriza o crime de tortura na modalidade
discriminação.

b) O delegado que se omite em relação à conduta de agente que lhe é subordinado, não impedindo que este torture
preso que esteja sob a sua guarda, incorre em pena mais branda do que a aplicável ao torturador.

c) A babá que, mediante grave ameaça e como forma de punição por mau comportamento durante uma refeição,
submeter menor que esteja sob sua responsabilidade a intenso sofrimento mental não praticará crime de tortura por
falta de tipicidade, podendo ser acusada apenas de maus tratos.
d) O crime de tortura admite qualquer pessoa como sujeitos ativo ou passivo; assim, pelo fato de não exigirem
qualidade especial do agente, os crimes de tortura são classificados como crimes comuns.

e) Crimes de tortura são classificados como crimes próprios porque exigem, para a sua prática, a qualidade especial
de os agentes serem agentes públicos.

11
Da sentença penal se extraem diversas consequências jurídicas e, quando for condenatória, emergem-se os efeitos
penais e extrapenais. Acerca dos efeitos da condenação penal, assinale a opção correta.

a) A licença de localização e de funcionamento de estabelecimento onde se verifique prática de exploração sexual de


pessoa vulnerável, em caso de o proprietário ter sido condenado por esse crime, não será cassada, dada a ausência
de previsão legal desse efeito da condenação penal.

b) A condenação por crime de racismo cometido por proprietário de estabelecimento comercial sujeita o condenado
à suspensão do funcionamento de seu estabelecimento, pelo prazo de até três meses, devendo esse efeito ser
motivadamente declarado na sentença penal condenatória.

c) Segundo o CP, constitui efeito automático da condenação a perda de cargo público, quando aplicada pena privativa
de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever
para com a administração pública.

d) A condenação por crime de tortura acarretará a perda do cargo público e a interdição temporária para o seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada, desde que fundamentada na sentença condenatória, não sendo efeito
automático da condenação.

e) A condenação penal pelo crime de maus-tratos, com pena de detenção de dois meses a um ano ou multa, ocasiona
a incapacidade para o exercício do poder familiar, quando cometido pelo pai contra filho, devendo ser motivado na
sentença condenatória, por não ser efeito automático.

12
Rui e Jair são policiais militares e realizam constantemente abordagens de adolescentes e homens jovens nos
espaços públicos, para verificação de ocorrências de situações de uso e tráfico de drogas e de porte de armas. Em uma
das abordagens realizadas, eles encontraram José, conhecido por efetuar pequenos furtos, e, durante a abordagem,
verificaram que José portava um celular caro. Jair começou a questionar a quem pertencia o celular e, à medida que
José negava que o celular lhe pertencia, alegando não saber como havia ido parar em sua mochila, começou a receber
empurrões do policial e, persistindo na negativa, foi derrubado no chão e começou a ser pisoteado, tendo a arma de
Rui direcionada para si. Como não respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular, José foi colocado na viatura
depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem
do celular, mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente levando-o para a delegacia no dia seguinte.
Nessa situação hipotética, à luz das leis que tratam dos crimes de tortura e de abuso de autoridade e dos crimes
hediondos,

a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime de lesão corporal.
b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e lesão corporal.
c) o fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de diminuição de pena.
d) os policiais cometeram o tipo penal denominado tortura-castigo.
e) caso venham a ser presos cautelarmente, Rui e Jair poderão ser soltos mediante o pagamento de fiança.
13
Maria, com setenta e cinco anos de idade, viúva, com diversos problemas de saúde, reside com a filha Ana, de
quarenta e oito anos de idade, e com o filho José, de cinquenta e dois anos de idade. Frequentemente, Maria e Ana
são vítimas de situações de violência praticadas por José, dependente de álcool há mais de vinte anos. Mãe e filha,
cansadas de serem agredidas física e verbalmente, foram à polícia e fizeram uma denúncia contra José.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta com base na Lei Maria da Penha — Lei n.º 11.340/2006
— e no Estatuto do Idoso — Lei n.º 10.741/2003.

a) O juiz somente poderá determinar o afastamento de José da residência da mãe após a conclusão do inquérito
policial.

b) Após o registro da ocorrência, a autoridade policial deve conceder, no prazo de vinte e quatro horas, medida
protetiva de urgência.

c) Tanto Maria quanto Ana pode entregar a José a intimação para comparecimento deste perante o juiz.

d) O Ministério Público poderá determinar que José seja incluído em programa oficial de tratamento de usuários
dependentes de drogas lícitas.

e) A prisão preventiva de José somente poderá ser decretada pelo juiz quando o inquérito policial estiver concluído.

14
Com base na legislação penal, assinale a opção correta.

a) A representação prevista na lei que trata dos crimes de abuso de autoridade é mera notícia do fato criminoso,
inexistindo condição de procedibilidade para a instauração da ação penal.

b) É facultado ao juiz determinar a cassação da licença de funcionamento do estabelecimento onde se verifique a


submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual, sem prejuízo das demais penas previstas
para o crime.

c) A perda do cargo ou função pública constitui efeito automático da condenação do servidor público acusado da
prática de crimes resultantes de preconceito de raça ou cor.

d) A coabitação entre os sujeitos ativo e passivo é condição necessária para a aplicação da Lei Maria da Penha no
âmbito das relações íntimas de afeto.

e) É crime hospedar em hotel, pensão, motel ou congênere criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou
responsável, ou sem autorização escrita destes ou da autoridade judiciária.

15
Assinale a opção correta a respeito das penas e efeitos da condenação previstos na Lei n.º 7.716/1989, que define os
crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor; na Lei n.º 9.455/1997, que define o crime de tortura; na Lei n.º
9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente; e na
Lei n.º 11.343/2006, que define normas para repressão ao tráfico ilícito de drogas.

a) A condenação por crime de tortura somente importará na perda do cargo, função ou emprego público em caso de
aplicação de regime semiaberto ou fechado para cumprimento de pena.

b) No caso de reincidência de pessoa jurídica na prática de crimes previstos na lei que reprime condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, será efeito automático da condenação a dissolução da pessoa jurídica
c) A perda do cargo ou função pública pelo servidor público está prevista como efeito da condenação por crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor, no entanto, para que isso ocorra, deve o juiz declará-lo motivadamente
na sentença.

d) O agente reincidente pelo crime de porte de substâncias entorpecentes sem autorização para consumo pessoal
deve ser punido com as penas de prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a
programa ou curso educativo que, cujo não cumprimento importará na conversão automática da pena em privativa
de liberdade.

e) Haverá incidência de causa especial de aumento de pena sempre que um dos crimes previstos na lei de
entorpecentes for praticado com emprego de arma de fogo.

16
Considerando as leis que tratam das contravenções penais, de abuso de autoridade, da tortura, dos crimes de trânsito
e dos crimes contra a ordem tributária, assinale a opção correta.

a) Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão ou habilitação, gerando perigo de dano,
é classificado como delito de perigo abstrato.

b) O prazo prescricional do delito material contra a ordem tributária começa a correr do dia da prática do fato
reputado como criminoso.

c) Na lei que trata das contravenções penais, não é previsto o instituto da suspensão condicional da pena.

d) Entre as sanções penais previstas na lei que dispõe sobre abuso de autoridade, incluem-se a perda do cargo público
e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até três anos.

e) O crime de tortura que resulta em lesão corporal de natureza grave ou gravíssima é punível conforme as penas
previstas para esse delito, acrescidas das referentes ao delito de lesão corporal grave ou gravíssima.

17
Assinale a opção correta, à luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de
cor e os crimes de tortura.

a) Considere que um policial civil, após infligir sofrimento mental mediante privação do sono, exija que o acusado de
roubo reconheça determinado homem como sendo seu comparsa. Nessa situação, o referido policial não cometeu o
delito de tortura, mas de constrangimento ilegal em concurso material com cárcere privado.

b) Por se tratar de crime próprio, o crime de tortura é caracterizado pelo fato de o agente que o pratica ser funcionário
público.

c) Considera-se crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, por ele respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem.

d) Aquele que pratica racismo responderá por crime inafiançável e imprescritível, sujeitando-se à pena de reclusão
prevista na lei.

e) Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura, quando tinha o dever de evitá-la ou
apurá-la, será punido com as mesmas penas do autor do crime de tortura.

18
A respeito dos crimes de tortura e de abuso de autoridade, assinale a opção correta.
a) A tortura, o racismo e as ações de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democrático são delitos
imprescritíveis, de acordo com previsão constitucional.

b) O crime de tortura, na modalidade de constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico e mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima, é delito próprio, que
só pode ser cometido por quem possua autoridade, guarda ou poder sobre a vítima.

c) A condenação de agente público por delito previsto na Lei de Tortura acarreta, como efeito extrapenal automático
da sentença condenatória, a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro
do prazo da pena aplicada, segundo entendimento do STJ.

d) A representação dirigida ao MP, com a exposição do fato com todas as suas circunstâncias, prevista na Lei de Abuso
de Autoridade, constitui autorização do ofendido ou de seu representante legal para a propositura da ação penal
pública, ou seja, é condição de procedibilidade, sem a qual o MP está impedido de oferecer a denúncia

e) Deve responder pelo delito de abuso de autoridade o juiz que, sem justa causa, deixar de ordenar a imediata
liberação de adolescente ilegalmente apreendido

19
Ronaldo, maior e capaz, desconfiado de suposta traição de sua companheira Sílvia, constrangeu-a, no seu local de
trabalho, mediante violência, causando-lhe grave sofrimento mental e lesões corporais leves, com o fim de obter a
confissão da relação extraconjugal e informações acerca do suposto amante.

Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta no que diz respeito aos crimes previstos na lei que dispõe
sobre a tortura e aos preceitos legais estabelecidos na lei que trata da violência doméstica e familiar, em face das
disposições do CP.

a) A norma extravagante que trata da violência doméstica não pode incidir sobre os fatos descritos, visto que estes
ocorreram fora do ambiente doméstico.

b) A hipótese em questão configura crime de tortura, qualificado pela circunstância de o agente ter praticado o fato
prevalecendo-se da relação doméstica de coabitação, o que afasta, de per si, a incidência da norma que trata da
violência doméstica e familiar, sob pena de bis in idem.

c) A situação hipotética em apreço submete-se aos preceitos da lei que trata da violência doméstica e familiar em
concurso com os do diploma legal que dispõe sobre a tortura, por ser o meio utilizado para a prática da infração penal.

d) Os fatos praticados por Ronaldo configuram crime de constrangimento ilegal qualificado pela lesão corporal.

e) Há concurso aparente de normas penais, a ser solucionado com base no princípio da especialidade, com a aplicação
da lei que trata da violência doméstica e familiar, por ser norma especial, o que afasta a incidência da norma
disciplinadora do delito de tortura.

20
Considerando as disposições contidas no CP e na doutrina, bem como nas Leis n.º 11.340/2006 — Lei Maria da Penha
— e n.º 7.716/1989, que trata dos crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor, etnia, religião ou procedência
nacional, assinale a opção correta.

a) Considere que Mauro, irritado com a demora no andamento da fila do caixa de um supermercado, tenha proferido
xingamentos direcionados à atendente do caixa, atribuindo a demora no atendimento à inferioridade intelectual que,
segundo ele, era característica intrínseca da raça a que a moça pertencia. Nessa situação, Mauro deve ser acusado de
crime de racismo, previsto na legislação específica, por ter negado à funcionária, por motivo racial, o direito de
trabalho no comércio.

b) Ficará isento de pena o querelado que, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, ainda que após a
sentença de primeiro grau, se retrate cabalmente de calúnia ou difamação.

c) O MP não deve intervir nas causas cíveis decorrentes de violência doméstica e familiar contra a mulher, salvo
quando for parte, sendo, contudo, obrigatória sua intervenção nas causas criminais que envolvam violência contra a
mulher.

d) Suponha que, durante uma discussão, Josefa agrida fisicamente Joana, com quem mantenha relacionamento
amoroso durante longo tempo. Suponha, ainda, que Joana sofra lesões leves e que Josefa seja processada e condenada
pelo crime, com base no CP, a pena privativa de liberdade de dois anos. Nessa situação, sendo a pena inferior a quatro
anos e presentes os demais requisitos legais, cabe, a critério do juiz, a substituição da pena privativa de liberdade por
pena de doações mensais de cestas básicas, se o entender suficiente para a reprovação da conduta.

e) Pratica o denominado crime exaurido o agente que, mesmo após atingir o resultado pretendido, continua a agredir
o bem jurídico protegido pela norma penal.

21
A respeito de aspectos criminais da Lei de Falências e daqueles aplicáveis aos idosos, assinale a opção correta.

a) O juiz ou o representante do MP que adquirirem bens de massa falida ou de devedor em recuperação judicial,
quando atuaram nos respectivos processos, não respondem por delito previsto na referida lei mas, sim, pelo crime de
fraude em arrematação judicial previsto no CP.

b) Tratando-se de falência de microempresa ou de empresa de pequeno porte e não se constatando prática habitual
de condutas fraudulentas por parte do falido, cabe ao juiz reduzir a pena de reclusão ou substituí-la por penas
restritivas de direitos, de perda de bens e valores ou de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.

c) O agente que retém cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem
como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida, deve responder
pelo delito de exercício arbitrário das próprias razões, com causa geral de aumento de pena.

d) Aquele que induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração
de bens deve responder pelo delito de estelionato, com causa especial de aumento de pena.

e) O oficial que lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida
representação legal, pratica o delito de prevaricação, com causa geral de aumento de pena.

22
Em relação aos crimes hediondos (Lei n.º 8.072/1990) e aos crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor (Lei
n.º 7.716/1989), assinale a opção correta.

a) Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, graça, indulto ou fiança.

b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.

c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime hediondo, possibilitando seu
desmantelamento, ficará isento de pena.
d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, na mesa de um bar, em razão da
cor de sua pele.

e) A Lei n.º 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra homossexual praticado em razão
da opção sexual da vítima.

23
Em relação aos crimes de tortura (Lei n.º 9.455/1997) e ao Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Lei n.º
9.807/1999), assinale a opção correta.

a) Um delegado da polícia civil que perceba que um dos custodiados do distrito onde é chefe está sendo fisicamente
torturado pelos colegas de cela, permanecendo indiferente ao fato, não será responsabilizado criminalmente, pois os
delitos previstos na Lei n.º 9.455/1997 não podem ser praticados por omissão.

b) A Lei n.º 9.807/1999 não prevê a concessão de perdão judicial para o acusado que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e o processo criminal, mas apenas a redução de um a dois terços na pena do réu
que tenha contribuído para a localização da vítima com vida e na recuperação total ou parcial do produto da atividade
criminosa.

c) O programa de proteção de que trata a Lei n.º 9.807/1999 é exclusivo para vítimas ou testemunhas ameaçadas, não
podendo ser estendido aos parentes destas, sob pena de grave comprometimento dos recursos financeiros destinados
a custear as despesas específicas de proteção.

d) A pena para a prática do delito de tortura deve ser majorada caso o delito seja cometido por agente público, ou
mediante sequestro, ou ainda contra vítima maior de 60 anos de idade, criança, adolescente, gestante ou portadora
de deficiência.

e) Se um membro da Defensoria Pública Estado do Rio Grande do Norte, integrante da Comissão Nacional de Direitos
Humanos, for passar uma temporada de trabalho no Haiti — país que não pune o crime de tortura — e lá for vítima
de tortura, não haverá como aplicar a Lei n.º 9.455/1997.

24
César, oficial da Polícia Militar, está sendo processado pela prática do crime de tortura, na condição de mandante,
contra a vítima Ronaldo, policial militar. César visava obter informações a respeito de uma arma que havia sido furtada
pela vítima.

Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta de acordo com a lei que define os crimes de
tortura.

a) O tipo de tortura a que se refere a situação mencionada é a física, pois a tortura psicológica e os sofrimentos mentais
não estão incluídos na disciplina da lei que define os crimes de tortura.

b) Se César for condenado, deve incidir uma causa de aumento pelo fato de ele ser agente público.

c) Se César for condenado, a sentença deve declarar expressamente a perda do cargo e a interdição para seu exercício
pelo dobro do prazo da pena aplicada, pois esses efeitos não são automáticos.

d) A justiça competente para julgar o caso é a militar, pois trata-se de crime cometido por militar contra militar.

e) O delito de tortura não admite a forma omissiva.


25
Quanto à legislação a respeito do crime de tortura, assinale a opção correta.

a) A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego público, mas não a interdição
para seu exercício.

b) Não se aplica a lei de tortura se do fato definido como crime de tortura resultar a morte da vítima.

c) O condenado por crime previsto na lei de tortura inicia o cumprimento da pena em regime semiaberto ou fechado,
vedado o cumprimento da pena no regime inicial aberto.

d) Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura, tendo o dever de evitá-la ou apurá-la, é
punido com as mesmas penas do autor do crime de tortura.

e) Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante emprego de grave ameaça e
causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira
pessoa.

26
Acerca da Lei n.º 9.455/1997, que define os crimes de tortura, assinale a opção correta.

a) O crime de tortura visando a obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima é crime próprio, pois
somente pode ser cometido por agentes públicos.

b) Na tortura designada como tortura discriminatória, em que a violência ou a grave ameaça são motivadas por
discriminação racial, a ação penal é pública condicionada à representação da vítima, nos moldes dos crimes de
racismo, tipificados em legislação própria.

c) A denominada tortura para a prática de crime ocorre quando o agente usa de violência ou grave ameaça para
obrigar a vítima a realizar ação ou omissão de natureza criminosa. Assim, essa forma de tortura não abrange a
provocação de ação contravencional.

d) A configuração do crime de tortura não absorve os delitos menos graves decorrentes do emprego da violência ou
grave ameaça, a exemplo dos crimes de maus-tratos, lesões corporais leves, constrangimento ilegal, ameaça e abuso
de autoridade.

27
De acordo com as disposições da Lei n.º 11.340/2006 — Lei Maria da Penha —, assinale a opção correta.

a) No caso de mulher em situação de violência doméstica e familiar, quando for necessário o afastamento do local de
trabalho para preservar a sua integridade física e psicológica, o juiz assegurará a manutenção do vínculo trabalhista
por prazo indeterminado.

b) Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o
juiz determinará a proibição temporária da celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade
em comum, salvo se houver procurações previamente conferidas pela ofendida ao agressor.

c) A referida lei trata de violência doméstica e familiar em que, necessariamente, a vítima é mulher, e o sujeito ativo,
homem.

d) Na hipótese de o patrão praticar violência contra sua empregada doméstica, a relação empregatícia impedirá a
aplicação da lei em questão.
e) As formas de violência doméstica e familiar contra a mulher incluem violência física, psicológica, sexual e
patrimonial, que podem envolver condutas por parte do sujeito ativo tipificadas como crime ou não.

28
À luz do disposto no Estatuto do Índio (Lei n.º 6.001/1973), na Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei n.º
6.766/1979), na Lei de Definição de Crimes Contra a Ordem Econômica (Lei n.º 8.176/1991) e na legislação que trata
da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a opção correta.

a) A distribuição de panfletos anunciando a criação de loteamento irregular com finalidade residencial e urbana
caracteriza ato preparatório do crime de parcelamento ilegal, porquanto o tipo penal não prevê a figura tentada do
delito.

b) O delegado de polícia, nos termos da legislação que disciplina a sua atividade, pode indeferir diligências requeridas
pelo indiciado, pela vítima ou pelo Ministério Público.

c) Considera-se índio ou silvícola, para efeitos do Estatuto do Índio, todo indivíduo de origem e ascendência sul-
americana que se identifica como pertencente a um grupo étnico cujas características culturais o distinguem da
sociedade nacional.

d) Não caracteriza crime tipificado na Lei Federal n.º 6.766/1979 o parcelamento irregular realizado em zona rural,
dada a previsão da finalidade urbana do imóvel na lei de regência.

e) Constitui crime contra a ordem econômica na modalidade de usurpação a exploração de lavra, sem autorização ou
em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo, de matéria-prima pertencente à União.

29
Em janeiro de 2012, um preso formulou pleito de indulto pleno com base em decreto presidencial datado de dezembro
de 2011, por meio do qual foram concedidos indulto e comutação aos condenados do sistema penitenciário brasileiro.
Após a oitiva do Conselho Penitenciário, do MP e da DP, nomeada para a defesa do condenado, o juiz indeferiu o
pleito.
Nessa situação hipotética, deverá o DP interpor recurso
a) de apelação, consoante artigo do CPP.
b) de agravo de instrumento.
c) em sentido estrito, consoante o que dispõe artigo do CPP.
d) inominado, por não haver, na Lei de Execução Penal, previsão expressa de recurso para o caso em apreço.
e) de agravo, conforme o disposto na Lei de Execução Penal.

30
Com fundamento na Lei n.º 11.464/2007, que modificou a Lei n.º 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a
opção correta acerca dos requisitos objetivos para fins de progressão de regime prisional.

a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime de tráfico internacional de drogas, em
que, devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de um país, o réu não poderá ser beneficiado com
a progressão de regime prisional.

b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão de regime prisional é vedada ao condenado,
que deve cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de epidemia de que resulte morte de vítimas.

c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n.º 11.464/2007
sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progressão de regime, que estabelece o
cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto aos requisitos objetivos para a progressão de
regime prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, independentemente de o crime ter sido praticado
antes ou depois da vigência da Lei n.º 11.464/2007, com base no princípio da especialidade.

e) Os requisitos objetivos da Lei n.º 11.464/2007 devem ser aplicados para fins de progressão de regime prisional,
pelo fato de essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a progressão de regime.

31
Com base no disposto na Lei n.º 11.101/2005 e no Decreto-Lei n.º 201/1967, assinale a opção correta.

a) O princípio da bagatela aplica-se aos crimes de responsabilidade praticados por prefeitos no exercício do mandato.

b) A Lei n.º 11.101/2005 aplica-se às sociedades de economia mista detentoras de capital público e privado.

c) Findo o mandato de prefeito, veda-se a instauração de processo criminal com base em conduta tipificada no Decreto-Lei
n.º 201/1967, sendo incabível o oferecimento de denúncia.

d) Em se tratando de recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário e da sociedade empresária, aplicam-se as


normas do Código de Processo Penal, inexistindo fase de investigação judicial.

e) Os vereadores, assim como os prefeitos municipais, respondem como autores ou sujeitos ativos das condutas penais
definidas no Decreto-Lei n.º 201/1967.

32
Com relação aos crimes de abuso de autoridade, previstos na Lei n.º 4.898/1965, e à responsabilidade dos prefeitos,
de que trata o Decreto-Lei n.º 201/1967, assinale a opção correta.

a) Conforme disposto no Decreto-Lei n.º 201/1967, somente os entes municipais, interessados na apuração de crime
de responsabilidade praticado pelo prefeito do município, podem intervir no processo como assistentes da acusação.

b) Os crimes de abuso de autoridade sujeitam-se a ação pública condicionada à representação do ofendido.

c) Os crimes de abuso de autoridade são de dupla subjetividade passiva: o sujeito passivo imediato, direto e eventual,
e o sujeito passivo mediato, indireto ou permanente.

d) Cometerá abuso de autoridade o guarda municipal que, com a intenção de adentrar em determinado imóvel a fim
de procurar documentos de seu interesse pessoal, se fizer passar por delegado de polícia e invada casa alheia.

e) Considere que um prefeito municipal tenha sido condenado definitivamente, após o trâmite regular da ação contra
ele ajuizada, pelo desvio, em proveito próprio, de receitas públicas do município. Nesse caso, de acordo com o
Decreto-Lei n.º 201/1967, o prefeito não só perderá o cargo, como também estará inabilitado para o exercício de
cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação, pelo prazo de oito anos.

33
Em janeiro de 2012, um preso formulou pleito de indulto pleno com base em decreto presidencial datado de dezembro
de 2011, por meio do qual foram concedidos indulto e comutação aos condenados do sistema penitenciário brasileiro.
Após a oitiva do Conselho Penitenciário, do MP e da DP, nomeada para a defesa do condenado, o juiz indeferiu o
pleito.

Nessa situação hipotética, deverá o DP interpor recurso


a) de apelação, consoante artigo do CPP.

b) de agravo de instrumento.

c) em sentido estrito, consoante o que dispõe artigo do CPP.

d) inominado, por não haver, na Lei de Execução Penal, previsão expressa de recurso para o caso em apreço.

e) de agravo, conforme o disposto na Lei de Execução Penal.

34
Em uma cidade brasileira, durante as eleições municipais, um delegado de polícia estadual não efetuou a prisão
em flagrante de um indivíduo acusado do delito de captação de sufrágio, popularmente conhecido como “boca de
urna”, alegando ausência de indícios de materialidade do delito. Em virtude dessa conduta, um juiz eleitoral decretou,
sem as devidas formalidades legais, ordem de detenção do delegado até o fim do pleito.

Considerando a situação hipotética apresentada e a legislação vigente sobre abuso de autoridade, assinale a opção
correta.

a) Vítimas de abuso de autoridade podem representar o autor do delito diretamente ao órgão do Ministério Público.

b) É vedado ao Ministério Público requerer o arquivamento de representação referente a crimes de abuso de


autoridade.

c) O ato do juiz eleitoral não pode ser tipificado como crime de abuso de autoridade.

d) A conduta do delegado de polícia enquadra-se como delito de abuso de autoridade.

e) Os autores do delito de abuso de autoridade estão sujeitos a pena de reclusão.

35
A respeito dos crimes contra a administração pública, meio ambiente, ordem tributária, licitações e abuso de
autoridade, assinale a opção correta.

a) Nos termos da Lei nº 9.605/1998, as pessoas jurídicas não podem ser responsabilizadas penalmente por crimes
ambientais.

b) Prestar declaração falsa às autoridades fazendárias trata-se de ilícito civil e não de crime contra a ordem tributária.

c) É possível haver coautoria entre funcionário público e pessoa que não é funcionário público nos chamados crimes
funcionais.

d) A simples tentativa de executar os crimes previstos na Lei nº 8.666/1993 não sujeita os servidores públicos autores
da tentativa à perda do cargo, sendo imprescindível que o crime se consume.

e) O atentado contra o direito de reunião, nos termos da Lei n.º 4.898/1965, não constitui abuso de autoridade.

36
A respeito dos crimes contra a administração pública, meio ambiente, ordem tributária, licitações e abuso de
autoridade, assinale a opção correta.
a) Nos termos da Lei nº 9.605/1998, as pessoas jurídicas não podem ser responsabilizadas penalmente por crimes
ambientais.

b) Prestar declaração falsa às autoridades fazendárias trata-se de ilícito civil e não de crime contra a ordem tributária.

c) É possível haver coautoria entre funcionário público e pessoa que não é funcionário público nos chamados crimes
funcionais.

d) A simples tentativa de executar os crimes previstos na Lei nº 8.666/1993 não sujeita os servidores públicos autores
da tentativa à perda do cargo, sendo imprescindível que o crime se consume.

e) O atentado contra o direito de reunião, nos termos da Lei n.º 4.898/1965, não constitui abuso de autoridade.

37
Com base no que dispõe a Lei Antidrogas (Lei n. o 11.343/2006), assinale a opção correta.

a) Um agente pode ser processado e condenado por tráfico privilegiado, em concurso material com associação para
o tráfico, por serem autônomos os crimes.

b) Se uma substância psicotrópica for retirada da lista de uso proscrito da autoridade sanitária competente, o princípio
da aplicação da retroatividade da lei penal mais benéfica levaria atipicidade da conduta no caso de crime de porte e
tráfico de drogas cometido antes da exclusão da substância da lista mencionada.

c) Considere que um traficante de drogas tenha sido preso em flagrante delito e posteriormente tenha confessado
espontaneamente seu crime. Suponha ainda que ele tenha sido condenado e recebido a pena base no mínimo legal.
Nesse caso, a possibilidade de aplicação da atenuante de confissão espontânea está afastada.

d) Em relação ao crime de tráfico de drogas, é necessária a efetiva transposição da fronteira estadual para a incidência
da causa de aumento de pena.

e) O porte de entorpecente é crime de perigo real, e sua tipificação visa tutelar a integridade da ordem social no que
diz respeito à preservação da saúde pública, razão por que não há que se falar em ausência de periculosidade social
da ação.

38
De acordo com a Lei de Execução Penal, incumbe ao

a) serviço de assistência material colaborar com o egresso do sistema prisional para que ele obtenha trabalho.

b) serviço de assistência social relatar, por escrito, ao diretor do estabelecimento os problemas e as dificuldades
enfrentadas pelo preso assistido.

c) serviço de assistência jurídica acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias dos
presos.

d) serviço de assistência social acompanhar a formação profissional do preso e do internado.

e) serviço de assistência à saúde conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames.

39
De acordo com a Lei de Execução Penal, assinale a opção correta.
a) O trabalho externo é inadmissível para os presos em regime fechado, tendo em vista o alto grau de periculosidade
dos condenados.

b) A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento penal, dependerá de aptidão,
disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de dois terços da pena.

c) Se o preso for punido por falta média, será revogada a autorização de trabalho externo.

d) Se o preso praticar fato definido como crime, revogar-se-á a autorização de trabalho externo.

e) Para o preso provisório, o trabalho é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento.

40
Em relação à Lei Maria da Penha, assinale a opção correta.

a) O escopo da lei em apreço é a proteção da mulher em situação de fragilidade/vulnerabilidade diante do homem,


desde que caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade, não se aplicando os dispositivos
dessa lei às relações domésticas e afetivas entre pessoas do mesmo sexo.

b) Para a incidência dessa lei, é necessária a comprovação da coabitação entre o agente e a vítima ao tempo do crime.

c) Consoante entendimento do STF, nos casos de lesão corporal grave, no âmbito doméstico, a ação penal será pública
condicionada à representação da vítima.

d) Conforme entendimento do STJ, é possível o recebimento da denúncia com base no depoimento da vítima por
crimes de ameaça praticados no ambiente doméstico, pois, ao longo da instrução processual, é que serão colhidos
outros elementos de convicção, que irão, ou não, confirmar as alegações da vítima colhidas extrajudicialmente.

e) De acordo com o posicionamento do STF, nos casos de lesão corporal leve, no âmbito doméstico, a ação penal é
privada.

Legislação Extravagante
01
É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria
e para os

a) ocupantes de cargo público efetivo na Administração Pública direta.


b) integrantes das Forças Armadas.
c) integrantes das guardas municipais de todos os Municípios.
d) dirigentes de autarquias e empresas públicas.
e) integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados.

02
A Lei 10.826/2003 dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema
Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. Analise as alternativas abaixo e responda de
acordo com a legislação referida, considerando as condutas típicas nela previstas:

a) O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário
a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda,
no seu local de trabalho, ainda que não seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
b) Deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar são condutas típicas do crime de porte ilegal
de arma de fogo.

c) Constitui crime de omissão de cautela a conduta do proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança
e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto,
roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras
48 (quarenta e oito) horas depois de ocorrido o fato.

d) O crime de disparo de arma de fogo é afiançável.

e) O crime de porte de arma de fogo é inafiançável mesmo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente.

03
A posse incorreta ou ilegal de arma de fogo é uma constante preocupação do policial militar durante o policiamento,
devendo o policial conhecer a legislação atinente para o correto emprego da norma. Com base na Lei nº 10.826/03,
que instituiu o Estatuto do Desarmamento, assinale a alternativa correta.

a) Pelo Estatuto do Desarmamento, a regra é a proibição do porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo
para os casos previstos em lei.

b) Será vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, não cabendo nenhuma exceção a essa
regra.

c) O fato de a pessoa estar portando arma de fogo com a numeração raspada não configura qualquer tipo de crime
específico pelo Estatuto, pois somente a pessoa que, comprovadamente, suprimir a numeração da arma de fogo
responderá criminalmente pelo fato.

d) O fato de uma pessoa manter, no interior de sua residência, uma arma de fogo de uso permitido, para sua defesa
e de sua família, configura crime de porte ilegal de arma de fogo.

04
Considere a seguinte situação hipotética.

Um homem, maior e capaz, com vontade livre e consciente de deflagrar projéteis, disparou a arma de fogo de seu
irmão na via pública. Ato contínuo, tal homem foi preso em flagrante por policiais militares que passavam pelo local.
No processo penal instaurado, ficou comprovado que as condutas dele ocorreram no mesmo contexto fático, uma vez
que ele saiu da residência do seu irmão, portando a arma em sua cintura e, minutos após, efetuou o disparo. A arma
estava guardada na referida residência, que fica localizada próximo ao local do disparo. Também ficou comprovado
que a arma de fogo é de uso permitido, estava devidamente registrada e o irmão possuía autorização para portá-la.
Por fim, restou provado, ainda, que o atirador não tinha autorização para o porte de arma de fogo.

Considerando o entendimento de Fernando Capez na obra Curso de Direito penal: legislação especial. Vol. 4, acerca
do "Estatuto do Desarmamento", é correto afirmar que o atirador deve responder
a) somente pelo crime previsto no art. 12 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido) da Lei n° 10.826/ 2003.

b) somente pelo crime previsto no art. 14 (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) da Lei n° 10.826/ 2003.

c) somente pelo crime previsto no art. 15 (disparo de arma de fogo) da Lei n° 10.826/ 2003.

d) pelos crimes previstos nos art. 12 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido) e art. 15 (disparo de arma de
fogo) da Lei n° 10.826/2003 em concurso material .

e) pelos crimes previstos nos art. 14 (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) e art. 15 (disparo de arma de
fogo) da Lei n° 10.826/2003 em concurso formal.

05
As questões são atinentes ao Estatuto do Desarmamento.
A Lei Federal nº 10.826/2003 dispõe sobre os procedimentos
administrativos e reguladores do registro, comércio, da posse e
porte de armas, criando o SINARM.

O SINARM envolve todas as instituições do Sistema de Segurança Pública, criando uma rede de competências e de
responsabilidades. Dentre elas, é fundamental saber que

I. pelo sistema, as armas apreendidas junto a processos criminais e que não mais interessarem à Justiça, e não forem
restituídas aos seus reais proprietários, poderão ser encaminhadas pelo juiz como doação aos órgãos de Segurança
Pública.

II. o SINARM é responsável pelo controle dos acervos de armas das polícias do Brasil e integração dos dados, sob
controle do FUSP (Fundo Nacional de Segurança Pública).

III. o SINARM controla o uso de arma de fogo de empresas de segurança privada, que são de propriedade exclusiva
das empresas, sendo proibido que o profissional de segurança privada utilize armamento de propriedade pessoal,
ainda que regularizado junto à Polícia Federal, como instrumento de trabalho essencial.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) As afirmativas I, II e III estão corretas.


b) As afirmativas I, II e III estão incorretas.
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

06
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, é importante destacar que

a) a lei concebeu delitos que tratam progressivamente de maneira mais gravosa, de acordo com o tipo de armamento,
sendo de uso permitido ou de uso restrito.

b) a pessoa que permite que pessoa menor de 18 anos se apodere de arma de fogo de sua propriedade, responderá
por hipotética violência praticada culposamente.

c) pratica crime o empresário ou diretor responsável de empresa de segurança ou transporte de valores que deixar
de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal o extravio de arma de fogo no prazo máximo de 48
horas do fato.
d) a posse irregular de uso permitido ocorre na circunstância em que o agente ativo guarda consigo, no interior de sua
casa, uma arma de fogo com a numeração raspada.

07
O registro de arma de fogo, nos termos dos arts. 4o e 5o, da Lei no 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) e dos arts.
12 a 14, do Dec. no 5.123/04 (Regulamento do Estatuto do Desarmamento),

a) autoriza o titular do registro a transportar a arma de fogo de sua residência ou domicílio, ou dependências, até seu
local de trabalho.
b) não é exigível no caso de arma obsoleta.
c) não exige, para sua obtenção, a demonstração de capacitação técnica.
d) pode ser obtido com a maioridade civil aos 18 anos.
e) não está subordinado à justificação da necessidade de aquisição de arma de fogo.

08
Marque a alternativa CORRETA. De acordo com a Lei nº. 10.826, de 22/12/2003, que dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, define crimes e dá outras
providências:

a) Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos será concedido pela Polícia Federal o porte de
arma de fogo, de uso restrito, independente do calibre.

b) Em todos os locais fechados, os promotores de eventos, com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas,
adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas.

c) A autorização de porte de arma de fogo, concedida pela Polícia Federal, perderá automaticamente sua eficácia caso
o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou
alucinógenas.

d) A pena máxima prevista para os crimes definidos pela Lei nº. 10.826, de 22/12/2003 é de 04 (quatro anos) de
reclusão.

09
De acordo com o contido na Lei n. 10.826, de 22/12/03, é CORRETO afirmar que:

a) Para aquisição de arma de fogo de uso permitido não é necessária a comprovação, por meio documental, de
ocupação lícita e residência certa.

b) Compete ao Exército Brasileiro a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
nacional.

c) Em qualquer situação, é vedada a importação de réplicas de armas de fogo, que com estas se possam confundir.

d) O Certificado de Registro de Arma de Fogo autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

10
Nos termos da Lei n.º 7.716/89 – Lei do Preconceito Racial – e suas alterações, considera-se crime:
a) recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de
qualquer grau, desde que o aluno seja menor de 18 (dezoito) anos.

b) recusar hospedagem em hotel, pensão ou estalagem, salvo para manutenção do padrão social do estabelecimento.

c) impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes, mesmo que
não abertos ao público.

d) impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.

11
De acordo com a Lei n.º 10.826/03 – Estatuto do Desarmamento – e suas alterações, constitui crime:

a) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 25 (vinte e cinco) anos ou pessoa portadora
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.

b) deixar o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores de registrar


ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, dentro de 05 (cinco) dias depois de ocorrido o fato.

c) possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, de acordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.

d) portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

12
Acerca das regras previstas na Lei n° 10.826/03, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo
e munição, é correto afirmar que:

a) o sujeito passivo do delito de posse irregular de arma de fogo de uso permitido é sempre pessoa determinada.

b) a consumação do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido depende da ocorrência de dano efetivo
ao patrimônio ou integridade física individual.

c) o agente que carrega arma inapta a produzir disparo comete o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso
permitido.

d) somente o militar pode praticar o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

e) o delito de disparo de arma de fogo não é punido na modalidade culposa.

13
Com base no que disciplina a Lei nº 10.826/03 (Lei do Desarmamento), é correto afirmar que:

a) a lei não equiparou a posse ou o porte de acessório ou munição à posse de arma de fogo.

b) em caso de porte ilegal de munição, a ausência de potencialidade lesiva, vez que a munição não pode ser usada
sozinha, configura o crime, por ser ele de mera conduta.
c) pelo fato de a munição não oferecer ofensividade à incolumidade pública, a atipicidade levaria à violação do
princípio da ofensividade.

d) o porte de arma municiada e o transporte somente da munição de armamento de uso restrito têm penas diferentes.

e) o porte de arma de fogo ineficaz para o disparo é crime de perigo concreto cuja consumação independe da
demonstração de efetiva lesão ao bem jurídico tutelado.

14
Arma de fogo que não depende de registro, nos termos do artigo 14, do Decreto nº 5.123/04 (Regulamento do Estatuto
do Desarmamento), consiste em arma
a) obsoleta.
b) desmontada.
c) quebrada.
d) desmuniciada.
e) desprovida de componente essencial ao disparo.

15
A Lei nº 10.826/2003 (Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema
Nacional de Armas – Sinarm e define crimes). Com base na referida lei, marque a alternativa INCORRETA:
a) O interessado em adquirir arma de fogo, além de comprovar idoneidade, possuir ocupação lícita, residência certa e
comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, precisa possuir no mínimo
vinte e um anos, se não enquadrar nas exceções trazidas na Lei nº 10.826/2003.
b) O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário
a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda,
no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
c) A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da
Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
d) Nos termos da Lei nº 10.826/2003, são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de
brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.

16
Associe as duas colunas abaixo, relacionando a prática dos crimes aos seus respectivos aspectos legais.

1. Prática de abuso de autoridade

2. Prática de tortura
3. Prática de racismo

( ) A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo
dobro do prazo da pena aplicada.

( ) Constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
( ) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
( ) Poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial
ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
A sequência CORRETA dessa correspondência, de cima para baixo, é:
a) 1,2,3,2
b) 2,3,2,1
c) 1,3,2,2
d) 2,2,3,1

17
O registro de arma de fogo, nos termos dos arts. 4o e 5o, da Lei no 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) e dos arts.
12 a 14, do Dec. no 5.123/04 (Regulamento do Estatuto do Desarmamento),

a) autoriza o titular do registro a transportar a arma de fogo de sua residência ou domicílio, ou dependências, até seu
local de trabalho.
b) não é exigível no caso de arma obsoleta.
c) não exige, para sua obtenção, a demonstração de capacitação técnica.
d) pode ser obtido com a maioridade civil aos 18 anos.
e) não está subordinado à justificação da necessidade de aquisição de arma de fogo.

20
Marque a alternativa CORRETA. De acordo com a Lei nº. 10.826, de 22/12/2003, que dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, define crimes e dá outras
providências:
a) Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos será concedido pela Polícia Federal o porte de
arma de fogo, de uso restrito, independente do calibre.
b) Em todos os locais fechados, os promotores de eventos, com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas,
adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas.
c) A autorização de porte de arma de fogo, concedida pela Polícia Federal, perderá automaticamente sua eficácia caso
o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou
alucinógenas.
d) A pena máxima prevista para os crimes definidos pela Lei nº. 10.826, de 22/12/2003 é de 04 (quatro anos) de
reclusão.

21
A posse incorreta ou ilegal de arma de fogo é uma constante preocupação do policial militar durante o policiamento,
devendo o policial conhecer a legislação atinente para o correto emprego da norma. Com base na Lei nº 10.826/03,
que instituiu o Estatuto do Desarmamento, assinale a alternativa correta.
a) Pelo Estatuto do Desarmamento, a regra é a proibição do porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo
para os casos previstos em lei.
b) Será vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, não cabendo nenhuma exceção a essa
regra.
c) O fato de a pessoa estar portando arma de fogo com a numeração raspada não configura qualquer tipo de crime
específico pelo Estatuto, pois somente a pessoa que, comprovadamente, suprimir a numeração da arma de fogo
responderá criminalmente pelo fato.
d) O fato de uma pessoa manter, no interior de sua residência, uma arma de fogo de uso permitido, para sua defesa e
de sua família, configura crime de porte ilegal de arma de fogo.

22
Quem causar lesão grave à integridade física de membros de grupo nacional, étnico, racial ou religioso, com a intenção
de destruir o grupo no todo ou em parte, comete
a) injúria qualificada por preconceito, prevista no art. 140 do Código Penal Brasileiro.
b) crime resultante de preconceito de raça ou de cor previsto na Lei n⁰ 7.716, de 05/01/1989.
c) crime de genocídio, previsto na Lei n⁰2.889, de 01/10/1956
d) crime de tortura, previsto na Lei n⁰9.455, de 07/04/1997.
e) contravenção penal resultante de preconceito de raça, prevista na Lei n⁰7.437, de 20/12/1985.

23
Considere a seguinte situação hipotética.

Um homem, maior e capaz, com vontade livre e consciente de deflagrar projéteis, disparou a arma de fogo de seu
irmão na via pública. Ato contínuo, tal homem foi preso em flagrante por policiais militares que passavam pelo local.
No processo penal instaurado, ficou comprovado que as condutas dele ocorreram no mesmo contexto fático, uma vez
que ele saiu da residência do seu irmão, portando a arma em sua cintura e, minutos após, efetuou o disparo. A arma
estava guardada na referida residência, que fica localizada próximo ao local do disparo. Também ficou comprovado
que a arma de fogo é de uso permitido, estava devidamente registrada e o irmão possuía autorização para portá-la.
Por fim, restou provado, ainda, que o atirador não tinha autorização para o porte de arma de fogo.

Considerando o entendimento de Fernando Capez na obra Curso de Direito penal: legislação especial. Vol. 4, acerca
do "Estatuto do Desarmamento", é correto afirmar que o atirador deve responder

a) somente pelo crime previsto no art. 12 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido) da Lei n° 10.826/ 2003.
b) somente pelo crime previsto no art. 14 (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) da Lei n° 10.826/ 2003.

c) somente pelo crime previsto no art. 15 (disparo de arma de fogo) da Lei n° 10.826/ 2003.
d) pelos crimes previstos nos art. 12 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido) e art. 15 (disparo de arma de
fogo) da Lei n° 10.826/2003 em concurso material .
e) pelos crimes previstos nos art. 14 (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) e art. 15 (disparo de arma de
fogo) da Lei n° 10.826/2003 em concurso formal.

24
As questões são atinentes ao Estatuto do Desarmamento.

A Lei Federal nº 10.826/2003 dispõe sobre os procedimentos

administrativos e reguladores do registro, comércio, da posse e


porte de armas, criando o SINARM.

O SINARM envolve todas as instituições do Sistema de Segurança Pública, criando uma rede de competências e de
responsabilidades. Dentre elas, é fundamental saber que

I. pelo sistema, as armas apreendidas junto a processos criminais e que não mais interessarem à Justiça, e não forem
restituídas aos seus reais proprietários, poderão ser encaminhadas pelo juiz como doação aos órgãos de Segurança
Pública.

II. o SINARM é responsável pelo controle dos acervos de armas das polícias do Brasil e integração dos dados, sob
controle do FUSP (Fundo Nacional de Segurança Pública).

III. o SINARM controla o uso de arma de fogo de empresas de segurança privada, que são de propriedade exclusiva
das empresas, sendo proibido que o profissional de segurança privada utilize armamento de propriedade pessoal,
ainda que regularizado junto à Polícia Federal, como instrumento de trabalho essencial.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) As afirmativas I, II e III estão corretas.


b) As afirmativas I, II e III estão incorretas.
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

25
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, é importante destacar que

a) a lei concebeu delitos que tratam progressivamente de maneira mais gravosa, de acordo com o tipo de armamento,
sendo de uso permitido ou de uso restrito.

b) a pessoa que permite que pessoa menor de 18 anos se apodere de arma de fogo de sua propriedade, responderá
por hipotética violência praticada culposamente.
c) pratica crime o empresário ou diretor responsável de empresa de segurança ou transporte de valores que deixar de
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal o extravio de arma de fogo no prazo máximo de 48 horas
do fato.
d) a posse irregular de uso permitido ocorre na circunstância em que o agente ativo guarda consigo, no interior de sua
casa, uma arma de fogo com a numeração raspada.

Nos termos da Lei n.º 7.716/89 – Lei do Preconceito Racial – e suas alterações, considera-se crime:
a) recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de
qualquer grau, desde que o aluno seja menor de 18 (dezoito) anos.
b) recusar hospedagem em hotel, pensão ou estalagem, salvo para manutenção do padrão social do estabelecimento.
c) impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes, mesmo que
não abertos ao público.
d) impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.

27
De acordo com a Lei n.º 10.826/03 – Estatuto do Desarmamento – e suas alterações, constitui crime:
a) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 25 (vinte e cinco) anos ou pessoa portadora
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
b) deixar o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores de registrar
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, dentro de 05 (cinco) dias depois de ocorrido o fato.
c) possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, de acordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
d) portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

28
De acordo com o contido na Lei n. 10.826, de 22/12/03, é CORRETO afirmar que:
a) Para aquisição de arma de fogo de uso permitido não é necessária a comprovação, por meio documental, de
ocupação lícita e residência certa.
b) Compete ao Exército Brasileiro a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
nacional.
c) Em qualquer situação, é vedada a importação de réplicas de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
d) O Certificado de Registro de Arma de Fogo autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

29
Com base no que disciplina a Lei nº 10.826/03 (Lei do Desarmamento), é correto afirmar que:

a) a lei não equiparou a posse ou o porte de acessório ou munição à posse de arma de fogo.
b) em caso de porte ilegal de munição, a ausência de potencialidade lesiva, vez que a munição não pode ser usada
sozinha, configura o crime, por ser ele de mera conduta.
c) pelo fato de a munição não oferecer ofensividade à incolumidade pública, a atipicidade levaria à violação do
princípio da ofensividade.
d) o porte de arma municiada e o transporte somente da munição de armamento de uso restrito têm penas diferentes.
e) o porte de arma de fogo ineficaz para o disparo é crime de perigo concreto cuja consumação independe da
demonstração de efetiva lesão ao bem jurídico tutelado.

30
A abordagem de uma pessoa em via pública por policial militar, para fins de busca pessoal, tem a natureza jurídica de
ato administrativo e deve ser motivada, sob pena de constituir crime de abuso de autoridade capitulado no art. 3º ,
alínea “a”, da Lei nº 4.898/65. A motivação que afasta a tipicidade penal consiste em
a) consideração, pelo policial, de sua experiência pessoal no exercício da atividade policial.
b) comportamento indicativo de fundada suspeita de rompimento da ordem pública.
c) flagrante de ilícito penal.
d) a pessoa abordada estar na via pública.
e) a pessoa abordada estar sem qualquer documento de identidade.

31
Nos termos da Lei no 11.340/2006, no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar,
a autoridade policial, entre outras providências, deverá
a) garantir proteção policial, em qualquer hipótese, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder
Judiciário.
b) em todos os casos, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou
do domicílio familiar.
c) tendo disponibilidade, fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando
houver risco de vida.
d) encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.

32
Nos termos da Lei no 9.455/97, que define os crimes de tortura, e da Lei no 8.072/90, que dispõe sobre os
crimes hediondos, é correto afirmar que
a) com relação ao crime de tortura, aquele que se omite em face das condutas previstas, quando tinha o dever de
evitá-las ou apurá-las, não incorrerá em qualquer pena.
b) o estupro de vulnerável não é considerado crime hediondo.
c) a condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
d) a prisão temporária de crimes hediondos terá o prazo de 10 (dez) dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.

33
Um comerciante, festejando o aniversário de sua cidade, em local público, no calor das felicitações, entrega, de forma
gratuita, bebida alcoólica típica da região a um indivíduo com 15 (quinze) anos de idade, o qual aparenta a idade que
de fato possui. O adolescente, ao caminhar em direção aos seus amigos, tropeça e a bebida é derramada por completo
no chão, o que impossibilitou seu consumo. Diante dos fatos narrados, é possível dizer que
a) a conduta praticada pelo comerciante é atípica.
b) o comerciante será isento de pena, pois se trata de um erro sobre elemento constitutivo do tipo legal, o que exclui
o dolo.
c) o comerciante suportará ação penal pública incondicionada, por ser o delito de natureza formal, não dependendo,
para sua consumação, da ocorrência de resultado naturalístico.
d) o comerciante, por ser o sujeito passivo maior de 14 (quatorze) anos de idade, não sofrerá qualquer repreensão
estatal.
34
Conforme o artigo 33 da Lei Maria da Penha, enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, terão competência para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e
familiar contra a mulher, as Varas
a) Criminais.
b) da Família.
c) Cíveis.
d) de Execução Penal.

35
A abordagem de qualquer pessoa na via pública, para fins de busca pessoal, para que não configure a hipótese de
crime de abuso de autoridade prevista no art. 3o , “a” (atentado à liberdade de locomoção), da Lei no 4.898/65,
a) pode ser realizada a qualquer hora do dia ou da noite, por agente competente, independentemente de fundada
suspeita, ou de realização de prisão, ou de cumprimento de mandado judicial de busca domiciliar.
b) não pode ser realizada à noite.
c) tem como pressuposto a fundada suspeita e só pode ser realizada durante o dia.
d) pode ser realizada a qualquer hora do dia ou da noite, por agente competente e tem como pressuposto a fundada
suspeita, ou a realização de prisão, ou o cumprimento de mandado judicial de busca domiciliar
e) pode ser realizada por qualquer agente público, durante o dia.

36
A posse ilegal de substância entorpecente controlada, em circunstâncias que indiquem o propósito do possuidor de
fornecimento, ainda que gratuito, a terceiros, consiste em
a) ilícito administrativo.
b) crime previsto no art. 35, da Lei no 11.343/06 (Lei de Drogas).
c) conduta descriminalizada.
d) crime previsto no art. 33, da Lei no 11.343/06 (Lei de Drogas).
e) ilícito civil.

37
Com relação aos crimes de tortura e de abuso de autoridade, é correto afirmar que:
a) no caso de abuso de autoridade, a sanção penal poderá consistir em perda do cargo e a inabilitação para o exercício
de qualquer outra função pública por prazo até três anos
b) o crime de tortura é afiançável e insuscetível de graça ou anistia.
c) no caso de abuso de autoridade, poderá ser aplicada a sanção administrativa de indisponibilidade a bem do serviço
público.
d) a condenação do policial militar por crime de tortura poderá acarretar a interdição para o exercício de cargo, mas,
em hipótese alguma, será decretada a perda da função ou emprego público.
e) constitui abuso de autoridade qualquer atentado à violação de sigilo funcional.

38
Sobre a Lei Federal n.º 4.898/65, é correto afirmar:
a) as penas previstas para a sanção penal do parágrafo 3.º, artigo 6.º, serão aplicadas cumulativamente.
b) regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal nos casos de abuso
de autoridade.
c) para exercer esse direito, o interessado procederá mediante queixa ou denúncia dirigida à autoridade superior que
tiver atribuição legal para apurar e aplicar sanção à autoridade civil ou militar acusada da prática do abuso.
d) quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser
cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no
município da culpa, por prazo de um a dois anos.

39
Sobre as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, contidas no artigo 7.º, da Lei Federal n.º
11.340/2006, analise as assertivas que seguem:
I. a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II. a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de
ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III. a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou
a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force
ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou
que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV. a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial
ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V. a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Pode-se afirmar que

a) todas as afirmações são verdadeiras.

b) todas as afirmações são falsas.


c) somente as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
d) somente as afirmações II, IV e V são falsas.
40

Nessa situação hipotética, Augusto


a) cometeu o crime de corrupção de menores previsto no art. 218 do CP, por ter induzido Valéria, de treze anos de
idade, a satisfazer a sua lascívia.
b) praticou o crime de corrupção de menores previsto no art. 244-B da Lei n.º 8.069/1990, por ter corrompido as
adolescentes, induzindo-as a praticar crime.
c) praticou o crime previsto no art. 241-A, caput, da Lei n.º 8.069/1990, por ter exibido cenas de sexo às adolescentes.
d) não cometeu ilícito penal porque sequer iniciou a prática de qualquer crime.
e) praticou o crime de violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada, contra Patrícia, porque, vestido
apenas com calção de banho, levou-a para o interior da residência, deixando Valéria e Marise na área externa da casa.

Estatística
01
A Tabela a seguir mostra a distribuição de pontos obtidos por um cliente em um programa de fidelidade oferecido por
uma empresa.

A mediana da pontuação desse cliente é o valor mínimo para que ele pertença à classe de clientes “especiais”.

Qual a redução máxima que o valor da maior pontuação desse cliente pode sofrer sem que ele perca a classificação
de cliente “especial”, se todas as demais pontuações forem mantidas?
a)

cinco unidades
b) quatro unidades
c) uma unidade
d) duas unidades
e) três unidades

02
Os jogadores X e Y lançam um dado honesto, com seis faces numeradas de 1 a 6, e observa-se a face superior do dado.
O jogador X lança o dado 50 vezes, e o jogador Y, 51 vezes.

A probabilidade de que o jogador Y obtenha mais faces com números ímpares do que o jogador X, é:
a) 1

b) 3/4
c) 1/4
d) 1/2
e) 1/6

03
Dentre as atribuições de um certo gerente, encontra-se o oferecimento do produto A, de forma presencial e
individualizada, aos seus clientes. A probabilidade de o gerente efetuar a venda do produto A em cada reunião com
um cliente é 0,40. Em 20% dos dias de trabalho, esse gerente não se reúne com nenhum cliente; em 30% dos dias de
trabalho, ele se reúne com apenas 1 cliente; e em 50% dos dias de trabalho, ele se reúne, separadamente, com exatos
2 clientes.

Em um determinado dia de trabalho, a probabilidade de esse gerente efetuar pelo menos uma venda presencial do
produto A é
a) 0,54

b) 0,46
c) 0,20
d) 0,26
e) 0,44

04
Os analistas de uma seguradora estimam corretamente que a probabilidade de um concorrente entrar no mercado de
seguro de fiança locatícia é de 30%. É certo que se, de fato, o concorrente entrar no mercado, precisará aumentar seu
quadro de funcionários. Sabe-se que, caso o concorrente não pretenda entrar no mercado desse segmento, existem
50% de probabilidade de que ele aumente o quadro de funcionários.

Se o concorrente aumentou o quadro de funcionários, a probabilidade de que ele entre no mercado de seguro de
fiança locatícia é de:
a) 13/20

b) 7/13
c) 3/10
d) 7/20
e) 6/13

05
Uma escola de Ensino Médio decide pesquisar o comportamento de seus estudantes quanto ao número de
refrigerantes consumidos semanalmente por eles. Para isso, uma amostra aleatória de 120 estudantes foi selecionada,
e os dados foram sintetizados no histograma abaixo, em classes do tipo [0, 5), [5, 10), [10, 15), [15, 20), [20, 25) e [25,
30].

Qual o valor da amplitude interquartílica, obtido por meio do método de interpolação linear dos dados agrupados em
classes?

a) 15

b)

c)

d)

e) 10

06
Em um jogo, os jogadores escolhem três números inteiros diferentes, de 1 a 10. Dois números são sorteados e se
ambos estiverem entre os três números escolhidos por um jogador, então ele ganha um prêmio. O sorteio é feito
utilizando-se uma urna com 10 bolas numeradas, de 1 até 10, e consiste na retirada de duas bolas da urna, de uma só
vez, seguida da leitura em voz alta dos números nelas presentes.

Qual é a probabilidade de um jogador ganhar um prêmio no sorteio do jogo?


a) 1/90

b) 1/30
c) 1/5
d) 1/15
e) 1/20

07
A Tabela a seguir apresenta a distribuição de atropelamentos numa cidade, com vítimas fatais e não fatais, segundo o
grupo etário, no período de 1 ano.

Se Q1 , Q2 e Q3 são respectivamente o 1° quartil, a mediana e o 3° quartil, então Q 1, Q2 e Q3 das vítimas fatais nos
atropelamentos, numa ordenação por grupo etário, se encontram, respectivamente, nas faixas etárias

a) infância, meia idade, maturidade

b) infância, meia idade, terceira idade


c) infância, maturidade, terceira idade
d) juventude, meia idade, maturidade
e) juventude, maturidade, terceira idade

08
Considere uma variável aleatória cuja função densidade de probabilidade é simétrica, em relação ao seu valor
esperado e que E(X) = 20 e VAR(X) = 16. Seja a variável aleatória Y definida por Y=βX - α, com α, β ε ℝ+,onde E(Y)=0 e
VAR(Y)=1.

O valor de β+α é
a) -21/4

b) -19/4
c) -1/2
d) 19/4
e) 21/4
09
Os dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações mostram que o Brasil registrou 236,2 milhões de
linhas móveis em operação, em janeiro de 2018. Isso representa uma diminuição de 258,7 mil linhas em operação (-
0,11%), em relação a dezembro de 2017. As Tabelas abaixo apresentam a evolução dos acessos em operação nas
modalidades de cobrança pré-paga e pós-paga nos últimos 7 meses.

Analisando as Tabelas e considerando os 7 meses, conclui-se que

a) a mediana do número de linhas na cobrança pré-paga é 155,0 milhões.

b) a média e a mediana do número de linhas na cobrança pós-paga são, respectivamente, 85,8 milhões e 87,0 milhões.
c) a redução ocorrida foi de 2,3% no número de linhas, em janeiro de 2018, em comparação a dezembro de 2017 na
cobrança pré-paga.
d) o aumento ocorrido foi de 30% no número de linhas pós-pagas, no mês de outubro de 2017, em comparação a
setembro de 2017.
e) ao longo dos 7 meses, há um aumento no número de linhas pré-paga e pós-paga.

10
A realização de um teste requer a aquisição de um seguro de vida para cada pessoa envolvida, no valor de R$ 10.000,00
por pessoa. O valor do prêmio estabelecido pela companhia seguradora é R$ 1.000,00 por apólice. Experiências
passadas indicam uma probabilidade de 0,001 de uma pessoa vir a óbito ao longo do teste.

O ganho esperado da companhia para cada apólice vendida, em reais, nessas condições, é igual a
a) 99,90

b) 900,00
c) 981,00
d) 990,00
e) 999,00
11
Um processo produz um tipo de componente elétrico cujo diâmetro, em mm, é uma variável aleatória com função de
densidade de probabilidade fY(y) = 6y(1 – y) para 0 < y < 1.

De acordo com essa função, a média e a variância dos diâmetros dos componentes produzidos por esse processo são,
respectivamente:

a) μ = 0,5 mm e σ2 = 0,05 mm2

b) μ = 0,5 mm e σ2 = 0,5 mm2


c) μ = 1,0 mm e σ2 = 1,0 mm2
d) μ = 1,0 mm e σ2 = 0,5 mm2
e) μ = 1,0 mm e σ2 = 0,05 mm2

12
Para não comprometer o sigilo das informações, um periódico técnico-científico divulgou os dados básicos que utilizou
em um modelo estatístico, na seguinte distribuição de frequência por classes:

A melhor estimativa para a mediana da distribuição de X é:


a) -0,75

b) 0
c) 0,25
d) 0,50
e) 1

13
A variável aleatória X segue uma distribuição Uniforme(0;1). Na certeza de X = x, a variável aleatória Y segue uma
distribuição Uniforme (0;x).

O valor esperado (esperança matemática) de XY, E(XY), é, portanto,


a) 1/24

b) 1/18
c) 1/12
d) 1/6
e) 1/4

14
O gráfico a seguir apresenta o número de acidentes sofridos pelos empregados de uma empresa nos últimos 12 meses
e a frequência relativa.

A mediana menos a média do número de acidentes é


a) 1,4
b) 0,4
c) 0
d) - 0,4
e) - 1,4

15
Numa distribuição assimétrica positiva, os valores da média, da moda e da mediana são tais que
a) moda < mediana < média
b) moda < média < mediana
c) média < moda < mediana
d) média < mediana < moda
e) mediana < média < moda

16
Sabe-se que a distribuição do quociente de inteligência (QI) de uma certa população é normal, com média 105 e desvio
padrão 12.

Em uma amostra aleatória de 16 pessoas, retirada dessa população, qual a probabilidade de que a média dos QI dessas
pessoas exceda a 110?
a) 2,13%
b) 4,75%
c) 11,31%
d) 34,09%
e) 35,94%

17

No histograma acima, os pontos médios das classes inicial e final são 40 e 80, respectivamente. Sabendo-se que todas
as classes têm a mesma amplitude, a estimativa adequada para a média e para a mediana dessa distribuição são,
respectivamente,
a) 59,5 e 59,5
b) 59,5 e 60
c) 60 e 59
d) 60 e 59,5
e) 60 e 60

18
Uma loja de conveniência localizada em um posto de combustível realizou um levantamento sobre o valor das compras
realizadas pelos seus clientes. Para tal tomou uma amostra aleatória de 21 compras, que apresentou, em reais, o
seguinte resultado:
A mediana dessa série de observações é
a) 15,50
b) 18,00
c) 18,30
d) 28,50
e) 34,00

19
Um experimento é composto pelo lançamento de 3 moedas honestas . A variável aleatória a ser considerada é o
número de coroas observadas ao final desse experimento. Nesse caso, o espaço amostral a ser considerado é
composto por quantos resultados?
a) 2
b) 3
c) 4
d) 6
e) 12

20
O número de caminhões-tanque que chegam a um terminal de distribuição de combustíveis, para se abastecerem com
gasolina, em um período de uma hora, é uma variável aleatória com a seguinte distribuição de probabilidades:

A média e a variância do número de caminhões por hora são, respectivamente,


a) 1,60 e 0,64
b) 1,60 e 0,08
c) 1,55 e 0,36
d) 1,50 e 5,00
e) 1,50 e 2,25

21
Uma variável aleatória numérica contínua é uma variável que possui a característica de não se poder saber a priori o
seu valor, além de ser

a) qualitativa e de poder assumir qualquer valor dentro do intervalo no qual está definida
b) qualitativa e de ser fruto de um processo de contagem.
c) qualitativa e de ser fruto de um processo de mensuração.
d) quantitativa e de poder assumir qualquer valor dentro do intervalo no qual está definida
e) quantitativa e de ser fruto de um processo de contagem.

22
Considere a situação a seguir para responder às questões de nos 62 a 64.

Com o objetivo de prever a demanda (D) de um produto,

observa-se que essa demanda tem crescido ao longo dos

meses (M), de forma aproximadamente linear, conforme o

quadro a seguir.

Isto é, designando por X o tempo decorrido em meses e por Y, a demanda, um bom modelo que relaciona X e Y é dado
por Y = aX + &beta;, onde os coeficientes a e &beta; são usualmente determinados através do método de ajuste
denominado Mínimos Quadrados. Por exemplo, no mês 20, foram demandadas 31 unidades do produto.

O Método dos Mínimos Quadrados determinará para os parâmetros a e &beta; valores que são, respectivamente,
aproximados por
a) -1 e 10
b) 1 e -10
c) 1 e 10
d) -1 e -10
e) 10 e 1
23
A Análise de Séries Temporais consiste no estudo de sequências numéricas, que são realizações de Processos
Estocásticos. Um processo estocástico é considerado

a) ergótico quando todas as séries temporais dele derivadas têm as mesmas estatísticas
b) ergótico quando suas propriedades estatísticas são invariantes no tempo.
c) estacionário quando a série temporal dele resultante é constante.
d) estacionário quando suas propriedades estatísticas são invariantes no tempo.
e) estacionário quando as séries temporais dele derivadas são ergóticas

24
Na Análise de Séries Temporais, tem-se uma técnica de ajuste de dados experimentais a um modelo empírico
composto por uma equação de diferenças. Uma possível formulação é tal que os dados atuais (t = k) sejam uma
combinação linear de p dados passados (zk-1,...zk-p) ponderados por coeficientes (b1,...bp) gerando uma equação do tipo

zk = ∑i =1,p bizk-i + rk

onde rk é uma variável aleatória gaussiana. Essa formulação para Séries Temporais é
a) tal que sua função de autocorrelação obedeça a uma equação não homogênea, cuja solução seja instável.
b) tal que o modelo seja inversível, isto é, a sequência de entrada possa ser completamente determinada a partir da
sequência de saída.
c) denominada processo de médias móveis (MA – moving average)
d) denominada processo autorregressivo (AR - autoregressive).
e) denominada processo integrado autorregressivo de médias móveis (ARIMA – autoregressive integrated moving
average).

25
Uma das clássicas formulações para Séries Temporais é dada por

zk = rk - ∑i =1,p cirk-i

onde a entrada (input) rk é uma variável aleatória gaussiana. Essa formulação para Séries Temporais, em que a saída
atual (zk) é uma combinação linear da entrada nos instantes atual e passados (rk,rk-1, ...zk-p) é
a) gerada por um processo estocástico não estacionário.
b) tal que sua função de autocorrelação obedeça a uma equação não homogênea cuja solução seja instável.
c) denominada processo autorregressivo (AR - autoregressive).
d) denominada processo integrado autorregressivo de médias móveis (ARIMA – autoregressive integrated moving
average).
e) denominada processo de médias móveis (MA – moving average).

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Uma formulação de Séries Temporais, definida por
zk = b1.zk-1 + rk - c1.rk-1

onde a entrada (input) rk é uma variável aleatória gaussiana e a saída atual (zk) é uma combinação linear da saída passada
e da entrada em dois instantes (k e k-1), é conhecida como processo

a) médias móveis (MA – moving average) de primeira ordem.

b) médias móveis (MA – moving average) de segunda or- dem na entrada.


c) misto autorregressivo de médias móveis (ARMA – mixed autoregressive moving average) de segunda ordem na
entrada. (D) misto autorregressiv
d) misto autorregressivo de médias móveis (ARMA – mixed autoregressive moving average) de primeira ordem.
e) autorregressivo (AR – autoregressive) de segunda ordem na entrada.

27
No caso de Séries Temporais, definidas através de um processo cujas saídas
{zk , zk-1, zk-2, ... }

também denominadas observações não exibem estatísticas estacionárias, o modelo mais adequado, que pode ser
usado diretamente, é o processo
a) misto autorregressivo de médias móveis (ARMA – mixed autoregressive moving average) de primeira ordem.

b) misto autorregressivo de médias móveis (ARMA – mixed autoregressive moving average) de segunda ordem.
c) médias móveis (MA – moving average) de primeira ordem.
d) autorregressivos (AR – autoregressive).
e) integrado autorregressivo de médias móveis (ARIMA – autoregressive integrated moving average).

28
A distribuição de probabilidades da variável aleatória X é tal que X = -1 com 50% de probabilidade ou X = 1 com 50%
de probabilidade. A média, X , de quatro realizações de X, sucessivas e independentes, é uma variável aleatória de
média e desvio padrão, respectivamente, iguais a

a) 0 e 2
b) 0 e 1
c) 1 e 0.5
d) 1 e 0
e) 0 e 0.5

29
Considere uma série temporal gerada ao se lançar 100 vezes, sucessiva e independentemente, o mesmo dado,
registrando a cada vez o resultado numérico. Esta série é

a) estritamente estacionária.
b) não estacionária.
c) divergente no longo prazo.
d) um ruído branco com média zero.
e) auto correlacionada.

30
.Sobre séries temporais, analise as proposições a seguir.

I - Se um processo MA(1) for estacionário, ele pode ser representado como um processo autorregressivo (AR) de
ordem infinita.

II - Se um processo AR(1) for estacionário, ele pode ser representado por um processo de médias móveis (MA) de
ordem infinita.

III - Uma série de tempo é um conjunto ordenado de variáveis aleatórias, isto é, um processo estocástico, portanto
uma série de tempo y(t) pode ser representada pela função de densidade conjunta dos yt ; assim,
trabalhar com uma série de tempo é inferir sobre o processo estocástico com uma única realização desse processo.

É(São) correta(s) a(s) proposição(ões)


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

31
. Se X e Y são duas variáveis aleatórias, para as quais são definidas: E(X) e E(Y), suas esperanças matemáticas
(expectâncias); Var(X) e Var(Y), suas respectivas variâncias, e Cov(X, Y), a covariância entre X e Y, quais- quer que sejam
as distribuições de X e Y, tem-se que
a) E(XY) = E(X) + E(Y) - 2Cov(X, Y)
b) E(X) . E(Y) = E(XY) - Cov(X, Y)
c) E(3X + 2Y) = 9E(X) + 4E(Y)
d) Var(X + 5) = Var(X) + 5
e) Cov(X, Y) = Var(X) . Var(Y)

32
.Sobre variáveis aleatórias, considere as afirmações a seguir.
I - Para toda e qualquer variável aleatória, sua função de densidade de probabilidade fornece a probabili- dade de
ocorrência de cada valor da variável aleatória considerada, exceto no caso de variáveis aleatórias contínuas, para as
quais a probabilidade de ocorrência de um valor específico é zero.

II - A esperança matemática (expectância) de uma variável aleatória discreta, ou seja, seu valor esperado, é a média
dessa variável aleatória, que é definida como um navos do somatório dos valores possíveis dessa variável multiplicados
por suas respectivas probabilidades.

III - A distribuição binomial é uma extensão direta da Distribuição de Bernoulli, uma vez que o experimento aleatório
que caracteriza a binomial nada mais é do que um Experimento de Bernoulli repetido n vezes.

É correto APENAS o que se afirma em


a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

33
.Se X é uma variável aleatória descrita por uma função conjunto de probabilidades P X (.), a função de distribuição de
probabilidade de X, F(x) terá, entre outras, as seguintes propriedades:

É(São) correta(s) a(s) propriedade(s)


a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

34
Analise as afirmações a seguir.

A amostragem é uma técnica de Controle Estatístico de Processos (CEP) usada para realizar inspeções em todos os
produtos fabricados.
PORQUE

A inspeção de 100% das unidades produzidas é um requisito para certificação ABNT NBR ISO 9001:2000.

A esse respeito, conclui-se que


a) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.

35
As questões de nos 41 a 43 são referentes ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), aplicado em
2006 a alunos ingressantes e concluintes de 5.701 cursos, de 1.600 instituições de ensino superior do País.

No questionário socioeconômico que faz parte integrante do ENADE há questões que abordam as seguintes
informações sobre o aluno:

I - Unidade da Federação em que nasceu;

II - número de irmãos;

III - faixa de renda mensal da família;

IV - estado civil;

V - horas por semana de dedicação aos estudos.

São qualitativas APENAS as variáveis


a) I e III.
b) I e IV.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II, IV e V.

36
Para responder às questões de nos 42 e 43, considere os gráficos apresentados a seguir, referentes às respostas
dadas por 120.082 ingressantes e 71.508 concluintes de determinada área à questão que perguntava sobre o meio
mais utilizado para se manter atualizado acerca dos acontecimentos do mundo contemporâneo
Qual o tipo de mídia MENOS utilizado pelos dois grupos de estudantes?
a) Jornais.
b) Revistas.
c) TV.
d) Rádio.
e) Internet.

37
Para responder às questões de nos 42 e 43, considere os gráficos apresentados a seguir, referentes às respostas
dadas por 120.082 ingressantes e 71.508 concluintes de determinada área à questão que perguntava sobre o meio
mais utilizado para se manter atualizado acerca dos acontecimentos do mundo contemporâneo.
A proporção de alunos respondentes, deste curso, que fazem uso da TV para se manterem atualizados é
a) 77,4%.
b) 40,5%.
c) 39,2%.
d) 38,7%.
e) 36,9%.

38
O número médio de bolsas de mestrado oferecidas, por ano, nesse período foi
a) 5.631,8.
b) 6.158,0.
c) 8.150,7.
d) 11.942,2.
e) 18.100,2.

39
A amplitude do número de bolsas de doutorado oferecidas pela Capes nesse período foi
a) 672.
b) 1.280.
c) 1.298.
d) 2.204.
e) 2.443.

40
A variação percentual total do número de bolsas de mestrado concedidas pela Capes nesse período de oito anos foi
a) -14.4%.
b) - 8.8%.
c) 0,0%.
d) + 8,8%.
e) + 14,4%.
Gabarito
Língua portuguesa
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20:
21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32: 33: 34: 35: 36: 37:
38: 39: 40:
Direito Penal
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32:
33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:
Direito Constitucional
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32: 33:
34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:
Direito Penal Militar
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32:
33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:
Direitos Humanos
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32:
33: 34 35: 36: 37: 38: 39: 40:
Legislação Extravagante
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32:
33: 34 35: 36: 37: 38: 39: 40:
Estatística
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15:
16: 17: 18: 19: 20: 31: 32 33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:

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